domingo, maio 22, 2011

O QUE MUITOS NÃO SABEM
Durante meus 15 anos de Assembléia Legislativa conheci e cheguei a conviver com Percival Puggina, um arquiteto de formação, mas que deixou de lado a profissão para se tornar um ótimo escritor, articulista e conferencista. Nasceu em Santana do Livramento em 1944, autor de dois livros, possui sólida formação religiosa católica, criador da Fundação Tarso Dutra de Estudos Políticos e Administração Pública, órgão do Partido Prohressista (PP).
Puggina escreveu um artigo na sua página “Mídia Sem Máscara” que é uma pintura. Por isso não posso deixar de reproduzi-lo. O título é A DERRADEIRA FLOR DO LÁCIO”
Plantou colheu. Elegeu o PT, vai ter isso aí. Tudo aparelhado.
Tudo a serviço da causa.
Quando me deparei com a notícia de que novos livros didáticos aprovados pelo MEC e pagos com dinheiro do contribuinte eram claramente alinhados com o petismo no poder eu não me surpreendi. Livro didático aprovado pelo MEC é prêmio literário para intelectual orgânico, ora essa. Quem conhece o petismo sabe que ele não perde chance de fazer proselitismo. A mesma destapada malandragem se derrama pelos concursos públicos, pelas provas do ENEM e onde quer que surja uma brecha para a semeadura ideológica. Sabe aquele inço que nasce e se infiltra até numa trinca do piso? Pois é.
Não há cargo em disputa, nomeação possível, cadeira ou cátedra vazia, título honorário, medalha, redação de jornalismo, microfone livre, espaço cultural, passeata ou procissão onde o PT não se apresente. O PT não deixa livre nem cadeira de engraxate. Faça o teste. Quando estiver frente a um auditório lotado diga assim: "Quem quer ser...". Não precisará terminar a frase. Todos os que levantarem a mão são petistas. Estão sempre prontos para ser. Seja lá o que for. Quando conseguem ser, criam um aparelho e ficam sendo. Vá ao estádio do Beira-Rio em Porto Alegre. No meio da torcida colorada, faça chuva ou faça sol, frio ou calor, haverá uma enorme faixa com a estampa do Che Guevara - aquele vampiro argentino que se dizia com sede de sangue. O que faz ali a faixa? Por que se dão ao trabalho de carregá-la e desfraldá-la num campo de futebol, ano após ano? Proselitismo.
Nada escapa do aparelhamento. Estão nas Igrejas, nos sindicatos, nas universidades, nas escolas, nos cursos de preparação para o vestibular, nos cursos organizados para ingresso nas carreiras jurídicas (notadamente naqueles criados pelos órgãos de classe da magistratura e do ministério público), estão nas carreiras de Estado, nos conselhos profissionais, nas Forças Armadas, nos seminários, nos grandes jornais e nos boletins paroquiais, nos folhetos das missas e - claro, por que não? - nos livros didáticos do MEC petista. Então, essas coisas não me surpreendem. Plantou colheu. Elegeu o PT, vai ter isso aí. Tudo aparelhado. Tudo a serviço da causa.
O que me surpreendeu foi o retorno a uma fase anterior ao petismo no poder. Aquela segundo a qual o bom é ruim e o péssimo é ótimo. Lembrei-me daquele período e de que já havia escrito algo a respeito. Fui atrás e encontrei o texto. Ele foi publicado em 8 de dezembro de 1997 no Correio do Povo, numa época em que o petismo, chegando ao poder, começava a usar gravata. Lá pelas tantas, eu escrevi assim, referindo-me ao que se observara no esquerdismo dos anos anteriores:
"Chegou a ser moda não pentear os cabelos, tomar o menor número possível de banhos, andar mal vestido, falar com incorreção, tratar-se com curandeiros. Quem adotasse conduta oposta e ainda por cima lesse artigos de jornal e bons livros, acabava malvisto pelos companheiros. Havia políticos que eram incorrigíveis nos seus erros gramaticais cuidadosamente cultivados porque lhes proporcionavam singular identificação com as bases. Conheci alguns cujas esposas eram sempre apresentadas como companheiras porque tal palavra expressava uma relação mais popular e portanto mais adequada do que a outra. Ter uma boa formação acadêmica atrapalhava mais do que ajudava quando o assunto envolvia imagem e popularidade. Conheci pessoas que quando precisavam ir a uma vila trocavam de carro, de roupa e de sapato."
O tal livro do MEC que valoriza os erros de linguagem sinaliza, na esteira do lulismo, um retorno àqueles velhos tempos. Falar bem é ruim. Falar mal é bom. Nivele-se tudo por baixo! Na atividade rural, ser produtivo é ruim; ser improdutivo é bom. Os ministros petistas do STF que acusaram a família tradicional de ser uma família voltada para o patrimônio, ao passo que a família gay seria voltada para o amor andaram na mesma direção: família tradicional é ruim; família gay é bom. Na mesma linha, Venezuela é bom; Chile é ruim. Cuba é bom; Estados Unidos é ruim.
Também na linguagem, o petismo quer endeusar Lula. O "cara" sacralizou a linguagem inculta, certo? Logo, precisamos fazer com que as escolas não corrijam quem fala como o chefe, até porque há quem se disponha a pagar R$ 200 mil (!) pelo privilégio de vê-lo atropelar o idioma... Por fim, a produção verbal de Lula, consolidador da derradeira flor do Lácio, ainda mais inculta, mas sempre bela, o habilita ao fardão da Academia Brasileira de Letras. Alô, alô, Machado de Assis, os companheiros estão querendo Lula lá!

DEU NA VEJA
BRASIL, UM PAÍS SEM VERGONHA DA CORRUPÇÃO
Cultura política brasileira dispensa de explicações autoridades como Palocci

Carolina Freitas

Tranquilidade: Presidência blindou o ministro Antonio Palocci (Sergio Dutti/Agência Estado)

