terça-feira, março 31, 2009


CLIC ERECHIM
Francisco B.Dias – de P.Alegre

Depois de quase cinco anos figurando como colaborador do Clic Erechim "O portal dos Portais", criado pelo professor e jornalista Daubi Picoli, com a publicação de cerca de 2.000 artigos, acabo de receber a lamentável notícia de que o site está encerrando suas atividades. A notícia é muito triste porque era através dele que os erechinenses de todo o planeta ficavam bem informados sobre a sua cidade e a região.
A decisão da editoria do Clic Erechim veio através de um comunicado geral que me permito levar ao conhecimento dos leitores:
"Atenção amigos Articulistas, Colunistas, chargistas; assessorias de imprensa e colaboradores: As atualizações do www.ClicErechim.com.br serão interrompidas por tempo indeterminado...
Os articulistas que quiserem podem deixar em sua página, um link para um blog ou outro site. O site vai ficar online como fonte de pesquisa e para álbuns de fotos de eventos.
Agradeço a todos pela colaboração; pelo interesse e pelo carinho e amizade.
Aproveito para agradecer aos poucos amigos que colaboraram, financeiramente, e também com apoio moral e palavras de incentivo para que eu não desistisse.
No entanto, depois de cinco anos, meu organismo 'reclamou' a falta de consideração para com ele e agora estou pagando caro por isso é preciso parar.
Após o dia 7 de abril, voltarei a atualizar, semanalmente, meu site pessoal (www.daubi.jor.br), o qual também abandonei (exceto a Coluna Social), para que os erechinenses que residem aqui e em outras cidades do planeta pudessem ter acesso a Notícias Diárias de Erechim.
É isso! Mais uma vez obrigado!
Um grande abraço.
Daubi
www.ClicErechim.com.Br"
A notícia colheu-nos de surpresa e lamentamos profundamente que Erechim perde o seu pioneiro site de informação. Para os leitores que me prestigiavam no site clicerechim.com.br podem acessar meu blog particular que é fbassodias.blogspot.com sob título BOM DIA LEITORES. Aguardo você no novo endereço, e claro, continuo também no nosso jornal BOM DIA.

domingo, março 29, 2009

O CASO DASLU
Francisco B.Dias

A revista Veja desta semana traz uma reportagem especial sob título “Um dia a casa cai. Cai?” das jornalistas Juliana Linhares e Raquel Salgado que vale apena ler. Através dela se vê que no Brasil em termos de justiça se usam, às vezes, dois pesos e duas medidas. “Um dia a casa cai. Cai?” analisa com preciosidade o caso da dona da loja de alto luxo Daslu, Eliana Tranchesi, condenada a quase um século de prisão por fazer importações ilegais.
No Brasil nós reclamamos de tudo, e há pessoas que nos criticam porque nunca estamos satisfeitos, coisa e tal. E se não criticamos, somos taxados de omissos ou não estamos enxergando um palmo à frente do nariz. No caso da Daslu, por exemplo, há uma grande maioria de formadores de opinião que entende, que as penas aplicadas pela Justiça aos que praticam crimes hediondos, como estupro, seqüestro, assalto... são muito leves, e muito severas para quem rouba um pote de margarina no supermercado (lembram desse fato?).
Eliana Tranchesi e seu irmão Antônio Carlos Piva de Albuquerque foram condenados a 94 anos e seis meses de prisão, acusados de burlar o Fisco na importação de produtos de marcas.
Não se trata de defender aqui quem burla o fisco, o que se discute é o exagero de uma pena para quem não oferece perigo à sociedade. Diz a reportagem: “Assim como ser pobre não é qualidade, ser rico não é um crime, ao contrário do que esperneiam os demagogos de credo esquerdista. A riqueza, no mundo capitalista moderno, é fruto de trabalho, ousadia e criatividade – e, como tal, produz emprego, consumo e outras oportunidades de negócios num ciclo virtuoso. A Daslu parecia concentrar todos esses atributos, por mais que seus detratores a apontassem como um ícone da ostentação e da futilidade – que, aliás, estão entre os direitos garantidos a qualquer cidadão numa democracia”.
A sentença da juíza federal Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Criminal de Guarulhos, tem 478 páginas e detalha o funcionamento do esquema criminoso montado pela empresária, por seu irmão e outros cinco homens de confiança, que atuavam nas importadoras usadas pela Daslu para trazer produtos subfaturados do exterior. Segundo a juíza, os crimes repetiam sempre o mesmo padrão. Eliana escolhia as peças de grifes internacionais que queria comprar. Seu irmão era o responsável por selecionar as empresas de fachada que usaria para trazer os produtos para o Brasil, sem declarar que estavam destinados à Daslu. As importadoras escolhidas tinham em seu comando pessoas ligadas à loja. Rodrigo Nardy Figueiredo, dono da Todos os Santos, por exemplo, é filho de uma assessora de Eliana. Já a Multimport, em nome de Celso de Lima, ex-contador da Daslu, tinha 96% do seu faturamento vinculado à loja e sempre registrava prejuízo. As grifes internacionais emitiam, no momento da exportação, uma nota fiscal verdadeira, em nome da Daslu ou da importadora. No Brasil, essa fatura era substituída por outra, falsificada, em nome da importadora e com um valor muito menor que o de mercado. O documento falso era, então, apresentado na alfândega do Aeroporto de Cumbica para que, sobre ele, fossem calculados impostos de importação mais baixos. Dessa forma, uma calça da grife Marc Jacobs comprada por 150 dólares era declarada às autoridades brasileiras como se tivesse custado apenas 20 dólares. Esse procedimento rendeu aos sete envolvidos condenações pelos crimes de formação de quadrilha, descaminho (importação fraudulenta de produto lícito) e falsidade ideológica (por fazer constar nas faturas que a compradora das mercadorias era a importadora e não a butique).
Nas devidas proporções o caso da Daslu é semelhante ao da mulher que foi presa por roubar um pote de margarina no supermercado. A única diferença é que uma é rica e a outra pobre.
Convenhamos, e o pessoal do mensalão e outros ladrões da República quando serão condenados? Quantos anos a Justiça vai aplicar-lhes pelo ilícito cometido?

