sábado, julho 31, 2010

POSSE NA MAÇONARIA

Tomou posse dia 30 de junho como Grâo-Mestre da Maçonaria do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, José Aristides Firmino e o Grão-Mestre Adjunto, Tadeu Pedro Drago, em sessão solene da Assembléia Legislativa Maçônica, em seu Templo Nobre, ocasião em que reafirmaram seus compromissos com a comunidade maçônica gaúcha. É o segundo mandato consecutivo do chefe da Maçonaria no Estado. Os eleitos comandarão os destinos do GORGS no triênio 2010/2013.
Cerca de 500 maçons, convidados e autoridades estiveram presentes.
Dentre as autoridades convidadas destaque para o Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, representando a governadora Yeda Crusius; o presidente da Assembléia Legislativa, Giovani Cherini; Arcebispo Metropolitano Dom Dadeus Grigs; presidente da OAB Subsecção do Rio Grande do Sul, Cláudio Lamachia; Vice-Cônsul de Portugal, Adelino Vera-Cruz Pinto, além do prestígio de dignidades maçônicas pertencentes a Ordem de outros estados, da Argentina e do Uruguai.
Os destaques foram para os discursos do presidente da Assembléia Legislativa, da OAB e Arcebispo Metropolitano. Dom Dadeus destacou o dístico do Estandarte do GORGS “E Pluribus Unun” que exalta o trabalho que unifica. Para o arcebispo, a unidade em torno de idéias e o trabalho em conjunto só trarão progresso para a humanidade. Citou Santo Agostinho, para quem a paz era a tranqüilidade da ordem, contrastando com sistemas muito utilizados até então, que buscavam a paz através da guerra. E enfatizou que os povos só podem crescer e se desenvolver em um ambiente de paz.
É bom lembrar que a Maçonaria gaúcha sempre se fez presente nos grandes debates nacionais. Recentemente contribuiu para a execução do projeto “Ficha Limpa” e a Reconstrução do Pacto Federativo.
O projeto surgiu de uma tese apresentada pelo I.’. José Antônio Paganella Boschi, da Loja Felipe Lechtmann nº 112, das Grandes Lojas do Rio Grande do Sul, baseado nas raízes da criminalidade no Brasil, apontando como uma das principais causas a má distribuição dos recursos públicos entre a União, estados e municípios. A partir daí, e após reuniões em grupos nas três Potências Maçônicas do Estado, a Maçonaria Unida do Rio Grande do Sul organizou uma comissão tripartite, surgindo a proposta de reestruturação do Pacto Federativo.
A proposta está alicerçada na necessidade de avanços no atual modelo de federação, no qual os entes federados não participam da elaboração dos grandes projetos de políticas públicas, tendo a União concentrado em suas mãos muitos poderes, inclusive a receita tributária.
Segundo estudos realizados, cerca de 60% da receita arrecadada ficam concentrados em Brasília. Estados e Municípios acabam sobrecarregados em incumbências e desprovidos de recursos, gerando muitos dos problemas sociais em nossas cidades.
A concentração das receitas na União também facilita as relações fisiológicas e a corrupção, tão presentes nos noticiários do cotidiano.
O Brasil precisa de Instituições como a Maçonaria para avançar rumo ao seu pleno desenvolvimento ético, moral e institucional.