"O Rei Tiago I, da Inglaterra, dizia que só respondia a Deus. Nossos políticos são piores: não respondem nem a Deus”, Roberto Romano
Flagrante desonestidade. Assim o juiz da corte criminal de Londres justificou na última sexta-feira a condenação do ex-parlamentar britânico Elliot Morley a um ano e quatro meses de prisão. Morley admitiu ter usado o auxílio-moradia para embolsar 30.000 libras de hipotecas já quitadas. Foi um dos 170 parlamentares acusados em 2009 de usar a verba de forma irregular. O escândalo provocou a renúncia do presidente da Câmara dos Comuns, Michael Martin, que assumiu ter falhado na tarefa de zelar pela ética no Parlamento.
No mesmo ano, no Brasil, outra flagrante desonestidade vinha à tona sem mobilizar a Justiça, motivar renúncias ou provocar punições. Mais de 200 parlamentares fizeram turismo com cotas de passagens aéreas exclusivas para viagens de trabalho. Fretaram jatinhos e bancaram o transporte de parentes, amigos e cabos eleitorais. Uma farra. Pressionados, alguns devolveram o valor das passagens, sem se desculpar. Foi como se tudo não passasse de um engano.
A comparação escancara: os políticos brasileiros ignoram a importância da transparência. “O Brasil herdou de Portugal a ética distorcida do autoritarismo, instaurado com a chegada da família real no século XIX”, afirma o filósofo Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Os políticos brasileiros acham um insulto exigir deles explicações.” 
É o caso de Antonio Palocci, ministro-chefe da Casa Civil, que agora se recusa a dizer como multiplicou, em quatro anos, seu patrimônio por vinte. Ao contrário dos liberais franceses e ingleses, os monarcas portugueses nos ensinaram a exercer o poder como um privilégio. “No liberalismo tem de ser possível explicar cada ato do governo. É o princípio de accountability”, diz Romano. “Não há divisão entre o governante e o governado. O privilégio de cargo não é admitido.”
Enquanto isso a estrutura do estado brasileiro garante privilégios aos detentores do poder. O maior exemplo é o foro privilegiado para integrantes do Executivo e do Legislativo. “Não importa se é de direita ou de esquerda. Todos seguem a mesma ética autoritária ao chegar ao poder”, afirma Romano. “Ética é um conjunto de atitudes automáticas e inconscientes. A pessoa age sem consciência de que está fazendo errado. Não pode se dar ao luxo de pensar ou sentir culpa.” Para mudar uma classe política de ética torta só um choque de realidade. E olhe lá. “O Rei Tiago I, da Inglaterra, dizia que só respondia a Deus. Nossos políticos são piores: não respondem nem a Deus”, diz Romano.  
Foro íntimo – A falta de compromisso com a transparência fica evidente quando se analisa casos em que a vida pessoal de homens públicos está em jogo. Em 2009 o governador da Carolina do Sul, no Estados Unidos, Mark Sanford, sumiu por uma semana. Reapareceu e convocou uma coletiva de imprensa. Ninguém suspeitava do motivo. Queria pedir perdão à família e à população por ter passado a temporada com uma amante argentina, com quem mantinha um caso há dez anos.
No Brasil, foi necessária muita pressão da oposição e da imprensa para que o então presidente do Senado, Renan Calheiros, assumisse ter uma filha fora do casamento, fruto do relacionamento com a jornalista Monica Veloso. E, nesse caso, havia um componente indubitavelmente público: evidências de que um lobista pagava, em nome do senador, pensão à Monica. Renan renunciou à presidência da Casa. Escapou, no entanto, da cassação e, em 2010, foi reeleito.
Segundo filósofo Roberto Romano, a opinião dos eleitores não causa preocupação aos corruptos. A prioridade é convencer os colegas políticos a continuar lhe dando base de sustentação. Foi o que a Presidência fez quando veio a público o enriquecimento de Palocci. Dilma Rousseff reuniu seus melhores estrategistas para blindar o ministro e muniu os petistas de argumentos de defesa. A presidente mostrou que, a exemplo de seu antecessor, levará a situação até o limite do suportável. Como se nada tivesse acontecido.

sexta-feira, maio 20, 2011

O DINHEIRO COMPRA TUDO
Não é de hoje que estou convencido que quem tem dinheiro, e for preso, não permanece por muito tempo na cadeia. O ladrãozinho de galinhas esse, sim, cumpre até o último dia de condenação e sem direito a hábeas corpus, apelação etc. Prova disso são os escândalos que acontecem com envolvimento de pessoas nos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, corrupção, formação de quadrilha, além de outros crimes contrários aos bons costumes e que deixa a sociedade perplexa e cheia de indignação.
E essa prática não acontece apenas no Brasil. Um dos casos mais rumorosos nos últimos dias, depois dos remédios de Barão de Cotegipe, do inesquecível mensalão, (não dá para esquecer), Detran, Daer, lombadas eletrônicas, é o do ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, acusado de ter praticado violência sexual contra uma camareira de hotel em Manhattan-Estados Unidos. O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional pagou uma fiança no valor de US$ 1 milhão e vai responder o processo em liberdade.
Por isso, volto a frisar quem tem dinheiro não fica muito tempo na cadeia. Por mais que justifiquem que as nossas leis assim o permitem, por que os nossos políticos não mudem ás nossas leis?
No caso de Dominique a defesa chamou de "injusta" a decisão anterior de uma juíza que queria mantê-lo preso, e pediu que ele pudesse responder ao processo junto a sua mulher e sua família e sugeriu um pacote de restrições a serem impostas para que o ex-diretor ficasse em liberdade, como uso de monitoração eletrônica e confinamento em um apartamento.
A propósito, um leitor me envia o seguinte sobre a nova lei das prisões.
Carlos colegas, após 15 anos de atuação na área criminal estou pensando seriamente em abandonar a área com a nova LEI 12.403/2011 aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em 05/05/2011 pela Presidente Dilma Roussef e pelo Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Quem não é da área, fique sabendo que em 60 dias (05/07/2011) a nova lei entra em vigor e a prisão em flagrante e prisão preventiva somente ocorrerão em casos raríssimos, aumentando a impunidade no país. Em tese somente vai ficar preso quem cometer homicídio qualificado, estupro, tráfico de entorpecentes, latrocínio, etc.
A nova lei trouxe a exigência de manter a prisão em flagrante ou decretar a prisão preventiva somente em situações excepcionais, prevendo a conversão da prisão em flagrante ou substituição da prisão preventiva em nove tipos de medidas cautelares praticamente inócuas e sem meios de fiscalização comparecimento periódico no fórum para justificar suas atividades, proibição de frequentar determinados lugares, afastamento de pessoas, proibição de se ausentar da comarca onde reside, recolhimento domiciliar durante a noite, suspensão de exercício de função pública, arbitramento de fiança, internamento em clinica de tratamento e monitoramento eletrônico).
Para quem não é da área, isso significa que crimes como homicídio simples, roubo a mão armada, lesão corporal gravíssima, uso de armas restritas (fuzil, pistola 9mm, etc.), desvio de dinheiro público, corrupção passiva, peculato, extorsão, etc., dificilmente admitirão a prisão preventiva ou a manutenção da prisão em flagrante, pois em todos esses casos será cabível a conversão da prisão em uma das nove medidas cautelares acima previstas. Portanto, nos próximos meses não se assuste se você encontrar na rua o assaltante que entrou armado em sua casa, o ladrão que roubou seu carro, o criminoso que desviou milhões de reais dos cofres públicos, o bandido que estava circulando com uma pistola 9mm em via pública, etc. Além disso, a nova lei estendeu a fiança para crimes punidos com até quatro anos de prisão, coisa que não era permitida desde 1940 pelo Código de Processo Penal! Agora, nos crimes de porte de arma de fogo, disparo de arma de fogo, furto simples, receptação, apropriação indébita, homicídio culposo no trânsito, cárcere privado, corrupção de menores, formação de quadrilha, contrabando, armazenamento e transmissão de foto pornográfica de criança, assédio de criança para fins libidinosos, destruição de bem público, comercialização de produto agrotóxico sem origem, emissão de duplicada falsa, e vários outros crimes punidos com até quatro anos de prisão, ninguém permanece preso (só se for reincidente).
 Em todos esses casos o Delegado irá arbitrar fiança diretamente, sem análise do Promotor e do Juiz. Resultado:  o criminoso não passará uma noite na cadeia e sairá livre pagando uma fiança que se inicia em um salário mínimo!  Esse pode ser o preço do seu carro furtado e vendido no Paraguai, do seu computador receptado, da morte de um parente no trânsito, do assédio de sua filha, daquele que está transportando uma tonelada de produtos contrabandeados, do cidadão que estava na praça onde seu filho frequenta portando uma arma de fogo, do cidadão que usa um menor de 10 anos para cometer crimes, etc.
Em resumo, salvo em crimes gravíssimos, com a entrada em vigor das novas regras, quase ninguém ficará preso após cometer vários tipos de crimes que afetam diariamente a sociedade. Para que não fique qualquer dúvida sobre o que estou dizendo, vejam a lei. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2011/Lei/L12403.htm 
Também para comprovar o que disse, leiam o artigo do Desembargador Fausto de Sanctis sobre a nova lei, o qual diz textualmente que "com a vigência da norma, a prisão estará praticamente inviabilizada no país": http://advivo.com.br/blog/luisnassif/de-sanctis-e-o-codigo-de-processo-penal

