terça-feira, novembro 30, 2010

CPMF NÃO
Com este título a Federasul iniciou no dia passado uma campanha de panfletagem contra uma nova edição da CPMF. O próprio presidente da entidade José Paulo Cairolli, lidera a campanha.
Para conhecimento dos leitores reproduzo abaixo os dizeres do panfleto:

“ Trabalhador, você vai pagar a conta.
A antiga CPMF deveria:
- Destinar todos os recursos para a Saúde e não e não destinou;
- Em média, apenas 45% do valor arrecadado (335bi) dessa contribuição durante sua vigência (1997-2007) foi destinado para a saúde;
- Gerar avanços significativos na qualidade dos serviços prestados nesta área e não gerou.
Por que agora seria diferente?
- Atualmente, mesmo sem CPMF, a arrecadação do governo federal é superior àquela dos anos quando vigorava a contribuição;
- Em 2009 entraram para os copfres do governo federal R$ 30,6 bilhões a mais do que em 2007;
- Portanto, não há escacez de recursos, que muito bem já poderiam ter sido revertidos para a saúde, se houvesse esta intenção;
- Mais recursos iriam apenas maquiar a ineficiência com a qual a saúde pública é gerida em nosso País, adiando, mais uma vez, uma necessária e profunda reformulação das práticas de gestão neste setor”.
Seguem-se as assinaturas da Associação Comercial e Industrial – Câmara de Indústria e Comércio e Federasul.
Ontem, o senador reeleito pelo PT do Rio Grande do Sul, Paulo Paim disse em entrevista ao Jornal Hoje da TV-Globo que este ano que está no fim, o aposentado não terá a sorte de ver aprovado nenhum projeto daqueles que estão no Congresso para melhorar a sua vida e o seu salário. E disse mais, que se a categoria não se mexer, estes mesmo projetos mofarão nas gavetas para o ano que vem. Que boa notícia de fim de ano, heim?

segunda-feira, novembro 29, 2010

AGUERRA CONTRA O TRÁFICO NO RIO
O que a polícia fez no Rio de Janeiro para diminuir os passos do crescente tráfico de drogas na cidade maravilhosa, deveria ter sido feito há muito tempo. Por que só agora? É o que muitos perguntam.
O tráfico internacional de drogas, em alta escala, começou a desenvolver-se a partir de meados da década de 1970, tendo o seu ápice na década de 1980. Esse desenvolvimento está estreitamente ligado à crise econômica mundial. O narcotráfico determina as economias dos países produtores de coca, cujos principais produtos de exportação têm sofrido sucessivas quedas em seus preços (ainda que a maior parte dos lucros não fique nesses países) e, ao mesmo tempo, favorece principalmente o sistema financeiro mundial. O dinheiro oriundo da droga corresponde à lógica do sistema financeiro, que é eminentemente especulativo. Este necessita, cada vez mais, de capital "livre" para girar, e o tráfico de drogas promove o "aparecimento mágico" desse capital que se acumula muito rápido e se move velozmente.
O narcotráfico é produzido em escala global, desde o cultivo em países subdesenvolvidos ate seu consumo, principalmente nos países ocidentais, nos quais o produto final atinge um alto valor no mercado negro.
O consumo de drogas acarreta importantes conseqüências sociais: crime, violência, corrupção, marginalidade, entre outros. Por isso a maioria dos países do mundo proíbe a produção, distribuição e venda destas substâncias. Conseqüentemente, formou-se um mercado ilegal de entorpecentes e psicotrópicos. Hoje o narcotráfico tomou conta de muitos jovens em baladas e em festas. Até mesmo a alta classe social apresenta usuários, embora algumas pessoas ainda tenham o preconceito de que só pessoas de baixa renda, como moradores de favela, são usuários.
Há dias comentei neste meu blog o número de consumidores de crack no Rio Grande do Sul e teve gente que não acreditou. A Secretaria da Saúde tem cadastrados 50 mil consumidores de crack em nosso Estado. Significa dizer que são 50 mil famílias gaúchas, que sofrem por ter alguém no seu meio viciado, e que não podendo por si só combaterem com suas próprias armas, esperam das autoridades ação semelhante à ocorrida no Rio de Janeiro.
A Polícia tem que ter o apoio da Justiça, do contrário breve vamos nos tornar uma nova Rio de Janeiro.

sábado, novembro 27, 2010

O VICE E MUITAS VIDAS
O vice-presidente da República, José Alencar, é mesmo um super-homem. Não sei se outro em seu lugar agüentaria o que ele vem passando na luta contra o câncer.
Após cinco horas de cirurgia, os médicos do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, anunciaram o sucesso da intervenção no vice-presidente que estava com uma obstrução intestinal por causa da doença.
Esta foi a 16ª vez que Alencar passa por uma intervenção para corrigir sequelas do câncer abdominal, doença que enfrenta há dez anos, e a segunda para corrigir uma obstrução no intestino causada pelo câncer.
Os médicos informaram que foram retiradas partes do intestino e do tumor. Uma hemorragia também foi controlada. Por causa da luta contra o câncer, o vice-presidente já perdeu um rim, parte do estômago e do intestino delgado. Neste domingo, os médicos darão mais detalhes da cirurgia.
Os médicos tentaram, antes de se decidir pela cirurgia, alternativas à base de medicamentos, mas não obtiveram a eficácia desejada. No último boletim médico, divulgado na última sexta-feira, (26), os médicos indicavam que, embora o quadro clínico de Alencar fosse estável e o tumor - o vice-presidente tem um sarcoma - respondendo bem ao tratamento, persistia o quadro de suboclusão intestinal, para o qual foi indicado o tratamento cirúrgico.
A lição desta incrível figura humana é de que a vida não está entre a saúde e a doença. A vida está apesar e para além da saúde ou doença e que o homem precisa combinar sabedoria, ousadia, temperança e justiça para viver entre os limites que a vida nos impõe. Assim, um dos maiores legados de José Alencar foi nos ensinar que morte é vida e que uma vida pode ser para sempre. É por tudo isso que o vice-presidente é um exemplo para os brasileiros. Para os que se encontram saudáveis fisicamente e para aqueles acometidos por doenças graves. Para aqueles pobres de espírito e para aqueles que tocam honestamente suas vidas no caminho do trabalho e da fé.
Hoje é domingo. Como de hábito vou à missa para fazer uma prece ao grande Deus Altíssimo, recitando o Salmo 34:17, 18 e 19 de Davi que diz: “Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias. Perto está o Senhor dos que têm o coração abatido, e salva os contritos de espírito. Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todos”.

quinta-feira, novembro 25, 2010

ERS-135 TERÁ RECURSOS PARA SUA DUPLICAÇÃO
Um deputado que tem se destacado com apresentação de trabalhos que beneficiam a região do Alto Uruguai é Gilmar Sossela (PDT), de Tapejara, reeleito na última eleição com mais de 40 mil votos. Na sessão de ontem da Assembléia Legislativa, quando da aprovação do projeto que dispõe sobre o Orçamento do Estado para o próximo exercício, foi aprovada a destinação de R$ 1 milhão para a duplicação da ERS-135, que liga os municípios de Passo Fundo e Erechim, com recursos do pedágio comunitário de Coxilha. A emenda no. 503 foi articulada pelo deputado Gilmar Sossella, que é coordenador do grupo que trabalha pela duplicação da rodovia.
Sossella comemorou a aprovação da emenda e destacou a importância da rodovia, que é a principal ligação entre o Planalto Médio e Alto Uruguai. “A abertura desta rubrica específica para duplicação da ERS-135 no Orçamento de 2011 é um importante passo. O Pedágio Comunitário tem recursos e queremos que o próximo governo devolva aos COREDES a sua administração, conforme concepção original, para podermos viabilizar as obras de interesse da Região”, afirmou.
Sossela que já foi prefeito em seu município, antes de ser deputado, conhece muito bem as carências de nossa região e não foi por acaso que os eleitores lhe conferiram mais um mandato de quatro anos. É dele também várias outras ações, todas elas visando o bem estar da população do Alto Uruguai, como por exemplo, na Saúde: Hospital Santo Antônio, de Tapejara, contemplado com recurso no valor de R$100 mil; Hospital São Roque, de Getúlio Vargas, valor de R$100 mil; Hospital Beneficente São João, de Sananduva, valor de R$100 mil; Hospital Cristo Redentor, de Marau, valor de R$100 mil; Hospital São José, de Giruá, valor de R$280 mil; Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Camaquã, valor de R$100 mil; Santa Casa de Caridade, de Jaguarão, valor de R$100 mil; Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Uruguai, do qual fazem parte 27 municípios, valor de R$300 mil. Infraestrutura: duplicação da ERS-324, trecho entre Passo Fundo, Marau e Casca, valor de R$200 mil; Capela São José, em Casca, valor de R$200 mil. Educação: E.E.E.F. Érico Veríssimo, do município de Getúlio Vargas, valor de R$287 mil; I.E. Madre Benicia, de Novo Hamburgo, valor de R$354 mil; E.E.E.F. Farrapos, do município de Encantado, valor de R$100 mil.
Em deputado assim, vale a pena votar.