sexta-feira, julho 30, 2010

PRÊMIO AOS 70 ANOS

O melhor prêmio que um aposentado poderia receber é, ao atingir os 70 anos de idade não pagar mais Imposto de Renda. Já existe uma Lei que, por exemplo, isenta os que possuem doenças cardíacas e um projeto do ex-deputado Eleuses Paiva (SP) que isenta do Imposto de Renda os proventos de aposentadoria de pessoas com deficiência física, auditiva, visual e mental. Atualmente, já são isentos do IR os aposentados portadores de diversas doenças graves. A Lei 7713/88 proíbe a cobrança de Imposto de Renda sobre aposentadorias de quem tiver as seguintes doenças: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, câncer, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, Aids.
A proposta tem a intenção de compensar os gastos das pessoas com deficiência com tratamentos de saúde, aquisição de cadeiras de rodas, medicamentos e transportes especiais. Muitas vezes, esses gastos superam sua própria renda e exigem complementação por parte de familiares e amigos.
O deputado Paiva é suplente do DEM e estava no exercício do mandato quando apresentou o projeto.
Definições:
O projeto classifica os portadores de deficiência, cuja aposentadoria será isenta de IR: Considera deficientes físicos, aqueles que têm alteração completa ou parcial de, pelo menos, um segmento do corpo humano, com comprometimento das funções físicas;
- deficientes auditivos: aqueles que têm perda de 41 decibéis ou mais;
- deficientes visuais: aqueles que têm acuidade visual inferior a limites mínimos definidos por exames médicos específicos;
- deficientes mentais: aqueles que têm funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação anterior aos 18 anos de idade e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas.
O projeto tramita em caráter conclusivo rito de tramitação pelo qual o não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. Ele perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário, e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Se uma significativa parcela de pessoas com deficiências e doenças graves já gozam deste benefício, não custaria nada incluir os nossos velhinhos aposentados com mais de 70 anos. Não seria uma boa?
Pois é, mas falta um patrono para abraçar essa causa que não deixa de ser justa e merecida para quem trabalhou tantos anos para o progresso deste País. Se o governo não dá ao aposentado o salário digno para prosseguir vivendo já no fim da vida, pelo menos, compense os que são aposentados e/ou continuam trabalhando e pagam IR.

quinta-feira, julho 29, 2010

O PALCO ESTÁ ARMADO
 
Com algumas exceções ás pessoas famosas quando começam a deixar o palco da notoriedade se aproximam dos partidos políticos e, na maioria das vezes, conseguem construir uma nova carreira.
A imprensa metropolitana fez uma amostragem entre os nomes de alguns que se acham notáveis, e que serão candidatos às próximas eleições a deputados e senadores.
A lista é longa. Estimulados pelo sucesso alcançado na política pelo cantor sertanejo Frank Aguiar e o estilista Clodovil, que ficaram entre os mais votados para a Câmara Federal em 2006, em São Paulo, lançam-se como candidatos em 3 de outubro: Romário, ex-jogador da Seleção Brasileira e vários clubes brasileiros; o pugilista Popó Freitas; o ex-Big Brother Brasil Kléber Bambam; o estlista Renato Esper; o comediante Tiririca; o ex-boxeador Maguila; ex-jogadores Marcelinho, Vampeta, Fabiano e o ex-goleiro Danrlei.
Na música, os irmãos Leandro e Kiko, do KLB; pagodeiro Netinho; cantor Reginaldo Rossi; Renner, integrante da dupla Rick&Renner (para o senado); Gaúcho da Fronteira e Sérgio Reis.
Entre os televisivos aparecem Pedro Manso, humorista; Dedé Santana, humorista; Tiririca, humorista; Tati Quebra-Barraco, Funkeira; Mulher Melão e Mulher Pera.
Esse é o preço que pagamos para viver em democracia, ou seja, ter que aceitar que partidos políticos dêem registro para candidaturas medíocres como as acima citadas.
Eles são candidatos pelo PRB – PTN – PSB – PTB – PMDB – DEM – PCdoB – PP – PDT – PR – PTC – PSC – PTC e PHS.
Lembro aqui que em 1988 e 1998 o eleitor para protestar votou no Macaco Tião e no Cacareco, um chimpanzé do zoológico do Rio de Janeiro que fez 400 mil votos para a prefeitura e o rinoceronte de São Paulo “eleito” vereador da cidade. Evidente que eram votos de protesto. E é o que vai acontecer em 3 de outubro com estes candidatos.
Outra questão que chama atenção é o aumento de patrimônio dos atuais deputados comparando o que possuíam na eleição de 2006 e o que somam até a presente data.
Um professor de Economia da Unisinos e especialista em finanças pessoais, Sergio Soldera, fez um estudo onde revela que o índice de crescimento se aproxima ao da aplicação das Letras Financeiras do Tesouro, uma das mais rentáveis. Por exemplo, a deputada Emilia Fernandes (PT) em 2006 possuía um patrimônio de R$ 3.681,67 e em 2010 soma R$ 221.598,15, uma variação, portanto de 5.918,95%. Em segundo aparece o deputado Fernando Marroni (PT) que em 2006 possuía um patrimônio no valor de R$ 42.000,00 e em 2010 R$ 155.500,00, uma variação de 270,23%. Em compensação deputados como Otávio Germano, Ênio Bacci, Luciana Genro, Manuela D’Avila, Osmar Terra, Ruy Pauletti e Sergio Morais, tiveram seus patrimônios diminuídos em proporções que vão desde 0,87% até 58,45%.
Hoje um deputado ganha R$ 16.5 mil.

