domingo, outubro 31, 2010

O BRASIL ELEGE A PRIMEIRA MULHER PRESIDENTE
Mais de 130 milhões de eleitores escolheram Dilma Rousseff a primeira mulher presidente do Brasil em toda a sua história de 500 anos. Significa dizer que a política e o projeto do PT e do presidente Lula mais uma vez foi convincente.
Também ficou comprovada a certeza das pesquisas que antecipavam a vitória da ex-ministra. Enfim, deu tudo certo. A maioria está feliz da vida e merece a comemoração. A experiência de uma mulher na presidência da República após 500 anos de República é válida. E dentre as mulheres presidentas eleitas em outros países, nenhuma delas tem pose, porte e jeito de primeira mandatária como Dilma. Ela é mesmo diferente das outras mulheres. Não maliciem, por favor. Estou falando no tipo de personalidade feminina que é.
A partir de 1º. de janeiro Dilma Rousseff, de descendência búlgara, nascida em Minas Gerais e adotada pelos gaúchos, é a nova presidenta do Brasil com cerca de 60% dos votos, contra 44% de Serra. Ela se tornará a mulher mais forte do mundo, pois governará um país com190 milhões de brasileiros que é maior que a Alemanha, onde a primeira ministra é mulher; maior que a Argentina, com população e número de eleitores menor que o Brasil. Portanto, no planeta terra onde mulheres foram escolhidas para presidente ou primeira ministra ninguém até hoje suplantou a nova presidenta por meio do voto, por isto será a mais poderosa do mundo.
Três coisas eu queria que a nova presidenta fizesse, após ser empossada: solucionasse o problema da saúde, resolvesse a situação dos aposentados e freasse a corrupção, o resto dá-se um jeito conforme o andar da carruagem.
A saúde neste país está um caos. Os hospitais se tornaram depósitos de pessoas humanas, os aposentados a cada ano mais pobres e a corrupção campeiam desenfreadamente.
As 22h depois de confirmada sua vitória Dilma fez seu primeiro pronunciamento por escrito, diretamente de Brasília à Nação. Os verbos zelar, tratar, valorizar, ampliar, construir, reforçar, consolidar, reafirmar foram bastante usados por ela.
Eis uma síntese do seu primeiro pronunciamento: “Pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro, portanto o meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural e que ele possa se repetir se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda a nossa sociedade. A igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é um princípio essencial da democracia”.
Mais adiante Dilma afirmou: “Registro aqui outro compromisso com o meu País, valorizar a democracia em toda a sua dimensão desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais básicos da alimentação, emprego, da renda, da moradia digna e da paz social. Eu vou zelar pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa. Vou zelas pela mais ampla liberdade religiosa de culto. Vou zelar pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados na nossa própria Constituição. Zelarei, sim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República”.
Em outro trecho disse: “Reforço aqui meu compromisso, fundamental que eu mantive e reiterei ao longo dessa campanha, a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e para todas as brasileiras”. Para esta tarefa chamou a cooperar os empresários, os tabeladores, às igrejas, ás entidades civis, ás universidades, a imprensa, os governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem do nosso País. “Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres  estiverem abandonadas a sua própria sorte, enquanto reinar o cracke e a cracolândia”.
Abordou inclusive os temas como saúde, educação e segurança. Reafirmou compromissos de campanha com os mais necessitados, as crianças, jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso “teriam toda a minha atenção”. “Reafirmo aqui esse compromisso”.
Dirigindo-se aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada, Dilma disse que estendia suas mãos a eles. “De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrios”. Vai se empenhar para realizar a tão sonhada reforma política.  
Houve um momento, já no final de seu pronunciamento, que Dilma Rousseff chegou à emoção quando se dirigiu ao presidente Lula agradecendo “o seu apoio, o privilégio de sua convivência ter aprendido com sua imensa sabedoria. São coisas que se guarda para vida toda. Conviver durante todos esses anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado pelo seu país e por sua gente. Um abraço a cada um dos meus amigos e de minhas amigas”.
Foi um discurso que não acrescentou nada daquilo que mais ou menos se esperava: uma fala água com açúcar.

sábado, outubro 30, 2010

PROCURA-SE EMPREGO
Esta é uma frase que se lê em quase todos os jornais que possuem anúncios classificados. Além disso, o SINE – Sistema Nacional de Emprego - recebe diariamente legiões de pessoas que querem trabalhar, comparecem ao seu balcão, inscrevem-se e ficam aguardando que chamem.
Normalmente as pessoas que comparecem ao SINE são trabalhadores sem muita especialização; trabalhadores para exercer funções em oficina mecânica, pedreiro, garçom, zelador de edifício etc. Nunca vi médico, advogado, engenheiro, dentista, jornalista, se alistar no SINE.
Hoje resolvi fazer uma experiência utilizando esta ferramenta que dizem ser a mais moderna existente no mundo para comunicação, anúncios... que é a Internet.
Estou à procura de emprego. Sou jornalista e radialista, portanto, atuo tanto em jornal como em rádio, com experiência de mais de 30 anos.
Os diretores de emissoras que desejarem me ouvir é só ligar a Rádio Gaúcha, de Porto Alegre pouco antes das 6h da manhã e mais 42 rádios do interior, como das cidades de B.Gonçalves, Nova Prata, Sananduva, Tapejara, Santa Cruz do Sul, Encantado, Gramado, Vacaria, Ijui, São Marcos, Rio Grande, Uruguaiana, Carlos Barbosa, Guaporé, Cahoeira do Sul etc. em horários matutinos. Apresento o programa S.O.S. Caminhoneiro há 15 anos ininterrupto. Atualmente sou assessor parlamentar, exercendo cargo de confiança na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, já fui gerente comercial de emissora de TV e Rádio.
Sim, mas você poderá estar se perguntado. Se já está trabalhando por que procura emprego? A explicação seria muito demorada para fazê-la por escrito e muitos poderiam não entender. Esta parte poderia esclarecer pessoalmente ou por telefone, que é melhor.
Julgo-me um cara competente, tenho experiência, gosto do que faço e de desafios, sou cumpridor das minhas obrigações e deveres, não sou acomodado. Não é exagero o que vou afirmar: sou um verdadeiro escravo do trabalho, no bom sentido.
O meu maior desejo era me transferir para fora do Rio Grande do Sul, qualquer Estado, pode ser até para o Nordeste.
Se alguém se interessar por este que lhes escreve é só enviar e-mail para chico.jor@hotmail.com ou ligar para o telefone (51) 3210-2536 em horário comercial que estarei à disposição.
Só quero medir a força da Internet, se é realmente como dizem. Pois está lançado o meu pedido de emprego.