quarta-feira, novembro 24, 2010

TARSO DEVE BATER O MARTELO

O ex-presidente da Assembleia Legisaltiva, Ivar Pavan, deputado não reeleito no último pleito pela região do Alto Uruguai, tendo como base o município de Erechim, comandará a pasta do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo. Sua escolha está definida. Pavan sempre foi ligado a agricultura familiar e um grande defensor dos pequenos produtores rurais. Com tal indicação, o governador Tarso Genro, coloca o homem certo no lugar certo.
Para completar o seu secretariado, o governador eleito espera somente pela conclusão do diálogo com o PDT que está sedento pelas Secretarias da Agricultura e Saúde. A fome por cargos do PDT no novo governo ficou demonstrada desde o primeiro momento em que Tarso Genro manifestou a vontade de ter os trabalhistas no seu governo. Além das duas secretarias estratégicas, os pedetistas reivindicam Turismo e Gabinete dos Prefeitos.
Acho que o PDT ao insistir em querer Agricultura não seria uma boa, pois além de não poder contar com a Emater anuncia-se para o próximo ano uma safra com problemas de seca, e, como se sabe, o governo não teria como garantir os possíveis prejuízos que exigem grande volume de dinheiro sem contar com permanente pressão e incomodação.
Seria bem melhor negociar e conseguir a Secretaria de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, que possui mais dinheiro em caixa, principalmente a Corsan com seu orçamento próprio.
Enquanto isto no Legislativo começam as negociações para a futura mesa diretora da Assembleia Legislativa. A nova bancada do PT composta por 14 deputados está dividida. Sete desejam Adão Villaverde na presidência, e os outros sete Raul Pont.
Os simpatizantes de Pont são: Stela Farias, Daniel Bordignon, Alexandre Lindenmayer, José Lauermann, Nilson Luiz da Silva e João Edgar Prettto. O time de Villaverde conta com: Altemir Tortelli, Luiz Fernando Mainardi, Valdeci de Oliveira, Marisa Formolo, Miriam Marroni e Ana Afonso.
No PMDB o deputado Marco Alba está tirando o sono da cúpula liderando os insatisfeitos, já tendo anunciado que é contra a elaboração de chapa única para o diretório.
A expectativa está na reunião marcada para segunda-feira quando as coordenadorias regionais do PMDB se reunirão em Porto Alegre com os deputados federais e estaduais para, em uma última tentativa, superar os desentendimentos in ternos.



terça-feira, novembro 23, 2010

AS ÚLTIMAS DA POLÍTICA
Encontrei-me com o deputado Cassiá Carpes (PTB), no corredor que dá acesso ao seu gabinete e perguntei-lhe se o PTB não vai dar uma chance ao suplente Luiz Tirello de Erechim assumir uma cadeira na Assembléia Legislativa. Ele me respondeu que para que isso aconteça um deputado deveria ser chamado a assumir uma secretaria. Como será difícil isto acontecer, “Tirello poderá ser chamado a colaborar assumindo uma empresa estatal do Governo”.
Enquanto isto o governador eleito Tarso Genro, como estava previsto, encontrou-se com o presidente do PP, Pedro Bertolucci.
Como já se sabia, Bertolucci disse que o PP não vai participar do governo de coalizão do PT e ficará na oposição respeitosa ao governador eleito. “Não será uma oposição radical, raivosa” – afirmou Bertolucci. Para o presidente do PP, o Rio Grande do Sul está precisando viver um novo momento, e esse momento novo é o entendimento.
Ficou definido durante o encontro que aqueles projetos que sejam de interesse do PP poderão contar com apoio da base governista na Assembleia Legislativa. Da mesma forma, os projetos que no futuro serão encaminhados pelo governo à Assembleia terão aval do PP. Conforme Bertolucci, a posição do governo de Tarso e do PP “será de entendimento.” De acordo com o presidente, os progressistas não terão nenhum cargo e também não assumirão nenhuma secretaria.
Está ainda pendente a questão envolvendo o PDT, que definiu dar continuidade às negociações com o futuro governo estadual. O Partido continua reivindicando as secretarias da agricultura e da saúde. Tarso Genro, porém, garantiu, que as secretarias não vão se transformar em "feudos partidários".
A nível nacional, a presidente Dilma Rousseff convidou o diretor do Banco Central, Alexandre Tombini, para ser presidente da instituição e chamou Miriam Belchior para o Ministério do Planejamento, no lugar de Paulo Bernardo. Henrique Meirelles não deve continuar no Banco Central.
Guido Mantega (Fazenda) foi convidado a continuar no cargo, e aceitou.
A impressão que se tem é que até o fim do mês tanto a nível nacional como estadual os governos estarão formados.
PAGAR COM A VIDA CRIME DE BIGAMIA É UM EXAGERO
Estava pensando hoje pela manhã em Sakineh Ashitiani, a mulher iraniana suspeita de ter praticado adultério e de participação na morte de seu ex-marido que, segundo as leis islâmicas deveria morrer apedrejada. É muita crueldade pagar com a vida por um crime que não é hediondo, sinistro, medúsico.
Ao menos que me engane, ainda não ouvi dizer que homem algum sofresse a mesma pena no Irã, ou seja, por amantismo. Pelo contrário, as leis islâmicas permitem que o homem pode ter até quatro esposas. Que incoerência! Por ás mulheres não podem ter quatro maridos?
Se formos rever a história o próprio Maomé não conseguiu viver pelas normas que ele mesmo criou! Ele contraiu mais casamentos do que o estabelecido pela lei Islâmica (foram 11 mulheres de uma só vez) e ainda se deu ao luxo de ter uma esposa favorita chamada Aisha de apenas 9 anos quando ele a levou para sua cama. Quando Maomé morreu, Aisha tinha apenas 18 anos de idade e foi obrigada a permanecer solteira pelo resto da sua vida.
No Islamismo existem cinco tipos de casamento que possibilita ao pleno exercício do “relacionamento sexual”! Voce sabia disso? Porem somente um pode ser chamado de casamento e os outros quatro automaticamente irão cair na categoria de “relacionamentos adúlteros”.
Casamento Polígamo.
Este tipo de casamento foi estabelecido no Alcorão Sura 4:3, em alguns poucos versos, obscuros e difíceis de se entender. Não existe consenso ate hoje entre os teólogos muçulmanos sobre o significa especifico destes versos. Na Sura 4:3 diz que eles poderão se casar com duas, três, ou quatro, Se eles forem justos e equitativos com as esposas: “Se temerdes ser injustos no trato com os órfãos, podereis desposar duas, três ou quatro das que vos aprouver, entre as mulheres”. Logo na Sura 4:129 você encontra uma contradição dizendo que “Não podereis, jamais, ser equitativos com vossas esposas, ainda que nisso vos empenheis”. Ou seja, o Islam indiretamente condena a poligamia, porem ela é extensamente utilizada no mundo Islâmico. A própria Aisha, disse que estes versos se referiam a órfãs somente, mas os machões do Islamismo fecharam os olhos para este detalhe irritante. Raramente se vê bons frutos em casamentos polígamos, a Bíblia esta cheia de maus exemplos deste tipo de casamento. Em países muçulmanos, o divorcio se torna a maior arma nas mãos dos maridos e a vergonha do divorcio sempre cai sobre as mulheres. Jesus ensinou que a poligamia nunca foi o desejo de Deus para a humanidade, mas ele tolerou por causa da dureza dos corações das pessoas.
Uma das possibilidades já levantadas pelo governo é de que ela não seja condenada a morte por apedrejamento, mas por enforcamento caso fique provado que ela participou do assassinato do ex-marido. Acho uma injustiça a mulher ter que pagar com a vida o crime de adultério, pois deveria ter o mesmo efeito para os homens.