quarta-feira, julho 28, 2010

PROJETOS ESDRÚXULOS
Há uns cinco anos, mais ou menos, um deputado federal da bancada do Rio Grande do Sul apresentou um Projeto de Lei proibindo o uso de nome de pessoas em animais. Além de falta de imaginação o parlamentar perdeu tempo, fez várias pessoas também perder tempo, setores da Câmara gastar papel, carimbos, assinaturas para, ao final, a proposição ser arquivada.
A imprensa divulga agora que tramita no Legislativo, Projeto de Lei do deputado Márcio França (PSB-SP) que regulamenta a guarda de animais de estimação em caso de separação judicial ou divórcio sem acordo entre as partes. A proposta assinala que a guarda do animal fica assegurada a quem comprovar ser o legítimo proprietário por meio de documento considerado válido por um juiz. Na falta desse registro, a guarda é concedida a quem demonstrar maior capacidade para cuidar do animal.
Que absurdo!
Os brasileiros que esperam tanto de seus representantes no Congresso Nacional para ver solucionados outros problemas muito mais importantes do que o sugerido pelo parlamentar, não acham que é um projeto farsesco, ridículo?
É inacreditável que um deputado federal se preste para gastar seu tempo em uma fanfarrada como essa!
Mas, tem mais. E aquele que altera o artigo 6º da Constituição Federal para incluir o direito à busca da Felicidade por cada indivíduo e pela sociedade, mediante a dotação pelo Estado e pela própria sociedade das adequadas condições de exercício desse direito. Autor: Cristovam Buarque.
Este aqui até que é passável, mas discutível: As despesas com cães-guias poderão ser deduzidas do Imposto de Renda, segundo prevê o Projeto de Lei 7564/10, em tramitação na Câmara. Pela proposta, o benefício valerá tanto para pessoas físicas, deficientes visuais ou não, quanto para pessoas jurídicas.
O texto garante a dedução dos gastos com a compra dos cães-guias e com vacinação, vitaminas, exames veterinários e treinamentos. Será exigida a comprovação das despesas por meio de receituário médico e nota fiscal em nome do beneficiário.
Autor da proposta, deputado Márcio França (PSB-SP).
Eu queria ver qual deputado teria a coragem de apresentar Projeto de Lei para aposentado com mais de 70 anos não pagar Imposto de Renda. Pra esse tipo de benefício não se apresenta nenhum parlamentar seja da Câmara ou do Senado. Meu Deus! Onde vamos parar!!!!