quarta-feira, maio 18, 2011

A FRAUDE DOS MEDICAMENTOS
Notícia de agora á noite.
A Justiça Federal de Erechim mandou soltar mais de 20 envolvidos com a fraude da saúde descoberta no início da semana pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul e mais seis estados. Foi também negado o pedido de sequestro de bens dos envolvidos no caso. Vários dos suspeitos presos na segunda-feira já foram soltos. O pedido da Polícia Federal visava resguardar os bens dos acusados para reparação de danos. A decisão foi do Juiz LUiz Carlos Cervi. Os funcionários da Justiça Federal de Erechim trabalham em horário extra para conseguir expedir e fazer cumprir ais de 20 alvarás de soltura de pessoas presas em todo o país pela chamada Operação Saúde.
QUEM NÃO DEVE NÃO TEME
Vou sintetizar a entrevista que a jornalista e colunista do jornal Folha de São Paulo, Eliane Castanhêde concedeu nesta quarta-feira, ao radialista Lasier Martins, da Rádio Gaúcha, sobre o “exagerado” aumento do patrimônio do ministro Chefe da Casa Civil da presidência da República, Antônio Palossi, segundo publicou a Folha em 20 vezes em apenas um mandato de deputado federal.
Fazendo uma avaliação sobre o assunto da compra de um imóvel que só de condomínio paga R$ 3.8 mil mensal (o equivalente a um terço do salário do ministro) a jornalista disse que “os homens públicos devem explicações á sociedade. O patrimônio do ministro que se multiplica por 20 em quatro anos, exige uma explicação”.
A jornalista lembra que Palossi declarou que tinha apenas um único imóvel que era uma cazinha de R$ 56 mil em 2006. Como de repente ele tem um apartamento de mais de 500m² que vale cerca de 7 milhões de reais. De uma cazinha para um apartamentão desses em São Paulo, muita coisa aconteceu e é bom que o ministro explique”.
Segundo a jornalista está acontecendo uma blindagem enorme da base aliada para tentar evitar a convocação do principal ministro do governo Dilma para ir depor na Comissão de Finanças do Congresso. Eliana Castanhêde acrescenta que tal atitude mostra algumas divisões curiosas “por exemplo: quem está fazendo o papel de tropa de choque é o PMDB, enquanto o PT que sempre teve esse discurso moralista de 30 anos, fica quietinho na arquibancada vendo o circo pegar fogo”.
Lasier Martins pergunta: Por que será que o PMDB está tendo esse comportamento Eliane?
Ela reponde: “Porque quanto mais dificuldades o governo tem, mais favores ele vai precisar prestar ao PMDB. O PMDB, como sabemos, é uma noiva cara, exigente, um partido que não dá ponto sem nó”.
Ao fazer um prognóstico se o assunto vai ou não crescer, “obrigando” o ministro prestar contas, ou não dar em nada, a colunista da Folha de São Paulo, relata que “num primeiro momento houve o impacto. O estrago já está feito e isto característica o fim da lua de mel. No início de governo todo mundo diz que o governo é lindo; que o presidente é ótimo; que as coisas são maravilhosas. Foi assim até com Fernando Collor, imagina! Com todos é assim, só que, a lua de mel do governo da presidente Dilma está acabando por causa do Palossi. O que eles avaliam? Que o que saiu até agora é o suficiente para fazer um estrago no governo e para deixar o ministro numa situação desconfortável e ficar se explicando... se explicando... Mas, não é suficiente, ainda, para que ele caia do posto. Depende ainda de dois fatores: um fator é o jogo político, até onde a oposição está disposta a pressionar; até que ponto a base aliada está disposta a defender. E a segunda questão é a seguinte: falta combinar com os adversários, porque nunca se sabe se isso tudo é um fio da meada e que pode aparecer ainda muitas outras coisas contra o ministro Palossi, até porque ele não é primário. Ele já caiu no governo Lula por causa de situações muito mal explicadas”.
No final da sua entrevista, Eliane Castanhêde afirmou o seguinte: “Ninguém investe tudo o que tem em imóveis, e muito menos, num único imóvel. Se o ministro tem um apartamento de quase sete milhões de reais, imagine quanto ele não tem em outras aplicações, quem sabe em paraíso fiscal, sei lá, em outros empreendimentos ou até com laranjas. O que o ministro fez até agora foi se defender atacando. Como ele não se defende e diz meus clientes são tais, tais e tais, e eu prestei tais e tais serviços o que ele faz, em vez de se defender ataca. Ele soltou uma nota via assessoria da Casa Civil para os congressistas dizendo: todo mundo faz. É mais ou Menos o tom da nota. E vai mais além: 278 parlamentares também têm empresas, na área rural ou de consultoria, ou empreendimentos industriais e ex-ministros até do governo Sarney, principalmente do período de Fernando Henrique, saíram de postos chaves de bancos, ministério da Fazenda e hoje estão milionários no setor privado. Como se vê, ele se defende exatamente como o ex-presidente Lula na época do mensalão, tentando dizer que era tudo só um caixa dois, e que caixa dois todo mundo faz. Será que cola? Não sei – concluiu a colunista da Folha de São Paulo.
Diante disso tire você mesmo suas conclusões.
OS HACKERS NÃO DESCANSAM

