quarta-feira, março 30, 2011

NÃO TENHO MEDO DA MORTE
Morreu o ex-vice-preisdente da República no governo Lula, José Alencar. Ele lutava contra um câncer há 14 anos. Foi um bravo. Deixou uma lição de destemor da morte. A Nação inteira pranteia sua morte porque foi um grande brasileiro. Nascido na cidadezinha de Itamuri, município de Muriaé, no interior de Minas Gerais, em 17 de outubro de 1931, tinha 79 anos e era o 11°. Dos 15 filhos do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva.
“Não tenho medo da morte. Tenho medo da desonra”. Esta frase pronunciada por José Alencar bem espelha a sua grandeza como homem e político. Destacou-se em um dos maiores empresário no setor têxtil brasileiro, senador pelo seu estado e vice-presidente da República nos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma das marcas de sua atuação foi o fato de ter se transformado em um crítico bem-humorado da política de juros. As sucessivas queixas sobre o impacto das altas taxas no setor produtivo viraram uma espécie de brincadeira do vice-presidente com a imprensa e com colegas no Palácio do Planalto.
Depois de ser velado no Palácio do Planalto em Brasília, nesta quarta-feira, o corpo de José Alencar segue hoje para o Palácio da Lealdade, em Belo Horizonte e depois para o cemitério do Bom Fim. O Brasil está de luto por sete dias.

Um caso que abalou o Brasil
Terça-feira, 29, assinalou o 3º. aniversário da morte da menina Isabella, encontrada caída no terraço do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo. Ela tinha apenas 5 anos. Tentativas foram feitas pelos médicos para que fosse reanimada, mas sem sucesso. Os ferimentos do impacto de seu inocente corpo com o solo foram às causas da sua morte, já na madrugada do dia 30.
Por esse motivo, essa última data é a que aparece na cruz da lápide de Isabella ao lado da estrela que traz o seu nascimento: 18 de abril de 2002. Ela está sepultada no Cemitério Parque dos Pinheiros, no Jaçanã, e segundo os funcionários a visitação ao túmulo beira a peregrinação. 
Um ano após condenação, a defesa do casal Nardoni ainda tenta anular júri. Foi um caso que abalou o Brasil.
Desde o início das investigações, a Polícia Civil desconfiou da versão apresentada pelo pai da criança, Alexandre Alves Nardoni, e da madrasta da menina, Anna Carolina Trota Peixoto Jatobá, de que um assaltante havia entrado no prédio e a jogado da janela do sexto andar.
Após se tornar suspeito, indiciado, acusado, denunciado e réu, o casal foi condenado pelo crime. Alexandre, atualmente com 32 anos de idade, foi sentenciado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão sob a acusação de ter atirado sua filha do 6º. Abdar de seu apartamento. Anna Carolina Jatobá, com 27 anos, recebeu pena de 26 anos e oito meses de reclusão porque foi tida como a responsável pela esganadura antes da queda.
O ciúme que a madrasta tinha do marido com a filha dele, Isabella, e com a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, foi apontada como a motivação do crime. Os Nardoni estão detidos na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
Até hoje muitos se perguntam: o que leva uma pessoa, no caso o pai de
Isabella, praticar esse tipo de crime?

Autismo
Para concluir, lembro que dia 2 de abril é dia mundial da Conscientização pelo Autismo. Em crianças o autismo é mais comum do que a AIDS, diabetes e câncer juntos! Estima-se que 2 milhões de brasileiros são acometidos pela síndrome do autismo. Muitos ainda sem diagnóstico. Alguns não falam, outros falam, mas têm dificuldades para se expressar. Promover na escola de seus filhos uma campanha para aceitação da diversidade e pedir que a escola vista azul na sexta-feira, dia 1º. é uma forma de lembrar o Dia Mundial da Conscientização pelo Autismo.