sexta-feira, outubro 29, 2010

PESSOAS ESPONTÂNEAS
Pela primeira vez desde que ando de ônibus em Porto Alegre, alguém senta ao meu lado e puxa conversa. A passageira é uma mulher sexagenária, enfermeira aposentada e ganhando também pensão deixada pelo seu marido falecido. Tudo isto ela foi dizendo abrindo o diálogo em questão de segundos para me perguntar se eu iria assistir à noite, depois da novela Passione o debate entre Dilma Rousseff e José Serra. Respondi que não, porque já estava decidido e plenamente esclarecido em quem votar e que o debate, mesmo sendo o último, não iria mudar minha opinião.
- Mas eu vou assistir, disse-me ela, pois eu quero ver o Serra dar um show na Dilma.
Não preciso dizer em quem ela irá votar amanhã.
À medida que o ônibus avançava a conversa também evoluía. E é interessante, em questão de minutos fiquei sabendo que ela possuía apartamento próprio, casa na praia, um filho de 16 anos adotivo e uma renda mensal de 5 mil reais entre aposentadoria e pensão deixada pelo falecido marido.
Que coisa heim! Como tem gente de língua solta. Eu nunca vi aquela senhora e ela sem acanhamento revelou toda esta estória da sua intimidade para alguém estranho que era eu. Antes que o ônibus me deixasse na parada tive tempo de dizer-lhe apenas que também era aposentado, não tinha apartamento, muito menos casa na praia e era obrigado a trabalhar, mesmo tendo 73 anos, para poder sustentar minha família e meu salário não chegava aos cinco mil que ela percebia.
Ao chegar ao meu destino, desejei um bom programa de televisão e que o seu candidato vença a eleição amanhã.
Ela me respondeu:
- Foi um prazer tê-lo conhecido.
Certamente nunca mais vou reencontrar aquela mulher tagarela, mas ficou marcado o seu jeito de ser, espontâneo, bom papo etc.
Só uma dúvida ficou, será mesmo que as estórias que ela me contou são verdadeiras, ou ela queria puxar assunto para conversar durante o curto percurso do ônibus?
Tem gente que é assim mesmo, estão de bem com a vida, em contrapartida existem umas múmias que sentam ao nosso lado e nem licença pedem para sentar.
FEIRA DO LIVRO HOMENAGEIA A TRADIÇÃO GAÚCHA
A cultura gaúcha inegavelmente passa por Paixão Côrtes, um santanense de 83 anos e um dos responsáveis pelo movimento tradicionalista no Rio Grande do Sul, agrônomo de profissão e eleito patrono da Feira do Livro em Porto Alegre, cuja abertura se dá na noite desta sexta-feira na Praça da Alfândega.
Posso dizer que sou seu amigo, pois quando aqui cheguei na Assembléia Legislativa, foram inúmeros os nossos contatos, alguns ocasionais e outros não. É que o Paixão, houve uma época que com o apoio do deputado Francisco Appio, admirador da cultura tradicionalista, publicou pequenas obras para distribuição gratuita às escolas, todas elas objeto de pesquisas, com a intenção de contribuir com a cultura gauchesca original dentro de um programa cultural, lançado pelo parlamentar. Tanto que, mais de 20 mil livros hoje fazem parte das bibliotecas de diversas escolas do Rio Grande.
João Carlos Paixão Côrtes é a mesma figura que serviu de modelo para o escultor Antônio Caringi criar a Estátua do Laçador, imponente figura arquítipa do gaúcho que recepciona os visitantes que chegam a Porto Alegre pelo aeroporto Salgado Filho.
Faz parte de sua biografia também, a criação do movimento tradicionalista surgido no início dos anos 50 no Estado, juntamente com Barbosa Lessa, outro gaúcho compositor e escritor.
Um papo, uma prosa com Paixão Côrtes é uma delícia. Ele tem uma imensa bagagem de conhecimento que enche várias malas de garupa.
Se você perguntar a ele como surgiu a bombacha, é capaz de ficar uma hora explicando de onde veio, como surgiu e qual a sua importância na vestimenta do gaúcho.
A publicação dos livros de Paixão Côrtes começou em 1950 com Manual de Danças Gaúchas, em parceria com Babosa Lessa. O seu último livro é de 2001, Músicas, Discos e Cantares – Um resgate da história fonográfica do Rio Grande do Sul.
O próximo projeto do tradicionalista e folclorista terá 700 páginas e se detém na coreografia musical que começa no século XVIII no Rio Grande do Sul. O trabalho é resultado dos mais de 50 anos de pesquisa por onde o agrônomo passou e observou as manifestações culturais.
Ao amigo Paixão, sucesso cada vez maior, é o que desejo nesta hora.

quinta-feira, outubro 28, 2010

SE PESQUISA TEM CREDIBILIDADE, DILMA JÁ GANHOU
Se depender da pesquisa desta quinta-feira não precisa mais realizar eleição. Dilma Rousseff está eleita presidente do Brasil que substituirá Luis Inácio Lula da Silva. A candidata do PT aparece à frente com 57% dos votos válidos, contra 43% de José Serra (PSDB). A margem de erro é de dois pontos percentuais. Os votos válidos excluem os brancos, nulos e indecisos.
Considerando os votos totais - com brancos, nulos e indecisos -, Dilma aparece com 52% das intenções de voto, contra 39% de Serra. Votos brancos e nulos somam 5% e 4% não sabem ou não souberam responder. No último levantamento, divulgado em 20 de outubro, Dilma tinha 51% das intenções de voto - 56% dos votos válidos -, e Serra tinha 40% da preferência dos eleitores - 44% dos votos válidos.
Com a margem de erro, a intenção de votos totais da candidata petista pode oscilar de 55% a 59%. O candidato do O levantamento foi realizado entre os dias 25 e 28 de outubro. O Ibope ouviu 3010 eleitores.
Faltando dois dias para a eleição é difícil uma virada, considerando  o resultado da pesquisa que assinala 14 pontos a mais para Dilma.
De nada valeu o que a mídia impressa publicou sobre o governo Lula com a cooperação da ex-ministra da Casa Civil, principalmente a revista Veja. Nada refletiu na opinião pública.
Na sua edição desta quarta-feira, Veja, publica duas reportagens que, se comprovados os fatos ali mostrados, o eleitor de mediana inteligência não votaria na candidata do PT.
O que diz a revista: “As conversas às quais Veja teve acesso mostram que o braço direito do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e a candidata à presidência Dilma Rousseff tentaram usar o Ministério da Justiça para executar “tarefas absurdas”.
O que diz Pedro Abramovay, atual secretário nacional de Justiça, em conversa com eu antecessor, Romeu Tuma Júnior: “Não agüento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho, para fazer dociês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados.”
A mesma revista, mais adiante em outra reportagem usa como título “Luz Para todos e dinheiro para Eles”. Acusa o presidente de ajudar a família de Valter Cardeal, diretor da Eletrobrás e homem de confiança de Dila Rousseff de encher os bolsos da família. A bolada – segundo a revista – foi de 2,7 milhões de reais. E Veja faz denúncia mais grave ainda. O senhor Cadeal entre outras acusações de improbidade, autorizava aditivos irregulares que multiplicavam o valor dos repasses da Eletrobrás para obras de instalação de luz. A denúncia cita um caso que dá a medida do descalabro: um dos contratos recebeu um aditivo de 235.000 reais para incluir um único consumidor na rede elétrica.
A reportagem de Veja termina assim: “A história tem um roteiro igual ao de Erenice Guerra. Funcionário de confiança de Dila Rousseff, por ela nomeado, Valter Cardeal vale-se do poder do cargo para beneficiar parentes diretos – que, além de ganhar cargos ou contratos públicos, oferecem a empresas privadas intermediações em negócios com o governo mediante pagamento de propina”.
Tudo isto é muito grave. E aí, estas histórias ficam por isso mesmo, como já ficaram outras que já estão no esquecimento da população?

quarta-feira, outubro 27, 2010

FECHAMENTO DA PRAÇA
Seria o absurdo dos absurdos fechar seis avenidas com duas mãos cada, portanto 12 vias, para realizar uma festa de fim de ano. Não pode ser plano de gente senil, ou será que é?
Disseram-me que o prefeito de Erechim estaria na iminência de mandar proibir a circulação de veículos pela Praça da Bandeira, isto é, fechá-la totalmente para a realização do “Natal Luz”, que todos os anos se repete desde a administração do prefeito Antônio Dexheimer, o idealizador do primeiro evento, e que passou ter notoriedade a partir de então em administrações subsequentes. Não lembro que em outros Natais Luz a praça tivesse sido fechada totalmente.
Aliás, o prefeito deve ter sentido o descontentamento da população, quando da realização da Feira do Livro, que sua administração trancou o trânsito em apenas um lado da Praça.
Se todos os caminhos levam à praça, como previu Torres Gonçalves, no seu projeto urbanístico, seccioná-los em nome de uma festa popular seria por demais exagerado e fora de qualquer propósito. Existem alternativas, é só buscá-las.
Com tal notícia a polêmica está estabelecida. Tranca-se ou não a praça?
Se a festa é popular para a comunidade - e é bom que se efetive - não poderia em nome de uma obstinação e uma ambirrância, causar prejuízos a quem não aprecia esse tipo de festa.  Se há os que não desejam participar, como muitos não desejam, porque cercear o direito de ir e vir dos contrários?
Para festas populares com anjuntamento de muito público existem os estádios, os parques, e tantos outros locais. Parece-me que o prefeito, que vem conduzindo bem a administração de Erechim, não desejaria no meio do seu mandato pensando em uma reeleição, baixar instruções a Secretaria de Segurança para que projetasse a equivocada medida. “No lo creo”. Prefeito, não é uma medida simpática o fechamento das avenidas que dão acesso à praça.
E os vereadores o que dizem. A Câmara municipal que é a caixa de ressonância da sociedade nesta hora tem que se manifestar. Ou vai se omitir.
Por falar em Câmara, por iniciativa do vereador Cesar Caldart, a Assembléia Legislativa deverá aprovar quem sabe até o fim desta legislatura, Projeto de Lei do ex-deputado Irandir Pietróski, (PTB) reapresentado pelo deputado Francisco Appio, (PP), que dá a denominação de Jairo Castro a Estação de Passageiros do aeroporto local Comandante Kraemer.
O projeto está dependendo somente de parecer do relator, deputado Fabiano Pereira (PT) para ir à votação pelo plenário. Uma homenagem justa a quem pertenceu a uma família tradicional de nosso município e uma vida dedicada à família, à comunidade e ao Aeroclube de Erechim.

