quinta-feira, dezembro 17, 2009

NATAL - FIM DE ANO

O ano está próximo do fim. Coisas boas, fatalidades, conquistas, enfim, aconteceu um pouco de tudo em 2009. O momento é de reflexão e esperança num novo ano melhor para todos.
É época de fazermos o nosso balanço individual.


Se, contudo, ao final o resultado for positivo, comemore, cante, contagie o seu círculo de relações e amizades, demonstre sua euforia. Do contrário, prometa para si mesmo mudar, ser mais compreensivo e menos intransigente. Quem sabe mais fraterno e menos arrogante!As vezes a gente é tudo isso e mais um pouco, e não se dá conta.

Que o Natal desperte em seu coração a sábias palavras sempre repetidas nesta época: “Glória a Deus nas Alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!”

Eu também vou dar uma parada para esperar o que me reserva 2010. Se for como 2009, ficarei contente, pois graças a Deus estou bem de saúde, e isto é o que importa. As coisas ruins que me aconteceram já esqueci. Aliás, faz muito tempo que só deposito em mim o que me acontece de bom. As coisas ruins jogo no lixo.

Aos habituais leitores espero continuar merecendo a confiança e a solidariedade.

FELIZ NATAL!
BOM ANO NOVO!

quarta-feira, dezembro 16, 2009

TUDO É QUESTÃO DE EDUCAÇÃO

Sempre ouvi dizer que a educação começa em casa. O sujeito que não tem educação em casa, não tem na rua, na escola, no local de trabalho, enfim, onde quer que se encontre.É comum, por exemplo, no supermercado as pessoas pararem no meio dos corredores para conversar atrapalhando quem deseja transitar. Há sempre que pedir: com licença...por gentileza, posso passar...isto é falta de educação.Nos bancos, para facilitar e ordenar as filas, chegou-se a marcar no chão o caminho a ser percorrido mas, as pessoas, teimam em sair da marcação tumultuando a circulação, isto é falta de educação.E assim é, também, nos corredores de hospitais, de repartições públicas, nas calçadas, onde quer que se vá.Será que não se dão conta que estão atrapalhando e que no meio de corredores, saída de portas de elevadores não é recomendável aglomeração de pessoas para conversar?É uma xaropisse a cada instante você ter que pedir licença para passar. Isto é falta de educação.Um dia desses fiz-me de distraído e toquei o carrinho do supermercado contra um bolinho que se formava no centro do corredor de circulação, e em vez de pedir licença, pedi desculpas (foi sem querer querendo) e elas me olharam com uma cara!!! Isto também é falta de educação. Mas, de tanta falta de educação a gente acaba ficando mal educado também.
A falta de educação é uma coisa triste. Quando a negamos para alguém cometemos um ato de agressão. Uma sociedade sem educação é vítima da agressividade política. Precisamos destruir os obstáculos que impedem o acesso da população ao saber, na mesma intensidade em que lutamos por uma vida justa e democrática para todos.
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Numa iniciativa do presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ivar Pavan, com apoio de toda a mesa diretora foi aprovado na reunião desta terça-feira, a concessão da Medalha e Diploma Mérito Farroupilha ao erechinense Idylio Segundo Badalotti, diretor das Rádios Difusão AM/FM e Rádio Gaurama por relevantes serviços prestados a Erechim e ao Estado, como gestor na área da comunicação regional.Trabalhei por um período de 22 anos com o homenageado e sei muito bem avaliar suas qualidades de cidadão, amigo, um verdadeiro irmão.Sempre foi mais amigo do que chefe. Por todos os títulos que alguém possa ter, Idylio S. Badalotti é merecedor desse reconhecimento conferido pelo parlamento gaúcho.A entrega da comenda será em data a ser marcada por ocasião de uma sessão solene da Câmara de Vereadores de Erechim, durante o mês de janeiro.A Medalha Mérito Faroupilha é uma condecoração oferecida pela Assembléia Legislativa do R.G. do Sul para as autoridades e pessoas que desempenham, com determinação e competência, importantes serviços ao Estado e a sociedade gaúcha. Ela foi criada 1995 e é a maior distinção do parlamento estadual.
Vou estar lá, não só para abraçar o velho e querido companheiro de rádio, como, também, rever a acolhedora Erechim que deve estar muito diferente do que quando a deixei. Um abraço Idylio. Breve nos veremos.

terça-feira, dezembro 15, 2009

A IMPUNIDADE FAVORECE O LADRÃO

A impunidade está levando mais desajustados sociais praticar crimes em Porto Alegre contra o patrimônio. No fim de semana uma quadrilha invadiu a joalheria Colliseu no Bourbon Shopping causando pânico ás pessoas que circulavam pelas lojas. Os ladrões levaram várias jóias e sumiram.
Há alguns meses a mesma onda de roubos a joalherias no centro da capital movimentou a polícia gaúcha. Vários foram presos. A polícia tem receio de que volte acontecer tudo novamente.
Nesta época que antecede ás festas de fim de ano convém às pessoas e os lojistas se precaverem, pois é nesse período que a bandidagem costuma arquitetar seus planos de assaltos, furtos e roubos diante da grande movimentação natalina.
E colabora com o aumento de crimes dessa natureza a impunidade. Os bandidos são presos e conforme os casos são imediatamente soltos sob a alegação de que os presídios estão lotados. Com isso a bandidagem toma conta. Isso, para o cidadão correto que paga seus tributos, que não é ladrão nem bandido é a certeza de que a política de segurança em nosso Estado está caminhando enviesada, em zigue-zague, e precisa encontrar o seu norte. A polícia prende, mas a Justiça solta, porque os ladrões não podem ficar sem uma cela espaçosa e confortável.

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Em várias ocasiões tenho manifestado elogios a Santa Casa de Misericórdia senão o melhor, um dos hospitais de maior referência no Rio Grande do Sul e fora dele. O atendimento, os profissionais que lá trabalham a estrutura enfim, tudo é muito bom. As pessoas que a ela acorrem se sentem seguras porque é verdadeiramente a Santa Casa dos doentes ou os que buscam socorro.
Pois, domingo (13) precisei de um profissional da área de otorrino para me livrar de um pequeno incidente que eu mesmo provoquei por usar (erroneamente) um cotonete para higiene dos ouvidos e precisei o serviço de emergência. Ao chegar ao local, surpreendentemente recebi a informação que para essa especialidade o hospital não oferecia atendimento, somente com consulta age dada.
Tentei dizer a moça, que gentilmente me atendeu, que eu estava me sentindo desconfortado e até ficara um pouco surdo de um dos ouvidos, e que necessitava me livrar daquele incômodo, mas ela reiterou-me que a Santa Casa não tem serviço de emergência para casos de otorinolaringologia. Mas, uma estrutura hospitalar como a Santa Casa não possuir otorrino de emergência? Pois até agora na minha santa ignorância não entendo, e continuo não entendendo, como um hospitalar referencial nacionalmente não possui emergência para pacientes que necessitam de atendimento por otorrino. Ai sugeriu-me que fosse ao Pronto Socorro ou recorresse a uma clínica dessa especialidade que faz plantão aos domingos. E lá fui eu. Encontrei próxima ao Pronto Socorro, onde em cinco minutos solucionei o meu problema.
Ao ser atendido por uma médica ela quis saber o que havia ocorrido. Depois que lhe contei que havia enfiado no ouvido um cotonete para limpeza da cera que se acumulava, levei um xingão que fiquei corado de vergonha. E com razão. Depois dessa prometi a mim mesmo que nunca mais vou repetir a imprudência e desde já recomendo, não use cotonete para limpar o ouvido. O negócio é utilizar o dedo mesmo envolto a um pano fino e nada mais.
Essa história de usar cotonete, grampo de cabelo, lápis etc. só causa problema. Portanto evite e não faça como eu para não andar de lá e pra cá, num domingo, que poderia ser mais bem aproveitado.

domingo, dezembro 13, 2009

ME TRAIRÁS TRÊS VEZES

Tava na cara. Aconteceu o que já se previa. O presidente Lula decidiu barrar a votação na Câmara do projeto que fixa o valor do salário mínimo em 2010 e editar medida provisória concedendo reajuste nominal de 8,7% (5,1% acima da inflação) a partir de janeiro, elevando o valor dos atuais R$ 465 para pelo menos R$ 505. A MP também dará metade desse ganho real aos benefícios da Previdência Social superiores ao mínimo.

Vocês devem se lembrar daquela frase: “Antes que o galo cante três vezes me trairás.”

Esta frase é milenar e foi pronunciada pelo Mestre Jesus pressentindo que um dos seus iria traí-lo. Pois, após dois mil anos a mesma história se repete, evidentemente que em outra circunstancia quando aposentados e pensionistas da Previdência confiavam que as promessas do presidente Lula, seriam cumpridas, surpreendem-se com a notícia de que está sendo redigida uma medida provisória para acabar com as esperanças de todos. Lula na sua primeira campanha eleitoral prometeu que faria justiça aos aposentados e não fez; repetiu mais duas vezes o mesmo compromisso e não cumpriu, como ainda ter esperanças?

Isto tudo é lamentável e não se compreende como não há nenhum tipo de reação dos políticos, tanto da Câmara como do Senado, das lideranças dos aposentados, enfim, da sociedade como um todo, posto que em cada família brasileira há um ou até mais aposentado.
Chego à conclusão que o período em que se discutiu a questão do término do fator previdenciário e a concessão de aumento no mesmo percentual que se dá ao salário mínimo, tudo não passou de holofote e promoção dos que se dizem defensores do dos aposentados.
A melhor resposta que se poderia dar a essa farândula do Congresso (Câmara e Senado) é não votar no próximo ano naqueles que notoriamente empenharam sua palavra e nada fizeram.

Com 25 milhões de votos os aposentados podem decidir qualquer eleição, basta que todos, ou sua grande maioria deixe de votar nos que até hoje não pagaram suas promessas. Só isso. Aliás, seria a melhor resposta que se poderia dar a alguns poltrões da política brasileira.


sexta-feira, dezembro 11, 2009

QUE COISA FEIA PRESIDENTE
Depois do palavrão que o presidente Lula disse nesta quarta-feira em uma solenidade em São Luís do Maranhão, tudo pode. O presidente estava em uma cerimônia de assinatura de contratos do programa Minha Casa, Minha Vida.
“Se o povo está na merda eu quero tirar o povo da merda em que ele se encontra” – disse ele.
Bota grosseria nisso! Que mau exemplo!
Thaís Nicoleti de Camargo, consultora de língua portuguesa examinando a linguagem usada pelo chefe da Nação disse que não é segredo para ninguém que o presidente Lula tem uma linguagem colorida, popular, o que, por alguns, é visto como um dos segredos do seu carisma, mas, por outros, é tido como algo inapropriado a um presidente da República.
O problema está no fato de "merda" ser um palavrão ou uma palavra de baixo calão, vulgar, como outras de que o leitor se lembrará facilmente e que, com certeza, não usa em situações de algum grau de formalidade. E não usa por quê?
O uso da linguagem, em certo sentido, aproxima-se das regras de etiqueta. Assim como não se fala com a boca cheia, não se dizem certas palavras, sobretudo em situação de formalidade. São considerados palavrões certos termos e expressões ligados geralmente ao metabolismo e às funções sexuais. Daí o surgimento de eufemismos para substituí-los.
Por exemplo, por decoro, ninguém diz o que vai fazer no banheiro; basta pedir licença para ir ao "toalete" (o francesismo parece ainda mais elegante). A própria expressão "vaso sanitário" é um eufemismo. Quando o assunto é sexo, são várias as expressões de caráter eufemístico, como "fazer amor" ou mesmo "fazer sexo".
O fato é que as palavras em si apenas designam as coisas ou as ações. "Merda", por exemplo, vem direto do latim, língua na qual era o termo usado para designar a matéria fecal, os excrementos, as fezes. Com o tempo, o termo não só teve seu sentido ampliado, passando a sinônimo de miséria ou situação ruim, como se tornou um tabuísmo, um termo vulgar.
Curiosamente, como interjeição, se para muita gente seu significado é negativo (de raiva, desprezo, indignação, decepção), para o meio artístico, é sinônimo de bom augúrio. Lenda ou não, consta que esse uso surgiu na França, quando um ator enfrentou grandes dificuldades para chegar ao teatro onde faria uma apresentação importantíssima a uma platéia de ilustres e, quando finalmente conseguiu chegar, pisou num "cocô". A expressão que logo lhe veio à mente, em bom francês, foi "Merde!". Como a apresentação foi um sucesso estrondoso, surgiu esse uso algo supersticioso da palavra "merda" como interjeição de boa sorte entre os atores.
Se, quando escolhemos termos capazes de tornar a expressão mais suave, lançamos mão do "eufemismo", quando fazermos o contrário, isto é, quando tornamos a expressão mais rude, também lançamos mão de uma figura de linguagem: o disfemismo. De um modo ou de outro, com eufemismo ou com disfemismo, a linguagem torna-se mais expressiva. É preciso, porém, saber o momento de usar uma figura ou outra.
Bom, se o presidente pode usar palavrão em público e dizer que quer tirar o povo da merda, por que ele não tira da merda os aposentados?