segunda-feira, novembro 22, 2010

COMPORTAMENTOS CHATOS E INTRANSIGENTES
Como sempre faço e já se tornou hábito, quando tenho que ir ao supermercado escolho os domingos, é mais tranqüilo, e há mais tempo servindo até para observar o comportamento das pessoas. Como sou muito observador, neste domingo ao ir fazer algumas compras anotei alguns comportamentos curiosos, por exemplo: aquele que para no corredor para falar ao telefone celular; também tem aquele que entra na fila para comprar comida. Esse é um caso a parte. Quando chega a vez dele escolher as porções que vai levar começa o diálogo assim, com a atendente:
- Essa salada é de quê? (está escrito em letras de forma e o preço, mas ela pergunta);
- Agora quero três pedacinhos de peixe frito. Que peixe é esse? (também está escrito o nome do peixe e o preço destacado, mas ela pergunta).
Quando a moça apanha o peixe para servi-la ela olha e diz:
- Moça, não dá para pegar o outro pedaço? Não, esse não, o outro, aquele do lado. Há! Eu também quero polenta, mas escolha os pedacinhos bem cozidos tá?
Só falta mesmo perguntar se a polenta é feita com farinha de milho.
Na fila do pão, outra cliente fala assim: Seis pãezinhos, mas escolha os mais moreninhos!
E tem, inclusive, aquele sujeito que vai ao supermercado como fosse ao parque de diversões. Leva a mulher e os filhos pequenos. Quando não é choro, são os gritos e a correria, atrapalhando os que querem fazer suas compras tranquilamente.
São comportamentos engraçados e ao mesmo tempo intransigentes, chatos.
Quando morei em Brasília, lembro que em um dos grandes supermercados que lá existem, os casais dispõe de uma área onde podem deixar seus filhos enquanto fazem suas compras. O local é atendido por moças treinadas e possui brinquedos os mais diversos para a criançada se divertir. Em Porto Alegre também já existe esse tipo de atendimento, é no Zaffari Bourbom. É a modernidade que avança. Só a educação fica para trás.
Tem gente que vai ao supermercado só por causa do ar condicionado. Já notei isto.
A INDESEJÁVEL CPMF
A OAB, Sub-Secção do Rio Grande do Sul, apoiada pela Fiergs, Federasul, Fecomércio, Força Sindical e a Maçonaria, realizará hoje em Porto Alegre um ato público contra a recriação da CPMF cujo projeto estaria nas intenções do próximo governo em 2011.
Somente as entidades que apoiam a mobilização somam no Estado, mais de um milhão de associados.
O presidente da OAB, Claudio Lamachia que lidera a mobilização disse que a população já paga imposto “ até elevados demais se compararmos com os serviços prestados pelo Estado”.
O movimento contra o CPMF será lançado na própria sede da OAB, as 16h.
A Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), surgiu por idéia do médico paulista Dr. Jatene que na verdade tinha um fim meritório, mas, como sempre, foi desvirtuado e acabou sendo sepultada pelo Congresso em 2007.
Esta discussão da volta do imposto para melhoria do sistema de saúde do brasileiro não é de agora.
No dia 28 de maio de 2008, o bloco governista fechou uma proposta de recriar o tributo sob o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS), através do substitutivo feito pelo deputado federal petista do Rio Grande do Sul Pepe Vargas, ao Projeto de Lei complementar nº 360/2008, de autoria do senador Tião Viana, também do PT do Acre. Diferentemente da CPMF, que era cobrada indistintamente, seria isento da cobrança da CSS quem receber um salário de até R$ 3.038,00. A alíquota seria de 0,1% sobre o movimento financeiro e começaria a ser cobrada a partir de janeiro de 2009. Em 11 de junho de 2008, a Câmara dos Deputados aprovou a PLC por 259 votos a favor, diante de 159 votos contra e de 2 abstenções, de modo que a proposta foi aprovada com apenas 2 votos a mais que o necessário (257) - uma margem muito apertada. O projeto será encaminhado ao Senado para ser analisado por 3 comissões e submetido para votação.
Um outro assunto que vai esquentar a semana é a retomada do debate sobre o secretariado do novo governo do Estado.
O governador retornou de uma missão na Europa no fim de semana e hoje vai definir a participação ou não do PDT em seu secretariado.
Agora pela manhã Tarso Genro se reúne com sua equipe de transição para tomar conhecimento das ações realizadas durante sua ausência, pelo vice Beto Grill. O PDT firmou pé no pedido das secretarias da Saúde para colocar o deputado Ciroi Simoni e Agricultura que seria dirigida pelo suplente de deputado federal Afonso Motta. O PDT seria ainda contemplado com a Secretaria dos Esportes pelo não eleito, deputado Kalil Sehbe e Flávio Lammel para o gabinete dos Prefeitos.
Aqui nos corredores da Assembléia Legisltiva se ouve dizer que o PDT estadual não formalizará hoje o “sim”, à participação no governo. A tendência é que na reunião de hoje as 19h o partido faça apenas um indicativo favorável ao prosseguimento das negociações. O presidente Bolzan Júnior disse que o partido só dará uma posição definitiva ao governo eleito até o fim desta semana. “Tudo depende de uma posição mais clara” dos espaços que serão ocupados pelo PDT, no primeiro e segundo escalões, concluiu.

sábado, novembro 20, 2010

O TREM QUE DEIXOU SAUDADE
É lastimável o estado de abandono e deterioração dos trilhos e estações ferroviárias como, também, as obras de arte da engenharia construída há cem anos no trecho que liga Erechim a Marcelino Ramos. Já aconteceram vários movimentos envolvendo autoridades e lideranças regionais, visando o retorno do trem, mas até agora nada de positivo, infelizmente, aconteceu.
A Rede Ferroviária que foi construída em 1910 ligando o Rio Grande do Sul com São Paulo vai comemorar no próximo mês de dezembro um século. Foi construída pela companhia belga Auxiliaire de Chemins de Fèr, concessionária de toda Rede Ferroviária sulina.
Imaginava que para comemorar o centenário do trecho uma grande festa seria realizada com a volta do trem, numa viagem inaugural, para aproveitamento turístico. Não vai ocorrer! É lacrimável!
Essa ferrovia tem muita história. Foi ela a grande responsável pelo desenvolvimento de vários municípios por onde passa o seu traçado, (para ficar só na região norte) desde Passo Fundo, Cochilha, Sertão, Getúlio Vargas, Erebango, Capo-erê, Erechim, Balisa, Gaurama, Viadutos e Marcelino Ramos.
Por ela também passaram os revolucionários gaúchos de 1930 que combateram em favor de Getúlio Vargas em São Paulo.
Diversas vezes manifestei-me em favor da volta do trem, assim como, aplaudi o movimento das comunidades regionais com o mesmo objetivo, mas observo que houve um afrouxamento nas ações que precisam ser reativadas.
Após a desativação do trecho em 1997 as estações de Balisa e Canavial foram demolidas, para nada se edificar em seu lugar e se deixar como está, vão começar a desaparecer em breve os trilhos e o mato tomará conta do leito da ferrovia.
Acho que o movimento pela volta do trem não pode esmorecer. Os prefeitos através de sua associação AMAU, os vereadores pela ARVAU, os líderes empresariais pela ACIE, os Clubes de Serviço (Rotary e Lions) e outras instituições, bem que poderiam elaborar um plano de ação e pressão junto à concessionária, para que a maria-fumaça, a exemplo de outras cidades, volte a apitar na curva e tocar o sino antes da chegada na estação.

É de Ary Bueno, o príncipe dos poemas do amor, que diz:

La vai o trem, carregado de muitas saudades
Trem que corre pelos trilhos, cortando tantas cidades
Vai conduzindo muitos sonhos sem maldade
Tanta fé, tanta esperança, tanta busca a felicidade.

Em cada estação uma alegria, gente feliz de verdade
Cada parada descarrega, gente tão cheia de bondade
Gente simples, gente humilde, mais algumas cheia de vaidade.
Que no trem não se mistura, não se sentem a vontade.


La vai o trem, conduzindo centenas de passageiros
Carrega gente pobre, e gente com muito dinheiro
Cortando rios, túneis, e locais com árvores e pinheiro
Seu apito corta os ares, com um grito altaneiro.


E eu aqui olho os trilhos, por onde foi minha felicidade
Pois o trem levou consigo, quem amei com intensidade
Este trem que não retorna, seguiu rumo a outra cidade
Levou para sempre o meu amor, só me deixou esta saudade.