Por incrível que pareça ainda há quem subestime a inteligência de quem lida diariamente, por muitas horas com computador e Internet. Está na hora dos ciberpiratas que agem com o intuito de violar ilegal ou imoralmente sistemas cibernéticos, acharem novos atrativos para atrair os incaustos.A maioria dos que freqüentam a Internet recebem e-mails com mensagens atrativas oferecendo vantagens, prêmios, ou Serasa, SPC, e agora com maior insistência, e-mails dos Bancos da Amazônia e Santander para que atualizem seus cadastros ou solicitando que observem o sistema de segurança de senha. Falo por mim. Nunca fui cliente do Banco da Amazônia e muito menos do Santander, duas instituições sérias, mas que são usadas por pessoas mal intencionadas que, utilizando o prestígio desses bancos junto á sociedade, procuram burlar, prejudicar e tirar algum proveito, como entrar no seu computador e recolher dados, etc. Prezado internauta, não entre nessa! Nenhum banco, nenhuma repartição de governo, Serasa, SPC e o raio que o parta, solicita via Internet o CPF, RG, dados pessoais, enfim. E se pedirem não forneça. É a forma de combater a invasão de hahackers (são indivíduos que elaboram e modificam software e hardware de computadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas, seja adaptando as antigas).

TV A CABO

Recebo diariamente reclamações contra o serviço prestado pela NET, empresa responsável pela distribuição de sinal de televisão via cabo em Erechim. Sou suspeito em falar neste assunto porque já fui cliente da NET e hoje não voltaria a sê-lo, nem por decreto, em razão do seu péssimo atendimento. A reclamação é a falta de sinal em vários canais nos programas que são vendidos á sua clientela e fica por isso mesmo.
Outra queixa é a falta de investimentos da empresa para expandir o número de domicílios que, segundo me retratam, teriam interesse em receber o sinal de TV via cabo, com mais a seguinte indagação: por que Erechim ainda não tem disponibilizado pela NET o sistema “HD”? Com a palavra a NET.

LIXO

O Secretário Municipal do Meio Ambiente, Waldemar Dorfeld, esteve ontem em visita a redação do Bom Dia, ocasião em que mais uma vez deu explicações a respeito do recolhimento do lixo no perímetro urbano da cidade. “Até o final do ano se não houver nenhum acidente de percurso, todo o sistema será melhorado e modernizado” – afirmou.
A prefeitura está gestionando a implantação do sistema por containers já utilizado nas cidades de Caxias do Sul, Venâncio Aires e Passo Fundo. Dorfeld disse que os exemplos colhidos nesses municípios serão melhorados para solucionar definitivamente o problema do lixo em Erechim. Uma coisa que não sabia. A tecnologia usada nos containers e instalação dos equipamentos nos caminhões que fazem o recolhimento são importadas. O secretário Waldemar Dorfeld assinalou que desta vez o transtorno do lixo será resolvido.
Sou um dos que torce para que tal aconteça, pois na rua onde moro, Av. Comte. Kraemer, o serviço continua deficiente. Há manhãs que o lixo fica espalhado pela rua e calçada.

segunda-feira, maio 16, 2011

FRAUDE NA SAÚDE
A pequena cidade de Barão de Cotegipe, distante 12 km de Erechim, no Norte do Estado, amanheceu nesta segunda-feira invadida por diversas viaturas da Polícia Federal que cumpria mandados de busca e apreensão por crimes de corrupção, ativa, passiva, estelionato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Ninguém desconfiava que três grupos formados por 15 empresas de distribuição de medicamentos e material cirúrgico, fraudavam a saúde pública através de licitações enganosas e faturavam milhões de reais.
Pois a Polícia Federal pôs fim a ação dessas quadrilhas com ramificações em sete unidades da federação: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Rondônia.
A Operação Saúde, da Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira um total de 34 servidores públicos municipais — em todo o país — suspeito de envolvimento no esquema, que fraudava na compra de medicamentos e equipamentos hospitalares, com o aliciamento de pessoas ligadas a saúde, através de propina.
No Rio Grande do Sul foram feitas prisões dos secretários de Saúde de Pinhal da Serra e de Mariano Mouro. No total, entre os presos estão 12 secretários e ex-secretários municipais da Fazenda, Finanças e, principalmente, da Saúde.
Em Sarandi, um ex-funcionário do setor de compras da prefeitura foi preso. Em Erechim, na casa de um servidor também responsável pelo setor de compras, foram apreendidos documentos.
Em Barão de Cotegipe, onde era a sede da quadrilha, sete empresas sofreram mandados de busca e apreensão e a PF cumpriu pelo menos 21 mandados de prisão na cidade.