quarta-feira, dezembro 09, 2009

QUANTO MAIS TEM MAIS QUER

Nunca imaginava pudesse ver envolvido no escândalo da propina de Brasília, o vice-governador Paulo Otávio, uma pessoa que é dona de meia Brasília, empresário dos mais bem sucedidos, casado com uma neta do ex-presidente Jucelkino Kubistchek.
Quando morei em Brasília ele era senador e deixou de concorrer à reeleição para se juntar a José Arruda para derrotar Roriz.
Estou quase acreditando naquela máxima de “quanto mais tem mais quer”. O vice-governador do Distrito Federal Paulo Otávio é natural de Lavras, tendo nascido em 13 de fevereiro de 1950, é um empresário e político brasileiro filiado ao partido Democrata. Ele mudou-se para Brasília aos 12 anos de idade. Desde então, construiu uma carreira firme e bem sucedida na iniciativa privada e vida pública. É casado com Anna Christina Kubitschek Barbará A. Pereira, como disse, neta do ex-presidente da República JK com quem tem dois filhos.
No governo João Figueiredo, quando era genro do então ministro da Marinha Maximiniano da Fonseca, associou-se ao empresário Sérgio Naya para a construção do hotel St. Paul, onde a Marinha adquiriu 40 dos 272 apartamentos.
A carreira política de Paulo Otávio iniciou em 1990 quando foi eleito deputado federal, com 38.233 votos.
Em 1998 voltou a ser eleito deputado federal, dessa vez o mais votado da coligação PFL/PSDB, com 72.785 votos.
Sua postura e atuação como senador levaram Paulo Octávio a ser indicado por dois anos seguidos – 2003 e 2004 – como um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional pelo Departamento Inteersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Só Paulo Octávio, ao lado do deputado Sigmaringa Seixas, conseguiram figurar por duas vezes na prestigiada lista do Diap, que indica quem são os “cabeças” do parlamento brasileiro.
Já em 2006, foi eleito vice-governador no primeiro turno na chapa encabeçada por José Roberto Arruda, com 663.364 votos. Durante quase três anos ocupou também o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Na Secretaria, enxugou o quadro de funcionários comissionados, entregou o prédio alugado onde funcionava a pasta e também veículos, gerando economia aos cofres públicos. Intalado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, sem ônus para o Estado, Paulo Octávio implantou uma gestão moderna e transparente, promovendo todas as assinaturas de contratos do Pró-DF sob os olhares do setor produtivo e da imprensa. O trabalho da SDET ajudou a reduzir os índices de desemprego na capital, chegando ao menor patamar dos últimos 10 anos.
Na área de turismo, Brasília ganhou uma comemoração de aniversário digna das grandes capitais do mundo. Em 2007, 600 mil pessoas puderam acompanhar uma maratona de shows na Esplanada dos Ministérios. No ano seguinte, o público foi de 1 milhão. Já em 2009, 1,2 milhão de pessoas aproveitaram 21 horas de evento.
Empresário por formação, político por vocação, Paulo Octávio figurou por três anos consecutivos (2003, 2004, 2005) na lista de parlamentares mais influentes do Congresso elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A liderança é exercida também no setor privado. Ele integrou os conselhos superiores das principais entidades empresarias do DF como a Fibra, Fecomércio e a Associação Comercial.
Em 1997 recebeu a medalha do mérito comercial da Associação Comercial do DF. Em maio do ano seguinte, ganhou o título de cidadão honorário de Brasília pela contribuição ao desenvolvimento da cidade. Por três vezes foi escolhido líder empresarial do ano pela Gazeta Mercantil – 1997/1999/2001. Em 2000 foi a vez do Governo de Minas Gerais prestar homenagem à Paulo Octávio, com a medalha presidente JK. Em 2000, foi apontado pela Federação das Indústrias como o maior gerador de emprego do Distrito Federal. Em 2006, foi eleito vice-governador no primeiro turno, com 663.364 votos na chapa que elegeu José Roberto Arruda Governador do DF pelo PFL, hoje DEM.
Não dá para compreender como uma pessoa dona de um patrimônio milionário tambem recebeu propina. Olha só o que esse homem possui: as Organizações Paulo Octávio são um conglomerado de empresas pertencentes ao empresário Paulo Otávio, fundada em 1975, com sede em Brasília-DF, concentradas especificamente nas áreas de Construção , Imóveis, Hotéis, Shoppiing Centers, Seguros, Consórcio e Comunicação. É Composta por 20 empresas: As principais são, Brasília Alvorada Hotel, Brasíulia Palace Hotel, Kubischek Palace Hotel, Manhattan Plaza Hotel, Saint Paul Hotel, Studio In Residence.
SHOPPING CENTERS: Brasília Shopping, Taguatinga Shopping, Terraço Shopping, Iguatemi Shopping (em construção).
COMUNICAÇÃO - RÁDIOS
JK FM
Mix Brazília
Rádio Globo Brasília
Rádio Bandeirantes Brasília
TELEVISÃO: TV Brasília (em sociedade com os Diáriuos Associados).
Concessionária de Veículos Bali
SEGURO: Terraço Seguros
IMOBILIÁRIA: Paulo Távio Imobiliária
Quem vai com muita sede ao pote acaba se complicando. Não é de acreditar que Paulo Otávio esteja enroscado nesse escândalo.
MARCOS PEIXOTO É O NOVO INTEGRANTE DO TCE

A onda de denuncismo no Rio Grande do Sul está perdendo a credibilidade e a força na medida em que nada se prova só se conversa. Até agora nem CPI da Corrupção, nem as denúncias do PT e do Psol se comprovaram. Apenas conversa de lavadeiras. Na sessão de ontem da Assembléia Legislativa deu para perceber o ranço do único partido que votou contra a indicação do deputado Marcos Peixoto para a vaga existente no Tribunal de Contas do Estado, que há anos vem sendo ocupada por critérios que já é uma tradição na Casa. Como o PT nunca conseguiu até hoje colocar um seu indicado, este ano resolveu tumultuar o processo, e queria porque queria indicar depois de procedimentos e ritos concluídos um nome ligado a esquerda, o irmão do deputado Carion, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul de notório saber e muitos títulos.
Na defesa de Macos Peixoto falaram o líder do PP, deputado Pedro Westphalen, e os deputados do mesmo partido Mano Changes, Jerônimo Goergen, João Ficher. Pelo PTB, Iradir Pietroski; pelo PSDB, Pedro Pereira e pelo PMDB, Alceu Moreira.
Contrários a indicação discursaram da bancada do PT, Adão Villaverde, Daniel Bordignon, Elvi Bohn Gass, Marisa Formolo, Raul Pont e Stela Farias. O resultado da votação foi 35 votos a favor e oito contrários.
O crítico mais mordaz ao PT durante o encaminhamento de votação do nome do deputado Marcos Peixoto para o TCE foi Alceu Moreira. No início de seu discurso exibiu uma pilha de arquivos, parte do processo em que está envolvida a deputada Stela Farias dizendo: não trouxe mais, porque vossas excelências não iriam me ver atrás dela. Em outra parte do discurso classificou a parlamentar presidente da CPI da Corrupção: “É como um animal peçonhento, ratejando, tentando destruir a imagem de um colega sem provas”.
Para Marcos Peixoto e partidos da base de governo foi uma retumbante vitória.

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Especialistas da área de psicanálise e psicologia condenam o gesto da família de Leila Lopes, em ter deixado divulgar pela midia parte da carta deixada pela atriz. Entendem que a leitura da mensagem deixada por ela pode estimular pessoas em sofrimento psíquico e repetir o ato.
Até pode acontecer mas, é uma alegação inconsistente se levarmos em consideração o que os jornais e a televisão publicam diariamente a respeito, por exemplo, das pessoas que usam outros meios para suicidar-se: atirar-se de edifícios, enforcar-se, cortar pulsos, usar arma de fogo etc.
Então não se pode mostrar pela televisão as pessoas que são recolhidas entorpecidas pelo cracke, cocaína, álcool porque se existe alguém deprimido vai se sentir motivada a entrar para o vício?
Há controivérsias!
Pessoa deprimida pode surpreender a qualquer momento.
O que é depressão? É uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente.
Portanto, como não penso e nunca pensei e me suicidar, não vai ser uma carta deixada por uma suicida famosa que vai me induzir a praticar o mesmo ato.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

PORQUE NÃO VOU MAIS A FUTEBOL

Os exemplos demonstrados no fim de semana por alguns torcedores inflamados e fanáticos de Flamengo, Coritiba, Grêmio, Santos foi covarde, insana e condenável sob todos os aspectos. Nunca vi tanta violência após os resultados da última rodada do Brasileirão. E nunca vi também torcida hostilizar jogador que joga bem. Incrível!!!
A televisão mostrou detalhadamente os lamentáveis acontecimentos no fim do jogo Fluminense e Coritiba. Torcedores do clube paranaense descontentes com o resultado e o conseqüente rebaixamento invadiram o campo, partiram para a agressão ao árbitro e tudo o que vinha pela frente, até policiais militares como verdadeiros animais enlouquecidos. Foi terrível.
Dizem que todo aquele triste espetáculo fora premeditado e combinado através da Internet por vários grupos. Os internautas prometeram e se organizaram para fazer o que fizeram.
Quem vai pagar pelos prejuízos? Serão os baderneiros? Claro que não, será o Coritiba que, inclusive poderá ser rebaixado para a classe “C”, por culpa de uma minoria vai ter o estádio interditado, multa e perda de mando de campo por não sei quanto tempo.
No Rio de Janeiro, a torcida campeã do Flamengo brigou com ela mesma. Outra atitude inexplicável.
Rivalidade deve existir, e é saudável entre torcidas de diferentes clubes, só não pode passar dos limites.
Se não houver uma providência urgente e decidida dos clubes e das autoridades, que não punem, os estádios estarão sujeitos a ficar vazios.
Por exemplo: os poucos torcedores do Grêmio que se infiltraram no meio dos bons torcedores do tricolor no aeroporto Salgado Filho, na noite de domingo, teriam que ser identificados para receberem a merecida punição. Foram à chegada da delegação com a trransloucada missão de bagunçar, ofender, agredir.
Agridem, difamam, ultrajam as pessoas e ninguém identifica???? É o fim do mundo!
É por estas e outras razão que não vou mais a futebol. Já gostei muito de assistir jogos. Ver em casa pela televisão corfortavelmente é muito melhor e mais seguro do que se expor, ante grupos fanáticos de antidesportistas como os que assistimos no final de semana.
Alguma coisa precisa ser feita. Aliás, é bom lembrar o magnifico exemplo (e tenho certeza que será repetido) na abertura do Campeonato Gaúcho no ano que vem, quando outra vez Grêmio e Internacional se defrontarão no Estádio Olímpico do Ypiranga F.C.
Foi uma verdadeira festa, algo inusitado, colorados e tricolores da região unidos em torno de seus clubes, sem nenhum tipo de exagero e desregramento social durante e no final do jogo.
Erechim e região! Mostrem ao Rio Grande e ao Brasil mais uma vez, como se pode ser rivais sem conturbar a ordem e a disciplina.