Saudade que não embarca, que não me deixa não
Esqueci de despachá-la para uma outra estação
E assim esta malvada, que só me traz a solidão
Se aninhou eternamente... na estação do coração.

sexta-feira, novembro 19, 2010

BANDEIRA AMADA DO BRASIL
Hoje é o dia da Bandeira. Em toda a Pátria o símbolo maior do Brasil é homenageado.
Se perguntasse a você de quem foi o projeto que criou a nossa Bandeira, em que data ela foi adotada; o autor da música do Hino Nacional, da letra e da faixa onde se lê Ordem e Progresso, saberia responder?
Duvido. Lembrei de questioná-lo porque hoje em dia, ninguém mais liga a importância que deva existir, para o cumprimento do bom exercício da cidadania se não exaltarmos os nossos símbolos nacionais.
Da janela do 11º. andar do Palácio Farroupilha, sede da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, assisti por breves momentos, a solenidade em frente ao Pìratini, em homenagem a Bandeira. Que decepção! Meia dúzia de pessoas civis. A Banda de Música e os componentes da nossa Brigada Militar, que, aliás, não fosse por eles o ato seria funéreo, lá estavam. Nem a governadora, o presidente da Assembléia, e o Poder Judiciário compareceram. Com certeza estavam ocupados.
Na minha adolescência ainda lembro como comemorávamos o dia da Bandeira. Vestindo orgulhosamente o uniforme do nosso Grupo Escolar José Bonifácio, uma casa de madeira antiga, na Rua Uruguai, logo abaixo onde está instalada a Câmara de Vereadores, sob as ordens da saudosa diretora Aidé Tedesco Realli, coadjuvada pelas professoras Helvética Magnabosco, Ilva Mandelli e Dilma (?) cantávamos o Hino Nacional, o Hino à Bandeira e em seguida as apresentações de poesias e orações pelos alunos.
Para essa comemoração havia uma preparação intensa. Cada aula escolhia o seu melhor orador para representar. E não esqueço de uma declamadora, colega Beloni Vicenci, aluna da 5ª série, que ao recordá-la presto-lhe uma homenagem. Nunca vi e ouvi uma recitadora semelhante: tinha o dom de comover as pessoas que a ouviam.
Ao recordar um pouco o passado que já vai distante e vivenciar o presente, como tudo mudou. Já não se fazem mais homenagens como antigamente, já não se respeitam os nossos símbolos pátrios como antes, hoje tudo é diferente.
Mas, afinal, você saberia me responder as perguntas que fiz no início deste meu comentário?
Pois vai aí as respostas.
A música do nosso Hino é de autoria de Francisco Manoel da Silva; a letra, Joaquim Osório Duque Estrada; o projeto de criação da nossa Bandeira é de autoria de Venceslau Scobar e foi adotada em 19 de novembro de 1889 e a frase do lema foi construída pelo positivista francês Augusto Comte.
Neste dia 19 de novembro, salve o símbolo augusto da Pátria.

quinta-feira, novembro 18, 2010

VÁRIOS ASSUNTOS
O primeiro deles é o projeto de reajuste dos deputados e do executivo antes que o ano termine. Para não mexer no orçamento da Câmara os deputados devem baixar o vaor da verba de gabinete que hoje é de R$ 60 mil para R$ 50 mil, valor usado para contratação de funcionários (CCs).
Existe uma corrente que defende a equiparação dos atuais salários com os vencimentos do Judiciário. Hoje, o salário do presidente da República é de R$ 11,420,21 brutos (com os descontos cai para cerca de R$ 8 mil) e dos parlamentares é de R$ 16.5 mil. Já do Judiciário é de R$ 26,7 mil.

Segundo: o PP definitivamente não participará do governo Tarso Genro como muitos previam. A Executiva do partido reunida ontem (17,11) e optou por não fazer parte do novo governo. Os votos do deputado Mano Changes, do prefeito de São Jerônimo, Marcelo Schreinert e da vice-prefeita de Canoas, Beth Clombo foram vencidos. A decisão do PP será comunicada oficialmente a Tarso Genro na próxima terça-feira, 23, quando Pedro Bertolucci se reunirá com o novo governador.
No PDT as coisas também não andam as mil maravilhas. A vereadora e deputada eleita Juliana Brizola não compartilha com os que desejam aproximação do seu partido com o PT. “Um partido que deseja ser grande, não pode ficar a reboque de outros partidos”, afirmou.

Terceiro: O Setcergs, Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Rio Grande do Sul, considerado a terceira força sindical da categoria no país, investe firmemente contra o roubo de cargas. Em reunião realizada ontem á tarde em sua sede com autoridades da Segurança Pública, lançou uma forte campanha para coibir os assaltos, furtos e roubos de cargas no Estado. Foi inaugurado um Disque Denúncias, que tem por objetivo auxiliar as autoridades policiais na investigação dos crimes contra o patrimônio.
O telefone do Disque Denúncias está instalado na Delegacia de Roubo de Cargas e estará á disposição da sociedade ás 24 do dia. O número é 0800-510- 4701. Através dele é possível realizar denúncias, de forma anônima, preservando a identidade do informante.
O Vice-presidente de Transportes e Coordenador da Comissão de Seguros, Segurança e Roubo de Cargas do Setcergs, Jaime Krás Borges, revelou durante a cerimônia de entrega simbólica do Disque Denúncias, que só no Rio Grande do Sul os prejuízos das empresas com o roubo de cargas até agora, ou seja, este ano, já somam R$ 90 milhões.
As rodovias BRs 386 e 116 são onde ocorreram o maior número de ocorrências no Estado.
Os cerca de 100 mil caminhões que trafegam pelas estradas gaúchas levarão em suas carrocerias um adesivo com a informação do telefone do Disque Denúncias, além de fixação em murais nas empresas, divulgação pela imprensa e painéis nas principais estradas do Rio Grande do Sul.
O presidente José Carlos Silvano ressaltou na ocasião que “é preciso mudar este “status quo” e a sociedade está sendo convocada a nos ajudar”.

quarta-feira, novembro 17, 2010

A DESGRAÇADA DROGA
Fiquei mais impressionado do que já estava com as notícias sobre o consumo de crack no Rio Grande do Sul. Dados da Secretaria da Saúde apontam que existem hoje no Estado 50 mil consumidores da droga que está levando igual número de famílias a desolação e a amargura.
Em cinco anos houve um acréscimo de 900% no consumo do crack no RS. Um absurdo, uma tragédia.
Em toda parte fazem-se campanhas, há solidariedade em toda parte, mas a venda e o consumo não diminuem.
O que fazer?
O programa “Profissão Repórter” da TV Globo, mostrou ontem à noite cenas apavorantes nas ruas de São Paulo, na chamada Cracolândia, onde centenas de pessoas entre jovens e até velhos circulam nervosamente em busca da desgraçada droga, o crack. A Cracolândia fica no Bairro Santa Ifigênia na região central da cidade de São Paulo. É um importante centro comercial da capital paulista, especialmente no ramo de eletrônicos (aparelhos, acessórios, peças etc. É nesse bairro que também se localiza a famosa Passarela Santa Efigênia e está o maior edifício do Brasil, o Mirante do Vale, com 170 metros de altura e 51 andares. Esse edifício parece menor por estar dentro do Vale do Anhangabaú. Santa Ifigênia infelizmente abriga a Cracolândia, lugar onde se desenvolve intenso tráfico de drogas, meretrício e atualmente violência.
Não é compreensível como uma pessoa possa entregar a sua vida ao maldito vício. É fraqueza, é estar de mal com a vida, é frustração, é decepção? O que leva alguém a ingressar nesse terrível hábito?
E o interessante é que depois que entram para o vício, a maioria se arrepende! Não dá para entender. Se sei que usar droga faz mal, por que vou usá-la?
O repórter que circulava pela Cracolândia apanhando depoimentos ouviu de um deles há 15 anos perdido no vício: “ Estou cansado e preciso retornar e ver minha família novamente”. Quinze anos vivendo naquele ambiente de destruição humana, misturado com lixo. Outro entrevistado disse que fazia 15 dias que não dormia. Mas como pode uma pessoa agüentar!!!!
Incrível o que se assistiu ontem no programa “Profissão Reporter”. Aliás, esse programa deveria ser reproduzido em horário mais cedo, e não as 23,30h, para que os nossos jovens e pais possam ver como o crack destrói, aniquila, mata impiedosamente e destrói as nossas famílias.
Rede Globo, reproduza o “Profissão Reporter” desta quarta-feira.