O ESQUEMA
Os espertalhões desviavam as verbas públicas federais destinadas pelo governo à compra de medicamentos participando de uma mesma licitação em determinado município e operavam as propostas de modo que sempre o mesmo grupo acabava vencedor.
Além disso os responsáveis pelo setor de compras ou secretarias municipais de saúde compravam os medicamentos necessários à população, com preços superfaturados, e muitas vezes os remédios sequer chegavam a ser entregues.
Um dos grupos faturou 40 milhões somente em 2009 e outro dois 70 milhões em 2010, segundo a PF.
Para completar a enganação, em alguns dos municípios, os medicamentos entregues pelas empresas envolvidas na fraude estavam vencidos ou próximos da data de vencimento e eram de má qualidade.
O principal chefe da quadrilha está fugado, mas deverá ser preso nas próximas horas.
DUO DE PIANO NÔMADE
O Círcolo Vicentini nel Mondo de Erechim, criado por um grupo de vicentinos, unidos pelo amor às tradições de raízes de seus antepassados que este ano completa oito anos de fundação, trouxe a nossa cidade o Duo de Piano Nômade para uma apresentação no 25 de Julho na última sexta-feira.
Diante de uma seleta platéia de repente o piano começa a cantar como uma harpa, chorando como uma velha canção gaélica, rindo como uma gaita de foles, para funcionar como um tambor Africano, a dançar como uma guitarra de flamenco, a alegrar-se como um banjo, balançando como o swing de um trompete de jazz, Tudo isto aconteceu durante a apresentação. Foi o que me disseram os que assistiram o espetáculo.
Recebi um gentil convite do engenheiro Redênzio Zordam para conhecer o inventor do piano Celtic, compositor gaélico, Antoni O' Breskey e Anthony Booster Bools – violino e na hora “H” surgiu um imprevisto e perdi o grande espetáculo.
Antoni O’ Breskey compositor, virtuoso pianista, nasceu em Firenza, Itália, em 1950. É diplomado pelo Conservatório Luigi Cherubini de sua cidade natal. O destacado músico contribuiu para a criação de um novo conceito de música sinfônica, inserindo o som do piano forte merecendo o reconhecimento da crítica especializada. Particularmente o pianista italiano foi quem introduziu na música irlandesa e no flamengo a tromba na música céltica, criando a fusão entre o jazz e a música de matriz árabe e andaluza.
O concertista italiano tem se exibido com grande sucesso e prestígio em teatros do mundo inteiro como Mercat de Flores, de Barcelona; Teatro da Ópera Arriaga, de Bilbao; Teatro Voictoria Eugênia, de San Sebastian;Teatro Romano, de Verona; Festival de Lugano no Teatro Puccini de Fiorenzi e outros.
Parabéns ao Círcolo Vicentini nel Mondo, de Erechim que proporcionou à sociedade local um grande espetáculo.

POLÍTICA DÁ DINHEIRO
A Folha de São Paulo noticia que Antônio Palocci multiplicou seu patrimônio pessoal por 20 em apenas quatro anos.
De acordo com o jornal, Palocci comprou um apartamento de luxo na capital paulista em novembro de 2010 por 6,6 milhões de reais. No ano anterior, o ministro já havia adquirido um escritório em São Paulo por 882 mil reais. O valor dessas aquisições, quase 7,5 milhões de reais, é 20 vezes maior que o patrimônio declarado pelo petista nas eleições de 2006.
A evolução do patrimônio do ministro aconteceu durante o período em que ele esteve na Câmara dos Deputados. Em 2006, época em que Palocci se elegeu deputado federal, seu patrimônio declarado era de 375 mil reais. Este valor correspondia a uma casa em Ribeirão Preto, um terreno e três carros. Nos quatro anos em que exerceu mandato de deputado, Palocci recebeu 974 mil reais brutos em salário. A quantia é insuficiente para pagar os imóveis adquiridos.
Esse é o “milagre brasileiro” que os políticos costumam ter. Enquanto alguns multiplicam o seu patrimônio em 20 (isso passa de uma progressão geométrica), continuamos sem recursos para a saúde, educação e demais setores importantes.

SANCIONA OU NÃO
A lei que pretende retirar estrangeirismos do vocabulário gaúcho pode não sair do papel. O governador Tarso Genro deve se manifestar oficialmente até quarta-feira, 18, mas nos bastidores, é forte a pressão para que o Piratini vete o projeto aprovado na segunda quinzena de abril pela Assembleia Legislativa.
De autoria do deputado Raul Carrion (PCdoB), a proposta visa a proteger o idioma português de estrangeirismos considerados "desnecessários" pelo parlamentar. Pelo projeto, haveria a supressão de expressões já consagradas. Elas não seriam proibidas, mas precisariam ser acompanhadas de tradução quando empregadas em ambientes públicos. Caso seja sancionado, shopping, por exemplo, seria traduzido para centro de compras. Site receberia o nome de sítio.

MENSAGEM DE OTIMISMO
“A virtude do homem deve ser avaliada não pelo que ele faz de extraordinário, mas pelo que ele faz de comum”.
Pascal

sexta-feira, maio 13, 2011

PAÍS DOS IMPOSTOS
Pediram que falasse sobre este assunto, pois vou falar. Como argumento uso uma conta de energia elétrica cujo consumo médio mensal é em torno de R$ 176,00. Não seria muito para quem possui refrigerador, televisão, máquina de lavar, chuveiro, ferro de passar, eletrodomésticos de menor consumo como liquidificador, batedeira, lâmpadas de 60 wats e rádio.
O absurdo está nos penduricalhos que aparecem na conta mensal. Por exemplo: iluminação pública, R$ 6,29; ICMS, 40,69; PIS, 1,35; Cofins, 6,21. O restante são encargos, 16,87; distribuição 34,22 e transmissão, 9,50. De consumo mesmo, R$ 53,94, os restantes R$ 119,13 são diluídos conforme distribuição acima, impostos e taxas.
Sobre iluminação pública é interessante ressaltar o quanto à população reclama e paga pelo pouco que recebe. Se não vejamos: a prefeitura municipal que deveria manter um serviço permanente de vigilância e fiscalização não o faz. E se faz, deixa muito a desejar. Existem ruas em Erechim completamente ás escuras, basta andar á noite pela cidade.
O que o contribuinte paga mensalmente chega a ser escorchante pela penumbra verificada nas nossas ruas, avenidas e praças. E não pode ser por falta de recursos que não se melhora a iluminação pública.
De acordo com os registros da RGE em agosto de 2010, Erechim possuía 40.026 domicílios ocupados, portanto consumindo energia elétrica, sem contar as residências vagas e ocasionais. Tomando por base a mesma conta de luz, só de taxa de iluminação pública (R$ 6,29 x 40.026) o município arrecada matematicamente R$ 251.763,54 mensais, ou R$ 3,1 milhão por ano para iluminar condignamente a cidade. É dinheiro!!!
Pagar R$ 6,29 de taxa de iluminação pública não é só vergonhoso pelo serviço que é prestado à população como ineficiente.
Há ruas e bairros mal iluminados, lâmpadas queimadas e não repostas, lâmpadas que permanecem acesas dia e noite, e o contribuinte, compulsoriamente, paga. O Brasil é o país onde mais se paga impostos.
Enquanto isto a reforma tributária e tantas outras prometidas pelos nossos políticos e o próprio governo, dorme em berço esplêndido nas gavetas do Congresso.
Alô, políticos deste país: Os diversos níveis dos Governos (Federal, Estadual e Municipal) precisam acertar seus muitos interesses conflitantes em prol da economia nacional, reduzindo a carga tributária – não a aumentando – e simplificando os processos, extremamente burocráticos, que hoje estrangulam as iniciativas privadas.
Seria mais eficiente o governo cortar os gastos “exacerbados” que mantém com o custeio da máquina pública e repensar a distribuição dos impostos, ao invés de forçar mais tributos aos brasileiros, que hoje trabalham 40% do ano somente para pagar impostos.