terça-feira, outubro 26, 2010

QUE BARBARIDADE
Não vejo a hora de chegar o dia da eleição para acabar com essa farsa de debates e propaganda enganosa das eleições. Há vários programas de debates na televisão que não se vê a discussão séria sobre programa de governo e problemas brasileiros.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um engodo do tamanho do Brasil, privatizações e Petrobrás são temas dominantes durante todos os debates, assuntos que já encheram o saco. Ninguém suporta mais ouvir também comparações de governo Lula com Fernando Henrique. A obrigação do governo é fazer, e fazer bem, pela sociedade. Se um deixou de fazer que o outro faça. Pra isso são eleitos e o contribuinte paga impostos.
Ontem, no debate da TV-Record, mais uma vez a candidata governista Dilma Rousseff voltou a atacar o Tucano Serra sobre a situação de Paulo Vieira de Souza (o Paulo Preto), seu ex-assessor que teria fugido com R$ 4 milhões da campanha do PSDB. Em contrapartida Serra citou o depoimento à Polícia Federal da ex-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, ocorrido na segunda-feira.
Em comentário anterior falei sobre os sérios problemas da saúde em todos os estados brasileiros, especialmente no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, onde as pessoas são amontoadas nas salas de emergência. Ontem a candidata Dilma Rousseff afirmou que o seu governo criou um fundo que será aplicado em saúde e educação.
Mas, só agora será criado um fundo, para tirar do fundo o sistema de saúde? Por favor, o nó da questão saúde precisa ser desatado urgentemente. De boas intenções a população já anda esgotada.
Faltam apenas cinco dias para a eleição a presidente da República. Dia 31 decide-se, ou haverá continuismo desse governo que aí está, ou mudanças preconizadas pela oposição.
A revista Veja, como sempre desta quarta-feira,27, publica uma reportagem sob título “Intrigas de Estado” que quem ler vai pensar duas vezes antes de votar na candidata oficial.
A reportagem revela a maneira mais clara até hoje, o tipo de governo produzido pela mentalidade petista de se apossar do estado e aprarelhá-lo em benefício partidário. A revista já havia demonstrado em edições anteriores através de “O polvo no poder” e “A alegria do polvo”, como a casa Civil fora transformada em um balcão de negócios, em que maços de dinheiro vivo apareciam nas gavetas de escritórios a poucos metros da sala da presidência da República.
Seria interessante o eleitor, que tem até domingo para decidir em quem votar, ler a revista Veja desta quarta-feira.
Eu li, e fiquei com meus poucos cabelos em pé.

segunda-feira, outubro 25, 2010

QUANDO O BRASILEIRO VAI TER CONSDIERAÇÃO DO GOVERNO

Foram simplesmente revoltantes as cenas exibidas pela televisão no noticiário desta segunda-feira à noite, mostrando a situação dos doentes nos setores de emergências dos hospitais de Porto Alegre. No Hospital de Clínicas os doentes se amontoam como lenha em depósito. Quanta falta de humanidade!
E o governo onde fica nessa história?
O que faz?
Nada!
É só conversa fiada. Não adianta dar bolsa família, crédito fácil, se logo ali a saúde do brasileiro está cada vez pior, os hospitais fechando e o número de doentes aumentando...aumentando. Falar em Brasil novo é dar saúde em primeiro lugar à população.
O acúmulo de macas, a falta de espaço para a circulação dos profissionais e o elevado número de pacientes aguardando leitos sentados em cadeiras - alguns há mais de 24 horas - traduz a agonia das emergências dos principais hospitais públicos de Porto Alegre. Na manhã da última sexta-feira (15), o retrato do caos foi uma cena flagrada no serviço de emergência do Hospital de Clínicas. Uma paciente se acomodou dentro de um armário localizado em um corredor repleto de macas e cadeiras. Questionada sobre o motivo de estar ali, a mulher respondeu: "Não tem lugar para sentar, por isso sentei aqui dentro". Enfermeiros foram alertados e, em pouco tempo, encontraram uma solução para o problema. A mulher saiu do armário e foi colocada em uma cadeira, apesar de seu estado de saúde pedir repouso absoluto. No mesmo momento, em outra ala, a enfermeira-chefe vivenciava o mesmo dilema.
- Tenho 11 pacientes graves que estão internados há mais de dez dias no serviço e, entre eles, tenho que escolher os nove que terão direito de seguir para uma enfermaria.
O serviço de emergência das Clínicas abrigava naquela sexta-feira 131 pessoas em espaço projetado para apenas 49. O emaranhado de cadeiras e macas dificultava o acesso aos pacientes. Um operário de 36 anos, com suspeita de aneurisma cerebral e que permanecia por mais de 12 horas sentado, disse que o lugar é um "campo de concentração". A enfermeira-chefe concorda com ele. O administrador do serviço, Daniel Barcelos, frisou que é preciso criar leitos para a internação clínica na região metropolitana.
No hospital Nossa Senhora da Conceição, o quadro não era diferente, com 128 pacientes amontoados em espaço idealizado para 50. O superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, Neio Lúcio Fraga Pereira, afirmou que a superlotação é um sintoma de que o sistema de saúde não está bem.
- A estratégia de saúde da família é deficiente na região metropolitana.
De acordo com Pereira, as emergências agonizam em razão da falta de médicos na rede pública e da demora na marcação de exames de média e alta complexidade por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).
- É um sistema perverso, que penaliza uma população que envelhece sem assistência. A partir de 1993, 33% dos leitos da capital fecharam.
Enquanto isso, o hospital Beneficência Portuguesa tem leitos sobrando. Dos 79 espaços, apenas um está ocupado por um paciente que saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Desde o dia 13, o hospital voltou a receber doentes pelo SUS, após ficar quase dois meses sem atendimento.
Este é o quadro da saúde em Porto Alegre, o resto é trololó.

sábado, outubro 23, 2010

OS 70 ANOS DE PELÉ
Há 40 anos conheci pessoalmente o rei do futebol mundial, Edson Arantes do Nascimento – Pelé. Foi em 1970, por ocasião da inauguração do Estádio Olímpico do Ypiranga F.C. na noite de 2 de setembro daquele ano. Já se passaram 40 anos, e lembro como se fosse hoje aquela noite do gol 1040 que lhe valeu uma placa no estádio e a homenagem a Rádio Tupy de São Paulo, dona da freqüência radiofônica 1040KHZ.
Nesse tempo era repórter da Rádio Difusão. O Pelé recém havia retornado da Copa do Mundo, no México, e jogava pelo Santos FC. Vale lembrar o grande festival de jogos. Foi uma semana de festas. Além do Santos jogaram no Estádio Olímpico, o Botafogo, do Rio de Janeiro; Cruzeiro, de Belo Horizonte; Independiente, da Argentina, Internacional e Grêmio. Foram jogos inesquecíveis e com a presença dos maiores jogadores brasileiros que formaram na seleção brasileira de 70, como Tostão, Jairzinho, Raul (goleiro) e tantos outros.
Ainda guardo comigo uma fita onde está registrada uma entrevista que fiz com Pelé, no Hotel Erechim na manhã do dia do jogo de inauguração. Nela o Rei fala provocado pelo repórter, sobre várias questões. A viagem à África em 1969. No transcorrer da guerra civil na África, para que Pelé e o time do Santos FC transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro. Ele mesmo conta na entrevista este fato. E tem também a história da mulher que queria beijar seus pés para pagar uma promessa. Inclusive, faz parte desse meu acervo a narração do gol de inauguração do Estádio Olímpico do Ypiranga na voz do locutor Idivar Appio e a complementação do lance por mim que era o repórter de pista. São recordações que não se apagam. E hoje quando o Rei Pelé comemora seus 70 anos de idade nada melhor do que recordar os seus grandes feitos, a sua vida enfim.
Não há lugar no planeta que não saiba quem é Pelé e que ele é brasileiro. Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, conhecido futebolista no sul de Minas Gerais, alcunhado de Dondinho. O nome "Edison" foi escolhido pelo pai para fazer uma homenagem ao inventor da lâmpada elétrica incandescente e gramofone Thomas Edison.
O que a gente poderia desejar para uma figura como Pelé no dia do seu aniversário?
Paz, saúde e muitos anos ainda entre nós. Parabéns Pelé.