sábado, dezembro 05, 2009

COMO MUDARAM SUAS IDÉIAS

Desde que o senador gaúcho Paulo Paim (PT) iniciou sua luta em favor dos aposentados e pensionistas do INSS, propiciando a que tenham uma aposentadoria digna e, principalmente, acabando com o despudorado fator previdenciário, tenho emitido algumas opiniões criticas, evidentemente em favor dos projetos do senador e contra a tentativa do governo Lula fulminar com a idéia.
Você, leitor, já observou como ás pessoas mudam de opinião, principalmente, os políticos? Pra alcançar ou se manter no poder fazem qualquer negócio, são capazes de vender até a mãe! Desculpa esta expressão, mas é verdade!
Quero aqui ampliar e lembrar uma entrevista que o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, concedeu ao dono do SBT, Silvio Santos, em 1989. Já se passaram 20 anos. Nessa época Lula se apresentava pela primeira vez como candidato à presidência, contra Fernando Collor. A entrevista a Silvio Santos foi durante um dos seus programas de auditório. Uma das participantes identificada com o nome de Marlene, perguntou ao candidato Lula:
- O que o senhor pretende fazer pelos aposentados e pensionistas?
Vejam: há 20 anos este questionamento foi feito ao então candidato!
E Lula respondeu: “Minha querida, em primeiro lugar quero te agradecer pela oportunidade de dar esta resposta porque esta pergunta é muito interessante. Temos no Brasil, aproximadamente 12 milhões de aposentados e pensionistas. Normalmente, toda pessoa que vira pensionista ou aposentado, depois de tantos e tantos anos de trabalho, na verdade é quase jogada na lata do lixo.
Nós entramos com um projeto e vamos ver se batalhamos para este projeto ser aprovado ainda este ano (já se passaram 20) para que o aposentado possa viver no Brasil como vive na Europa.
Não tem coisa mais bonita, Silvio. Você conhece muito bem. Na Europa você encontra aquela caravana, você encontra ônibus cheio de aposentados, companheiros e companheiras de 70 anos, de 80 anos, da Suécia indo para a França, da França para a Itália, da Itália indo para a Alemanha.
Aqui no Brasil, coitado do aposentado, quando se aposenta, ao invés de viajar para o interior, ele não consegue nem pegar o ônibus porque o dinheiro não dá. Por isso, nós precisamos recuperar a dignidade do aposentado brasileiro que precisa ter e já teve um dia neste País”.
Será que você, após ter lido esta resposta, está pensando a mesma coisa que eu?
Quanta hipocrisia e falta de respeito para com quem já trabalhou pelo progresso e engrandecimento deste país!
Presidente ponha a mão na sua consciência! Será que não resta nenhum pouco de sentimento e vergonha de ter enganado por tanto tempo os aposentados?
Mas, onde está a palavra; o compromisso; o projeto, seu e do PT para com os trabalhadores de ontem, aposentados de hoje?
É por essas e por outras que o aposentado não pode e não deve mais acreditar nessa falácia do PT e de seu líder maior, Luiz Inácio Lula da Silva.
Pra encerrar lembro aquele comercial de televisão que se tornou popular na televisão: A sua voz continua a mesma. Mas suas idéias... como mudaram!

sexta-feira, dezembro 04, 2009

ESCÂNDALO, ABSOLVIÇÃO E MORTE

A repetição de escândalos no Brasil estão acontecendo porque há impunidade. Não é possível que se rouba tanto e ninguém vai para a cadeia, ou pague pelo mal que cometeu à sociedade e ao país.
A Justiça é lenta, não dá satisfação. Isso expõe o Brasil de uma maneira negativa desnecessária.
Há quanto tempo vem se arrastando o caso do Detran no Rio Grande do Sul. Afinal, quando a sociedade vai ficar sabendo quem realmente roubou, se locupletou, enriqueceu com o dinheiro do povo? Ou o caso vai continuar se arrastando para servir de palanque, como está sendo a CPI da Corrupção, que até agora não revelou nada e faltam poucos mais de duas semanas para terminar o prazo de encerramento de suas atividades?
Ontem saiu uma nota dos deputados da bancada do PMDB posicionando-se e criticando a falta de transparência e responsabilidade da presidente da Comissão, Stela Farias que teria em seu próprio poder as tão comentadas gravações comprometedoras.

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Quando estava em Brasília em 2005, a ex-vereadora Carlinda Poletto Farina, hoje Coordenadora Estadual da Saúde em Erechim, se viu envolvida com a Justiça numa ação ajuizada pelo Ministério Público, por improbidade administrativa, juntamente com mais quatro funcionárias da 15ª. CRE – Coordenadoria Regional de Educação, órgão vinculado a Secretaria Estadual de Educação.
Na ocasião até escrevi defendendo a ex-vereadora que durante sua vida pública sempre agiu com ética e lisura irrepreensível.
Pois bem. Agora a 21ª. Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, vem de julgar improcedente a ação do MP, em julgamento efetivado nesta quarta-feira (02.12.09) pelo voto unânime dos desembargadores daquela corte, mantendo a decisão anterior do juiz Luiz Gustavo Zanella Piccinin, da 1ª. Vara Cível da Comarca de Erechim.
Por causa dessa ação Carlinda teve seu mandado de vereadora caçado.
Conversei com o advogado da ex-vereadora, Antônio Augusto Mayer dos Santos e ele me disse que a decisão proferida pelos desembargadores do TJ não só absolveu Carlinda, como também as demais pessoas envolvidas no mesmo processo.
O advogado explica que como a sentença é de 2º. Grau ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal de Justiça, mas acredita que não haverá apelação por parte do Ministério Público porque a matéria foi julgada sem argüição de nulidade e, sendo assim, o STJ não examina de novo.

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Morreu na madrugada desta sexta-feira (4.12) em Vacaria, vítima de infarto, Marcos Palombini, eleito prefeito por três legislaturas pelo PMDB, ex-secretário de Estado da Agricultura
O corpo está sendo velado no Centro Municipal de Eventos no Mercado Público.
Palombini tinha 75 anos, nasceu em Antonio Prado no dia 15 de março de 1934, mas residia em Vacaria desde 1957. Era empresário rural embora sua formação profissional tenha sido de dentista.
Ex- integrante do PTB foi um dos fundadores do PMDB de Vacaria. Concorreu a prefeitura vacariense por quatro vezes, sendo eleito em três delas. Respondeu pelo Poder Executivo entre 1973 a 1976, de 1983 a 1988 e de 1993 a 1996. Também assumiu como Secretário Estadual de Agricultura no governo de Pedro Simon (1987-1990). Presidiu a Fepagro no governo de Germano Rigotto.
Palombini esteve nos estúdios da Rádio Fátima no último debate entre os candidatos a prefeito de Vacaria em 2008. Ouça em áudio parte de uma das manifestações de Palombini.
O prefeito de Vacaria Elói Poltronieri decretou luto oficial por três dias.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

CALÚNIA!?

A imprensa metropolitana está fazendo uma alaúza tremenda em cima do vazamento de informação da CPI da Corrupção, presidida pela deputada Stela Farias (PT), de que teria ocorrido maracutaia em processo de licitação da Prefeitura de Porto Alegre para execução do Programa Socioambiental.
Os jornais, a televisão e algumas emissoras de rádio pintaram e bordaram em cima do fato, que não está provado. Foi uma loucura. Parecia que a administração municipal porto-alegrense havia superado os acontecimentos do mensalão do PT, do escândalo anunciado em Brasília que envolve o governador José Arruda.
Mais uma vez a CPI da Corrupção se presta para deixar vazar documentos que estão no processo de segredo de justiça. Afinal, há segredo de justiça ? O segredo de justiça pode ser revelado? Mas que segredo é esse que só um lado fica sabendo e o outro não?
Pelos meus modestos conhecimentos do direito, sempre ouvi dizer que quem imputa falsamente crime a alguém e não provar, comete Calúnia, previsto no Art. 138 que diz o seguinte: Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Portanto, na seara Penal, tudo deve ser provado. Desta forma, uma vez tipificado um fato como crime, deve ser colhida provas (através do inquérito policial) para que seja enviado ao MP e este ofereça uma Denúncia.
É claro que o inquérito policial não é indispensável, pois se o MP entender que já tem provas suficientes ele pode oferecer a Denúncia sem o suporte probatório oferecido pelo inquérito. Porém, observe que mesmo nestes casos, o MP dispensa o inquérito porque ele já possui as provas. Desta forma, repito, tudo deve ser provado. Até mesmo o crime de calúnia ( indicado em respostas anteriores) precisa ser provado. Apesar da tipificação do crime de calúnia trazer a hipótese de "imputar falsamente a alguém fato definido como crime", esta imputação deve ser PROVADA!
Tal necessidade é inerente a natureza dos direitos tutelados no Processo Penal, ou seja direitos indisponíveis.
Não consigo visualizar a hipótese de "crime por presunção", em nenhuma hipótese. Esta possibilidade, no meu sentir, violaria gravemente vários princípios penais e mostra-se incompatível com o moderno direito penal garantista.
Esta é a minha opinião.
Entenda melhor o caso: Em sessão fechada, na Assembléia Legislativa, a presidente da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT) apresentou mais de 12 áudios relacionados à Operação Solidária, que investiga fraudes em obras públicas no Estado.
Em três dessas interceptações, haveria menção a agentes da prefeitura de Porto Alegre, relacionados ao Pisa – Programa Integrado Socioambiental. Nos diálogos, empresários e representantes de empreiteiras, além de falar dos editais de barragens e estradas estaduais, estariam combinando pontos da licitação do Pisa e encontros com agentes municipais – inclusive com acerto de divisão de valores. As escutas foram feitas a partir do telefone do proprietário da MAC Engenharia, Marco Antonio Camino, que estava grampeado pela Polícia Federal.
Diante destas supostas irregularidades, a prefeitura pediu ao Tribunal de Contas do Estado em audiência concedida pelo presidente Porfírio Peixoto, inspeção especial sobre as contas do Pisa. O presidente acolheu o pedido e determinou o inicio dos trabalhados na segunda-feira.
Da mesma forma, representantes do Executivo Municipal foram recebidos pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino,
O Programa Integrado Socioambiental tem um investimento de R$ 586,7 milhões, conforme a prefeitura.
O PMDB, do prefeito José Fogaça, foco das ações políticas parlamentares de partidos de oposição, em nota publicada hoje nos jornais da capital entre outras considerações assinala que a prefeitura solicitou ao TCE uma inspeção especial nos procedimentos do Pisa e acrescenta que todas as definições técnicas das obras e os valores orçamentários correspondentes foram respaldados e aprovados pela Caixa Econômica Federal e Banco Interamericano de Desenvolvimento, que são os financiadores externos do programa.
Só faltaria ficar provado que no governo Fogaça também há corrupção!