sexta-feira, março 25, 2011

OS 45 ANOS DO MDB/PMDB
O MDB-PMDB completou na última quinta-feira, 24, quarenta e cinco anos de fundação. Pronunciamentos nos parlamentos brasileiros e manifestações de políticos assinalaram a data, recordando a luta exercida no período revolucionário, quando os partidos políticos foram extintos pelo Ato Institucional n. 2, constituindo-se apenas dois, a ARENA (governo) e MDB (oposição).
Dificuldades, ameaças, intimidações, situações de constrangimento não intimidaram aqueles que, mesmo se expondo a avexação do Movimento Revolucionário fundaram o Movimento Democrático Brasileiro, que mais tarde se transformou em Partido do Movimento Democrático Brasileiro.
Guardo ainda na lembrança, e está nos anais da Câmara de Vereadores de Erechim, um discurso pronunciado pelo então vereador Helly Luiz Prenti, hoje com seus 82 anos em que, numa sessão no mês de junho de 1984, registrava o 18º. aniversário de fundação do MDB.
No pronunciamento Helly Parenti destacou o destemor de um grupo de erechinenses que com muita bravura levaram a cabo a missão de fundar um partido de oposição ao movimento revolucionário.
Os 21 que assinaram a ata de fundação foram: José Mandelli Filho, Julian Caramalak, Jorge Caramalak, Venceslau Jacuniak, Giocondo Giacomazzi, Paulo Nunes Goulart Garcia, Celso Testa, Luiz Frizzo, Irany Jaime Farina, Daci Ferreira Monteiro, Arno Schimidt, Antônio Burin, Salin Zill, Helly Luiz Parenti, Raymundo Picollo, Francisco Max Schmidt, Francisco Baso Dias, Catarina Basso, Carlos Rigoni, Dantonm Hartmann e Vagner Vanzelotti Monteiro.
Antônio Burin oriundo do PSD, devido à “pressões e ameaças” acabou desistindo de sua filiação ao MDB desfalcando a última hora a nominata, transferindo-se para ARENA. Para preencher a vaga, apresenta-se voluntariamente engenheiro químico Aristides Agostinho Zambonatto que, numa atitude de coragem e patriotismo dirige-se até o Fórum local e solicita ao Juiz Eleitoral autorização para assinar ficha no MDB, completando, assim, o número legal para a formação do Diretório.
Esta a síntese histórica do surgimento do MDB em Erechim.
O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foi um partido político que abrigou opositores do Regime Militar de 1964 ante o poderio governista da Aliança Renovadora nacional (ARENA). Organizado nacionalmente em fins de 1965 e fundado no ano seguinte o partido se caracterizou por sua multiplicidade ideológica graças, sobretudo, aos embates entre os "autênticos" e "moderados"  quanto aos rumos a seguir no enfrentamento ao poder militar. Inicialmente raquítico em seu desempenho eleitoral, experimentou grande crescimento no governo de Ernesto Geisel obrihgando os militares a extinguirem o bipartidarismo e assim surgiu o Partido do Movimento Democrático Brasileiro em 1980
Com o fim do bipartidarismo, as inúmeras correntes que formavam o MDB fundaram legendas como o PT e PDT, e outras que vieram mais tarde durante os anos oitenta. Em 1988, uma cisão no PMDB deu origem ao PSDB, formado pela ala então social-democrata e os intelectuais do partido ligados ao ex-governador paulista Franco Montoro. Dos nomes históricos do MDB gaúcho são lembrados até hoje Pedro Simon, Paulo Brossard de Souza Pinto, Floriceno Paixão, Henrique Enkin, José Mariano de Freitas Beck, Matheus Schmidt, Victor Issler, Alceu de Deus Collares, Odacir Klein e tantos outros...
Concluindo, Parenti disse: “Se todos colocassem em primeiro lugar a bondade e o respeito humano, certamente os homens seriam mais amigos uns dos outros. Aos que permanecem no nosso convívio a nossa gratidão e o nosso respeito porque não precisaram se esconder debaixo da cama como se dizia naqueles dias incertos. A história não registra os covardes”.