sexta-feira, outubro 22, 2010

UNIMED ERECHIM
A última vez que estive em Erechim, foi em fins de setembro, encontrei-me e conversei rapidamente com o Dr. Alcides Mandelli Stumpf, presidente da Unimed/Erechim, e, ao cumprimentá-lo, veio logo dizendo-me que lia minhas mal traçadas linhas no nosso jornal Bom Dia. Fiquei lisonjeado.
Pois hoje escrevo para ele, não com a intenção de lhe agradar ou retribuir o elogio dado à coluna. É que o Dr. Stumpf à frente da Unimed tem se destacado de uma forma tão dinâmica e competente que não há como não reconhecer. Aliás, todos os que passaram pela presidência da Cooperativa Médica tiveram expressivo trabalho. Mas o amigo “Coca” como é carinhosamente tratado e conhecido pelos colegas e amigos, deu a Unimed/Erechim uma notoriedade e dinâmica tão ponderoso que hoje a entidade é merecidamente citada em todos os quadrantes da Pátria, como uma das melhores – se não – a melhor Uinimed do Brasil.
Agora mesmo, está acontecendo os preparativos para o 1º Fórum Político Nacional de Unimeds. O evento será realizado em maio do próximo ano, na cidade de Foz do Iguaçu, com a direção e coordenação do médico erechinense.
Presenças como do sociólogo italiano Domenico Di Masi, autor do livro “O Ócio Criativo”, obra que define intersecção entre trabalho, estudo e jogo; Jorge Castañeda, ex-ministro de Relações Exteriores do México e professor de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Nova York; jornalista Roberto D’Avila, cujos pais residiram em Erechim (sua mãe era minha segunda prima, ou prima irmã de minha falecida mãe); Ana Amélia Lemos, senadora recém eleita; as atrizes Fernanda Torres e Maitê Proença da novela de grande sucesso da Globo “Passione”; líderes políticos como, Roberto Freire, Ronaldo Caiado e Antônio Palocci já estão confirmados.
Na próxima sexta-feira, dia 29, a Unimed/Erechim estará completando 39 anos de fundação com uma programação que obviamente objetiva exaltar o trabalho da entidade nestas quase quatro décadas e de seus associados. O ponto alto da comemoração será no Clube do Comércio onde ocorrerá homenagem de jubilação dos médicos cooperados Dair Forlin e Décio Omar Ferreira; apresentação do relatório de sustentabilidade e o lançamento do álbum fotográfico da saúde em Erechim do escritor Dr. Paulo Dias Fernandes.
Parabéns a direção da Unime/Erechim, particularmente ao presidente Dr. Alcides Mandelli Stumpf, com meu tríplice e fraternal abraço.
PRISÃO PERPÉTUA
Finalmente alguém de coragem e determinação se apresenta no Congresso Nacional para propor maior pinibilidade para quem comete crimes considerados hediondos, e entre vários, o da pedofilia. Se houver apoio para sua aprovação os pedófilos que se cuidem, pois ao serem condenados nunca mais sairão da cadeia.
Reeleito senador pelo Espírito Santo, Magno Malta pretende, no próximo mandato, lutar para instituir a prisão perpétua para pedófilos. Para isso, o parlamentar, que preside a CPI da pedofilia, vai propor a realização de um plebiscito para saber se o brasileiro é a favor ou contra a medida.
- Senador! Não haveria necessidade de consulta popular. Quem ameaça nossas crianças, ameaça o próprio futuro do país.
A CPI da Pedofilia pautou o mundo e já cumpriu um papel importantíssimo em denunciar este crime hediondo. Precisamos ter uma legislação mais dura para manter o pedófilo na cadeia e acabar com a impunidade. Além de combater a pedofilia , o senador anunciou que vai buscar apoio para aprovar a redução da maioridade penal. Ele considera "uma piada" a impunidade desfrutada por menores de idade que cometem crimes. Quantos crimes são cometidos por menores que se envolvem com quadrilhas! Acontece que a lei para o menor é diferente da aplicada no maior de idade em crimes desde pedofilia, até assalto, roubo, homicídio etc.
Ofereço-me para, a partir de agora, acompanhá-lo nessa cruzada e buscar junto aos meus leitores a solidariedade para a realização do seu relevante trabalho. Aliás, já poderíamos começar a enviar e-mails, telefonemas, cartas, e/ou qualquer outro meio de comunicação para parabenizar o senador Magno Malta pela formidável idéia.
Há muitas correntes neste país que não concordam com o aumento das penas do nosso Código Penal, mas que solução você daria para um cafajeste e ordinário pedófilo que faz mal a uma inocente criança?

quinta-feira, outubro 21, 2010

O CASO DAS GALINHAS
Uma reportagem da jornalista Marielise Ferreira, do Jornal Zero Hora, sucursal de Erechim causou a maior repercussão na mídia estadual. Incrível! Todo mundo, há dois dias, só fala no atropelamento das galinhas por um caminhoneiro no município de São Valentim. O fato ganhou maior notoriedade porque partiu de uma Promotora de Justiça a ação contra o motorista na Justiça, por que este atropelou duas galinhas e não fizera o mínimo esforço para evitar o acidente. Para a promotora houve dolo, e como testemunhou o fato e como é obrigação do Ministério Público defender o meio ambiente não hesitou em responsabilizar o jovem motorista Alexandre Ribeiro do Prado, 24 anos, enquadrando-o na Lei de Contravenções Penais.
Entre tantas opiniões de colunistas, advogados, antropólogos e especialistas em direito ambiental sobre o acontecido, fico com o editorial de Zero Hora desta quinta-feira, pag.22, sob título “ATROPELAMENTO DAS GALINHAS”, que coloca acima de qualquer suspeita os pingos nos “is”.
 “Descontado o lado pitoresco da história , a possibilidade de atropelamento de duas galinhas por um caminhoneiro no interior do Estado ser transformado em processo judicial é um exemplo de vulgarização de um serviço público já reconhecidamente sobrecarregado. O caso, pelo que foi relatado, está muito longe de configurar a prática de abuso ou maus tratos contra animais. Os seres vivos merecem tratamento digno, mas é inconcebível imaginar que o motorista de um caminhão com uma carga de 12 mil quilos tenha arremetido de propósito contra as aves. Mesmo que tivesse feito isso, o mais sensato seria adverti-lo, sem a perspectiva de transformar o episódio num caso de policial e judicial que fatalmente provocará despesas para as partes, além de gerar gastos públicos e contribuir para a sobrecarga do Judiciário.
A Lei de Contravenções Penais é clara ao tipificar crimes contra animais e definir as punições para os responsáveis. Ainda assim, é preciso que, nessas situações, possam prevalecer critérios como os do bom senso e os de relevância.
Qualquer cidadão que deparar com maus tratos a animais tem o direito de recorrer à Justiça na expectativa de fazer com que a lei prevaleça. É sempre oportuno levar em conta, porém, que um Judiciário já sem condições de contemplar adequadamente demandas importantes dos cidadãos não deve ser sobrecarregado por casos diante dos quais a sociedade pode lamentar ou exigir providências, sem necessariamente ter que transformá-los em litígio.
O episódio específico do caminhoneiro gaúcho acusado de atropelar galinhas que não deveriam estar na estrada, mas em local adequado, choca muito mais pelo encaminhamento do que pelo fato em si. E evidencia a inadequação do uso de mecanismos policiais e judiciais para a solução de conflitos corriqueiros entre vizinhos, como no célebre caso da briga de cachorros que foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF)".
Lugar de galinha é no terreiro ou no galinheiro!










quarta-feira, outubro 20, 2010

O FURO É MAIS ENCIMA
Leia o que a Folha de São Paulo publica. O escândalo na Casa Civil da presidência da República é mais grave do que se esperava. Leia.