quarta-feira, dezembro 02, 2009

QUEM IRÁ PARA A CADEIA

O governador do Distrito Federal está mais enrolado do que cobra em cipó. Acho que não tem saída. Ontem cresceram as acusações contra ele por ter recebido propina e começaram as manifestações populares.
O seu partido DEM decidiu que José Roberto Arruda tem oito dias para se defender e o partido dois dias para decidir, ou seja, o processo disciplinar contra o governador já está correndo prazo. Arruda é suspeito de participar de um esquema de corrupção que envolveria a distribuição de dinheiro para políticos da base aliada. Ele aparece recebendo dinheiro num vídeo gravado pelo ex-secretário Durval Barbosa. Arruda nega irregularidades.
Três senadores do DEM, Demóstenes Torres (GO), José Agripino (RN) e o deputado Ronaldo Caiado (GO) pediram a expulsão imediata de Arruda.
Mas foram voto vencido na reunião desta terça-feira. O grupo do presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), conseguiu aprovar a proposta que dá prazo de defensa a Arruda. Segundo Demóstenes, Rodrigo disse que a decisão de dar prazo para a defesa poderia ser creditada a ele.
De dentro da reunião, os deputados Índio da Costa (RJ) e Ronaldo Caiado (GO) contavam no Twitter (microblog) os bastidores do encontro da Executiva. “Prevaleceu o prazo até quinta-feira que vem para o julgamento final de Arruda. Prerrogativa do presidente Rodrigo Maia", afirmou Caiado.
Índio da Costa escreveu que o DEM iria expulsar Arruda por rito comum, dando prazo de defesa a Arruda. "Concluída reunião. Tese do deputado Onyx Lorenzoni venceu. Deputado José Carlos Machado será relator", escreveu ele. "O senador Heráclito Fortes defendeu a expulsão por rito comum, com direito a defesa. Deputado e ex-líder Onyx Lorenzoni era paretidária da mesma idéia.
Outro lado
Em nota assinada, Arruda disse ontem que apresentará provas "irrefutáveis" de sua inocência. Ele critica Durval Barbosa - que gravou supostos flagrantes do esquema em troca de redução de pena após acordo de delação premiada.
Na nota, ele se diz ainda que está sendo "vítima de um complô urdido por um homem que tem mais de 30 processos por corrupção, todos nos governos anteriores, nenhum em seu governo, com a ajuda de adversários políticos, e que, para se livrar da lama, jogou lama em todas as direções".
O governador do DF nega ainda que tenha feito ameaças de retaliação contra integrantes do DEM para pressionar o partido a mantê-lo na legenda. Segundo ele, a reunião "transcorreu em um clima de elegância e respeito mútuo, sem nenhum tipo de pressão". "O que o governador do DF pediu foi que o partido desse a ele amplo direito de defesa, respeitando os prazos estatutários", afirma a nota.
Por fim, afirma que respeitará a decisão que for tomada pela Executiva Nacional do DEM. "O governador José Roberto Arruda confia na decisão serena do partido, e a respeitará, seja ela qual for."
Estou curiosíssimo para ler ou ouvir a defesa de Arruda. Ele é um sujeito preparado, inteligente, e pode até convencer como convenceu naquela oportunidade em que esteve envolvido na quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado. Naquela ocasião ele renunciou para não ser caçado.
Os primeiros efeitos do escândalo começam a aparecer. Ontem o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM), decidiu se afastar por 60 dias do cargo. Prudente apareceu em vídeos do escândalo do mensalão do DEM de Brasília, que iniciou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No final desse escândalo só quero ver quem vai pagar e como vai pagar todo prejuízo moral e financeiro causado à sociedade.

terça-feira, dezembro 01, 2009

CORRUPÇÃO TEM OUTRO NOME: PANETONE

O cerco está cada vez mais fechado contra o governador de Brasília, José Roberto Arruda, foco principal dos últimos acontecimento que o colocam no centro das atenções do Brasil inteiro, acusado de participar de esquema de pagamento de propina a parlamentares da Câmara Legislativa local.
O DEM, partido do governador, prepara-se para expulsá-lo. A OAB – Ordem dos Advogados do Distrito Federal decidiu ontem abrir processo de impeachment contra o governador. Antes de ser encaminhado a Câmara Legislativa, o pedido precisa ser votado pelo conselho pleno da OAB, o que deve ocorrer nas próximas horas. Segundo observadores, a entidade vê indícios de que Arruda cometeu irregularidades. Por isso deve ser afastado do cargo.
Os vídeos publicados pela Internet e televisão, mostrando o governador recebendo maços de dinheiro de seu ex-colaborador Durval Barbosa, durante a campanha eleitoral de 2006 são escancaradamente escandalosos. Não há como duvidar ou não acreditar que tenha havido montagem, como quer fazer crer o governador para justificar o injustificável.
Para se defender Arruda ataca o ex-governador Joaquim Roriz que deixou-lhe “uma herança maldita”, referindo-se ao ex-Secretário de Relações Institucionais.
No comunicado distribuído à imprensa disse que confia na Justiça e que não abandonará o cargo. Quanto ao fato de Barbosa trabalhar no seu governo, Arruda disse que, ao saber que ele era réu em 32 processos, lhe deu uma função “meramente burocrática”, mas não explicou por que não demitiu o funcionário.
Ora, que desculpa mais esfarrapada!
Arruda sabia que ele era réu em 32 processos e o fez secretário de Relações Institucionais por quê? Pelos belos serviços prestados até ali? Ou será que precisava de alguém com o perfil de Durval?
Como Arruda era bonzinho: quantas toneladas de panetone o governador comprou para suas obras sociais?
Se recebia dinheiro (donativo) para obras sociais por que não criou uma comissão especial e abriu uma conta específica em banco movimentando-a através de cheque?
Uma outra pergunta que se impõe: como um sujeito que tem 32 processos nas costas transitava com grande desenvoltura no governo?
Se depender do líder da bancada no Senado, José Agripino Maia (RN), e na Câmara, Ronaldo Caiado (GO) Arruda seria hoje mesmo sumariamente expulso.
Alguns analistas políticos ainda acreditam que o governador do DF pode se antecipar à possível expulsão e se desfiliar, repetindo o que fez em 2001, quando era membro do PSDB e participou da violação do sigilo do painel de votação do Senado.
Agora não é só o PT a vítima do mensalão. O mensalão do DEM já está caracterizado.
No fim da tarde de ontem no encontro que Arruda manteve com sete líderes do partido repetiu a afirmação de que o dinheiro que ele aparece recebendo de seu ex-secretário, responsável pela divulgação do vídeo, foi destinado a ações como a compra de panetones para famílias pobres do Distrito Federal.
O senador gaúcho Pedro Simon opinando sobre o escândalo da propina no DF disse:
- Vinte quatro horas antes de a denúncia ser divulgada, eu era fã do governador, até então considerado um administrador exemplar. Mas as gravações de vídeo e áudio não deixam dúvidas de que existe um mensalão do DEM, que opera mais ou menos no mesmo estilo do que foi denunciado no episódio envolvendo o PT em 2005 — afirmou Simon, completando em tom de desânimo:
— É triste constatar que as denúncias que derrubaram o Fernando Collor hoje parecem brincadeira de criança frente ao que estamos vendo. Em vez de melhorar, as coisas andaram para trás.

segunda-feira, novembro 30, 2009

VÍDEO DETONA GOVERNADOR DO DF

Está causando a maior repercussão nacional o vídeo que mostra o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e uma verdadeira quadrilha recebendo dinheiro de suposta propina em esquema de corrupção montado dentro do governo.
O vídeo foi conseguido pelo IG que está divulgando em primeira mão no seu sait. As imagens são claras mostrando seu assessor entregando maços de dinheiro vivo.
No vídeo, Arruda diz “Eu estou achando que podia passar em casa para deixar isso aqui. Descer com isso aqui é 'mala'”.
Gravada pelo então secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, a fita anexada ao inquérito da Polícia Federal desencadeou a Operação Caixa de Pandora na última sexta, que resultou no cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão em gabinetes de órgãos públicos, residências e empresas em três cidades.
O esquema de corrupção mostrado no vídeo, de acordo com o inquérito, começou nas eleições de 2006, quando Durval trabalhava no governo Roriz, e seguiu durante todo governo Arruda.
Há pelo menos três meses, o vídeo vem sendo usado para todo tipo de chantagem dentro do alto escalão do governo Arruda. Durval queria o fim de uma gama de processos contra ele na Justiça. A fita entregue ao iG na tarde deste sábado, 28, vinha sendo guardada em uma cidade próxima a Brasília. Representa o golpe mais violento contra a trajetória política de duas décadas de Arruda, que, em 2001, renunciou ao mandato de senador, acusado de violar o painel do Senado.
Está cada vez mais difícil encontrar neste país um político honesto.
A Ordem dos Advogados do Brasil, no Distrito Federal, está preparando um relatório com o pedido de impeachment do governador José Roberto Arruda e seu partido o DEM, expulsão sumária. A OAB do Distrito Federal irá designar um relator para o julgamento. A presidente da entidade, Estefânia Viveiros, disse, no entanto, que após a avaliação do relator, o pedido passará pelo Conselho Pleno da OAB, órgão máximo da entidade.

Leia a seguir trechos dos diálogos interceptados na Operação Caixa de Pandora entre o governador José Roberto Arruda (DEM) e Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e delator da investigação.
Arruda - Tudo bom, Durval?
Durval Barbosa - Mais ou menos, né? Vamos olhar isso aqui primeiro? Isso aqui é o seguinte: isso aí foi do (???). Eu até perguntei pro Maciel se ele tinha alguma... Alguma soma, pra isso aí. Aí ele falou: Não, ele prefere conversar com você. Aí o que que aconteceu, o Gilberto foi doze, tirando os impostos, ficou novecentos e quarenta e oito. Aí antecipou a você. O Paulo... O Paulo Octávio [vice-governador mandou pagar cinqüenta ao Giffone [Roberto Giffoni, corregedor-geral do DF] e cento e vinte ao Ricardo Pena [secretário de planejamento do DF]. Aí, o Toledo resolveu o caso desses... Dos meninos aí, que eu acho que é louvável, que PE o Miquiles e o Nonô, tá?
Arruda - Quem?
Durval - Miquiles e Nonô. Miquiles cê sabe quem é. Nonô é o... foi o diretor lá. Que... Situação de penúria. Aí ficou, é... seiscentos e vinte e oito. Seiscentos e vinte e oito, aí soma esses totais aí que chegaram, ta faltando chegar cem da Vertax, é... E ta faltando chegar... Aí o Gilberto ta faltando chegar, que dá um pouco. Aí vem o Re... A questão do conhecimento, do reconhecimento, dá uns nove, aproximadamente nove. Aí, vai uns setecentos e cinqüenta, oitocentos, por aí.
Arruda - Hoje tem disponível isso aqui?
Durval - Hoje, hoje tem isso aí pra você fazer o que cê quiser pagar a missão. Agora, se for no... no... na coisa normal, no dia a dia, no comum, cê teria hoje quatrocentos disponível. Pra entregar a quem você quisesse.
Arruda - Ótimo
Durval - Tá? Mas se você tiver outra missão. Você fez muito acordo e eu não... Eu falei com o Maciel o seguinte, eu falei: Olha Maciel, tem que olhar o seguinte: ele fez muito acordo nesses negócios (?) política. Então, tem que perguntar pra ele, pra gente não antecipar as coisas. Aí, quando veio esse negócio do Paulo Otávio, eu falei Puta! Já sacaneou de novo. Entendeu?
Arruda - É.
Durval - Mas se tiver de reclamar com você, e não fala pro Paulo Otávio pra primeiro te perguntar.
Arruda - Ah é. Mas tô querendo (???) seguir as ordens do Paulo. Primeiro, fala comigo.
Arruda - Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos... novecentos e noventa e quatro, você já pegou sua parte?
Durval - É foda! É encantamento. Encantamento é uma desgraça.
Arruda - É. Deixa eu te perguntar uma coisa, é... somando as quatro daqui, quanto foi pago?
Durval - Foi pago quinze bruto. Quinze... Quinze tudo. Quinze, quinze, quinze. Quinze. Do Gilberto foi pago doze. Cê multiplica aí por vinte ponto vinte e seis. O dele é maior um pouquinho, que é cinco a mais. É ponto vinte e seis, ponto cinco, dá novecentos e quarenta e oito. Aí ele tá, tá bancando. E... esse da Infoeducacional, olha aí como é que foi. Foi sessenta pro valente, tá? Porque ele deu integral, não descontou nada. Só veio pro Valente. Deu sessenta pro Valente, sessenta pro Gibrail, mais o Fábio Simão, que são os donos lá da área financeira, né? E não pode... e não tem jeito. Aí, fico.... sobrou um sete oito.
Arruda - Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos... novecentos e noventa e quatro, você já pegou sua parte?
Durval - Não, eu... Eu só pego quando cê acerta. Só pra pagar advogado.
Arruda - Não. Mas tem que pegar a sua parte, ué. Nós pagamos é...
Gente, sabe que dá vergonha de ser honesto! Eu só quero ver onde isso tudo vai terminar.

domingo, novembro 29, 2009

NOTA DE FALECIMENTO

Nada mais original. Um colega meu, radialista, locutor de anúncios fúnebres em Nova Europa, a 317 km de São Paulo, um homem de 91 anos deixou gravado o anuncio da própria morte e o convite para o velório. No alto falante, em plena praça central da cidade, Nelson Fortunato repetiu o que fez a vida inteira. Ele leu em voz alta: "Nota de falecimento. Estou anunciando o meu falecimento. Falecimento: Nelson Fortunato, vosso comunicador falante. Como foi gravado antes da minha morte, não tem a hora do enterro, mas é importante que todos saibam que eu morri."A confirmação da morte ocorreu logo após a gravação do anúncio. Fortunato morreu em decorrência de uma pneumonia. O locutor oficial de anúncios fúnebres foi irreverente: deixou o próprio obituário pronto. Funcionário público, vereador, era ele quem projetava os filmes nos três cinemas que a cidade teve. O velório ficou cheio.