terça-feira, março 22, 2011

TAMBÉM CONHECI CHICO TASSO
Encontrei-me casualmente com o Padre Antonio Valentini Neto, Pároco da Catedral São José, na secretaria da Paróquia, quando fazia a inscrição de meu filho para a catequese da Crisma, que este ano será em novembro. Foi um reencontro muito fraterno que permitiu por alguns momentos a recordação de alguns fatos ligados à criação da diocese; de nomes de sacerdotes que deixaram seus nomes lapidados na história do município, e a mostra de seu recente livro onde ele narra cuidadosamente os fatos notáveis ocorridos desde a chegada do primeiro sacerdote em Erechim.
Falei que gostaria de escrever algo sobre o Padre Benjamim Busato, que recordo ainda da sua intrepidez e ousadia, quando assomava o púlpito da antiga Igreja São José, para sua prédica dominical na missa das 10h.
Enquanto manifestava esta vontade, padre Antoninho, como é carinhosamente nominado pelos paroquianos, foi logo atalhando e me disse:
- Tenho um trabalho de pesquisa sobre a vida da Paróquia São José, fruto do I Fórum da Igreja Católica no Rio Grande do Sul que elaborei e que vai auxiliá-lo.
Ontem recebi por e-mail a preciosidade histórica de seu trabalho, onde ele elabora a biografia do Padre Benjamim, facilitando o meu trabalho de pesquisa e de lembranças dos fatos que marcaram a vida do ilustre sacerdote.
Ordenado padre no dia 09 de agosto de 1925, chegou a Erechim como vigário paroquial no dia 21 de janeiro de 1926 permanecendo até 1950 tendo interrompido por algum tempo seu ministério prebiteral indo residir no interior do Mato Grosso.  Regressou vários anos depois assumindo a capelania do Hospital de Caridade. Depois, até sua morte, foi capelão do Hospital Santa Isabel, de Gaurama. Morreu em acidente de trânsito, no dia 27 de março de 1984, pelas 14:00, ao tentar cruzar, com seu “fusquinha”, a BR 153, saída de Erechim para Gaurama. Seus restos mortais estão nos ossários da Catedral São José.
Uma das várias características da personalidade do Padre Benjamim era a sua oratória, forte e decisiva. Naquele tempo exigia que as mulheres cobrissem a cabeça com um véu para receber a comunhão, e o costume era os homens ocuparem os bancos do lado direito de entrada da igreja e as mulheres à esquerda. E ai da mulher que entrasse na igreja com vestido decotado, mandava sair.
Dentre as obras deixadas pelo Padre Benjamim Busato podem ser destacadas a Romaria Interestadual da Salette, em Marcelino Ramos; a construção da Igreja São José que custou a comunidade católica 690 contos de réis; dirigiu a Associação Rural e foi o maior incentivador do plantio de soja na região. Garantiu a construção da estrada de Erechim a Nonoai, intervindo junto ao Governo estadual. Adiantou dinheiro para o início das obras. Para garantir a energia elétrica de qualidade, assinou empréstimo de “mil contos” junto ao Banco Pfeifer. Fundou o Círculo Operário local. Conforme pesquisa de Sônia Mári Cima, que resultou na publicação de “Reza e Política, uma combinação na história do Pe. Busato em Erechim”, Pe. Benjamim chegou a ser indicado para ser candidato a Deputado estadual, mas não aceitou. De 1946 a 1947, foi membro e Presidente do Conselho de Administração (Câmara de Vereadores).
O Padre Benjamim era um estudioso e escritor. Deixou escrito inúmeras crônicas, e sua biblioteca era formada por mais de dois mil volumes. Usava o pseudônimo Chico Tasso. Muito se poderia falar de Chico Tasso (Pe.Benjamim), cuja vida foi sempre evidenciada e respeitada por todos que o conheceram. Como diz o Padre Antoninho: era um homem benemérito de grandes intuições. Um grande lutador. Combativo. Enxergava mais à frente.

domingo, março 20, 2011

O SERVIÇO DE TÁXI
Sempre tive o maior respeito pela categoria dos taxistas. Mas, sexta-feira perdi os cadernos. Fui ao mercado fazer algumas compras para o fim de semana e acabei comprando um pouco mais que o necessário, portanto, tive que fazer o uso de um táxi para chegar em casa com as compras. O supermercado onde fui abastecer-me oferece aos clientes que gastam acima de R$ 90 a comodidade de ser levado até sua residência como cortesia. De início, aceitei a bonificação, mas como estavam a minha frente na fila  seis clientes e tinha urgência, desisti da cortesia e resolvi chamar um táxi.
Se tivesse esperado na fila teria economizado o valor da corrida e não me incomodado com uma motorista (mulher), além de esperar cerca de meia hora até o táxi chegar ao local onde me encontrava.
O que mais me irritou foi à cara de pau da taxista, que ao chegar em frente ao siupermercado com o carrinho das compras, queria que compartilhasse a corrida com outra acompanhante.
Evidentemente que não aceitei, e dispensei-a do serviço. Ela não gostou muito, torceu o nariz e eu fiquei prejudicado porque tive que chamar outro táxi.
Sinceramente não sabia que em Erechim existia esse tipo de serviço compartilhado de táxi, ou seja, o táxi aqui virou lotação, o que acho não ser legal.
Na conversa com o taxista que me trouxe até em casa perguntei-lhe se era hábito esse tipo de serviço, onde o motorista de táxi pode levar duas ou mais pessoas para diferentes pontos da cidade na mesma corrida. E ele me respondeu que há alguns colegas seus que estão procedendo assim prejudicando, inclusive, aqueles que não adotam o mesmo procedimento.
Sugiro ao presidente do Sindicato dos Taxistas, que examine junto aos seus associados, essa estranha forma de prestar o serviço público de táxi como fez essa motorista.
Na hora fiquei tão escandalizado com a taxista que acabei não solicitando seu nome e nem anotei o número da placa do seu veículo. Só lembro que era gordinha, de cor clara e cabelos compridos, mas antipática, nada amistosa.
Até no serviço de táxi existe a ganância, e eu não sabia. Para essa motorista quero lhe dizer que essa caracterização de vontade de possuir somente para si próprio tudo o que existe é egoísmo e também um sentimento humano negativo. Esse tipo de comportamento, associada também a outras formas de poder, tal qual influencia as pessoas de tal maneira, que seus praticantes chegam ao cúmulo de corromper terceiros e se deixar corromper, manipular e enganar as pessoas. E foi o que ela fez, queria enganar-me. Mas como no colégio que ela freqüenta eu fui expulso há muito tempo, mandei-a para os quintos dos infernos.