URVs
Quando houve a troca de governo, devido ás últimas eleições, muitos funcionários que exerciam Cargos de Confiança (CCs), da Assembléia Legislativa por 15 anos e até mais, saíram sem receber um direito que lhes é assegurado que é uma diferença salarial ocorrida em anos anteriores e que foi paga parcialmente na base de URV.
Portanto, são credores de importâncias, algumas delas representando um mês de salário. Esses servidores exonerados há quase 120 dias ainda não receberam o que lhes é de direito. Mau exemplo dá à sociedade o parlamento gaúcho que deve não nega e não sabe quando vai pagar.
Mas as diárias espúrias e outras verbas de gabinete, estas sim são pagas religiosamente.
O BULLYNG NAS ESCOLAS
Volto ao assunto porque há que se tomar algumas atitudes contra a agressão feita de forma sistemática, em algumas escolas. Uma estatística feita no País acaba de revelar que 47%, ou seja, quase a metade dos estudantes do Sudeste do País já viu algum colega sofrer bullyng. Esse índice é o maior até hoje registrado no Brasil, portanto, o dobro em relação a taxa do Norte, onde o número cai para 23,7%.
A região SudesteA região Sudeste também apresenta a maior taxa de alunos que admitem terem sido vítimas de maus-tratos na escola ao menos uma vez na vida: 40%. No Brasil, cerca de 70% dos estudantes dizem já terem presenciado cenas de violência em suas unidades de ensino.
Estes números pertencem à pesquisa Bullying escolar no Brasil, publicada no ano passado pela ONG Plan Brasil, com base em dados referentes a 2009. Foram ouvidos 5.168 alunos de escolas públicas e privadas brasileiras, de 10 a 15 anos. Três instituições da capital paulista e uma de São José do Rio Preto, no interior do Estado.
Os números mostram ainda que a própria escola, quando focada na competição, é um ambiente que pode propiciar atos de violência e humilhação. O assunto ganhou destaque sobretudo após o episódio de Realengo, interior do Rio de Janeiro, que completou um mês na semana passada. Na ocasião, alegando ter sido vítima de bullying no passado, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola em que estudou na infância e matou a tiros 12 crianças.
Pode observar, o praticante de bullying tem autoestima elevada, orgulha-se de ser violento e se acha bem-sucedido por agredir um colega para uma plateia que até o aplaude. O alvo, por sua vez, concorda, intimamente, com as humilhações. É o caso de jovens obesos ou portadores de deficiências, por exemplo: como sabem que essas características são malvistas socialmente, acabam intimidados pelas ofensas dos colegas.
“Por isso, têm tanta dificuldade de reagir”, explica Telma Vinha, doutora em Psicologia e professora da Faculdade de Educação da Unicamp.  Para a psicóloga, o problema está em considerar apelidos e brigas como comportamentos próprios da idade. “A agressão só é considerada grave contra a autoridade escolar. Entre pares, é tratada como se fosse ‘apenas’ brincadeira”, diz. Ou seja, as escolas “não apregoam o respeito mútuo, igual para todos”.
Exemplo disso é o relato de um garoto de 13 anos, de São Bernardo, no ABC. Ele foi expulso do colégio por ofender a diretora, após ser chamado de “marginal” por ela. E admite que já humilhou as meninas da turma, em outras ocasiões, e nunca foi punido.
“Paz não é ausência de conflito, defende outra psicóloga, Isabel Leme, da Universidade de São Paulo. “A escola precisa desenvolver o diálogo, com respeito e sem punição”, diz.
Para o presidente da Fundação Criança, ONG de São Bernardo do Campo, Ariel de Castro, que lida diretamente com casos de bullying, os professores precisam de ajuda. “Sozinhos, eles não têm condições de fazer mais esse trabalho.
O "Bully" como todos sabem é o valentão: um menino que, por sua força e sua alma deformada pelo sadismo, tem prazer em bater nos mais fracos e intimidá-los. Vez por outra, crianças e adolescentes têm desentendimentos e brigam. São brigas que têm uma razão. São acidentes. Acontecem e pronto. Não é possível fazer uma sociologia dessas brigas. Depois delas, os briguentos podem fazer as pazes e se tornar amigos novamente. Isso nada tem a ver com "bullying". No "bullying", um indivíduo - o valentão - ou um grupo escolhe a vítima que vai ser seu "saco de pancadas". A razão? Nenhuma. Sadismo. Eles "não vão com a cara" da vítima. É preciso que a vítima seja fraca, que não saiba se defender. Se ela fosse forte e soubesse se defender, a brincadeira não teria graça.
A vítima é uma peteca: todos batem nela e ela vai de um lado para outro sem reagir. A cada novo dia, ao se preparar para a escola, à vítima sabe o que a aguarda. Mas, o "bullying" não é monopólio dos meninos. As meninas também usam outros tipos de força que não a dos punhos. E o terrível é que a vítima sabe que não há jeito de fugir. Ela não conta aos pais, por vergonha e medo. Não conta aos professores porque sabe que isso só poderá tornar ainda pior a violência dos colegas. E ao medo acrescenta-se o ódio. A vítima sonha com vingança. As armas podem torná-la forte. Na maioria dos casos, o "bullying" não se manifesta por meio de agressão física, mas por meio de agressão verbal e de atitudes. Isolamento, caçoada, apelidos.
Existem inúmeros exemplos que acabaram mal. Conheço o de um jovem tímido de 18 anos que vivia no interior de São Paulo. Seus colegas fizeram-no motivo de chacota porque ele era muito gordo. Puseram-lhe vários apelidos pejorativos. No dia 27 de janeiro de 2003, ele entrou na escola armado e atirou contra seis alunos, uma professora e o zelador, matando-se a seguir. Aqui em Erechim não ouvi falar que exista essa prática deplorável em nossas escolas. Mas, é bom estar preparado.