terça-feira, novembro 16, 2010

AGORA É PARA VALER
Depois de uma campanha inicial mal sucedida para humanizar o trânsito em Porto Alegre, fazendo com que os motoristas e pedestres se conscientizassem da importância de obedecer a faixa de segurança, respeitar a velocidade fixada no perímetro urbano, os sinais de trânsito em fim, a EPTC começou nesta terça-feira a fiscalização especial e exigir o cumprimento da legislação onde não há sinaleiras. Os agentes foram espalhados em diversos pontos da cidade para flagrar irregularidades.
Nos corredores de ônibus, é usado radar móvel para controle da velocidade. O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, destaca que o objetivo é reduzir os atropelamentos.
Nas faixas de segurança sem sinaleira, o motorista que deixar de dar preferência ao pedestre será multado. Desde janeiro do ano passado, foram registrados 141 acidentes com vítimas nas vias exclusivas para ônibus, com saldo de oito mortos e pelo menos 30 feridos graves.
Há um ponto na Av. Borges de Medeiros, esquina com a Jerônimo Coelho que seria necessária a permanência de um guarda permanente até os motoristas acostumarem que ali existe uma faixa de segurança, e que ela deve ser obedecida. Ninguém para. E quando os motoristas param, ficam em cima da faixa, obrigando o transeunte a passar pela frente ou pela traseira do veículo.
A campanha que a EPTC vem fazendo não pode afrouxar. Deve ser contínua e permanente até o gaúcho mudar esse seu jeito débil e estúpido de dirigir.
Mundando de saco pra mala. O deputado Pedro Westphalen (PP) vai se encontrar em Lisboa, Portugal, com o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Ambos estão na Europa. O encontro, ao que se sabe, girará em torno de possível apoio do PP ao novo governo. Esta conversa antecipa o que será colocado à mesa quando Tarso e Bertolussi, presidente do PP, terão dia 23 para as definições na complementação das pastas que ainda faltam ter nomes indicados.
A imprensa diz hoje que o deputado Westphalen tem o respaldo de muitos prefeitos da sigla que querem a participação do partido no governo, já que a coligação existe em vários municípios do Estado. Um dos prefeitos que lidera um movimento pelo ingresso do PP no governo Tarso Genro é o de São Jerônimo e vice-presidente do diretório estadual, Marcelo Schreinert. Ele enviou correspondência a 150 colegas seus solicitando que apoiem a idéia da participação do PP no secretariado.
Para a Federação dos Hospitais do Rio Grande do Sul, o nome do deputado Pedro Westphalen (médico) é uma bandeira que, inclusive, ganhou força entre líderes da equipe de Tarso, como indicado para a Secretaria da Saúde. É um nome de respeito.
UM CASO DE SAÚDE
Não há cidadão neste país, órgão de imprensa, articulistas, em fim, a mídia em geral, que diga algo em favor da política brasileira de saúde do INSS ou SUS.
A Constituição garante, mas o Estado não cumpre; se cumpre, não é eficiente e competente o suficiente para dar o tratamento universal aos brasileiros. Se você contesta que a saúde tem problemas de gerenciamento, o ministro da pasta apressa-se em desmentir e dizer que é tro-lo-ló de jornalista; se você reclama das filas e do atendimento dos hospitais, dizem que falta dinheiro e que, para tanto, deve-se pensar em criar uma fonte de arrecadação, como falam alguns dos caras de pau dos governadores recém eleitos amancebados com senadores, deputados federais e prefeitos.
Tirei o fim de semana para acompanhar uma mulher portadora de doença neurológica que necessita de atendimento pelo SUS, porque não pode pagar médico particular.
O problema dessa paciente é uma doença chamada esclerose múltipla. Os sintomas iniciais provocam visão dupla ou turva, distorção das cores vermelha/verde, ou até cegueira em um dos olhos, além de outras complicações. A maioria das pessoas experimenta fraqueza muscular nas extremidades, dificuldades de coordenação e equilíbrio, sintomas esses que podem ser fortes o suficiente para prejudicar a caminhada e até ficar de pé, e nos piores casos, produz paralisia parcial ou completa. Para a esclerose múltipla ainda não existe cura.
Do encaminhamento da doente e entrevista inicial, nota 10. A paciente não enfrentou fila, não demorou a ser atendida, teve sua consulta marcada para dois dias depois; uma maravilha. Eu cá com os meus botões fiquei pensando: como tem gente de boca grande que fala mal do SUS. Brasileiro tem a mania de reclamar! – pensei.
Segundo dia de acompanhamento.
Em dia e hora marcados, abre-se a porta do consultório e o Dr. convida a nossa paciente a entrar. A consulta demora cerca de 20 minutos. Até aí tudo nota 10.
- Que maravilha! Puxa vida! – suspira a paciente. E tem gente que fala mal do SUS! Veja só, não tivemos dificuldade alguma, diz a senhora doente, sussurrando aos meus ouvidos, enquanto o médico preenchia um relatório do caso a ser tratado pelo especialista.
Concluída a consulta o Dr. pede que a paciente retorne ao guichê de atendimento para finalmente marcar a consulta com o neuro.
O que era nota 10, felicidade, alegria, em poucos minutos transformou-se em decepção, desapontamento, desilusão... A notícia que veio da secretária, é que a mulher doente que precisa de um médico neurologista para animá-la e dar-lhe o tratamento adequado, só daqui a oito meses. Eu disse oito meses. Vou repetir novamente, oito meses! Este é o SUS.
Como esta mulher vai suportar a espera de todo esse tempo tendo crises de ausência, enformigamentos nos braços e mãos, dores de cabeça, tonturas, visão turva, desequilíbrio?
Inconformado com a decepcionante notícia de que só daqui a oito meses haverá vaga para ser examinada fui verificar a possibilidade de a doente receber tratamento fora de domicílio, e descobri que a legislação obriga o Estado fornecer aos portadores de doenças especiais de média e alta complexidade, tratamento urgente ou então fora de domicílio. É o caso dessa mulher, e previsão legal. Ela me disse que por duas vezes, recorreu à Secretaria da Saúde e lamentavelmente, o tratamento lhe foi negado. Olha só o que diz a Constituição:
“A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado promover as condições indispensáveis ao seu bom exercício”. O texto do artigo 198, II, manda que “o atendimento à saúde seja integral, o que significa, na medida em que as palavras têm valor, que todas as doenças e enfermidades serão objeto de atendimento, por todos os meios ao dispor da medicina moderna”.
Charles Degaulle, presidente da França, disse certa vez que “o Brasil não é um País sério”. Houve uma revolta e protestos. O velho general tinha razão. De fato, no Brasil as coisas não são tratadas com seriedade. O caso acima é um deles.