sexta-feira, março 18, 2011

QUEIMEI A CUCA
É verdade. Queimei a cuca para recordar o ano da realização do primeiro circuito automobilístico “Cidade de Erechim” e consegui lembrar depois de gastar muito fosfato. Foi no dia 7 de setembro de 1952. Naquele tempo a cidade de Erechim denominava-se Capital do Trigo, por ser apontado como o município que mais produzia trigo no Brasil. Era um dia bonito de primavera. Muito quente. A população concentrava-se na frente da Prefeitura, local da largada.
Disputavam o título verdadeiros azes do volante da época. Um dos carros lembro ainda, era da marca Vanguard, dirigido pelo volante Luciano Reichmann e ao seu lado figurava como ajudante co-piloto, Joaquim Reichmann Filho. O carro impressionou logo na largada, perfazendo a volta pela cidade em tempo recorde, até a primeira curva da Praça da Bandeira.
No segundo lugar largou o Dr. Olimpio Zanin, também com seu Vanguard, tendo como co-piloto Ernesto Fiebig. E assim, a cada cinco minutos um carro recebia a ordem de largada. Pela ordem, foram seguindo Eduir Faggion, com seu Borgward B-1250, auxiliado pelo jovem Schneider; Jandir Cechet, com um Citroen que fundiu o motor antes de chegar a Vila Áurea; depois Dr. Flory Lamaison Rosa, com o automóvel Triunf, tendo como auxiliar, Diogo Rossini; Luiz Otero dirigia um Mercedes Benz, a diesel, auxiliado por Tedesco; Moisés Zaltzmann, com um Vanguard;  Levino Tagliari, consagrado piloto erechinense, com seu Hansa Borgward-1500; Aquilino Dal Bosco, com Austin e, finalmente José Fasolo, dirigindo um Vanguard, tendo como ajudante o jovem Galli.
Houve, ainda, a participação dos carros dirigidos por Miguel Nunhoffer e Estácio Groch.
Foi vencedor da prova o piloto do carro n°. 20, Levino Tagliari que teve em sua equipe Américo Ricardi.
O percurso de 74 quilômetros entre Erechim-Vila Áurea e foi feito pelo vencedor Levino Tagliari em 1 hora 3 minutos e 55 segundos e 3 quintos. Eduir Faggion chegou em segundo lugar. Em terceiro Olympio Zanin, em quarto Jandir Cechet, cehagando após Flory Rosa.
Eu era adolescente quando esta prova se realizou, e lembro como fosse hoje. A Av. Maurício Cardoso ficou lotada pela população que pela primeira vez assistiu uma corrida de automóvel. Depois se sucederam outras provas com grande êxito e Levino Tagliari era o nosso Ayrton Senna na época.
Vieram disputar prova em Erechim mais tarde, Pedro Caneiro Pereira, grande narrador esportivo da Rádio Guaíba, Aido Finardi e tantos outros. São fatos que o tempo não apaga.

Para fechar a semana, o Ministério Público e a Câmara de Vereadores solicitaram informações ao prefeito Paulo Polis, sobre os contratos “viciados” que deram origem a possíveis fraudes, lesando o erário público na questão das lombadas eletrônicas. Em Porto Alegre, o MP também solicitou a prisão preventiva  do ex-coordenador do Daer Paulo Aguiar. Ele já era reincidente por crimes licitatórios e de peculato por favorecer a Engebrás em contrato de locação de controladores de velocidade. O prejuízo aos cofres públicos, segundo o promotor responsável pelo caso, teria sido de R$ 13 milhões.