terça-feira, maio 10, 2011

O FIM DA AZALÉIA
Muito choro, desolação e decepção. Foi o que se viu nesta terça-feira quando cerca de 840 funcionários de uma das mais tradicionais fábricas de calçados do Rio Grande do Sul, a Azaléia, de Parobé, foram dispensados de suas atividades.
Funcionários com 24 anos de serviço, uma vida dedicada a empresa, hoje estão na rua. E os governos, tanto estadual como federal, omitem-se, nada fazem para socorrer o grande contingente de trabalhadores que não sabe o que vai fazer para retomar a sua vida.
A esperança desses trabalhadores é que sejam reempregados por cinco empresas de calçados da região que já manifestaram interesse para contratá-los.
O presidente da Azaléia e da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados explicou que a fábrica do Rio Grande do Sul era a de menor produção e maior custo, por isso foi escolhida para o fechamento.
Disse também que as empresas instaladas no Nordeste têm custos mais reduzidos, além de benefícios fiscais que barateiam a produção. Mas, a gente sabe que não é somente isso. Impostos altos, guerra fiscal entre estados e concorrência desigual somam-se a falta de apoio dos políticos e dos governos da União e do Estado que mostram-se omissos a um problema de tamanho alcance social.
Para Parobé a demissão dos trabalhadores da Azaléia vai dar um baque nas finanças do município, pois só ela era responsável por 30% do ICMS.
Ouvi ontem uma interessante e esclarecedora entrevista do diretor financeiro da Calçados Bibi, Rosnei Alfredo da Silva. Segundo ele a saída do mercado gaúcho e exportador da Azaléia se deve a uma estratégia de sobrevivência da própria empresa, que não tendo mais incentivo do que nos estados do Nordeste, resolveu fechar. Para Rosnei “a grande praga do modelo produtivo brasileiro são os impostos”. Revelou que só a Bahia proporciona 50 mil empregos diretos na indústria calçadista dando incentivo. Todo o nordeste hoje representa 120 mil empregos diretos na indústria de calçados, saídos basicamente do Rio Grande do Sul, afirmou o diretor financeiro da Bibi.
Explicou que ao contrário do Rio Grande do Sul, aos governos do Nordeste interessa dar emprego, pois oferecendo incentivos a indústria o imposto retorna sob a ótica de que aqueles que não tinham salário passaram a tê-lo e, consequentemente, acabam consumindo mais. “Aqui no Sul nós não temos os mesmos benefícios”, comentou numa crítica ao governo gaúcho.
Rosnei disse que o governo bem que poderia avaliar melhor a política de incentivos fiscais – pois como aqui é PT e na Bahia também é PT – deveria sentar na sala de aula e aprender com o PT baiano como ele atrai e retém investimentos produtivos.
Quem deve estar contente são os chineses. O governador gaúcho Tarso Genro no final da tarde falando a imprensa, limitou-se a criticar a Azaléia dizendo que a empresa recebeu dinheiro público; que deveria conceder aviso prévio de 30 dias e que vai rever a política de incentivos no estado.
O que temos que admitir é que o fechamento da Azaléia causou um impacto terrível apanhando todos de surpresa.

 

segunda-feira, maio 09, 2011

AINDA O CASO DAS PEDRAS
Continua na ordem do dia a discussão das pedras que foram doadas ao município e apareceram nas propriedades de dois secretários municipais, sob suspeita de apropriação indébita, uma vez que o material teria sido doado pela direção de um estabelecimento de ensino, ao município.
A denúncia foi feita pelo vereador José Mantovani (PP), da tribuna da Câmara Municipal.
Para que você entenda o caso: A direção de uma escola tradicional da cidade, tendo em vista projeto de construção de novo prédio foi obrigada a se desfazer de mais de uma centena de pedras que sustentavam o muro de contenção de uma área no local. Como o material não teria utilidade, à direção da escola doou ao município para que este utilizasse “da forma e maneira mais conveniente”, na construção de cabeceira de pontes e pontilhões. Só que as pedras ao em vez de serem armazenadas em terreno do município foram parar na propriedade de dois secretários, sob a alegação de que o município no momento não dispunha de local adequado para depositá-las.
Um dos secretários ouvido em programa de rádio não negou a presença das pedras em sua propriedade, admitindo que o lugar para onde haviam sido levadas (área do Distrito Industrial) não caberia tudo num só local e por isso os materiais (terra e pedras), foram depositados em dois terrenos, um deles o seu.
Este o fato que gerou mais uma pedra, entre tantas, no calcanhar do prefeito Paulo Polis.
O mínimo que se pode esperar do prefeito é a instauração de sindicância para apuração dos fatos, e afastar os dois secretários dos cargos até a conclusão da investigação.
Das duas uma, ou os secretários são muito ingênuos ou, de fato, agiram de má fé, pois é sabido que este tipo de prática só é permitido quando o proprietário é designado pela justiça como fiel depositário.
No fim de semana correu a notícia de que os secretários colocaram seus cargos á disposição e o prefeito não teria aceitado. Se a informação for verídica peca o chefe do executivo, e pode ser enquadrado como conivente e acusado de prevaricação, crime perpetrado por funcionário público, e que consiste em retardar ou deixar de praticar, indebitamente, ato de ofício, ou em praticá-lo contra disposição legal expressa, para satisfação de interesse ou sentimento pessoal.
Este é o segundo escândalo no governo do prefeito Polis que deslustra sua administração. O primeiro foi à depredação de um veículo da prefeitura, em circunstâncias cheias de nuances romanescas numa sexta-feira de carnaval e o segundo o das pedras.
Tem gente que aposta em breve em um terceiro, o das... Fica a suspense, comecem conjecturar.

IMPESSÃO DE VIAGEM
Recebi e publico as impressões de viagem de um leitor que esteve recentemente nos Estados Unidos.
“Visitei os Estados Unidos em abril deste ano e o que mais me impressionou foram os impostos cobrados quando fizemos uma compra. Todos recolhem 6,5% na hora para o governo, inclusive o vendedor de cachorro quente da esquina. Como curioso, quis saber como faziam isso? Ele me disse: temos que ter uma conta no banco e é esta maquinazinha que emite a nota fiscal. No momento da emissão da nota o imposto já é sacado da conta do vendedor para o governo. Simples não? Por que aqui os nossos Mantegas não fazem o mesmo e baixam esta brutal carga tributária? Arrecadariam muito mais e seria mais justo, pois todos recolheriam igualmente, desde o pipoqueiro até o grande magazine. Isto é justiça fiscal. Falando com um familiar meu que mora a 30 anos em Orlando, ele não entende porque todos os anos temos que pagar imposto pelo carro. Lá eles pagam quando compram e renovam somente o seguro total. Por que não copiar as coisas já comprovadamente eficazes de lá, e não copiarmos somente os erros? Acho que estaria na hora de chamar atenção dos nossos deputados e senadores para escutarem o que temos a aconselhar para estes inoperantes.”

sábado, maio 07, 2011

MINHA HOMENAGEM ÁS MÃES

Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho. 