terça-feira, julho 27, 2010

FESTA DOS CAMINHONEIROS
Domingo fui participar, a convite da Federação dos Caminhoneiros Autônomos e SINDICAM de Caxias do Sul da tradicional festa dos Caminhoneiros. Nessa ocasião, estas entidades conseguem lotar a Igreja de São Cristóvão construída em forma de cabina de caminhão, o altar é a frente de um caminhão, e o almoço reúne mil pessoas no salão de esportes da paróquia.
A festa faz parte do calendário turístico de Caxias do Sul através de decreto executivo que considera festa do município.
Durante o período que precedeu a missa tive oportunidade de conversar com vários motoristas e ouvir deles muitas histórias que ocorrem durante suas viagens pelo Brasil a fora.
Interessante, a maioria delas é de queixa contra a atuação da Polícia Rodoviária – digo melhor – de maus policiais rodoviários que deslustram a tradição da instituição quando a beira da estrada pedem uma “onça”. Onça é uma gíria usada e significa propina.
Ele explica que por causa de uma brincadeira quase ficou retido. Disse que quando se aproximou do guarda ele falou: “trouxe minha onça?”
Respondi: não, porque ela está no mato. Até explicar que era uma brincadeira levei mais de meia hora para convencê-lo que não queria ofender, era apenas caçoada.
Recebem qualquer quantia – concluiu.
Fiz as contas, numa rodovia como a Castelo Branco, Régis Bittencourt e outras bastante movimentadas, um policial pode faturar a R$ 10 cada caminhoneiro, cerca de mil por dia. Ganha mais que o presidente da República.
Um outro comentou as exigências que estão sendo postas em prática pelas empresas de transporte. Com a nova tecnologia implantada nos caminhões pelas fábricas, o motorista é obrigado a fazer curso de especialização, pois os caminhões que saem das montadoras utilizam sistema computadorizado.
Portanto, as mudanças no transporte de cargas que chegaram aos caminhões, como as novas tecnologias que os tornaram mais eficientes, chegaram também aos motoristas na forma de exigências que ultrapassam o currículo de anos e anos na estrada. Para ser profissional afinado com o mercado e se manter competitivo, o carreteiro precisa estar sempre atualizado através de treinamentos e cursos, cuidar da aparência, do caminhão e procurar manter o nome limpo na praça. Apesar de haver profissionais que resistem às mudanças, há também aqueles que acreditam que as novas regras estão contribuindo para a categoria se profissionalizar e se valorizar, além de ganhar mais respeito.

segunda-feira, julho 26, 2010

FORMULA UM - MARMELADA
De há muito que a Fórmula 1 perdera a graça. A morte de Ayrton Senna apesar de terem aparecido outros nomes, deixou um vácuo difícil de ser preenchido.
Na prova do último domingo aconteceu um fato que repercute no mundo inteiro como manobrista, pela atitude do engenheiro do piloto brasileiro Felipe Massa que mandou deixar Fernando Alonso passar á sua frente quando completava a 49ª volta na corrida de Hockenheim, na Alemanha. O engenheiro mandou o seguinte recado a Massa: “Fernando está mais rápido que você. Por favor, confirme que entendeu a mensagem”. Para o bom entendedor é o mesmo que dissesse: desacelere e deixe o companheiro passar. Quando parecia que a vitória de Felipe Massa estava assegurada veio a ordem para a polêmica ultrapassagem. Ficou muito chato para a Ferrari.
A Fórmula 1 não é mais considerada um esporte, é um jogo que envolve interesses inimagináveis. É por isso que perdeu a graça. A corrida agora está sub judice. Os comissários da Federação Internacional de Automobilismo puniram a escuderia da Ferrari em 100 mil dólares e o caso ainda vai ser julgado pelo Conselho Mundial da entidade, o que significa que a equipe pode perder pontos. Se for confirmada a vitória de Alonso ele alcança o 5º lugar na colocação, com 123 pontos, enquanto Massa fica em oitavo logar com 85 pontos.
O que aconteceu ontem na Alemanha na Fórmula 1, não foi diferente com o empate do Grêmio, em Sete Lagoas, contra o Cruzeiro de Belo Horizonte.
Um pênalti que o juiz não deu fez a diferença para o clube mineiro que por não ter sido assinalado, beneficiou o Cruzeiro. O empate em 2 x 2 ainda não tira o tricolor da zona de rebaixamento, e domingo tem Grenal, na casa do rival colorado.
Corrida de Formula 1 e futebol é a mesma coisa: quando uma equipe está mal, ou vai mal, passa por crise, parece que tudo ajuda a piorar ainda mais.
Para concluir, fui ontem à Caxias do Sul participar da Festa dos Caminhoneiros, como acontece todos os anos. A convite do presidente da Fecam, Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Éder Dal’Lago. O almoço serviço no Ginásio de Esportes da Paróquia São Cristóvão em Ana Rech, foi para mil pessoas. Estava tudo muito bonito e organizado. O cardápio foi sopa de agnolini, carne lessa, galeto, porco assado, churrasco, saladas e o bom vinho de Caxias.
De tão bem tratado que fui, prometi ao Éder Dal’Lago retornar o ano que vem.