Boa idéia! Acho que copiarei o colega que se foi. Vou deixar gravado meu último comunicado, para que os amigos saibam que me fui.

Agora com a internet fica bem mais fácil enviar para as emissoras onde há 15 anos mantenho um programa que se chama SOS Caminhoneiro e, com certeza, elas não se negarão de divulgar. Vai ser mais ou menos assim:
Esta voz que vocês já se familiarizaram com ela, todas as manhãs, não será mais ouvida. Acabo de partir para o oriente eterno levando comigo a lembrança de uma vida bem vivida e de poucos amigos, que ficam para reencontrá-los um dia.

Para onde estou indo, e onde devo chegar breve, ainda é um mistério. Prometo que se for possível obter licença (ainda não sei de quem), mandarei notícias com todos os detalhes.
Tenho alguns planos para executar lá do outro lado. Ou continuarei com o SOS Caminhoneiro dando conta dos que chegam todos os dias da vida terrena para onde estou, ou um programa de auditório onde quero fazer desfilar os grandes músicos e cantores da nossa terra.

Já pensaram um concerto com o inesquecível Osvaldino Engel e seu piano, tocando a Dança Ritual do Fogo? E os componentes do Clube da Saudade que já partiram? Acho que não seria difícil reunir o Bico de Ouro e sua flauta – Narciso Costa; Nininho Vasconcelos e seu maravilhoso violão; Ernesto Kreich e seu violino; Dante Dalmolin, com seu violão cantando La Drilla; Darvil Faraon (violino); tenente Victor Moreira Knewitz, (bandoneón) e o cantor Nei Miolo? Sem dúvida seria um sucesso. Até o nome do programa já escolhi será: Recordar é Continuar Vivendo.

Pena é que vocês não vão poder acompanhar. Mas, que vai ser um sucesso, vai, com certerza!

quinta-feira, novembro 26, 2009

SACO, É UM SACO

Uma iniciativa que merece apoio de todos os brasileiros é a campanha lançada pela Confederação Nacional do Transporte, através do programa Despoluir. E a primeira ação já começou pelo próprio setor de transportes com a verificação nos caminhões e ônibus para conferir se estão bem regulados a fim de emitir a menor quantidade possível de CO² na atmosfera.
De outra parte a CNT aderiu à campanha “Saco é um Saco do Ministério do Meio Ambiente, que propõe a redução do uso da sacola plástica.
Se formos observar, a sacola plástica caiu tanto no gosto do brasileiro que ela é utilizada até mesmo quando não há necessidade. E, depois do primeiro uso, acabam servindo para acondicionar o lixo caseiro, da cozinha, do banheiro, e assim por diante. Ei sei porque lá em casa agente procede (erradamente) assim.
O problema é que o consumo excessivo das sacolas plásticas, está gerando sérios problemas no nosso meio ambiente.
Uma pesquisa feita antes do lançamento da campanha “Saco é um Saco”, mostrou que são consumidas hoje no Brasil, cerca de 12 bilhões de unidades por ano. São 33 milhões de sacolas por dia. Nós precisamos nos reeducar. Não se trata aqui de travar uma guerra sem controle contra ás sacolinhas, mesmo porque se sabe que existe problema de falta de estruturação de coleta seletiva de lixo na maioria das cidades brasileiras.
A campanha tem por objetivo conscientizar que cada pessoa reduza o consumo e avalie se é realmente necessário pegar a sacolinha no momento de cada compra.
Como seria essa redução do uso da sacola plástica?
Primeiro, levar sempre a sacola retornável quando for às compras.
2º. – Faça compras e utilize o menor número de sacolas possível;
3º. – Use alternativas como caixas de papelão, engradados de plástico no porta-malas do carro, carrinhos de feira, sacolas de papel resistentes;
4º. Reduza o uso de sacolas plásticas como sacos de lixo;
5º. – Deixe as sacolas plásticas para acondicionar o lixo úmido (restos de comida etc...)
6º. Procure de forma criativa depositar o lixo seco em sacos de papel, caixas de papelão e outros materiais recicláveis.
Observe os números abaixo e comece a aderir a campanha:
* 12 bilhões de sacolas são consumidas no Brasil por ano.
* 90% de todo o lixo flutuante é constituído de detritos de plástico.
* 100 milhões de toneladas de lixo são flutuantes.
* O plástico derivado do petróleo consome 4% da produção mundial de óleo.
Impactos:
* Consome petróleo
* Gera emissões de gases poluidores.
* Polui matas e oceanos.
* Pode ser ingerida por animais.
*Se descartada na rua, impede drenagem das chuvas pelos bueiros.
* Em aterros e lixões, impermeabiliza o solo, retém resíduos orgânicos e colabora na produção de gás metano.
Alguns supermercados já estão orientando seus empacotadores para economizar nas sacolinhas e também oferecendo à venda sacolas retornáveis, com parte da renda revertida a APAE. Portanto, além de você estar contribuindo para o desuso da sacola plástica, estará auxiliando uma nobre instituição social.




terça-feira, novembro 24, 2009

INDEPENDÊNCIA DO LÍBANO

Bonita homenagem foi prestada na sessão desta terça-feira pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a República do Líbano, durante o Grande Expediente, pelo deputado Luiz Fernando Záchia, líder da bancada do PMDB.
Localizado no Oeste da Ásia, o Líbano tornou-se independente da França há 66 anos no dia 22 de novembro de 1949. Em seu discurso o deputado Záchia disse que o país de seus ancestrais tem hoje uma população menor do que o número de descendentes que moram no Brasil, cerca de seis milhões.
Através de seu pronunciamento ficamos sabendo mais a respeito da cultura libanesa e da contribuição trazida ao nosso estado representado na medicina, nas finanças, no comécio e na política dos que vivem hoje no Brasil.
Ele também abordou a história do povo libanês, que cultua uma história com mais de seis mil anos de civilização documentada com escrita. “Os fenícios, dos quais o povo libanês é herdeiro direto, criaram o alfabeto fonético, o Alfabeto de Biblos, com 22 letras e o propagou pelo mundo. Biblos é a cidade mais antiga do mundo a editar a Bíblia. Já no século dois depois de Cristo, Beirute, a capital do Líbano, já era chamada de Mãe das Leis, por já possuir a sua Escola de Direito, que teve um papel preponderante na constituição do Código de Justiniano.
O Líbano moderno também foi objeto da fala do deputado Zachia. “Um país que emerge de um período pós-guerra civil. Um período de crescimento acelerado, de reconstrução e de reunificação dos povos que formam a nação libanesa. Em Beirute acontece um grande movimento de restauração, reavivando uma arquitetura riquíssima que mistura elementos que vêm desde os fenícios, passando por romanos, árabes e ocidentais. No Líbano, mais de 6 mil anos de história são contados em cada rua, em cada prédio, em cada monumento erguido na cidade.”
A história do Líbano remonta a vários séculos, a três mil anos antes de Cristo, a partir dos fenícios. Foram os semitas, vindos da Mesopotâmia (atual Iraque), que se estabeleceram na costa libanesa no terceiro milênio antes de Cristo. Esses semitas são chamados também de cananeus, e a Antigüidade Clássica os denominou de fenícios. Eles fundaram numerosos núcleos urbanos na costa do Mediterrâneo, como Byblos, Beirute, Sidon e Tiro. Depois foram anos de luta, ocupação e domínio da região por outros povos, principalmente os turcos, que permaneceram no país entre 1516 e 1914. Até que, ao final da Primeira Guerra Mundial, com a expulsão das tropas germano-turcas, o Líbano foi ocupado militarmente por franceses e ingleses. Em março de 1943, foi declarada a independência do país. Não se pode esquecer que o Líbano sofreu, ao longo de sua história, diversas influências, de povos variados. Persas, gregos, romanos, bizantinos, árabes em toda a sua extensão, mamelucos, otomanos e franceses passaram pelas terras dos cedros e ajudaram a compor uma nação marcada pelo respeito às diferenças. Nisso, o Líbano não difere muito do nosso Brasil, país modelo de convivência harmoniosa e conciliação de interesses. Uma coisa que nunca foi registrada nos anais da Humanidade é que o Líbano tenha atacado ou conspirado contra quem quer que seja, ou que ele tenha se aliado a outros para fins nefastos. O Líbano nunca deixou de ser uma fonte de bondade, de incentivo e de serviços. Nunca falhou em inspirar a paz, não apenas para si próprio, mas para seus vizinhos e para todo o mundo. Os jovens libaneses, como seus ancestrais fenícios, sempre foram obcecados pela aventura da liberdade. Na história contemporânea, nosso Imperador Dom Pedro II visitou o Líbano em novembro de 1876. Nessa ocasião, o Imperador ficou encantado com o dinamismo do povo libanês e conclamou-o a emigrar para o Brasil, classificando o País de terra da promissão. O chamado foi atendido, estreitando os laços de amizade entre esses dois países. Sobre o Líbano, D. Pedro II escreveu: O Líbano ergue-se diante de mim com seus cimos nevados, seu aspecto severo, como convém a essa sentinela da Terra Santa. A beleza do Líbano encantou o Imperador. E tem encantado a todos que conhecem o País dos Cedros. Antigamente, todas as montanhas do Líbano estavam cobertas de cedros. A árvore é muitas vezes mencionada na Bíblia, e está até em sua própria bandeira e simboliza força e eternidade. As belezas do país são iluminadas por sua geografia sua larga planície costeira e suas montanhas de norte a sul. O vale fértil de Bekaa, a fortaleza de Baalbeck e seus festivais de cultura, as cidades históricas de Byblos, das mais antigas do mundo, e Beirute, a cidade que se recusa a desaparecer. A história de Beirute merece um capítulo à parte. A cidade foi completamente destruída durante uma série de terremotos, no século VI, e assim permaneceu por cerca de cem anos. No ano de 635, a cidade foi reconstruída pelos árabes, após a conquista islâmica, mas foi novamente destruída, em 1102, pelos cruzados. Em 1516, foi invadida pelos mamlouks, vindos do Egito, e pelos turcos, que lá permaneceram até 1914. No fim do século XIX, Beirute tornou-se a porta de entrada do Oriente, atraindo capitais estrangeiros e tornando-se o centro bancário da região. Até 1970, a cidade ficou conhecida como a Suíça do Oriente Médio.
Alguns descendentes de libaneses que se destacaram na política brasileira: no Senado, o falecido Presidente Ramez Tebet, ex-ministro e, sem medo de errar, o primeiro descendente de libanês a ocupar uma cadeira noCongresso brasileiro. Senador gaúcho Pedro Simon. Também destacam-se os ex-Governadores Tasso Jereissati, Esperidião Amin e Paulo Maluf; os Deputados Michel Temer, atual Presidente da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar e Nelson Trad e o ex- Deputado Guilherme Afif Domingos, ex-Presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil. Na área da saúde, apenas para citar três nomes, temos Adib Jatene, Elias Murad e Raul Cutait. Na literatura, Milton Hatoum, Salim Miguel, Raduan Nassar e Mansur Chalita. Na publicidade, Roberto Duailibi, da Agência DPZ. Na indústria, Antônio Fara e Carlos Ghosn, da Nissan. Na área de serviços, Salim Matar, da Localiza. Na jurisprudência, Francisco Rezek, da Corte Internacional de Justiça da ONU, e os ex-Ministros da Justiça Alfredo Nasser e Ibrahim Abi-Ackel. Na área de educação, o destaque é para Gabriel Chalita, Paulo Sarkis, Reitor da Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e Lauro Morhy, Reitor da Universidade de Brasília. Na diplomacia, para citar apenas um o Embaixador José Maurício Bustani. E no turismo, entre tantos, o empresário José Carlos Daux, proprietário de uma rede de hotéis em Florianópolis, Santa Catarina. Esses são alguns dos milhares de libaneses e seus descendentes que se destacaram e se destacam em várias áreas de atividades no Brasil.
Ao lembrar a saga desse povo extraordinário, a sua história de ocupações indevidas que tantos sofrimentos causaram a sua gente que sobreviveu a uma situação quase anárquica ao longo de sua história e à sua revelia por conta das incompreensões mundiais e dessas ocupações, faço coro, modestamente, as homenagens que são prestadas ao Líbano pelas comemorações de sua independência.
ACABOU CICLO DA ESQUERDA NO DCE DA UFRGS