sexta-feira, maio 06, 2011

MORREU OU NÃO MORREU
Embora a mídia mundial tenha noticiado e mostrado o assassinato do líder da organização terrorista Osama Bin Laden, por forças norte-americanas, muitos não acreditam no fato, assim como, também há os que duvidam que o americano tenha colocado os pés na lua.
Ontem um grupo de amigos, (quando cheguei), discutia essa tese de que o americano é um povo mentiroso e que Bin Laden estava vivo. Havia no ambiente um ceticismo nunca visto. Não entrometi-me na discussão, mas fiquei imaginando como ainda há pessoas que desconfiam, suspeitam que o líder da AlQaeda esteja morto!
Bom, e agora? Morreu ou não morreu?
Só para argumentar e não entgrar no mérito, de fato, gera muita suspeita o fato de militares americanos terem localizado e eliminado o terrorista Osama Bin Laden, ao mesmo tempo em que jogaram seu corpo no mar.
Alguma coisa não está sendo relatada pelas autoridades americanas. Será mesmo que Osama está morto?
As informações divulgadas pela Casa Branca são extremamente contraditórias. De acordo com o porta voz do governo, o presidente Obama não quis que a mansão fosse bombardeada, para que se preservasse o corpo do terrorista, a fim de evitar qualquer dúvida sobre sua morte. Então por quais reais motivos o corpo de Osama foi jogado ao mar?
A história de que seria difícil encontrar um país que aceitasse receber o corpo de um dos mais procurados líderes extremistas do mundo, para justificar o sepultamento no mar, não convence muita gente.
Outros comentam que anunciar a morte de Bin Laden sem mostrar os restos mortais do terrorista, é como festejar uma vitória, sem ter troféu para colocar na estante. E todo mundo sabe que os americanos adoram exibir suas proezas.
Em fim, mais uma dúvida que possivelmente consumirá a população do mundo, por muitos e muitos anos.
Com este argumento quase sai convencido de que o Laden não fora morto mesmo.
A biografia de Osama Bin Laden registra que era engenheiro, filho de pais ricos. Com seus 16 anos (já sem o pai e com trezentos milhões de dólares a seu dispor), não sabia o que fazer da vida. Estudou no Líbano, onde desfrutou dos prazeres da carne (entenda-se por: participar de swings; menage a trói; beber cair e levantar; fumar ...).
Devido à guerra civil ele teve a volta à Arábia Saudita, onde começou a estudar engenharia na Universidade King Abdyul Aziz. Mais tarde resolveu preencher seu tempo vago com aulas sobre islanimso. Nestas aulas ele conheceu Abdullah Azzan (um dos fundadores da organização terrortista Al Qaueda), que posteriormente o convenceu a financiar a guerra santa.
Neste ponto começa a história terrorista dele.
Começa a comprar armamento e financiar outras necessidades dos guerrilheiros.
O começo da rixa entre Bin Laden e os EUA inicia quando ele oferece ajuda a Arábia Saudita numa guerra, porém o rei aceita ser ajudado pelos americanos.
A partir daí, vários ataques da AlQaeda aos americanos se sucederam, inclusive o terrível ataque as torres gêmeas onde morreram cerca de três mil pessoas.

CENTENÁRIO
Durante dois dias (21 e 22 de maio) a tradicional família Lüdke, de Erechim, vai se reunir para festejar o centenário da imigração da Alemanha para o Brasil em 1911. Será o 4º. Encontro onde são lembrados os antepassados e comemorado o nascimento de descendentes.
Este ano, como nos anteriores, estará presente o patriarca da família Guilherme Lüdke, hoje com 102 anos.
A família concentrará os festejos nas dependências da Igreja Luterana.
Com certeza será uma bonita festa e inesquecível para quem dela participar.

quinta-feira, maio 05, 2011

DIZEM QUE TRABALHAM
Quando a imprensa noticia que os nossos parlamentares (deputados e senadores) não fazem nada, transformam-se em chupins da Nação, doctilóquios, eles ficam bravos, atacam jornalistas, processam, se apossam de gravadores etc.
Numa rápida pesquisa feita esta semana, identificamos dentre as milhares de matérias em tramitação nas duas casas do Congresso, quais são aquelas que têm maiores chances de provocar mudanças na vida dos brasileiros, seja porque têm alguma possibilidade de aprovação, seja pelo impacto que tendem a causar.
O levantamento apontou um total de 28 proposições legislativas. São elas:
O reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo assunto em debate no Congresso desde 1995; a redução da jornada de trabalho; as reformas política e tributária; os novos códigos florestal e dos processos civil e penal. Incluem ainda a regulamentação da chamada Emenda 29, que pode trazer mais recursos para a saúde; medidas destinadas a reforçar o combate à prática do trabalho escravo no país ou, ainda, a facilitar a vida das micro e pequenas empresas. Atualização anual do Simples; Criminalização da homofobia; Estatuto da Juventude; Estatuto do Portador de Deficiência; Fim do fator previdenciário; Fim do foro privilegiado; Fim do voto secreto no Legislativo; Lei Geral das Agências Reguladoras; Licença-maternidade de seis meses; Nova Lei de Licitações; Novo Sistema de Defesa da Concorrência; PEC do Trabalho Escravo; Plano Nacional de Educação; Piso salarial para policiais e bombeiros; Redução da jornada de trabalho; Reestruturação do plano de carreira do Judiciário; Reforma universitária; Regulamentação da Emenda 29; Responsabilidade educacional e Revisão do Tratado de Itaipu; Royalties do petróleo e Vale-Cultura.
Todos estes projetos fora outros milhares lá estão, esperando a boa vontade dos “representantes do povo” para serem votados. Depois eles dizem que trabalham!

ESTÃO CORRENDO DEMAIS
O trânsito em Erechim está ficando maluco. Alguns motoristas estão pisando demais no acelerador em pleno centro da cidade. Ontem quase fui atropelado no meio de uma faixa de segurança. A motorista era mulher. Ao fazer-lhe sinal que a preferência era minha não deu à mínima e acelerou mais ainda. E me fez um sinal obsceno. Que falta de educação!!!
Aliás, faz tempo que não vejo nas ruas os azuizinhos, a não ser motorizados. Também pudera, fiquei sabendo que existem apenas 20 para controlar o trânsito de 54 mil veículos, ou seja, um azulzinho para cada 5 mil veículos. É impossível fiscalizar o trânsito e flagrar os infratores.
O jeito é conscientizar os motoristas a serem mais educados e respeitar os sinais, principalmente as faixas de segurança.

RECADO DO CHEFE
Um leitor mandou-me por e-mail a cópia de uma ordem de serviço expedida pelo chefe do setor. Leia, e se puder interprete pra mim:
“Terça-feira 03.05.11. – 23,30
Conferir se a rua q passa em frente está fechada. Se estiver fechada deve se manter fechada, caso não estiver fechada fazer fechamento para q possam iniciar montagem da rampa na primeira hora de quarta-feira”.
A que rua se refere?
Qual a rua que passa em frente?
É como diz o ditado: quem não se comunica, se trombica.