sábado, março 28, 2009

UMA FAMÍLIA CANCEROSA
Francisco B.Dias – de Porto Alegre

Sempre que posso, ao chegar em casa, dou uma passada nos canais de TV para ir à busca de notícia e informação. Faço isto habitualmente porque ficou gravada em mim desde jovem, a frase que abria o noticiário da Rádio Tupi de São Paulo que dizia: “o homem bem informado tem mais possibilidades na vida”. E é uma verdade, sempre tive boas possibilidades na vida, modéstia a parte, por ser um sujeito bem informado. Eu já citei certa feita, em comentário neste mesmo espaço o programa Brasil Urgente, do paulista de Ribeirão Preto, José Luiz Datena, na TV-Bandeirantes aos finais de tarde, onde apresenta e comenta em estilo próprio, as notícias do dia. Datena e o Brasil Urgente da Band são hoje uma referência nacional de jornalismo ágil e popular.
Na quarta-feira passada ele apresentou o caso de uma família de seis pessoas, o casal e quatro filhos, todos com câncer nos ossos, com exceção da mulher. O marido e as quatro crianças todas menores, acometidas da terrível doença. Imagina você o drama do pai, sem poder trabalhar e a mulher cuidando de tudo. Sabe quanto ele ganha do INSS?
- Um salário mínimo!
Esse cidadão quando requereu ao Instituto Nacional de Seguridade Social ajuda para os outros quatro filhos portadores da mesma doença (coisa rara numa família) teve negado seu pedido, sob a alegação de que o INSS só poderia dar ajuda para apenas uma pessoa, no caso o pai.
Mas, santo Deus, onde está à sensibilidade dos nossos governantes diante de uma situação tão chocante como essa?
E os Direitos Humanos, que quando a polícia bate em um ladrão, assaltante ou estuprador imediatamente se apresenta como defensor do delinqüente, onde está numa hora dessas?
Cadê o Estatuto da Criança e do Adolescente? Mas será que ninguém neste país (deputado, senador, presidente da República, Bispo, Arcebispo), sabe desse caso e não poderia ajudar essa pobre família a ter o benefício do INSS?
Gasta-se dinheiro do contribuinte para pagar hora extra de servidores do senado que se quer trabalharam; gasta-se um dinheirão para pagar salário para 181 diretores do Senado, e não tem quatro salários mínimos para ajudar uma família cancerosa e desamparada!!! Isto é o fim. É uma vergonha!!!
Esse escândalo é apenas a ponta do iceberg. Vejam que absurdo: existem mais de dois diretores para cada senador, mais um chefe de gabinete e um funcionário ganhando salário acima de R$ 4 mil. Mas, para ajudar uma família que precisa de 4 salários mínimos, não tem.