quarta-feira, março 16, 2011

O PUM...PUM DOS AMALUCADOS MOTORISTAS
Estive caminhando no fim de semana pela Av. Maurício Cardoso onde, à tarde, as pessoas ocupam os bancos dos largos canteiros e curtem um bom papo ao sabor do gostoso chimarrão. Duas observações incômodas durante o passeio: primeira, o “futing” dos automóveis pra cima e pra baixo da avenida, com o som de seus aparelhos ouvindo-se apenas um pum... pum... pum... a um volume irritável, arrufadiço, por vezes atrevido, próprio de quem tem prazer amalucado em fazer barulho e não deixar ninguém sossegado. Legítimos aborígines que preferem o pum... pum... dos possantes alto falantes, do que a música, que delícia os ouvidos e faz bem a alma e aos sentimentos.
Não raro, também à noite, pela madrugada nos fins de semana, principalmente, o mesmo som abusivo, na medida em que o silêncio projeta ainda mais o desprezível barulho do pum...pum...
A segunda observação é o estado do passeio nos canteiros centrais da Maurício Cardoso, cujas pequenas pedras formam saliências, quase quebra molas, pelo crescimento das raízes das frondosas árvores, colocando em risco de queda os transeuntes.
O setor da prefeitura que zela os jardins bem que poderia melhorar o passeio dos canteiros centrais. A própria prefeitura poderia manter uma equipe de calceteiros para realizar essa tarefa. E não é só na Maurício, na Sete de Setembro também.

Ultimamente tem se falado muito sobre trânsito em Erechim. Até audiência pública foi promovida para discutir as mudanças realizadas pela administração no intuito de melhorar, com maior segurança, o tráfego de veículos pelo centro da cidade.
Mas, os nossos motoristas têm muito que aprender ainda! São, na sua grande maioria, muito mal educados. O pedestre por sua vez também não colabora, não faz uso de uma convenção que deve ser hábito sempre que atravessar uma rua onde exista faixa de segurança. Estou falando no sinal de estender o braço para que o condutor do veículo observe que o transeunte tem a preferência, vai passar e o veículo tem de parar.
Percorro a Av. Maurício Cardoso diariamente e não vejo ninguém estender o braço nas faixas de segurança.
Por oportuno vale indagar: quando a administração “onde todos têm oportunidade” vai trocar os semáforos por mais modernos e inteligentes?
Erechim é a única cidade no mundo onde só há sinal visual (semáforo) para veículos. O do pedestre está sempre no vermelho.

Um cidadão me manda uma queixa contra a falta de cuidado dos condutores ao trafegam pela Santo Dal Bosco, no Bairro das Três Vendas, na frente da Escola Dom, onde há uma faixa para pedestre. Ontem pela manhã duas crianças quase foram atropeladas naquele local por uma carreta que desenvolvia velocidade acima do normal e não parou para dar preferência aos estudantes.
Quando motoristas abusados procedem dessa forma fica difícil educarmos ás pessoas para um trânsito mais humano e seguro.

segunda-feira, março 14, 2011

PREFEITO DEBAIXO DE MAU TEMPO
Em menos de quinze dias dois escândalos no governo do PT/PMDB em Erechim: o caso da destruição parcial de um veículo da prefeitura municipal em caso supostamente amoroso entre uma servidora e um empresário e a do recebimento de propina (10%) sobre o valor do contrato das denominadas lombadas eletrônicas que estão sendo implantadas na cidade.
Estão envolvidos no escândalo, segundo o programa Fantástico da TV-Globo deste domingo, a empresa Engebras, ECT e Perkhons, com a cooperação de três funcionários, um prestador de serviços da Eletrosul, uma técnica do Detran e do coordenador dos Sistemas Eletrônicos de Operações Rodoviária do DAER, Paulo Aguiar, que a estas horas já deve ter sido exonerado pelo secretário Beto Albuquerque.
Várias prefeituras do interior do estado estão no bolo, entre as quais, a de Erechim.
A segunda-feira começou muito movimentada na prefeitura desde cedo. Prefeito, assessores e departamento jurídico do município estão reunidos para a tomada de medidas contra a corrupção que se instalou no passo municipal depois das acusações públicas da TV-Globo, em rede nacional, de que haveria pagamento de comissão pela empresa Kopp, vencedora do edital de instalação de pardais e lombadas eletrônicas.
De acordo com a reportagem, a Perkhons preparava os editais “viciados” para a Kopp vencer as concorrências.