sexta-feira, novembro 12, 2010

ENCONTRO COM PROVÁVEL DEPUTADO DE ERECHIM
Encontrei nos corredores da Assembléia Legislativa nesta sexta-feira, o suplente de deputado estadual Luiz Tirello (PTB) que está prestes a assumir a vaga de Aloisio Classmann, candidato do partido a uma secretaria de Estado no governo Tarso Genro.
Nossa conversa foi rápida, apenas para cumprimentos e ouvir dele a vontade que tem de chegar a Casa para defender os interesses de Erechim e região do Alto Uruguai.
O governador destinou duas secretarias ao Partido Trabalhista Brasileiro: a Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social já está destinada ao deputado Luís Augusto Lara, e para Aloísio Clasmann estaria à disposição a secretaria de Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa.
Para que Erechim tenha seu deputado é preciso que um segundo parlamentar do PTB assuma uma secretaria, ou uma diretoria de empresa estatal.
Convites para Tirello participar do segundo escalão não faltariam, mas ele quer o Legislativo, onde o poder de representação é bem mais amplo e local de importantes decisões da vida do cidadão.
O que estaria adiando a decisão do deputado Clasmnn ainda não se sabe, e ela deverá acontecer neste final de semana, ou início da outra, depois de um encontro com o senador Sérgio Zambiasi.
De outra parte, o governador tarso Genro parece estar disposto a não mais cortejar o PDT que pede uma secretaria a mais das que lhe foram oferecidas: Saúde, Agricultura e Ciência e Tecnologia. Como assessores diretos do governador adiantaram que o governo não vai se submeter à pressão de partidos, o interesse volta-se agora para o PP. No retorno da viagem que Tarso faz a Europa, vai conversar com o presidente, Pedro Henrique Bertolussi para dizer que o diálogo e as portas do seu governo estão abertos para as tratativas de uma composição e as secretarias oferecidas ao PDT estariam à disposição do PP. O governador quer concluir a lista de nomes para preencher o primeiro escalão até o final do mês, tendo escolhido o dia 30 para anunciar oficialmente os que com ele governarão o Estado do Rio Grande do Sul.
Se o acordo for fechado com o PP, Tarso formará uma bancada majoritária na Assembléia Legislativa formada por 32 deputados.
Nestes próximos 15 dias tudo pode acontecer.
OS CINCO ANOS DO “BOM DIA”
O Jornal Bom Dia comemorou na semana passada cinco anos de circulação em Erechim e Região. O diretor Hélio Corrêa recepcionou autoridades, assinantes e convidados no Clube do Comércio com um coquetel para comemorar a data.
O Bom Dia está ampliando suas instalações já tendo iniciado a construção de um novo prédio no mesmo terreno onde se encontra hoje localizado, na Av. Santo Dal Bosco nº. 97.
A previsão do término das obras é para 2011. O Novo Bom Dia ganhará além de amplas e modernas instalações, novas máquinas, entre elas uma rotativa com alta capacidade de produção. Enfim, é o jornal que se moderniza para melhor atender os milhares de assinantes de Erechim e Região do Alto Uruguai.
Foi uma bonita festa onde houve confraternização e o anúncio de investimentos que tornará o Bom Dia maior do que já é.
Se tem coisa que jornalista gosta de fazer é ensinar a outros jornalistas como fazer Jornalismo. Parece ser um exercício essencial para turbinar o próprio ego. Claro, não é o meu caso. O livro "A arte de fazer um jornal diário", de Ricardo Noblat, não foge à regra. Da primeira à última linha de sua obra, o jornalista responsável pela transformação pela qual passou o Correio Braziliense tenta ensinar aos colegas como fazer um bom jornal. Noblat não faz o tipo falso-modesto, pelo contrário, ele "se acha o cara". E realmente é. Em seu livro, entre uma história e outra de sucesso pessoal, ele traz dicas interessantes, especialmente para quem está começando no Jornalismo. São conselhos, porém, que valem para qualquer veterano, coisas básicas que, com o passar do tempo nossa autoconfiança nos faz esquecer: procurar ouvir todos os lados envolvidos na notícia, buscar o diferente em cada matéria, humanizar a reportagem e checar com rigor a informação antes de transmiti-la. É um bom livro.
A pior coisa em um jornal é quando a notícia é furada e na edição seguinte o editor ou responsável tem de desmentir a informação. Perde a credibilidade.
O jornal é como rádio. Quando do advento da televisão muita gente dizia que ele iria acabar. Pois aconteceu o contrário, cresceu mais ainda. Apesar do avanço da internet como meio de consulta de informações e notícias, o jornal é a fonte mais confiável de informação. Além do rádio, os jornais impressos e a televisão continuam sendo os meios de comunicação com maior penetração entre o público.
Uma pesquisa realizada recentemente indica que 69% dos consultados tomam decisões de mercado tendo como base as notícias que lêem no jornal.
Que posso dizer mais ao nosso jornal BOM DIA. Que ele continue crescendo; que seus dirigentes e funcionários progridam e que os assinantes fiquem cada vez mais bem informados.

quinta-feira, novembro 11, 2010

OS LADRÕES E AS IMUNIDADES
O jornalista, repórter e apresentador de notícias da TV Globo, Alexandre Garcia, que por sinal é gaúcho, escreveu um comentário na revista CNT – Transporte Atual, nº 182, deste mês de novembro que bem espelha como os ladrões deste país são protegidos pelas nossas Leis.
Permito-me transcrever alguns trechos porque é de uma certeza tal o que diz Alexandre Garcia que o que ele afirma é o que pensa uma grande parcela da sociedade brasileira, mas que ainda é minoria neste Brasil.
“Os fichas sujas tiveram mais de 8 milhões de votos (nestas eleições). Numa eleição que foi antecedida por um julgamento que deveria ter chamado a atenção dos eleitores: o Supremo condenou à prisão, pela primeira vez, um deputado federal. O deputado Tatico, dono de uma rede de supermercados nos arredores de Brasília, foi condenado a sete anos de prisão... em regime semi-aberto e, imaginem, ainda que tenha sido sentenciado na Corte Suprema, os advogados dele ainda têm o direito de pedir explicações ao Tribunal... Enquanto isto o deputado continuou em campanha eleitoral e ficou longe de ser reeleito. Não terá mais imunidade em outro processo-crime contra ele, por roubo de carga. Muita carga roubada foi encontrada nas prateleiras e depósitos dos supermercados Tatico”.
E prossegue Alexandre Garcia: “O procurador-geral da República e o ministro-chefe da Controladoria Geral da União têm dito que as leis penais não podem ser leniente, frouxas, boazinhas com os corruptos. No caso de carga roubada, o exemplo é típico. Na ponta de um assalto na estrada ou em um depósito de carga, há sempre alguém que mandou, estimulou, encomendou ou garante a colocação do produto do roubo. E, diante do porte da ação criminosa, raramente é alguém pequeno. No caso Tatico, havia alguém com imunidade parlamentar e votos”.
Este exemplo demonstra como é difícil trabalhar com leis fracas e com fraquezas que debilitam funções do Estado, como as de fazer as leis, aplicá-las e fazer com que sejam cumpridas. A engrenagem legal está cheia de dentes rachados e quebrados. O pior é que faz anos que se bate nessa tecla.
O custo Brasil é alto por causa da insegurança pública, da insegurança jurídica, da fraqueza das instituições. Se alguém perguntar por que não acontece assim no Uruguai ou no Chile, para não ir mais longe, vai se saber que é uma questão cultural. Eles nunca endeusaram o jeitinho, jamais entronizaram a malandragem, não são coniventes com os fora da lei. Cada cidadão, desde a escola pr9imária, é formado como um guardião da lei e das instituições. Aliás, eu mesmo, que faço parte de outra geração, fui criado desta maneira. Havia mais respeito, em primeiro lugar pela Pátria, depois à família e as autoridades. Hoje nada disso é mais observado. O brasileiro de hoje é capaz de trocar a Bandeira por uma garrafa de cachaça e eleger para cargos importantes o mais corrupto dos candidatos. Não bastam campanhas em erráticas em rádio TV e jornal e indignações passageiras. Isso tem que ser metido na cabeça das novas gerações desde o lar até a escola, ou cada vez vamos ter eleitos, com imunidade, envolvidos em roubos, estelionato, sonegação de impostos, ante um país aturdido e sem reação.

quarta-feira, novembro 10, 2010

LEI INÓCUA
Se existe uma Lei municipal que não é cumprida e muito menos fiscalizada é a que regulamenta o som de alarmes de carros empresas e residências em Porto Alegre. A norma prevê multa de R$ 200 a R$ 1 mil, aproximadamente, para quem deixar sinal sonoro ser emitido por mais de cinco minutos.
O texto é de autoria do vereador Luiz Braz (PSDB). Apesar de sancionada, pelo prefeito José Fortunati, a lei ainda será avaliada para se definir como será feita a fiscalização.
Ao ser aprovada na Câmara de Vereadores, em meados de agosto, a medida recebeu críticas justamente porque a fiscalização seria muito difícil, o que tornaria a norma ineficaz. Naquela data, a responsável pela equipe de Poluição Sonora e Vibração da Smam, Mafalda lo Pumo, considerou não haver técnicos em número suficiente para se dirigir imediatamente ao local e constatar o problema.
Não sei por quê vereadores aprovam Leis que não são eficazes, que ninguém cumpre e muito menos é punido.
Ontem, por exemplo, um automóvel estacionado em frente onde moro, disparou o alarme e ficou cerca de meia hora perturbando a vizinhança sem que o proprietário se apresentasse. E qual é a dos donos de automóveis que instalam alarmes em seus veículos, se quando disparam não aparecem. O equipamento que foi fabricado para prevenir o furto, a medida que o proprietário não se apresenta para saber o que está ocorrendo, o alarme perde a sua finalidade. Adianta o carro ficar berrando feito louco infernizando os moradores próximos e o dono não dar à mínima?