Sindicância aponta novos elos do caso Erenice na Presidência
DE BRASÍLIA

O esquema de tráfico de influência comandado pelo filho da ex-ministra Erenice Guerra usava não apenas a estrutura da Casa Civil mas também a de pelo menos outros dois órgãos da Presidência da República: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), informa reportagem de Andreza Matais e Felipe Coutinho, publicada nesta quarta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Computadores e funcionários dessas outras duas repartições foram utilizados pelo grupo de amigos de Israel Guerra, filho de Erenice que era peça central do contato de empresários com negócios do governo --cobrando uma "taxa de sucesso" pelo tráfico de influência.
Esses novos braços do tráfico de influência foram identificados pela sindicância interna do Planalto que investiga a participação de servidores no esquema de tráfico de influência no órgão e cuja investigação corre em sigilo.
A comissão descobriu que o computador que era utilizado por Gabriel Laender na SAE foi acessado várias vezes com a senha de Vinícius Castro, ex-assessor da Casa Civil e sócio de um filho de Erenice na Capital, empresa da família Guerra que intermediava negócios com o governo.
OUTRO LADO
Questionada sobre as motivações para levar Gabriel Laender para o governo federal, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff disse que não o conhecia e passou a responsabilidade para Erenice Guerra, que era a número dois da pasta.
"A ministra Dilma Rousseff não conhece o referido servidor e as nomeações de DAS 102.4 [cargo de Laender] são de responsabilidade da Secretaria Executiva da Casa Civil", afirmou, por meio de sua assessoria.
Na hora do aperto aí vem o velho chavão: não sei, não vi e tenho raiava de quem viu.

terça-feira, outubro 19, 2010

PROFESSOR MANDELLI MORREU
Faleceu em Salvador, Bahia, aos 84 anos, o professor e maestro Pedro Paulo Mandelli que conviveu parte de sua vida em Erechim, tendo atuado como professor e músico da Orquestra de Concertos de Erechim e Banda Municipal. Mais tarde transferiu-se para Caxias do Sul, onde fundou a extinta Orquestra Sinfônica que deu origem à Sociedade de Cultura Musical (atual Orquestra Sinfônica da UCS) e Banda Municipal, atual Orquestra Municipal de Sopros. O ilustre professor Pedro Paulo Mandelli também era membro da Academia Caxiense de Letras (ACL).
O professor Mandelli sempre foi ligado a música e a cultura. Teve passagem pelo colégio Estadual José Bonifácio, também, pela URI, deixando saudades a tantos quantos foram seus alunos.
Na administração municipal desempenhou as funções de Secretário Municipal de Educação e vereador da Câmara Municipal, pelo antigo PTB no período de 1960 a 1964. Como homem de comunicação acompanhei a vida do saudoso professor e sou testemunha do seu trabalho realizado junto a nossa juventude. Lamentamos a perda de tão estimado mestre.
Mandelli era natural de Bento Gonçalves. Há três anos morava com sua filha Sônia, genro Mário e os netos Max e Mariana. Na década de 80 recebeu o título de cidadão caxiense.
O motivo de sua morte foi um pequeno acidente com uma moto que obrigou-o a ficar hospitalizado por duas semanas, quando o ferimento contraído em uma de suas pernas evoluiu para uma infecção generalizada e não resistiu.
O corpo do maestro e professor Mandelli foi sepultado em Salvador, capital baiana. Ele foi uma das figuras que mais contribuíram para a educação e cultura de nossa juventude. Acreditou em Erechim numa época em que a cidade engatinhava culturalmente.
Conta seu neto Léo que antes de ocorrer sua morte, o professor Pedro Paulo Mandelli preparava-se para participar no próximo dia 31 de um concerto em Caxias do Sul, comemorativo aos 45 anos da Banda Musical do Colégio Cristóvão de Mendonça, da qual foi seu regente período em que o grupo musical conquistou o título nacional em um concurso realizado pela antiga Rádio Record. Que a sua bondosa alma descanse em paz.

segunda-feira, outubro 18, 2010

BOATO OU VERDADEIRO
Estes próximos dias serão decisivos para o eleitor se definir em quem vai votar dia 31 de outubro a presidente da República, no segundo turno.
No primeiro turno, venceu Dilma Rousseff (PT), cujo percentual não ultrapassou os 51% conforme a Lei Eleitoral, contra José Serra (PSDB).
Há dias que uma forte campanha vem sendo feita contra a ex-ministra da Casa Civil, calcada na disposição de oficializar o aborto no Brasil.
É boato. Mas, enquanto a questão não ficar muito bem esclarecida vai prevalecer o disque-disque, e até ser provado que focinho de porco não é tomada de luz, chega o dia da aleição e Serra poderá tirar proveito disso.
Essa história da regulamentação do aborto me faz lembrar quando se iniciou no Congresso Nacional a discussão da Lei do Divórcio, de autoria do falecido senador Nelson Carneiro. A Igreja Católica na época desenvolveu uma campanha terrível contra o projeto, e o senador foi ameaçado com a excomunhão bem como os que eram a favor da idéia. Ao cabo de mais de 20 anos, e já não mais com a oposição ferrenha da Igreja, o projeto venceu e não causou os malefícios que a oposição defendia. Aliás, foi uma solução e não um problema.
A discussão sobre a regulamentação do aborto é mais complicada e bastante polêmica.
Está na constituição que somente em dois casos é permitido à mulher praticá-lo: estupro e risco de morte da mãe. Nos demais é crime.
Na quinta-feira, 14, a ex-ministra teve um encontro em Brasília com lideranças religiosas onde se compromissou em não apresentar nenhum projeto de alteração a Constituição sobre o que está escrito a respeito do aborto, e mais uma vez afirmou nunca ter feito declarações de que era favorável a uma revisão na respectiva Lei.
O efeito do desmentido às vezes vem tarde e é por isto que na pesquisa divulgada pelos principais institutos – Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus – Dilma apresenta uma diminuição na preferência dos eleitores e os números são parecidos nas suas primeiras pesquisas depois do primeiro turno: Serra tem de 40% no Vox Populi e 41% no Datafolha, a 43% nas medições do Ibope e do Sensus.
Já Dilma vai de 47% no Sensus, passando por 48% no Vox Populi e no Datafolha, até 49% no Ibope.
No entanto, quando se observa apenas a diferença entre os candidatos, pode se encontrar algumas distorções, em função dos Institutos terem aferido índices maiores ou menores de determinado candidato.
Com isso, segundo o Vox Populi, Dilma mantém uma dianteira relativamente folgada (48% a 40%) e, pelo Sensus, já pode se identificar um empate técnico (47% a 43%). Ibope (49% a 43%) e Datafolha (48% a 41%) registraram uma diferença média em relação a todos os institutos.
Na média entre os quatro institutos, Dilma tem hoje 48% e Serra 42% (considerados dois pontos para mais ou para menos). Segundo os especialistas em pesquisas, a média (muito usado nos Estados Unidos, por exemplo) tem a vantagem de diluir eventuais pontos fora da curva em uma sequência de pesquisas, mas é mais lenta para detectar mudanças bruscas de tendência do eleitorado.
Fechada a rodada com todos os institutos, o que se pode concluir é que Serra herdou a maior parte dos votos dados a Marina, reduzindo a distância para Dilma e tornando a disputa mais acirrada e, por ora, indefinida. No entanto, ainda não é possível saber se os primeiros resultados captados pelos institutos são uma acomodação pós segundo-turno ou uma tendência de crescimento de Serra e queda de Dilma. A partir da próxima pesquisa que deverá sair até sábado será possível começar a identificar possíveis tendências (de mudança para um dos lados ou de estabilidade.

sábado, outubro 16, 2010

VIVA A DIFERENÇA
Meu filho Tobias, de 12 anos, surpreendeu-me ontem com uma notícia que me deixou orgulhoso e de certa forma, realizado. Ao chegar da escola, mandou que eu fechasse os olhos e estendesse ás mãos. Pediu que só abrisse os olhos quando mandasse. Obedeci pacientemente. Na ordem de já, dei de cara com um livro que ele havia escrito e editado pela empresa Edelbra, de Erechim. Foi uma surpresa - imagina você – que emoção!
A Edelbra está de parabéns pelo seu projeto Pequeno Escritor que oportuniza ás crianças e adolescentes promover a sua criatividade e interesse próprio pela leitura e o aperfeiçoamento da escrita nas séries iniciais de educação.
O Projeto Pequeno Escritor conta com o apoio de Luís Fernando Veríssimo e de ilustradores consagrados como Santigado, Suppa e Weberson Santiago e já contemplou mais de 50 mil crianças de 600 escolas do Brasil.
No “Viva a Diferença”, Tobias narra uma história de um passeio virtual que inicia na Índia, passa pela Amazônia e termina na África do Sul onde acontece a Copa do Mundo.
Toda história é ilustrada pelos desenhos de Weberson Santiago mostrando personagens, cenas, situações...
Foi uma sensação que ainda não consegui digerir, pois nunca imaginava que pudesse ter um filho que, aos 12 anos de idade, conseguisse escrever um livro.
São surpresas que a vida nos oferece.
Viva a Diferença é o começo, talvez de uma carreira prematura que desabrocha em tenra idade. Vou estimulá-lo a não desistir e continuar escrevendo. Incentivar a ler e escrever é apostar no futuro.
O Tobias é aluno da turma 41 da 4ª. Série da ACM – Associação Cristã de Moços de Porto Alegre. Professores Ivelise Kraide Alves e Gustavo Bagatini Tumelero. Coordenadora Pedagógica, Vanessa Schvartz. Diretor Leopoldo Radavelli.
Estou muito feliz. O Luís Fernando Veríssimo tem razão ao afirmar: “Quanto se tem um lápis, uma caneta, um computador, muitas idéias, só falta começar”.
Pois acho que meu filho começou bem.