A versão da Prefeitura

Falando a uma emissora local, o prefeito Paulo Polis taxou a reportagem do Fantástico de sensacionalista e que tanto o Edital como o Contrato com a empresa vencedora da concorrência foi “limpo”. “Nós não nos metemos em malandragem” assegurou o prefeito.
Sobre as providências a serem tomadas o chefe do Executivo afirmou que o contrato de execução dos serviços já foi suspenso além de ter sido solicitada análise da documentação pelo Tribunal de Contas. Polis asseverou que vai defender os interesses do município, tranqüilizando a população de que ao final tudo será esclarecido. “O que tivemos que fazer, fizemos”, concluiu.
Sobre a cláusula contratual em que consta o pagamento de percentual de multas a empresa instaladora das lombadas eletrônicas como forma de ressarcimento é inconstitucional, portanto, o contrato é irregular e pode ser nulo.
O Código Nacional de Trânsito em seu Art. 320 é claro: A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Não fala que empresa pode participar do bolo da arrecadação.
Tão logo soube da fraude o secretário Beto Albuquerque afirmou que vai "afastar, sindicar e processar" os suspeitos de envolvimento em uma suposta fraude na relação entre prefeituras e empresas fabricantes de controladores eletrônicos de velocidade, além de determinar a suspensão de todos os contratos
Definitivamente, instalou-se a bandalheira no Rio Grande do Sul.

sexta-feira, março 11, 2011

O TRÂNSITO EM ERECHIM
Muito tem se discutido sobre o trânsito em Erechim. O prefeito Polis tem recebido as mais candentes críticas por apoiar as medidas adotadas pelo seu Secretário da Segurança, que tem feito várias modificações (experiências) na tentativa de reduzir o fluxo de veículos pelo centro e que na prática não surtiram os efeitos desejados pela maioria da população. As próprias pesquisas feitas pela prefeitura e órgãos de imprensa local demonstraram que há um descontentamento geral pelas medidas adotadas.
Sempre que se queira modificar uma situação que se tornou uso e costume por quase um século, obviamente encontra reações as mais diferentes, coletivas ou individuais.
A Prefeitura Municipal de Erechim que tem a responsabilidade de gerenciar, projetar e determinar como funciona o trânsito urbano da cidade iniciou mal o processo de mudanças.
Na nossa modesta opinião, primeiro deveria preparar a comunidade através de uma campanha de esclarecimento sobre a necessidade de haver mudanças no trânsito e justificar essas mesmas mudanças; segundo, entregar a questão a uma equipe de técnicos para estudar e apresentar um anteprojeto que, depois de verificado a sua viabilidade, implantá-lo.
A Secretaria da Segurança fez o contrário. Para usar uma expressão chula, colocou a carroça à frente dos bois, ou seja, resolveu transformar o anel da Praça da Bandeira, como bem caracterizou um erechinense na audiência pública de sexta-feira, “como um tranca rua”, expressão usada em terreiros de Umbanda.
Se por um lado o vereador Mantovani foi considerado por alguns assistentes como arrogante durante a mediação da audiência pública, de outro lado apresentou-se um secretário municipal despreparado, não muito amistoso, pouco comunicativo e sem poder de convencimento.
De parte da comunidade, lamentamos a omissão dos que deveriam estar presentes na reunião para discutir tão importante assunto. A fora o representante do Sindilojas, OAB (Subsecção de Erechim), Brigada Militar, Bombeiros e de uma empresa de projetos e engenharia, ouviram-se algumas manifestações de apoio às mudanças e outras contrárias, cada uma puxando a sardinha para o seu assado.
Não foi uma reunião como se esperava, mas serviu, pelo menos, para recolher sugestões e subsídios que após sistematizadas, podem muito bem ser aproveitadas num possível projeto de mudança do trânsito na cidade.
Durante a audiência pública muitas críticas foram feitas contra a falta de educação de pedestres e motoristas e a velocidade descontrolada de alguns manicacas, que desrespeitosamente insistem em infringir ás leis do trânsito. Foi sugerida a abertura de mais vagas para contratação de agentes de trânsito e implantação de sinaleiras inteligentes nos pontos de maior movimentação de veículos. Os atuais semáforos já estão ultrapassados.

terça-feira, março 08, 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA
Nesta quinta-feira a população de Erechim tomará conhecimento do projeto que pretende dar fim às experiências feitas até agora pela administração municipal, para resolver o fluxo do trânsito na cidade, principalmente, no entorno da Praça da Bandeira.
Um grupo constituído de técnicos realizou estudos e chegou a conclusão que é possível solucionar o problema com investimento de menos de um milhão de reais e sem descaracterizar o traçado feito por Torres Gonçalves há quase cem anos quando projetou a cidade de Erechim.
O local da audiência pública será a Câmara de Vereadores ás 19 horas.
Vou estar lá para conferir de perto o que será mostrado à comunidade. Posso assegurar aos leitores que as pessoas envolvidas nesse projeto são da mais alta competência e experiência. Eu vi, rapidamente, o projeto. Não vou antecipá-lo por uma questão de ética e para não tirar o brilho da apresentação. Só sei dizer que soluciona a questão do trânsito, pelo menos para os próximos 50 anos.