ERECHIM TERÁ DEPUTADO
O noticiário desta manhã de quarta-feira está anunciando que o governo Tarso Genro já está quase completo. Mais alguns dias e o time estará escalado. Falta ainda algumas adesões e a mais importante é a do PDT.
Erechim que não elegeu o petista Ivar Pavan e que ainda não se sabe será ou não aproveitado pelo governo, já pode alardear que terá deputado estadual a partir da próxima legislatura.
Com a indicação do deputado Luiz Augusto Lara (PTB) para a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social e mais dois: o deputado federal Luiz Carlos Busato para a pasta de Obras e o deputado estadual Aloísio Clasmann para Economia Solidária e Apoio a Micro e Pequena Empresa, Luiz Tirello será empossado como suplente na vaga de seu companheiro de partido. Tirello que já foi suplente de senador, Secretário do Trabalho e recentemente vice-prefeito de Erechim por duas legislaturas é um homem experiente, e tem todas as credencias para representar muito bem o município de Erechim e região do Alto Uruguai.


terça-feira, novembro 09, 2010

AINDA NÃO HAVIA LIDO COISA IGUAL
Já li nestes poucos dias, passadas as eleições, muitas opiniões sobre o possível retorno da CPMF, abolida em 2007 pelo Senado em memorável sessão, mas como a do ex-senador e ministro Carlos Alberto Chiarelli, ainda não havia lido.
Pelo atilamento do seu artigo publicado no jornal O Sul, Caderno Colunistas, desta terça-feira, 9/11/10, não poderia deixar de republicá-lo para conhecimento dos assíduos leitores do meu blog. Ele começa citando Platão.
Título – Desmemoriados e Omissos
”A punição que os bons sofrem, quando se recusam a participar, é viver sob o governo dos maus” (Platão).
Durante toda a campanha, não houve um único candidato que mencionasse a hipótese de aumentar impostos. Ao contrário, muitos gravaram, discursaram, juraram que até diminuiriam os tributos, se eleitos fossem.
Passados menos de cinco dias do pleito, Lula faz um comentário dando uma dica pró-retorno da exorcisada CPMF e, instantaneamente, como automatos ou bichinhos domésticos bem treinados, 14 ou 15 futuros governadores se disseram prontos e entusiasmados a lutar por “causa tão justa”.
E tudo é (perdoem o termo cinicamente atribuído à luta pela saúde. Dão a atender que se agora está péssima (e disso ninguém duvida), antes com a CPMF, tal não ocorria. Mentira! E da grossa. Já estava lamentável, gerando um quase(?) criminoso (des)atendimento. Ou não é verdade?
O que se quer é extorquir do pobre assaltado contribuinte um pouco mais. Afinal de contas, o “impostômetro” marcou apenas um trilhão de reais (R$1.000.000.000.000: estou escrevendo em números para que todos sintam bem a profundidade da facada governamental) de tributos arrecadados em dez meses no Brasil!. Cada cidadão, em 2010, trabalhou 158 dias para alimentar o leão governamental, o que nos faz a todos patriotas sacrificados ou grandes tolos. Ou ambas as coisas, ao mesmo tempo...
É incrível tanto desrespeito com a memória da sociedade. É inacreditável que se pense, impunemente, que o cidadão não se apercebe do engano grotesco e ofensivo de que está sendo vítima. Maquiavel, tão citado por seus ensinamentos, ora pragmático, ora pueris, mas sempre interesseiros, em matéria de exercício (ou conquistas) do poder, passa a ser mero aspirante a pecador venial ante verdadeiras escatologias penais de homens públicos, que desprezam palavras ditas e compromissos, espontaneamente, assumidos.
No entanto, há pouco a resolver, ainda que muito pouco a reclamar. Os números do último pleito nacional mostraram que cerca de 30 milhões de patrícios foram à praias, à serra, ficaram tomando mate em casa, participaram de romarias, lotaram cinemas e teatros e votar, que é bom, necessário e obrigatório, isso não fizeram. Outros seis milhões compareceram omissamente, abstiveram-se ou, em um desapreço pelo seu direito de opinar e influir, simplesmente anularam o voto.
Em grande parte, graças à contribuição de faltantes e desinteressados, adeptos do exercício triste e pecaminoso da não-cidadania, estamos, agora, ante o deplorável deboche da ameaça da reivindicação da CPMF, patenteado no desrespeito chocante de recém eleitos com um mínimo de seriedade.
Enfim, não se está a dizer nada de novo. Basta repetir a lição de Platão: “A punição que os bons(?) sofrem, quando se recusam a participar, é viver sob o governo dos maus”.
Que pena!

segunda-feira, novembro 08, 2010

A USURA CONTRA O APOSENTADO
Sempre imaginei que se devesse acreditar e confiar nas nossas instituições. Mas, a estas alturas da vida, vejo que me enganei. O direito do cidadão é muito subjetivo, e o governo que deveria proteger o cidadão que é o ente vivo da Pátria é o mais escandalosamente escorchado.
Vamos ao caso dos aposentados. O sujeito quando chega o momento da sua aposentadoria vive um momento de euforia, pois dali em diante teoricamente terá a proteção do ente governamental que se chama Previdência Social. Fazem-se cálculos e chega-se a conclusão de que pela idade e tempo de contribuição terá a cada fim de mês uma soma “x” que passa a ser o seu salário de aposentado. Só que, com o passar dos anos e a cada vez que são feitos novos cálculos para reposição, seja por aumentos, por perdas etc. nunca a conta favorece o aposentado, ao governo sim. Não sei por que essa usura, esse descascado desejo de prejudicar a quem trabalhou a vida toda e, no final do seu ciclo de existência é escorchado impiedosamente.
É obrigação da Previdência fazer a coisa certa, sem a necessidade do aposentado ter que recorrer à Justiça para obter intactos seus direitos. Se errou, corrige e tudo bem.
Falo isto baseado no que diz o “Jornal dos Aposentados” que recebi enquanto estava na fila do ônibus. Nem sabia que a categoria possuía um jornal. Pois foi folhando suas páginas, que me deparei com uma matéria interessante sobre revisões de benefícios. A matéria chama atenção para as ações que não tem prazo para recorrer. São sete as possibilidades de ações em que os aposentados não têm prazo para pedir revisão dos benefícios. As relativas a aplicação correta do índice no cálculo do benefício, da ORTN; o chamado Buraco Negro, cujo INSS errou no cálculo da aposentadoria, utilizando um índice inferior nas correções; Buraco Verde, onde alguns benefícios foram fixados em valor inferior a média dos salários de contribuição; URV ou IRSM, que é aquele cálculo que se faz sobre o salário que deu origem a aposentadoria; Teto de 1998 e de 2003, quando o governo elevou o valor máximo da tabela do INSS; Acúmulo de Auxílio Acidente com Aposentadoria e a Troca de Benefício, ou seja, o aposentado que continua trabalhando e contribuindo com o INSS e não consegue recuperar a grana recolhida nem usá-la para aumentar seu benefício.
Em setembro último, o Supremo Tribunal Federal determinou por 8 votos a 1, que os beneficiários do Regime Geral da Previdência Social que se aposentaram antes de 1998 devem ter os seus benefícios limitados ao novo teto de R$ 1.200, estabelecido naquele ano. O processo julgado envolvia um beneficiário que teve a aposentadoria calculada com base no teto da época (R$1.081,50). Emenda constitucional aprovada em 1998 aumentou esse teto para R$ 1.200 e à Justiça Federal de Sergipe garantiu ao beneficiário o recálculo de seu salário-benefício com base no novo teto.
O INSS recorreu ao Supremo, mas foi derrotado. No caso julgado acima, por exemplo, o beneficiário receberia em torno de R$ 40 a mais por mês. A única coisa que não se sabe é se para obter esse recálculo o sofrido aposentado tem que acionar a Justiça.
PRESENTE DE ANO NOVO: IMPOSTO DO CHEQUE
Em artigo anterior fiz referências à possibilidade de o governo Dilma Rousseff reeditar a CPMF. Ela está com tudo. Maioria no Congresso, com os governadores do seu partido e aliados, e certamente com o aval dos 56 milhões de eleitores que votaram nela, ou não?
No Senado, o rapozão José Sarney já saiu na frente. Para blindar a nova presidenta olha só o que ele declarou à imprensa: “...Isso (a falta de disposição da presidenta eleita de enviar pedido ao parlamento) não impede que aqui, dentro das Casas do Congresso, haja a iniciativa parlamentar restaurando a CPMF”.
Sarney não falou quando a proposta será apresentada, mas especula-se nos bastidores que a CPMF será ressuscitada juntamente com a discussão da reforma tributária que será um dos primeiros projetos do novo governo a ser enviado à Câmara e ao Senado em 2011.
E já vou dar de barato, o projeto será aprovado. Vamos ficar prontos para pagar mais um imposto que obriga ou compele o cidadão pagar. É a teoria do socialismo, quem tem dá para quem não tem. Só que se esquecem que a saúde neste país já é socializada, ela pode ser usada tanto pelo rico como pelo pobre, e que a sociedade já paga por esse benefício. Acontece que a saúde é mal gerenciada, há desvio de recursos (aliás, sempre houve) não funciona, os médicos são mal pagos, filas que não terminam mais, emergências dos hospitais cada vez mais lotadas. Um verdadeiro caos. E não será ressuscitando a CPMF que a questão será solucionada.
A intenção de Dilma Rousseff é fazer o jogo político que lhe interessa, pois está com o baralho das cartas e joga com coringa. Evidente que ela não pretende pagar o ônus político de recriar um imposto impopular que já, inclusive, está recebendo protesto da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo através de seu presidente Paulo Skaf que adianta ser contrário à criação ou aumento de qualquer imposto. A sociedade não suporta mais pagar imposto ela quer a sua redução, disse Skaf.
Se a CPMF antes de ser extinta arrecadava R$ 40 bilhões por ano e não resolveu, por que recriá-la novamente?
A oposição que em 2007 impôs a mais dura derrota a Lula ao acabar com a CPMF, admite que não vai ser fácil superar o Planalto em uma votação no Congresso. É que o bloco da oposição no Senado será menor a partir do ano que vem. Para que a contribuição, ou imposto do cheque não seja aprovado, só há uma saída: pressão do comércio, da indústria, dos sindicatos, da sociedade como um todo. Caso contrário, no voto a CPMF vai voltar.