sábado, julho 24, 2010

GATUNAR SALÁRIO DE “CC” VAI DAR CADEIA
Deputado que receber parte de salário de comissionado poderá pegar até três anos de cadeia.
O mesmo vale para partido político que exigir ou receber de funcionário comissionado de governos (nomeado temporariamente, sem concurso público) percentual do seu salário estará cometendo crime. O responsável pela ação poderá ser condenado de um a três anos de cadeia, além de pagar multa. Isso é o que prevê projeto (PLS 369/07) em exame na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), da Câmara dos Deputados.
A criminalização desta prática foi proposta pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), que pretende colocar dois artigos sobre o assunto no Código Penal. Para ele, "é entristecedor ver a prática mercantilista" na ocupação de cargos públicos, cujos nomeados assumem o compromisso prévio de retirar parte de seus salários para destiná-lo a políticos ou partidos políticos.
Arthur Virgílio entende que essa prática "fere de morte o princípio da moralidade administrativa", pois a maior exigência não será a capacidade da pessoa indicada para os chamados "cargos de confiança", mas sim seu compromisso em direcionar parte do salário para os responsáveis por sua nomeação sem concurso público. Sem que se puna esse repasse, é de se prever que uma parte dos governantes tentará cada vez mais aumentar o número de comissionados, argumenta o autor do projeto.
O relator na CCJ, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), recomenda sua aprovação, ponderando que, sem a criminalização, o nomeado passará a obedecer "exclusivamente ao agente ou partido com o qual fez o deplorável ajuste". O indicado continua Perillo, "não titubeará em praticar atos que divirjam do interesse público, se isso for conveniente" a quem patrocinou sua nomeação.
O senador Arthur Virgílio lembra que projeto parecido foi apresentado em 2005 pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR). Com o fim da legislatura, ele foi arquivado e "não houve manifestação para que voltasse à tramitação". Por isso, o senador apresentou a proposta no Senado.
A notícia que transcrevi acima é da Agência Senado. Em cima do que ela expressa fica explícito que deputados e senadores além do que já ganham (e ganham bem) ainda surrupiam dinheiro dos seus servidores de confiança para fazer caixa de campanha etc. Caso contrário, não haveria necessidade de ser apresentado Projeto de Lei nesse sentido. Essa prática de receber parte de salário de funcionário que exerce cargo de confiança é tão antiga como as pirâmides do Egito. Só que ninguém denuncia, ou tem a coragem de fazê-lo. Aliás, desculpem-me, estou agora lembrando o jornalista gaúcho Lúcio Vaz, de São Gabriel, com passagem pelo Congresso Nacional onde exerceu sua atividade por cerca de 20 anos, depois pela Folha de São Paulo, O Globo e Estado de Minas (não sei ainda se está no Correio Braziliense), escreveu um livro que recomendo a todos que adquiram e leiam. O título é “A Ética da Malandragem”. A obra revela fatos impressionantes. Para deixar você curioso Lúcio Vaz afirma que “Existem dois Congressos. Um deles – o oficial, digamos assim – é capaz de fazer uma nova Constituição, aprovar o impeachment de um presidente, lutar contra a ditadura, fazer leis para o país crescer. O outro – subterrâneo, revoltante, criminoso – vende votos, aluga mandatos e legendas, emprega parentes, toma dinheiro de humildes funcionários, exige cargos e verbas do governo federal, assalta empresários (que aceitam as regras deste jogo sujo) e até trafica drogas.”
É desse submundo que o livro trata em 230 páginas. É de arrepiar os cabelos. Procure ler.  Você encontra na Editora Geração de Comunicação Integrada – São Paulo.