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Uma das novidades implantadas nas principais ruas e avenidas da cidade foi à instalação de lombadas eletrônicas, a maneira mais civilizada e inteligente de determinar a velocidade dos veículos nos principais pontos de movimentação.
O motorista que passar a mais de 50 quilômetros horários nesses locais será eletrocnicamento multado.

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Teve início nesta quarta-feira de cinzas a Campanha da Fraternidade vivida pel Igreja Católica todos os anos após o carnaval.
A Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) propõe a cada ano, atr4avés da Campanha da Fraternidade, um intinerário evangelizador fortemene voltado para a conversão pessoal e comunitária , em preparação à Páscoa. Em 2011, a CF atinge um marco importante pela 47ª vez.
Em 2011 o opbjeto  será meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; Lema "A Criação Geme em Dores de parto", (Rm 8,22). Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados. Não há como simplesmente virar as costas e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações as nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade. Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas, não por uma minoria, mas por um todo. Este planeta é nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.

segunda-feira, março 07, 2011

EXALTAÇÃO À MULHER
O Dia Internacional da Mulher teve origem na cidade norte americana de Nova York em 1857. Num dia como hoje, 8 de março, operárias de uma fábrica de tecidos fizeram uma grande greve para reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com tamanha violência que as mulheres foram trancadas dentro da fábrica e foi incendiada. Cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente covarde e desumano. O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas em 1975 com o objetivo de discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, percebendo salários baixos, enfrentam a violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser obtido pelas mulheres. Na história de Erechim muitas mulheres se destacaram e contribuíram preponderantemente para o seu desenvolvimento: Elisa Vachi, Fiorinda Campagnolo, Catina Basso, Gelsomina Carraro, Anita Faitão Guella, Haidée Tedesco Realli, Irmã Consolata, Carlinda Poleto Farina e tantas outras anônimas não menos importantes que as citadas.
Victor Hugo em um de seus poemas exalta a mulher, exatamente como gostaria de fazê-lo.
O homem pensa.
A mulher sonha.
Pensar é ter cérebro.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano.
A mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza.
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa.
A mulher, o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
O homem tem um farol: a consciência.
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O farol guia.
A esperança salva.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
A mulher, onde começa o céu!!!
Neste dia da mulher, também quero dizer: bem aventurada àquela que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança para a humanidade. Um beijo a toas as mulheres.

quinta-feira, março 03, 2011

TUDO É CARNAVAL

Começa hoje em todas as cidades, ruas e clubes do país o Reinado de Momo. Serão quatro dias e noites terminando na quarta-feira de cinzas. O Carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. De origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam umas nas outras, água, ovos e farinha, a festa acabou sendo adotada em vários países do mundo, inclusive no Brasil que aperfeiçoou a festa, elegendo a cidade do Rio de Janeiro como a capital do nosso Carnaval. É um período onde o brasileiro extravasa o seu egotismo e esquece um pouco as dificuldades da vida.
Segundo a história, o entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
Os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos corsos começaram a aparecer no Brasil pelo final do século XIX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Depois, a festa foi crescendo e tornando-se cada vez mais popular. A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar, hoje Estácio de Sá. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva.
Como estamos vivendo o período de carnaval, é interessante lembrar um pouco o carnaval em Erechim. Na década de 60 os clubes rivais Ypiranga e Atlântico, que além do futebol, também nesta época promoviam uma verdadeira “guerra”, no bom sentido, para cada qual se sair melhor nos seus bailes e blocos carnavalescos, surgiu pela primeira vez o carnaval de rua.
O Clube do Comércio era mais conservador. E havia também o concurso para escolha da Rainha do Carnaval, uma tradicional promoção da Rádio Erechim através do decano radialista, Euclides Tramontini. A primeira rainha eleita foi Carmem Danese, do CER Atântico. O Carnaval de Rua, da Rádio Difusão, com a colaboração do Edmundo Palhano Sobrinho (Panela) e escola de samba Bambas da Orgia, do Clube 13 de Maio, foi outro acontecimento marcante na história do nosso carnaval. As Casas Alegreti era a grande patrocinadora dos nossos carnavais.
Hoje, a festa de Momo está restrita mais aos salões dos clubes locais. Bons tempos aqueles quando o carnaval era uma verdadeira festa de alegria com confeti, serpentina e lança perfume.
O VENDEDOR DE PROMESSAS

Todo o político é considerado vendedor de promessas, ou de ilusões.
Note que a cada eleição os que se dispõe a concorrer ao executivo ou legislativo, trazem até os eleitores uma bagagem de promessas que na sua grande maioria acabam não sendo cumpridas. O poeta baiano Jusué traduziu em forma de versos como seria se eleito fosse:

PROMESSAS POLITICAS

Se eu for eleito
Todos terão emprego:
Cobrador
Garçom
Motorista e porteiro

Vou dar aumento de salário
A todos comerciários.