sábado, novembro 06, 2010

TÁ RECLAMNDO DE QUÊ?
Tá reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos políticos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso?
Brasileiro Reclama De Quê?
O Brasileiro é assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes embaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6-Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Pára em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8. - Viola a lei do silêncio.
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho. 13. - Faz "gato" de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes ou idosos.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve. E quer que os políticos sejam honestos...
Escandaliza-se com a farra das passagens aéreas...
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não? Brasileiro reclama de quê, afinal?
E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!"Fala-se tanto da necessidade deixar um Planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso Planeta, através dos nossos exemplos..."
Amigos!
Este é um dos e-mails mais verdadeiros que recebi!
A mudança deve começar dentro de nós, das nossas casas, nossos valores, nossas atitudes!
Alguém discorda?

sexta-feira, novembro 05, 2010

TRABALHADORES INVISÍVEIS
Não consigo entender uma coisa. A Prefeitura de Porto Alegre através do seu órgão de obras há algumas semanas iniciou a reconstrução, ou melhor, o conserto do Viaduto da Conceição que liga a zona norte da capital com a zona sul. Os engenheiros constataram que as fissuras existentes causadas pelo tempo necessitavam de um tratamento, sob pena da obra ficar completamente comprometida. Pois bem. Fez-se uma licitação e a empresa vencedora iniciou os trabalhos. A EPTC que controla o trânsito na Capital isolou uma das pistas do viaduto e modificou o tráfego na região desviando o trânsito para não saturar aquela passagem e permitir que os trabalhos fossem realizados com absoluta segurança. As ruas Garibaldi e Santo Antônio tiveram seus sentidos invertidos.
Eu passo todos os dias pelo Viaduto da Conceição e até hoje não vi ninguém trabalhando no local. Evidente que a conclusão dos trabalhos de conserto do viaduto levará mesmo um ano e seis meses para serem concluídos conforme foi dito à imprensa pelos responsáveis pela obra. Se ninguém, ou dois ou três homens trabalham no local, evidente que o viaduto só vai ser liberado daqui a 18 meses.
Porto Alegre já vive problema de trânsito que chega. Os engarrafamentos se sucedem, os motoristas andam estressados, não há respeito e educação por parte de alguns, e não se tem conhecimento de nenhuma providência para melhorá-lo.
Os corredores de ônibus que foi uma genial idéia de décadas passadas, em alguns locais apresentam problemas de afundamento da pista, ou seja, existem trilhos e ondulações que provocam desconfortáveis solavancos, transformando o passageiro numa verdadeira pipoca na panela de tanto que pula no acento. Sem falar nos abrigos de espera. Quando chove, com um pouco de vento, o passageiro se molha todo e quando é dia de sol não há proteção que ofereça sombra. A orientação solar na grande maioria das paradas é completamente fora do azimute causando desconforto e aflição ao usuário que aguarda o seu ônibus. Ontem, por exemplo, com um calor que atingiu 37 graus, nas paradas de ônibus do Mercado Público, as filas ultrapassavam os abrigos e as pessoas ficam expostas ao sol causticante. Aquelas coberturas foram colocadas quando o número de passageiros era menor. Hoje, as pessoas que se utilizam do transporte urbano cresceu e os abrigos ficaram os mesmos. E tudo é assim. Não se vê no centro de Porto Alegre uma obra que venha a oferecer mais comodidade e conforto a sua população.
Uma capital que será sede de jogos da Copa do Mundo em 2014 não pode abstrair esses problemas, afinal o contribuinte metropolitano merece uma melhor atenção do poder público.
DIZ QUE NÃO, MAS ESTÁ ATENTA A REEDITAR A CPMF
Duvido que alguém goste de contribuir compulsoriamente para alguma coisa. Pelo menos ás pessoas com quem conversei de ontem para hoje, nenhuma delas se mostrou favorável a descontar a CPMF como há alguns anos nas operações financeiras feitas em bancos, de saudosa memória.
Quando o governo criou a Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) foi um tributo gerado para sanear os problemas da saúde e que vigorou durante 10 anos, de 1997 a 2007. Sua última alíquota foi de 0,38%.
Eu lembro que em 2008 o bloco governista do PT fechou uma proposta de recriar o tributo sob o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS), através do substitutivo feito pelo deputado federal gaúcho Pepe Vargas ao Projeto de Lei de autoria do senador Tião Viana, do mesmo partido, do Acre e diferente da CPMF, que era cobrada indistintamente, seria isento da cobrança da CSS quem recebesse um de até R$ 3.038,00. A alíquota seria de 0,1% sobre o movimento financeiro e começaria a ser cobrada a partir de janeiro de 2009. Em junho do mesmo ano (2008) a Câmara dos Deputados aprovou a PLC por 259 votos a favor, 159 contra e 2 abstenções, o que significou que a proposta foi aprovada com apenas 2 votos a mais que o necessário (257) - uma margem muito apertada. O projeto foi encaminhado ao para o Senado que fulminou a volta da CPMF.
Como os governos são cínicos! A recém eleita, senhora Dilma Rousseff negou peremptoriamente a volta do imposto. Em entrevista dada para a TV Bandeirantes, reiterou a negativa. No dia seguinte, em pronunciamento dúplice (primeiro Lula, depois ela), a coisa mudou significativamente.
Perguntada a presidente eleita se reeditaria a CPMF fugiu com toda sorte de evasivas, chegando a ficar irritada diante da insistência de um repórter. Suas declarações, afinal, foram estas:

"Eu não pretendo enviar ao Congresso a recomposição da CPMF (...) não há uma necessidade premente (...) Mas, do ponto de vista dos governadores, eu estarei atenta às necessidades deles”
Se Dilma fez isso em 5 dias. O que virá em quatro anos?

Apoiam a proposta do retorno da CPMF seis governadores eleitos, todos os PSB, Eduardo Campos, de Pernambuco; Cid Gomes, Ceará; Ricardo Coutinho, Paraíba; Wilson Martins, Piauí; Renato Casagrande, Espirito Santo e Camilo Capibaribe, Amapá.
Sou da mesma opinião do senador Flávio Arns, (PSDB-PR) eleito vice governador do Paraná, que já foi do PT quando diz: “Pessoalmente sou contrário à criação de qualquer novo tributo. A CPMF, por exemplo, nunca foi totalmente destinada à saúde. Ao mesmo tempo, em função do crescimento econômico, a arrecadação vem crescendo, (e o governo se ufana disso todos os dias na imprensa). Em vez de pensar em criar novos tributos, uma idéia que está na contramão do que a sociedade quer, seria melhor fazer ajustes nos gastos públicos e rever a gestão pública”. É isso aí.