sexta-feira, outubro 15, 2010

O CANDIDATO E A PROPAGANDA
Um assunto para ser discutido com quem entende de propaganda e marketing. O investimento em propaganda nem sempre ajuda o candidato numa eleição. O pleito deste ano é um exemplo para análise da questão.
Interessante que nomes de peso não conseguiram número de votos suficientes para alcançar uma vaga na Assembléia ou na Câmara.
Com base em dados apresentados por candidatos em suas prestações de contas à Justiça Eleitoral, antes mesmo da eleição, verifica-se o seguinte quadro:
Candidato Paulo Ferreira (PT) tinha arrecadado R$ 1,2 milhão e gastou mais de R$ 900 mil. Fez 77.302 votos.
Claudio Diaz (PSDB), na segunda parcial de sua arrecadação que chegou a R$ 402 mil, fez 77.561 votos e não se elegeu.
Eliseu Padilha (PMDB) fez algo como em torno de 80 mil votos e movimentou R$ 509 mil.
O candidato do Alto Uruguai e ex-presidente da Assembléia Legislativa, Ivar Pavan, gastou R$ 206 mil e fez 55.356 votos, ganhando a segunda suplência. Fabiano Pereira, outro do PT, havia arrecadado R$ 303 mil e ao final fez 73.463 mil votos. O deputado Zachia, fez 54.081 votos com arrecadação de R$ 206 mil.
Outros nomes como Sandro Boka (PMDB) com uma receita de 146 mil, não conseguiu eleger-se com 27.233 votos. Artur Lorentz (PP) 35.317 votos e R$ 204.307,28 em gastos; Leila Feter (PP) com 35.634 votos e R$ 140.886,00 em doações e Jussara Cony (PcdoB), 30.910 votos e orçamento de R$ 123.950,00.
Evidentemente que não dá para se fazer comparações entre propaganda comercial de um produto a venda em supermercado e propaganda política. No primeiro caso há toda uma estratégia para convencer o consumidor a adquirir o produto. Na hora do consumidor decidir pela compra ele compara o preço da concorrência, a qualidade, a quantidade, aparência, garantia, até a cor influencia etc.
Na política é um pouco diferente. O consumidor, que é o eleitor, primeiro vê se o candidato é simpático, olha sua postura o seu discurso, a plataforma, maneira de vestir-se; em relação a reeleição, trabalho realizado na(s) gestão(ões) passada(s), recursos canalizados para a região que representa, auxílios... É um pouco mais complicado.
Em síntese o que quero dizer é que nem sempre um alto investimento de recursos financeiros em campanha política resulta em votos. Pelo menos foi o que aconteceu nesta eleição com alguns fortes candidatos.
Evidentemente que aqui não está incluído o crime de compra de votos, sestas básicas, pagamento de conta de luz, água, dentadura, que agente sabe que acontece por debaixo do poncho.
Tem outro detalhe: se o candidato não ajuda, fica mais difícil ainda promovê-lo e conscientizar o eleitor a votar nele. Por isto, ás vezes, não só o dinheiro elege um deputado, governador, senador ou presidente da República.

quinta-feira, outubro 14, 2010

SE HAY GOBIERNO YO ESTARE DENTRO
Este é o lema do PMDB. Em reunião das lideranças e executiva do partido em Porto Alegre nesta quinta-feira,14, politicamente o partido decidiu apoiar José Serra no segundo turno para presidente da República. Dos deputados federais, a única voz destoante revelando-se eleitor de Dilma Rousseff foi Mendes Ribeiro Filho. Ele tentou fazer com que o partido abrisse mão do apoio manifesto a um ou a outro candidato, deixando a questão livre, mas foi voto vencido. O PMDB do Rio Grande do Sul decidiu que apoiará Serra e quem desejar fazer campanha para Dilma está liberado.
A reunião durou cerca de três horas em um clima acalorado e terminou no fim da tarde desta quinta-feira em Porto Alegre.
Com a participação de cerca de 200 pessoas, o apoio a José Serra (PSDB) foi aderido pela maioria, mas não houve consenso e os quadros foram liberados a apoiarem o tucano ou a petista Dilma Rousseff.
Dentro de oito dias, a moção de apoio à candidatura de Serra será levada à avaliação do diretório estadual do PMDB.
Em uma situação que causou bastante mal estar, o deputado Mendes Ribeiro chegou a deixar o salão do Hotel Everest, afirmando que não estava preparado para que houvesse confronto.
O candidato derrotado ao governo do Estado, José Fogaça, o deputado Eliseu Padilha e o senador Pedro Simon não se manifestaram, mas afirmaram que terão uma posição decidida até a data da eleição. Para Simon, esta não é a decisão final do partido, uma vez que o diretório não estava reunido.
Já os integrantes pró-Serra saíram da assembleia em clima de comemoração e afirmando que esta é, sim, a posição oficial do PMDB gaúcho.
Na verdade, ganhe Serra ou Dilma o PMDB que tem uma grande maioria de deputados na Câmara e no Senado estará mais uma vez ao lado do governo. Tem sido assim nos últimos anos. Sem candidato a presidência da República, mas com um vice (se Dilma vencer) e mais maioria no Congresso, alguém tem dúvida que o partido estará no governo?
De algumas eleições para cá, depois das mortes de Ulysses e Tancredo o PMDB tem sido escada para os outros subirem, ou como diriam os irmãos castelhanos: “Se hay gobierno yo estare dentro”

terça-feira, outubro 12, 2010

A HIPOCRESIA DE MOSTRAR-SE CATÓLICA
A mídia nacional encarregou-se no dia passado em promover a visita que fez a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff a Basílica de Aparecida (SP) para uma missa em homenagem a padroeira do Brasil.
Dilma agora virou beata, depois de ter sido guerrilheira e envolvida com atos de violência no passado quando defendia a institucionalização do comunismo no Brasil, tornou-se praticante do catolicismo. Nunca antes, a candidata do PT tinha visitado a Basílica de N.ª.Sª. Aprecida. Os jornais dizem que ela chegou 15 minutos antes da celebração da missa, sentou-se na primeira fila, recitou as orações do folheto, e não comungou.
Jules Renard, escritor frances, entre as coleções de pensamentos deixou este: “ É uma hipocrisia esforçarmo-nos para ser bons; temos de nascer bons ou então não vale a pena metermo-nos nisso”. É o que a candidata Dilma Rousseff tenta passar para os eleitores brasileiros, que é uma santa mulher capaz de fazer o que até hoje governo nenhum fez, inclusive o seu.
Alguém por acaso soube, viu em jornal, TV ou ouviu pelo rádio de que a ex-ministra, hoje candidata, participara de uma só celebração religiosa? Aliás, a bem da verdade, duas. A primeira no batizado de seu neto e a segunda na missa em Aparecida.
Para o eleitor esclarecido nada disso pesa na hora do voto, mas para o da periferia ainda as questões religiosas e éticas podem mudar a sua intenção. É uma estratégia que dá resultado para o eleitor nordestino, mas aqui no Sul não cola.

Por outro lado, a derrota de José Fogaça ((PMDB) para Tarso Genro (PT), no Rio Grande do Sul abriu uma brecha no partido que aos poucos tenta se recompor dos desajustes da máquina diretiva. O senador Simon presidente da sigla no Rio Grande do Sul, renunciou. Nomes são lembrados para assumir o leme da nau como os de Ibsen Pinheiro, Eliseu Padilha, Alceu Moreira e Edson Brum.
Ibsen já adiantou que se for por consenso estaria disposto a aceitar, mas como não há até agora ambiente adequado para essa disposição a escolha se dará mesmo pelo voto.