A eleição do jovem Renan Pretto, para a presidência do DCE da UFRGS terminou com o ciclo da esquerda que sempre levava vantagem nas eleições do Diretório Acadêmico. A diferença na contagem foi de 35 votos, considerada expressiva, pois sempre os seguidores da doutrina esquerdista é que se elegiam. Desta vez foi quebrada a corrente PT, PcdoB e PSOL.
Pretto foi secretário da Juventude Progressista e é estudante de Administração de Empresas na UFRGS.
Gostei das primeiras declarações do novo presidente. Ele disse que vai fazer uma gestão apartidária. O slogan da chapa dele era “Um DCE para os estudantes e não para os militantes”.
Certíssimo!
Aliás, até hoje não sei porque sindicatos, associações, diretórios acadêmicos que são grupos heterogêneos acabam partidarizando-se. Por que não se denominar então Sindicato tal, Diretório Acadêmico, Associação X do partido Y?
Sempre entendi que Sindicato é uma associação de pessoas pertencentes à uma classe ou grupo profissional para a defesa dos seus interesses profissionais e econômicos, e não políticos.
Mário Antonio Ferrari define muito bem o que é sindicato. Diz ele que a lei brasileira não dá uma definição exata de sindicato, mas pode-se dizer que ele é uma espécie do gênero associação.
Orlando Gomes explica que se pode conceituar sindicato de modo sintético ou analítico. Sinteticamente, é uma associação livre de empregados ou de empregadores ou de trabalhadores autônomos para defesa dos interesses profissionais respectivos. Enunciando, apenas, a situação profissional dos indivíduos e o fim de defesa de seus interesses. É isto aí. E pode se analisar também que Sindicato é o agrupamento estável de várias pessoas de uma profissão, que convencionam colocar, por meio de uma organização interna, suas atividades e parte de seus recursos em comum, para assegurar a defesa e a representação da respectiva profissão, com vistas a melhorar suas condições de vida e trabalho. E tem muita gente que confunde sindicato com partido político.
A Constituição Federal de 1988, art. 8o, III, declara que à organização sindical cabe “a defesa dos interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas."
Quando isso acontece, acaba descaracterizando a entidade e as disputas internas passam a ser mais políticas do que propriamente de defesa de seus associados.
Na primeira entrevista do jovem Renan a imprensa após sua eleição disse que “só bater não resolve”.
Esse menino tem a cabeça no lugar leia só o que ele disse no final da entrevista: “Não queremos posicionamento político nem dizer “ “fica” ou “fora Yeda. Quando um representante do DCE diz algo assim, fala em nome de 23 mil pessoas. Nem todos pensam como ele. Pretendemos promover debates com os candidatos, para que os estudantes tenham acesso a todos os lados”.
Renan Pretto é natural de Lajeado. Ele promete diminuir o preço do valor do cartão de ônibus e um convênio com a Brigada Militar para garantir maior segurança no campus iniversitário
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segunda-feira, novembro 23, 2009

A FAMA CHEGA QUANDO MENOS ESPERAMOS

Geisy Villa Nova Arruda, estudante, jovem, bonita, inteligente, está chamando a atenção do Brasil inteiro, só por que compareceu à sala de aula usando minissaia na Universidade Bandeirante (Uniban), em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Por se apresentar assim vestida foi hostilizada, humilhada, quase linchada. Andei observando algumas fotos e reportagens na TV e, sinceramente, não vi nada demais que depusesse contra a moral e os bons costumes. Na rua a gente vê coisa muito pior e nem por isso as pessoas protestam, pelo contrário, admiram!
É um falso moralismo querer fingir ter crenças, virtudes e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. É tudo uma hipocrisia!!! E o que é um ato clássico de hipocrisia? É denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza a mesma ação.
Que falta grave cometeu Geisy Villa Nova Arruda, 20 anos, aluna do curso de Turismo, que chegou ser expulsa pela Uniban?
A se acreditar no que disse Décio Lencioni Machado, assistente jurídico da instituição, a estudante não foi punida porque compareceu às aulas usando um vestido curto, curtíssimo. Até porque, segundo ele, "tem menina que usa roupas mais curtas".
Então se pergunta: Em alguma ocasião a direção do curso ou da universidade havia sido avisada a respeito? Geisey fora advertida antes para não proceder mais dessa maneira?
A resposta às perguntas é não.
Volto a dizer é pura hipocrisia e falso moralismo.
Isso não é nada, comparado ao que se vê à noite na Praça Garibaldi aqui em Porto Alegre. Se você tiver despudor experimente passar por lá. Vai assistir cenas de sexo ao vivo, e isso contra isso ninguém protesta.
O que fizeram com essa moça foi uma agressão machista e preconceituosa. Aliás, a agressão a estudante Geisy se sustenta nos valores discriminatórios que integram a sociedade em que vivemos, onde as representações sociais da mulher se baseiam numa ótica de subserviência masculina.
Enquanto isto ela está sendo requisitada a dar entrevistas na TV, já alcançou notoriedade nacional, vai faturar uma banana se aceitar a proposta da revista Play Boy, e os babacas que lhe enxovalharam continuam no anonimato.
O que os alunos da Uniban fizeram foi demonstrar um lado retrógado da sociedade brasileira, o preconceito contra a mulher. Afinal se é condenável uma aluna ir de vestido "curto" também é condenável um aluno ir de chinelos, bermuda florida e camiseta regata na faculdade. Mas tenho absoluta certeza que já teve aluno que foi assim na aula quando o clima está abrasivo e não lhe aconteceu nada, pelo contrário. Então senhores, temos de parar de tentar importar estes conceitos de moral da Europa medieval e abraçar nossa própria moral social, nossa identidade nacional, onde as mulheres são independentes, inteligentes e... lindas!

sábado, novembro 21, 2009

GILDINHO E CHIQUITO

A Câmara Municipal de Erechim vai prestar à dupla Gildinho e Chiquito cabeças dos Grupos Musicais Tradicionalistas “Os Monarcas e Chiquito & Bordoneio, justa homenagem em data a ser determinada pela Mesa, por proposição do vereador do PMDB, Zé da Cruz.
Os talentosos irmãos músicos são responsáveis pela projeção do nosso município além fronteiras através das composições e músicas que cantam, verdadeiros hinos a tradição gaúcha.
Conheci primeiro Nésio Alves Corrêa (Gildinho) em 1962 e anos mais tarde Francisco Alves (Chiquito). Recém havia sido contratado pela Rádio Difuão. Muitos programas tive o privilégio de ser o apresentador. Em 1963 Gildinho figurava como estrela maior no programa “Amanhecer no Rio Grande”. Tamanho foi seu sucesso que a partir daí passou a ser requisitado pelos clubes do interior do município e da região para animar bailes. Tempos depois veio a incorporar-se ao conjunto seu irmão Chiquito, nascendo à idéia da formação do conjunto “Os Monarcas” de tantos sucessos.
Ambos foram alunos da Escola de Belas Artes Oswaldo Engel, onde aprimoraram seus conhecimentos musicais.
Até alcançarem o sucesso que a dupla vive hoje, os irmãos Gildinho e Chiquito passaram por dificuldades como todos no início da vida. Mas, valeram os sacrifícios segundo ambos.
Quase no final da década de 60 apareceu em Erechim um produtor musical que tendo ouvido e recebido referências do conjunto propôs a gravação de um disco Long-Play. Foi uma decepção segundo avaliação da dupla, pois tudo não passou de apenas um compacto duplo, frustrando a dupla. “Os Monarcas” existem desde 1976. Quatro anos mais tarde (1980) Chiquito se desvincula dos Monarcas e funda seu próprio grupo, “Chiquito e Bordoneio”.
Passados mais de 40 anos, tanto um como outro conjunto, comemoram efetivo sucesso. Por onde passam, ambos deixam a sua marca de exímios interpretes da música gaúcha.
De todo o repertório dos Monarcas, a composição Erechim, História e Canto é um verdadeiro hino a cidade que há quase meio século acolheu Gildinho. Por isso a homenagem que a Câmara de Vereadores presta aos irmãos Gildinho e Chiquito é das mais justas e reconhecidas.
No dia da homenagem, se não houver nenhum acidente de percurso, quero estar em Erechim para cumprimentar os artistas, compositores e interpretes da nossa música regionalista e recordar o tempo em que por dezenas de vezes anunciei nos microfones da Rádio Difusão: E com vocês vem aí Gildinho e Chiquito!!!!




sexta-feira, novembro 20, 2009

GOVERNO VAI BATER O MARTELO

Há fortes indícios de que o presidente Luiz Inácaio Luila da Silva vete o projeto do senador Paulo Paim que propõe o fim do fator previdenciário. Os mais chegados ao presidente disseram ontem que Lula está definitivamente decidido a vetar todos os projetos sobre reajuste de aposentadorias e que vai resolver a questão através de medida provisória.
Era o esperado. Com a medida provisória, o governo pretende isolar o senador Paim e, ao mesmo tempo, desvincular o debate sobre reajuste do salário mínimo do aumento das aposentadorias e pensões do INSS.
A idéia já se sabe é impedir a qualquer preço a aprovação da emenda do senador gaúcho que estende aos aposentados igual índice de correção do salário mínimo e ameaça provocar um “rombo” nos cofres da Previdência.
A estratégia do governo é junto com o novo mínimo em janeiro de 2010 editar uma medida provisória concedendo o aumento em torno de 6% para as aposentadorias, dependendo do clima na Câmara.
O governo, como se sabe, defende defende o substitutivo do deputado Pepe Vargas que extingue o fator, mas cria o cálculo que leva em consideração a idade e o tempo de contribuição.
Por exemplo: a extinção do fator previdenciário e adotada a nova formula conhecida como Regra 85/95 que leva em conta o tempo de contribuição para o recebimento do valor integral da aposentadoria, a idade e tempo de contribuição devem somar 85 anos para a mulher e 95 para o homem.
De acordo com um cálculo feito pelo especialista José Cechin, considerando-se diferentes hipóteses temos o seguinte quadro:
Uma mulher com 55 anos de idade e com 30 anos de contribuição percebendo salário médio de R$ 1 mil, se aposentaria com os mesmos R$ 1 mil, isto é 100%. A mesma pessoa com igual idade e anos de contribuição pelo fator previdenciário, perceberia R$ 725,59, uma diferença de R$ 274,41 a menos. A vantagem do projeto do senador Paim é que muitos brasileiros poderão contribuir com base no valor do salário mínimo (465 reais) para a aposentadoria e nos últimos três anos pagar para perceber o teto máximo que estabelece hoje R$ 3.218,90.
O que se lamenta é que mais uma vez, baldado todos os esforços de deputados, senadores, aposentados, pensionistas e alguns sindicatos ainda não será desta vez que se fará justiça contra uma categoria tão sofrida e necessitada deste país.