As crianças vou tirar da rua
Para não pedir esmolas
Quero todas trabalhando e na escola

A segurança da zona urbana vai ser dura
Armamento pesados e viaturas.

Vai ter transporte confortável em massa
Vocês
pagam a ida
A volta é de graça

Nas palafitas não haverá mais barracos
Todos terão casas com água, luz, sanitários

Ninguém vai pagar pedágio
Vai ser livre o sistema viário.

Os idosos não vão pegar filas
Em bancos e postos de INSS
Basta ter paciência
Vão ser atendidos em suas residências.

A fiscalização da saúde
Vai ser permanente
Um médico para cada paciente.

Assim seremos todos felizes:
Poetas,patrões,cantores,atrizes...

Se vocês não acreditam
Isso é normal
Se ligue na TV
leia o jornal: ISSO É UMA CAMPANHA ELEITORAL.

terça-feira, março 01, 2011

LEGISLATIVO DE CÓCORAS

Por dois anos (1990 a 1991) trabalhei na assessoria de imprensa do PFL na Assembleia Legialativa ao lado de jornalistas como Otálio Camargo, Clóvis Heberle e Capa Verde. Foi ali que conheci o senador Carlos Alberto Chiarelli. Mesmo desempenhando suas atividades em Brasília, sua assessoria de imprensa era feita em Porto Alegre.
O senador tinha por hábito, ás primeiras horas da manhã, saber tudo o que a imprensa gaúcha publicava. E uma das minhas missões era preparar um “cliping” com o máximo de informações colhidas junto aos jornais Zero Hora, Correio do Povo, Jornal do Comércio e emissoras de rádio Guaíba, Bandeirantes e Gaúcha. O senador, andasse por onde andasse, era informado dos acontecimentos políticos do dia. Depois de ter sido ministro da Educação no governo Fernando Collor, abandou a política, e há 20 anos dedica-se á consultoria e é professor.
Nascido em Pelotas e criado em Uruguaiana, Carlos Alberto Gomes Chiarelli, 70 anos, é advogado. Também trabalhou como jornalista do Diário Popular e lecionou no Colégio Pelotense. Fez pós-graduação em Previdência Social na Espanha e em Direito do Trabalho na Universidade de Roma (Itália), na Ufrgs e na Universidade de Colônia (Alemanha). Retornou a Pelotas e passou a lecionar Direito em universidades e a atuar na advocacia, especialmente para sindicatos de trabalhadores rurais. Começou na política pelo movimento estudantil. Filiou-se ao PDC e, após o golpe de 1964, na Arena. Em 1974, foi secretário nacional de Relações do Trabalho. No ano seguinte, assumiu a Secretaria Estadual do Trabalho e Ação Social. Em 1978, elegeu-se deputado federal e, em 1982, senador, já no PDS. Deixou a sigla em 1985 para fundar o PFL. Foi candidato a governador em 1986 e, em 1990, assumiu o Ministério da Educação do presidente Fernando Collor. Deixou o cargo em 1991 e abandonou a política. Hoje dá consultoria e é professor. Sou muito grato ao ex-senador ter me oportunizado ser um seu colaborador. Dos políticos que conheci foi o mais humano, correto e ducado
Lendo nesta segunda-feira o Jornal do Comércio chamou-me atenção parte da entrevista do ex-senador que tem tudo de verdade: “O Executivo absorveu as funções do Legislativo, que ficou de cócoras. O Legislativo não aprova um projeto de lei se quer de origem própria. Quem legisla é o Executivo, através de Medidas Provisórias (MPs). E as MPs eram para casos urgentes, algum ataque fronteiriço, um problema de inundação. Era a superexceção, mas virou a regra da regra da banalização”.
Para os que não sabem, cócoras é ficar sentado no chão ou sobre os calcanhares; agachado, pois é assim que há anos anda o nosso Legislativo: de cócoras.
                                                          
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Tudo o que escrever ou falar sobre Moacir Scliar, falecido na tarde de domingo em Porto Alegre, após 40 dias de internamento hospitalar, seria repetir o que disseram sobre sua vida e sua obra. Escritor, imortal da Academia de Letras, médico sanitarista, humanitário, pai e esposo.
Scliar era meu ícone. Os imortais também morrem.