segunda-feira, outubro 11, 2010

E A VIOLÊNCIA CONTINUA
Estava relendo uma separata que ajudei a escrever sobre o Crime Organizado no Rio Grande do Sul. À medida que corria os olhos sobre ela, observei que mesmo tendo sido confeccionada em 2005, passados cinco anos, a situação pouco ou nada se modificou. A falta de segurança continua e é cada vez mais preocupante.
Em novembro de 2005, 122 milhões de brasileiros foram convocados para se manifestar sobre uma das decisões do Congresso Nacional, surgindo o Estatuto do Desarmamento.
O Referendo perguntava: “o comércio de armas e munições no Brasil deve ser proibido?”. Uma esmagadora maioria disse (63,94%). Mas disse também a um modelo econômico de juros altos, às práticas antiéticas de caixa dois e “mensalão”, à troca de partidos (297 nos primeiros 32 meses do Governo Lula), à insegurança e à violência.
Os milhões de brasileiros que votaram no Referendo defendiam o desarmamento dos bandidos e não ás pessoas de bem. Mas, aconteceu o contrário.
A meu juízo não é consistente a afirmação de que as causas da violência são apenas sociais. Claro que o desemprego e a miséria ajudam, mas há outros fatores que contribuem para o crescimento da violência. O desvio de conduta, a corrupção e o desaparelhamento do Estado também são ingredientes que aceleram o aumento da criminalidade. Hoje, há muito mais armas (modernas) nas mãos dos bandidos do que em muitas delegacias e quartéis. Culpa disso é o contrabando desenfreado que passa pelas nossas fronteiras. Segurança Pública não é política de governo, é política de Estado.
Há 15 anos trabalho como modesto colaborador dos caminhoneiros autônomos auxiliando, eventualmente, no combate a violência nas estradas, e sei, muito bem, das suas fragilidades ao serem atacados nas estradas por quadrilhas organizadas. Houve época em que os caminhoneiros tinham o direito de obter porte de arma, dispor de uma faca ou um facão. No entanto, para sua defesa pessoal e do seu patrimônio esse direito lhes foi tirado. Os que transportam valores é permitido o uso de armas pelos seus condutores e ajudantes, o caminhoneiro que também transporta cargas valiosas, não desfruta do mesmo direito.
Portanto, a criação do Estatuto do Desarmamento não passa de uma peça de ficção propagandística de um Governo que quer passar à sociedade a imagem de que combate a violência, mas longe está de fazê-lo.
Desarmar o cidadão de bem é uma das filosofias prediletas do poder tirano. Restringiram o porte de arma, estimularam a entrega de armas pelos homens de bem, mas pouco se fez contra o contrabando de armamento que ingressa pelas nossas fronteiras.
Acho que estaria na hora de se rever esse famigerado Estatuto do Desarmamento e deixar armarem-se quem precisa defender o seu patrimônio e a si próprio, desde que o cidadão preencha os requisitos da Lei.

sábado, outubro 09, 2010

TIRIRICA TEM QUE PROVAR QUE É ALFABETIZADO
O humorista Tiririca, eleito o deputado federal mais votado do Brasil, tem até a próxima quinta-feira para provar à Justiça Eleitoral que não é analfabeto e que sabe ler e escrever. A apresentação dele deve ser à Justiça de São Pauloç dia 14.
Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral, acatada pela Justiça, Tiririca teria falsificado o documento que apresentou para mostrar que é alfabetizado.
Mesmo assim, familiares do artista de TV afirmam que ele não é analfabeto.
Quinta-feira, portanto, é a decisão se o candidato Tiririca que teve a maior votação da história será diplomado, ou não. Admitindo-se que ele, decorridos esses 15 dias da eleição tenha sido submetido a um aprendizado rápido (e isso pode acontecer) se safará, do contrário, perderá o mandato e os outros dois que ele arrastou no tsumani de votos também terão o mesmo destino.
Uma antiga professora da cidade interiorana do estado de Pernambuco onde o humorista nasceu e viveu parte de sua vida, hoje com avançada idade, disse à imprensa que não se lembra de tê-lo como aluno o que agrava a situação do campeão de votos.
A pergunta que todos fazem é a seguinte: como Tiririca conseguiu registrar sua candidatura se ele é analfabeto? E a Justiça Eleitoral não teria também que prestar contas à sociedade do equívoco cometido?
Todos nós estamos curiosos pelo desfecho que o caso terá.
De outro lado, saiu neste sábado a primeira pesquisa do Instituto Data Folha após o primeiro turno da eleição presidencial.
A candidata do PT Dilma Rousseff tem 54% das intenções de voto e José Serra 46%, uma diferença de oito pontos percentuais. Se Serra não aumentar a preferência até a próxima pesquisa que deverá sair dentro de uma semana, pode enrolar a bandeira.
Resta saber ainda se Marina Silva, do PV, vai ou não vai apoiar Serra, e até que ponto ela pode influir em seu favor. A vitória de Dilma apontada pela pesquisa é explicada pela larga margem de votos da petista no Nordeste, que concentra o maior número de beneficiários do Bolsa Família. Dilma aparece com 62% das intenções de voto na região, o dobro dos 31% dados a Serra. Em outras regiões, o tucano está à frente ou empatado com a ex-ministra na margem de erro (de dois pontos para mais ou para menos).
No Sudeste, por exemplo, há empate técnico: Serra tem 44% das intenções de voto, contra 41% de Dilma. Essa situação se repete na combinação das regiões Norte e Centro-Oeste, com Serra registrando 46% e Dilma, 44%.
A vantagem do candidato do PSDB é maior no Sul do país, onde 48% dos entrevistados disseram que vão votar no tucano, enquanto Dilma tem 43%.
Se o candidato tucano mostrar reação e a partir de agora começar a subir nas pesquisas, a Dilma que seu cuide. Do contrário, adeus tia chica.

sexta-feira, outubro 08, 2010

DESAPOSENTADORIA
O deputado federal Pepe Vargas (PT), de Caxias do Sul, reeleito com 120.707 votos prometeu seguir com o mesmo trabalho que fez no primeiro mandato. Entre os projetos que considera mais urgente está uma lei que prevê alterações no enquadramento de micro e pequenas empresas e a lei que muda o fator previdenciário.
Ele disse ao Jornal Pioneiro, principal órgão de imprensa da cidade que votou pelo fim do fator previdenciário. É importante registrar isso porque na campanha eleitoral tiveram adversários que disseram o contrário. O presidente Lula vetou por alegar inconstitucionalidade na emenda. Porém, o presidente já disse que aceita alterações nesta lei em torno de uma proposta apresentada pelo senador Paim reeleito pelo PT. O parlamentar gaúcho afirmou que continuará o processo de negociação com o governo federal tentando mudar esta lei.
Independente disso está tramitando no Senado dois projetos que tratam da desaposentadiria.
O que é “desaposentadoria”?
É um recálculo do benefício da aposentadoria, que ao mesmo tempo renuncia ao benefício atual e inicia uma nova aposentadoria, mais vantajosa.
Quem pode requerer?
Todos os aposentados que continuaram trabalhando e contribuindo com a Previdência depois da aposentadoria. Como o INSS não aceita protocolo de requerimento para desaposentadoria, o benefício só pode ser obtido com ação judicial.
Como dar entrada?
Por se tratar de um processo jurídico, a pessoa interessada deve procurar um especialista para análise do caso. Os documentos básicos são a carta de concessão ou o número do benefício, todas as carteiras de trabalho (CTPS), guias ou carnês de recolhimento (para autônomos), RG, CPF e comprovante de residência.
Quanto vou receber?
Não existe cálculo genérico, valendo a regra de “cada caso é um caso”: depende da idade da pessoa, do tempo durante o qual continuou contribuindo para a Previdência depois da aposentadoria e do valor de contribuição. O escritório G. Carvalho diz que quem contribuiu próximo ao teto máximo da Previdência (R$ 375,82 por mês) durante pelo menos um ano já pode requerer. O especialista em previdência Renato Follador também diz que, se houve contribuição a mais, há espaço para recálculo da aposentadoria.
Recentemente, os tribunais superiores começaram a dar ganho de causa a inativos em pedidos de desaposentadoria. A principal vitória individual deste tipo foi confirmada em 23 de fevereiro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas há também decisões favoráveis nos Tribunais Regionais Federais da 2.ª e da 4.ª Regiões.
O especialista em previdência Renato Follador afirma que as decisões favoráveis mais recentes do Judiciário se basearam no fator previdenciário instituído em 1999 e na Constituição. “Se de um lado o beneficiário não pode receber mais do que contribuiu, o inverso também é verdadeiro, o critério deve ser o mesmo. Toda a contribuição dá origem a uma reserva que deve ser devolvida. O Estado não pode se apropriar das contribuições excedentes”, avalia.
“Os técnicos da Previdência estão bravos, mas terão que acatar. Só agora a Justiça está reconhecendo o equívoco. Se o cidadão se aposenta dentro das regras e continua obrigado a contribuir com a Previdência, isso não é mais contribuição, é imposto. O que não se pode admitir é o segurado permanecer contribuindo durante anos e anos sem poder usufruir de nenhum benefício”, completa.
A decisão do STJ confirmou o direito do segurado em renunciar à sua aposentadoria atual reaproveitando o tempo extra de contribuição para melhorar seu benefício, sem devolver os proventos já recebidos. Este último detalhe ainda divide muitos juízes de primeiro grau.
O cálculo de desaposentadoria é rejeitado pelas agências do INSS, o que gera dificuldades no trâmite da matéria. De acordo com Piacentini, há juízes que extinguem o processo antes mesmo de analisar o caso. “O raciocínio deles é de que não podem dar continuidade ao processo se a parte não fez o básico, que é dar entrada com pedido junto à Previdência. O problema é que as agências da Previdência não dão entrada nesse processo administrativo, então o único caminho é judicial”, diz.
Os pedidos de “desaposentadoria” se tornaram as ações mais comuns contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nos últimos meses. De acordo com o Ministério da Previdência, 1,6 milhões de inativos continuam no mercado de trabalho e, em tese, podem entrar com ações pedindo a revisão do benefício.
O CALVÁRIO DOS CCs
Quem detém Cargo de Confiança no serviço público com a mudança de governo a partir de 31 de janeiro, perde o emprego. São milhares no Executivo e no Legislativo. Quem está nesta situação é como se você estivesse no corredor da morte, contando os dias e as horas para ser executado. Para quem possui uma boa aposentadoria ou tem condições de retornar a sua atividade profissional deixada temporariamente para servir ao Governo Estadual ou ao Legislativo, menos mal. Mas, aqueles que estão a 15 e até 20 anos nessa atividade sem oportunidade de voltar ao antigo emprego, estarão na rua.
É uma injustiça que se faz contra essa legião de servidores que a cada quatro anos vive a angústia e a expectativa de continuar ou ser exonerado “ad nutum”, termo jurídico em latim que determina que o ato possa ser revogado pela vontade de uma só das partes. Consideram-se "ad nutum" os atos resolvidos pela autoridade administrativa competente, com exclusividade. Exemplo de ato "ad nutum" é a demissão de funcionário público não estável, no caso o CC, o qual pode ser desligado da administração pública com um "simples gesto de cabeça", independente de motivação, posto não gozar de estabilidade.
Para o servidor que exerce Cargo de Confiança (CC) não há indenização, ele não tem direito a Fundo de Garantia, hora extra, mesmo que esteja disponível 24 horas do dia ao seu chefe. Ele recebe tão somente salário, 13º, férias e nada mais.
Volto a frisar, é uma injustiça que a Legislação comete contra alguém que dedicou ao serviço público 15 ou 20 anos de sua vida, ser exonerado “ad nutum”. Pelo menos que houvesse uma indenização a fim de que esses servidores pudessem recomeçar as suas vidas, e não aumentar a fila dos desempregados.
Eu tenho um colega que há cinco mandatos assessora um deputado. Como o parlamentar não conseguiu se reeleger pela sexta vez, daqui a mais de 90 dias, estará demitido e sem renda para sobreviver. Torno a dizer, é uma injustiça que se faz contra uma categoria anônima que nem greve pode fazer porque se fizer... rua.
É por isto que sou a favor que, pelo menos, os CCs do serviço público ao serem demitidos por qualquer razão, percebessem meio salário a cada ano trabalhado. É uma injustiça mandá-los embora com uma mão a frente e outra atrás.