***

De Erechim chega-nos a notícia de que o movimento feito por lideranças locais e regionais, com apoio de deputados federais para pavimentar o trecho da BR 153 que liga Erechim a Passo Fundo, começa a render bons resultados.
Faltam apenas 68,4 quilômetros para que o referido trecho seja interligado, permitindo inúmeros benefícios a nove municípios da região.
A mesma informação adianta que para a realização dos estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental e do Projeto Executivo, o DNIT já liberou R$ 2,575 milhões.
Tudo isso é muito bom. Resta saber se a palavra do engenheiro Hideraldo Caron de que a pavimentação da estrada em 2011 se confirmará, desde que o cronograma não sofra nenhuma alteração.
Mais uma vez se consagra o dito popular: a união faz a força.

quinta-feira, novembro 19, 2009

PEDALOU 17 QUILÔMETROS PARA ME CONHECER
Tem acontecimentos na vida da gente que não nos esquecemos jamais. Nessas minhas andanças pelo interior do estado realizando palestras para os caminhoneiros, categoria a que estou vinculado há quase duas décadas, através de um programa denominado S. O.S. Caminhoneiro, conheci um cidadão do interior de Sananduva que muito me comoveu sua presença durante as poucas horas que permaneci naquela cidade.
Á noite, no Centro de Cultura, após ter cumprido meu papel de palestrante, perante um seleto auditório de cerca de 100 pessoas, ao final fui cumprimentado por um dos participantes que se identificou morador do interior.
- Andei 17 quilômetros de bicicleta, só para lhe conhecer – disse-me apertando minha mão.
Esse tipo de afetividade não tem dinheiro que pague e nos deixa sensibilizado, porque percebemos que o trabalho que exercemos é bem aceito por aqueles que me ouvem todos os dias pelas 36 emissoras espalhadas pelo Rio Grande do Sul, sem contar a poderosa Rádio Gaúcha.
Essa estória me remete aos anos 60/70 até fins de 84, quando atuava na Rádio Difusão e por mais de duas décadas, ininterruptamente, apresentava o “Mensageiro Gaúcho”, sem falsa modéstia, o maior programa de utilidade pública do rádio interiorano naquela época.
Pois, reservadas as proporções, tipo de público e programa, o que acontecia comigo naquele tempo se repete hoje. Ás pessoas continuam sendo gratas pelo pouco que realizamos em favor delas, utilizando apenas a força da comunicação.
Aliás, eu sempre fui muito grato ao rádio, pois foi através dele que me fiz notado na sociedade tendo conseguido realizar muitas ações individuais e coletivas, sempre com a intenção de motivar o cotidiano das pessoas para que fosse mais alegre e feliz.
A demonstração de apreço voluntário do amigo que saiu do interior, à noite, pedalando sua bicicleta perfazendo um percurso de 17 quilômetros só para conhecer-me, que mais posso desejar?
Nada! É o coroamento de mais um ciclo de um modesto radialista que um dia passou pelos microfones das emissoras locais e TV-Alto Uruguai.

***

O roubo de cargas no Rio Grande do Sul tem crescido nos últimos dois anos, mesmo com investimentos pelo setor de transporte de cargas em equipamentos modernos de rastreamento e proteção. A Polícia está fazendo a sua parte como pode, é a corrida do gato contra o rato. Pega de um lado, escapa de outro. Em outras palavras, a polícia prende e a justiça solta. Lembram do que aconteceu não faz muito em Canoas, o paraíso dos ladrões de caminhões?
Em Porto Alegre, o local preferido pelas quadrilhas é o Bairro São Geraldo. A cada cinco dias um caminhão e carga são roubados. Para encontrar uma solução para a onda de crimes ao patrimônio, a sociedade através de seus órgãos representativos, também está se mobilizando. De parte da iniciativa privada, o Setcergs – Sincicato das Empresas de Transporte de Carga do Rio Grande do Sul criou uma Comissão Permanente de Seguros, Segurança e Roubo de Cargas com o objetivo principal de formar um banco de dados que possa auxiliar a polícia no combate ao crime organizado.
Na Assembléia Legislativa, há 45 dias, foi formada uma Subcomissão dos Caminhoneiros, presidida pelo deputado Francisco Appio para debater o tema roubo de cargas e desaparecimento de motoristas. De acordo com o deputado Appio a Subcomissão tem o objetivo de estabelecer uma ligação transversal entre o governo, através de seus órgãos de segurança e fiscalização, o legislativo e as entidades que representam os transportadores e trabalhadores do setor.
No Rio Grande do Sul os registros indicam que Porto Alegre e Região Metropolitana, Vale dos Sinos e Vale do Paranhana são os locais mais visados em função da grande quantidade de indústrias e terminais de cargas. As rodovias mais vulneráveis são a BR-116, BR-386, BR-392 e BR-285.
O prejuízo com o roubo de cargas já ultrapassa os R$ 50 milhões só no Rio Grande do Sul.


quarta-feira, novembro 18, 2009

DOIS FATOS, DUAS EXPECTATIVAS

Ainda não dá para contar com o ovo da galinha. Mas, ainda há uma esperança de que a Câmara dos deputados não venha a falhar na votação do projeto que acaba com o fator previdenciário e aumento do valor das aposentadorias conforme é dado ao salário mínimo.
Ontem (17.11) a Comissão de Constituição e Justiça aprovou por unanimidade o projeto original do senador gaúcho, Paulo Paim (PT) mas, os deputados governistas apresentaram uma fórmula alternativa que modifica o cálculo das aposentadorias.
A estratégia da base aliada é aprovar o modelo chamado “85-95” do deputado Pepe Vargas, outro gaúcho do (PT), que prevê a soma da idade do trabalhador com o período de contribuição para poder se aposentar – no total de 85 anos para a mulher e 95 para os homens.
Na semana passada, o presidente Lula, ministros e líderes da base governista decidiram que o acordo fechado com as centrais sindicais sobre o aumento dos aposentados será mantido, isto é, quem ganha acima de um salário mínimo o reajuste será de 6% a partir de janeiro do próximo ano.
Esta foi a notícia mais importante do dia passado, a respeito da luta que se trava no Congresso Nacional, para o fim da fórmula pela qual é calculado o valor do benefício para o aposentado da Previdência Social.

Uma outra informação pública e que a imprensa abriu manchetes hoje é sobre a suspeita de uma testemunha de ex-funcionário da Assembleia Legislativa ter sido morta como queima de arquivo.
Em janeiro, o comerciante Milton Kruger foi assassinado a tiros no Bairro Rio Branco. O fato chamou a atenção da polícia porque o ex-funcionário testemunharia dias depois num processo movido por Paulo Roberto Salazar da Silveira contra os deputados estaduais petistas Raul Pont e Elvino Bohn Gass.
Entenda o caso: Paulo Roberto Salazar era assessor do Partido dos Trabalhadores na Assembléia Legislativa e teria se rebelado pelo fato de ter que mensalmente devolver parte de seu salário aos dois deputados, para financiar suas campanhas políticas. Salazar acusa no processo que até notas fiscais frias eram utilizadas para justificar diárias relativas a agentes do Poder Legislativo. Entre as acusações consta também a suposta utilização de contas bancárias de Milton Kruger que seriam usadas para lavagem de dinheiro por parte do PT.
De acordo com a Polícia Civil há um suspeito e está a procura do mandante do assassinato.
Da parte dos deputados Raul Ponto e Elvino Bohn Gass, ambos consideram o caso uma armação para contrapor as investigações sobre o Detran.
Essa prática de parlamentares exigirem percentual de salário de seus assessores para pagar despesas de gabinete e campanha eleitoral não é nova. No Senado, na Câmara, principalmente, já houveram casos de denúncias a respeito de repasse de parte do salário para pagamento de despesa de escritório parlamentar, compra de automóvel etc., mas, até hoje não se viu nenhum senador ou deputado perder o mandato pelo fato de corromperem seus funcionários.
Na época em que estive em Brasília, havia um senador que com o dinheiro arrecadado dos assessores pagava aluguel de escritório, luz, água, material de escritório, telefone só com dinheiro surrupiado. Houve processo judicial, e no final da estória, ficou provado que o dinheiro era proveniente de contribuição expontânea.
Tenho minhas dúvidas se a denúncia feita pelo ex-funcionário Paulo Roberto Salazar, contra os dois deputados gaúchos, prosperará. Vamos aguardar.

terça-feira, novembro 17, 2009

MESMO MORTOS, PERCEBIAM APOSENTADORIA

A notícia veiculada pela Folha de São Paulo vale a pena ampliar para demonstrar que quase tudo no serviço público é falho e descuidado. As manchetes dizem tudo: Rio pagou salário a mais de 4 mil servidores mortos.
- Funcionários constavam na folha de pagamento do governo nos últimos dois anos
- Estado cancelou matrículas de servidores; secretaria diz não saber quanto foi pago indevidamente e tampouco há plano para ressarcimento.

O governo do Rio de Janeiro cancelou, desde janeiro do ano passado, 4.684 matrículas de servidores mortos que continuavam vivos em sua folha de pagamento. A medida resulta em uma economia anual de R$ 78,7 milhões.
No mês passado, foram 264 pessoas mortas retiradas da lista, a serem pagas este mês, numa redução de R$ 452 mil mensais.
Neste ano, entre os meses de janeiro e outubro, a Secretaria de Planejamento retirou 2.165 matrículas do quadro de afastamento por óbito. Em 2008, foram 2.519. Na média, 212 servidores têm sido retirados por mês dos quadros.

O Rio de Janeiro tem 200.591 funcionários públicos na ativa.

A medida foi possível pelo cruzamento do cadastro de pessoal do Estado do Rio com o de óbitos registrados pela Previdência Social. Freqüentemente, por falta de controle e pela dificuldade no fluxo de informações, o governo fica sem saber oficialmente até da morte de seus funcionários públicos.

A Secretaria de Planejamento não tem uma estimativa de quantos pagamentos indevidos foram feitos pelo Estado em contas de pessoas já mortas, por falta de fiscalização. O órgão tampouco está atuando no sentido de buscar reaver administrativa ou judicialmente os montantes pagos de forma equivocada.

E já que falamos em aposentadoria, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, o Projeto de Lei do Senado que acaba com o fator previdenciário, dispositivo que, em geral, diminui o valor de aposentadorias.
O parecer do relator, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), é pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da proposta. O texto ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara.

Durante as discussões na comissão, o deputado Fernando Coruja (PPS-SC) disse que há uma fúria dos governos do mundo inteiro contra os aposentados. Para o deputado, a Constituição determinou recursos para a Previdência e a Seguridade, que têm sido retirados pelos governos, que hoje argumentam que o aumento poderia quebrar a Previdência. "Basta devolver à Previdência os recursos que foram retirados dela", disse.

Pois, é tudo muito engraçado. O governo sabe quanto deve à Previdência? Alguma vez fez o cálculo? Claro que não!

Então está mais do que na hora de começar a devolver o que deve.
O PEIXE MORRE PELA BOCA

Há cerca de um ano mais ou menos comentei a respeito de um prefeito da Região do Alto Uruguai, recém eleito, que queria governar o município sozinho. Para conseguir tal façanha e ganhar espaço na mídia estadual, como de fato ganhou, nomeou apenas uma secretária, responsável pelos futuros Projetos, Planejamento e Administração.
O prefeito dizia na época que queria dar “um choque de gestão”, pois segundo ele, seu antecessor deixara o município endividado a tal ponto que não lhe permitia nomear assessores para preencher os cargos de Secretário da Agricultura, Saúde, Educação, Obras, Indústria e Comércio e Finanças, estrutura básica para o serviço não sofrer solução de continuidade.
Comentava, ainda, que achava impossível alguém querer governar uma comunidade de mais de cinco mil habitantes, açambarcando tudo, ou seja, concentrando sobre si todas as responsabilidades, dividindo as tarefas apenas com uma secretária.
Ao se completar brevemente o primeiro ano de sua administração, confirma-se que o prefeito disse uma coisa e fez outra. A começar pelo fluxograma organizacional da prefeitura.
Estou retornando ao assunto baseado em um levantamento que me foi enviado por uma fonte que investigou a questão. Por esse levantamento pode se deduzir que das oito secretarias que existiam, sete estão sendo ocupada pela figura criada pelo prefeito, a de coordenador. Nomeou Coordenadores de Agricultura; de Educação; de Obras; de Assistência Social; de Saúde e o coordenador da Indústria e Comércio. Conseqüentemente só mudou a nomenclatura, isto é, trocou seis por meia dúzia, com a justificativa de que tudo era feito para economizar para pagar dívidas herdadas do antigo prefeito. Com a criação das coordenadorias e nomeação de mais 51 novos funcionários a folha de pagamento teve um acréscimo de aproximadamente R$ 70 mil por mês estando incluída nesta despesa a contratação de 10 professores para 20h semanais; Serviços Gerais 5; Psicólogas 2; Atendente de Saúde 3; Projeto Projovem 1; Asisstente Social 1; Petti 1; Telefonista 1; Dentista 1; Médicos 6; Advogados 4; Monitora de Informática 1; Assessoria de Comunicação 1; Chefe do Departamento de Agricultura 1; Monitora de Assistência Social 1; Departamento Artístico Sec. Da Educação 1; Funcionários para Secretaria da Saúde 4; Administração 1. Só aqui são 45, mais 6 coordenadores que já me referi, forma uma equipe de 51 pessoas. Antes de deixar o cargo o prefeito anterior, em 31/10/2008 demitiu 35 servidores que ocupavam Cargos de Confiança e Funções Gratificadas.
Se fizermos uma conta matemática o atual chefe do Executivo além de repor os cargos de confiança extintos pelo seu antecessor nomeou ainda mais 16. Onde estaria a economia preconizada para pagar uma dívida que ficou para ser saldada pela atual administração?
O chamado “choque de gestão para fazer caixa e colocar as finanças em dia foi mais uma frase de efeito do que promover economia que não houve. A não ser que os exercentes dos cargos preenchidos não ganhem salário e trabalhem gratuitamente para o município. Não fica bem perante a sua comunidade o prefeito dizer uma coisa e fazer outra, acaba perdendo a confiança, se já não perdeu.
Outrossim, falar é fácil, o difícil é cumprir o que prometeu.



segunda-feira, novembro 16, 2009

A VIAGEM DO MORTO

Através do telefone um leitor conta-me uma estória impressionante que aconteceu recentemente em município localizado a cerca de 380 quilômetros de Porto Alegre, na Região do Alto Uruguai, mais precisamente em Maximiliano de Almeida. Impressionante do ponto de vista sentimental, porque a família da vítima teve que esperar quase dois dias para sepultar seu ente querido, pelo desmazelo do Estado, que mapeou de forma ridícula o zoneamento das equipes de perícia e necropsia no interior gaúcho.
O fato foi o seguinte: Eram oito horas da manhã, chovia. Um jovem que fazia suas costumeiras lidas interioranas no cuidado dos animais de criação, foi atingido por uma descarga elétrica e acabou morrendo. Houve atendimento de primeiros socorros, mas tudo foi insuprível. A Polícia cumpriu o seu papel; compareceu ao local, fez o levantamento de praxe, abriu inquérito etc., mas faltava o laudo chamado auto de necropsia que é feito por peritos para atestar a causa da morte.
Como o município fica no norte do Estado e pertence, segundo o famigerado zonemaneto, à Lagoa Vermelha, o falecido foi encaminhado para aquela cidade só sendo liberado às 10h do dia seguinte, portanto, cerca de 26h depois de ocorrido o óbito. De Lagoa Vermelha retornou até Erechim, seguindo para Barão de Cotegipe onde foi sepultado às 17h, portanto, do dia posterior à ocorrência. Logo, o falecido viajou depois de morto, mais ou menos 300 quilômetros até chegar a sua última morada, só para receber um documento descritivo, onde os atos do exame físico-cadavérico e avaliações complementares são registrados para, ao final, concluir a causa mortis.
Fico imaginando a dor e o sofrimento dos familiares desse rapaz, que além de perder um ente querido nas circunstâncias em que ocorreu e , ainda, ter que se sujeitar a determinadas providências burras (mas legais) quando ali, bem próximo (Erechim) o mesmo serviço poderia ser disponibilizado. Não consigo entender!
A pessoa que me revelou essa inacreditável estória disse-me mais. Citou a forma de tratamento dispensado aos familiares, a demora no atendimento etc. como que manifestando seu protesto em nome da infeliz família.
Para me certificar dos locais de atendimento da perícia, órgão vinculado a Secretaria da Segurança, acessei o site do Instituto Geral de Perícias e lá constatei que na região Norte existe médicos legistas em Erechim, Lagoa Vermelha, Passo Fundo e Carazinho. Ora, só não entendi porque o cidadão que faleceu vítima de uma fatalidade teve de ser levado para local mais distante, quando bem próximo há toda uma estrutura, até muito mais bem aparelhada do que na cidade para onde foi transportado o morto.
É um assunto para ser repensado, se é que existe o tal zoneamento para atendimento do IGP. Qualquer leigo conclui que é muita desfaçatez obrigar uma família em plena dor e sofrimento, pela perda de um membro querido, andar de um lado para outro em busca de um atestado de óbito. Convenhamos!
É hora então de re-zonear os postos de atendimento do IGP, para evitar fatos constrangedores como este que ocorreu num acidente em Maximiliano de Almeida.

sexta-feira, novembro 13, 2009

MÉRITO FARROUPILHA

Entre muitos políticos exemplares que conheço, Odacir Klein é um deles. Acompanhei sua vida política desde quando foi vereador e prefeito de Getúlio Vargas e mais tarde deputado estadual, federal, Ministro dos Transportes, Secretário da Aagricultura e Abastecimento, membro do Conselho da República e Diretor de Recursos Humanos do Banco do Brasil. É hoje presidente-executivo da Abramilho – Associação Brasileira dos Produtores de Milho e da Ubrabrio – União Brasileira do Biodiesel e exerce a advocacia em Brasília (DF). Em todos os cargos exercidos deixou a sua marca de honestidade, competência e retidão.
A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa vem de aprovar em boa hora, e muito justamente, proposta do deputado Giovani Cherini (PDT), para conceder-lhe a Medalha do Mérito Farroupilha, honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul à personalidades que prestam serviços relevantes para o desenvolvimento do Estado. A solenidade de entrega acontecerá nos próximos dias, em data a ser agendada.
Estou lembrando agora a primeira vez que visitei Brasília (1980), Klein era deputado federal. Estive em seu gabinete numa missão profissional e dele recebi toda a cobertura e assistência, resultando vitoriosa aquela ação. Foi pelo seu prestígio junto ao Ministério de Minas e Energia, que pude chegar até o assessor direto do ministro César Cals, naquela época, onde tratei com o major Francisco Pereira, um pernambucano da melhor estirpe, de um assunto extremamente delicado, envolvendo empresas de extração de areia nas margens do Rio Paraná. Já se passaram 19 anos e até hoje não esqueci sua gentileza. Fiquei amigo também desse major e nunca mais soube notícias dele. Se orgulhava muito de ser bombeiro e era, efetivamente, um homem de extrema confiança do ministro. Meses depois recebi de presente uma belíssima e confortável rede confeccionada pelos artesãos pernambucanos.
Mas, Odacir Klein sempre foi um homem muito sério. Nem o alcoolismo, que por algum tempo tomou conta de si prejudicou, tirou-lhe o brilho de sua personalidade. Não iria tocar no assunto, mas como ele é público, já que até livro publicou, onde explica de forma simples, coloquial e direta, da mesma forma que um avô fala com os netos, aborda a dependência ao álcool com os leitores do seu último livro, "Conversando com os netos". O autor levou essa obra pela primeira vez a um evento literário na 25ª Feira do Livro de Campo Bom, depois em Porto Alegre.
Mesmo com o sucesso de sua obra, Odacir Klein não se considera um escritor. Ele conta que o único objetivo desse seu trabalho é ajudar pessoas e famílias que convivem com o drama do alcoolismo, assim como ele conviveu. O livro não é uma autobiografia. É apenas um jeito que ele encontrou para explicar o que é o alcoolismo, porque ele existe, como tratar, e outros temas relacionados a essa doença. Klein revela que não tem mais contato com bebidas alcoólicas há seis anos. Seu livro foi lançado no dia 4 de setembro e já vendeu mais de duas mil cópias, o que obrigou a editora a publicar uma segunda edição.
Em síntese, este é o perfil de um homem que politicamente foi de tudo um pouco e apesar de alguns percalços continua sendo querido e estimado pelos gaúchos.
Ao amigo Odacir Klein, um cordial e fraterno abraço.

quarta-feira, novembro 11, 2009

HOJE É DIA DE DECISÃO

Pode ser que me engane, mas o governo não vai ceder ás pressões dos aposentados que esperam uma decisão sobre reajuste para os que ganham acima de um salário mínimo, a ser concedido em 2010, e o fim do fator previdenciário. Embora haja apoio de tantas entidades, sindicatos e políticos (menos os do PT) a herança deixada pelo então presidente Fernando Henrique, ainda não é desta vez que vai deixar de existir: o famigerado fator previdenciário que prejudica a todos indistintamente, uma vez que as alterações do teto não acompanham a da variação do salário-mínimo.
Os senadores Paulo Paim, pelo Rio Grande do Sul e Mário Couto, de Pernambuco, tem lutado denodadamente em favor da categoria, mas o governo liderado pelo presidente Lula tem se mostrado radical e não quer saber de conceder o benefício aos aposentados, cujo projeto corrige uma histórica injustiça aos que contribuíram para a construção deste país.
A imprensa notícia hoje que logo mais as 16h, finalmente o presidente Lula encontrou tempo para se reunir com o ministro da Previdência, José Pimentel para discutir a questão. Ao que se sabe Lula já concordou em dar aumento acima da inflação, mas quer discutir detalhadamente o assunto.
A forma de cálculo que vem sendo contestada pelo senador Paulo Paim foi implantada no governo Fernando Henrique Cardoso após edição da Emenda Constitucional nº 20/98, e da Lei 9.876/99. A Emenda leva em conta além da idade e expectativa de vida do segurado para alcançar o valor, a média das 80% maiores contribuições mensais desde o mês de julho de 1994, o que reduz de forma considerável o valor inicial do benefício previdenciário, mesmo para aqueles que sempre contribuíram sobre o teto.
Porta vozes do presidente dizem que o governo é resolver a questão para não levar a discussão por mais tempo e não sofrer prejuízos políticos. Mas, a estas alturas os prejuízos já estão sendo contabilizados e serão irreversíveis se não cair o fator previdenciário e os reajustes não forem os mesmos concedidos ao salário mínimo.
A ministra Dilma, da Casa Civil, candidata a presidência, a respeito do mesmo assunto disse ontem que não está preocupada com a reação do eleitorado caso a proposta seja rejeitada, pois, segundo ela, a questão é técnica e não política.
Uma decisão, porém já está tomada: será garantido um percentual de 2,5% acima da inflação acumulada este ano. Com isto, o reajuste ficaria em torno de 6%, e para o ano de 2011, seria repetida a fórmula de inflação somada à metade do PIB de 2009.
A expectativa é aguardar o que vai acontecer hoje á tarde na reunião entre Lula e José Pimentel. A partir daí a bancada do governo na Câmara vai ser orientada.
Enquanto isto leia o que publica hoje o Correio Braziliense:

“Proposta que separa gratificações dos servidores efetivos das dos funcionários sem concurso é alvo de críticas por beneficiar indicados de políticos
O governo deflagrou ofensiva pela aprovação de projeto que abre brecha para o aumento de salários de servidores que não têm vínculo com a administração pública — cerca de 5,6 mil pessoas. A proposta separa as gratificações destinadas a funcionários efetivos das que são usadas para pagar os contratados sem concurso público.
O Ministério do Planejamento garante que a intenção é ampliar a profissionalização do pessoal do Executivo, criando critérios para a nomeação de efetivos em cargos de confiança. Entidades de classe, no entanto, condenam a iniciativa. “Com isso, você pode dar um tratamento diferenciado aos apadrinhados dos diversos partidos que compõem o governo”, disse o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa.
Hoje, tanto servidores efetivos quanto os de livre provimento que ocupam cargos de confiança são pagos por meio dos chamados DAS. Os funcionários de carreira podem receber até 60% do valor do DAS, que varia de R$ 1,2 a R$ 5,3 mil, além dos vencimentos. Já os de livre provimento recebem o DAS em valor integral, como pagamento de salários.
O projeto de lei em questão cria uma função comissionada específica para os funcionários de carreira. A proposta prevê a criação de 2.477 Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE), com destinação exclusiva a servidores dos ministérios do Planejamento, Fazenda e Justiça, além da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU)”.
O que você acha disso tudo?