quinta-feira, outubro 07, 2010

CONTRA A PESQUISA E A FAVOR DO VOTO DISTRITAL
Em entrevista ao jornal, Voz Regional, de Erechim, o ex-prefeito Elói Zanella, presidente do Instituto de Previdência do Estado (IPE) fez uma análise das eleições de 3 de outubro que merece uma reflexão. Como ele, também acho (e não é de agora) que o assunto pesquisa deve ser urgentemente debatido pela sociedade. “É chegado o momento da abertura de uma discussão sobre o papel dessa ferramenta que passou a fazer parte em posição de destaque nas campanhas eleitorais. A publicação diária de resultados antecipados (pesquisa) condicionou uma grande parcela do eleitorado nas eleições deste ano”. Houve uma clara intenção de fazer as pesquisas influírem no resultado da eleição, afirmou o experiente político. Exemplo da rejeição ás pesquisas foi o Paraná, onde um candidato sentindo-se prejudicado entrou na justiça com pedido de proibição da divulgação e obteve a liminar, disse.
Zanella também afirmou que é a favor da implantação do voto distrital, pois “o sistema coloca o candidato mais próximo do eleitor e transfere mais responsabilidade para o eleito”.
Sobre seu futuro, já que provavelmente deverá ser substituído na presidência do IPE, depois de janeiro, Elói zanella explicou que vai colaborar para reestruturar o Partido Progressista em Erechim com a intenção de preparar o PP ás próximas eleições municipais em 2012.
“Vamos articular os pontos convergentes dentro do partido para criar condições de ter um candidato a altura em tempo hábil, para fazer uma boa disputa municipal”, concluiu.
Ainda com relação as eleições proporcionais para a Câmara e Assembléia Legislativa, ficou mais uma vez comprovado que a desunião fragiliza fazendo com que fiquemos sem uma representação política proporcional ao potencial de votos da região. O exemplo deixado pelo pleito de 3 de outubro deve ser seriamente analisado. Dos 7 candidatos da região, apenas um logrou eleger-se, Altemir Tortelli (PT-Ponte Preta), substituto de Ivar Pavan, que tentou uma cadeira na Câmara e não conseguiu. Os outros três que alcançaram a reeleição com expressiva votação regional não têm ligações diretas com Erechim e demais municípios que o gravitam. São eles, Gilberto Capoani, (PMDB-Sertão), Gilmar Sossela, (PDT-Tapejara) e Marco Maia, (PT-Canoas).
A expectativa passa a ser agora a eleição de segundo turno em 31 de outubro para a escolha do presidente da República.
A candidata Marina Silva, (PV) terceira colocada com 19.636.359 de votos no primeiro turno, passa a ser a fiel da balança. Para onde pender seu apoio é provável que este seja o vencedor. Por isso está sendo cortejada por Dilma e por Serra. A decisão do PV só será conhecida dia 17.

terça-feira, outubro 05, 2010

CENTENÁRIO DA UNIÃO ISRAELITA DE P.ALEGRE
A colonização judaica comemorou nesta terça-feira, 5, 100 anos da União Israelita de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. Entre várias homenagens levadas a efeito naquele dia, destaca-se a sessão especial da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul que reverenciou a cultura e a coopperação judia para o desenvolvimento do Estado.
Juarez Miguel Illa Font em seu livro “Serra do Erechim Tempos Heróicos, registra que no primeiro decênio do século XX, entre 1904 a 1909 a empresa Jewish Colonisation Association (ICA), sediada em Paris, por intermédio de um emissário de Buenos Aires, Samuel Leibovich, comprou de sucessores dos irmãos Pacheco a grande propriedade , originariamente pertencente ao velho “papa das terras” Antônio de Mello Rego, homem abastadíssimo, campos e matos, desde Santa Maria até a costa do Rio Uruguai. Mas, foi a ICA quem requereu e obteve do governo do Estado a legitimação da posse, para acentar os imigrantes que procediam da Europa.
Até 1914 entre 350 e 400 famílias israelitas, procedentes da Argentina e Rússia, instalaram-se na Fazenda. Surgem então os povoados de Barão Hirsch (engenheiro judeu-francês Maurice de Hirsch, fundador da ICA) Baronesa Clara, Bela Vista e Chalet. Todavia em 1915 a maioria das famílias regressa para a Argentina ou vai para outros lugares, permanecendo apenas 73. Assim começou a colonização Judaica em nossa região.
No livro “Histórico de Erechim”, projeto, Coordenação e Redação do professor Ernesto Cassol (Fundação Alto Uruguai Para a Pesquisa e o Ensino Superior – FAPES – encontrei a seguinte narativa: “Os primeiros judeus a se instalarem em Erechim foram os senhores Abrahão Litvin, em 1913 e Koppelluschnick, em 1915. Em 1934 fundaram a Sociedade Cultural e Beneficente Israelita, que mantém uma sinagoga, um Cemitério Israelita e, de modo intermitente, aulas de ensino religioso aos jovens. Sua primeira diretoria era composta dos senhores: Salomão Ioschpe, presidente; Samuel Fogel, vice-presidente; Abrahão Iovchelovitch, tesoureiro; Marcos Plavnick, secretário; Conselheiros: Bernando Matoni e Jaime Iochpe. O serviço religioso era dirigido, de 1923 a 1934, por Leão Bernardo Kvitko.
Erechim e região muito devem a colônia israelita. Com outras etnias contribuiu significativamente para o crescimento do Município tornando-se credora do respeito e admiração da comunidade regional.
Mais tarde vieram os descendentes das famílias, Fichmann, Brockman, Roisman, Arenzon, Jocelavicius, Sirotsky, Schucman, Gurski, Levinski, Listenstein, Jowelevitz, Zaltzman, Safro, Gotler e outros.
Parabéns a colônia israelita de nossa cidade e região. Paz, prosperidade, integridade, retidão!
Recebam a Shalom do Eterno Deus de Israel!