sexta-feira, julho 23, 2010

RENOVAÇÃO, OU ESQUECIMENTO
Já falei em outra ocasião. Estou pensando seriamente escrever um livro onde pretendo inserir uma seleção entre as mais de duas mil crônicas que publiquei em jornais e, principalmente pela Internet, a maioria delas contando coisas do cotidiano, e um capítulo sobre o que ocorre no submundo da política brasileira. Acho que vai sair uma boa obra. Mas, estou ainda pensando!
Durante 25 anos de vida pública trabalhando em vários setores da administração pública, seja Prefeitura, Assembléia Legislativa e Câmara Federal, pude constatar muitas coisas que precisam ser contadas para que a geração futura não trilhe no mesmo caminho percorrido por políticos ordinários, corruptos, que na maior das vezes, chegam ao poder para se locupletar e tirar proveito próprio.
Alguém me disse: “Não existe melhor  profissão neste mundo do que ser político. Não existe! Aliás, não conheço nenhum deles pobre! A maioria entra pobre ou remediado e ao deixar a vida pública, sai mais rico do que quando entrou.”
Pensando nisso verifiquei que não é preciso fazer nenhum esforço para constatar.
O material que estou coletando traz, algumas reflexões sobre os maiores escândalos relacionados com a corrupção, nunca antes observados na história do Brasil.
Não sei se o amigo leitor já notou. Existe hoje no País uma total institucionalização do descaramento e do deboche.
Substima-se a inteligência da população com a maior desfaçatez e cinismo. Furta-se o dinheiro do povo e nada acontece a esses energúmenos. Caso Arruda é típico! O dinheiro público esboroando-se em cuecas, meias e bolsas; anões do orçamento, vampiros da saúde, pizzaria das CPIs, mensalão, propina, e agora mais recentemente a cobrança de pedágio para ingresso como garçom na Câmara e Senado. Estes são escândalos que, infelizmente, absorvidos caíram no esquecimento da maioria da população brasileira. O povo tem memória curta.
A Constituição no seu art. 1º solidifica que, todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos etc. Portanto, vivemos em um país cujo regime é democrático, e democracia quer dizer governo do povo para o povo. O próprio povo escolhe os seus representantes. Pois, nesse ponto, quero a sua atenção prezado leitor: Nós temos em nossas mãos uma importantíssima ferramenta democrática: O VOTO.
O que é VOTO?
- É uma manifestação da vontade popular que tem o mesmo peso para todos, independentemente de cor, sexo, religião, posição social etc., permitindo que escolhamos quem queremos para nos governar. Logo, o voto de um humilde morador de bairro tem o mesmo valor que o de um professor, um juiz, promotor ou presidente da República. Nas urnas somos todos iguais, brancos, negros, ricos e pobres. Aliás, é o único dia nas nossas vidas que somos eqüipendentes, gêmeos.
Se, assistimos tanta desonestidade, tanta corrupção – convenhamos – uma parcela de culpa também é nossa. Não estamos sabendo escolher os nossos governantes, ou somos iguais a esses entulhos políticos. Se existem maus políticos no poder, fomos nós que os escolhemos.
Neste ano, em 3 de outubro, teremos mais uma vez a grande oportunidade de colocarmos um ponto final na roubalheira, no descaramento, na chacota, no deboche; afinal de contas haverá eleições para presidente da República, Governador, Senador, Deputados Federais e Estaduais. Consequentemente, mais uma vez, a escolha será nossa. Você quer renovação, ou mais quatro anos no esquecimento?
Pense nisso, enquanto lhe desejo um bom fim de semana.

quinta-feira, julho 22, 2010

QUER SER ASSALTADO?
PASSE PELO VADUTO DA BORGES
O Viaduto Otávio Rocha na Avenida Borges de Medeiros, em Porto Alegre foi, e continua sendo, o local onde se reúnem moradores de rua e assaltantes.
Inúmeras manifestações e abaixo assinados já foram encaminhados ás autoridades, pedindo providências (a presença no local da Brigada Militar de forma mais efetiva, principalmente á noite), mas não houve resposta.
Ontem à noite, (22,30h) a filha de uma colega de trabalho foi assaltada quando retornava do trabalho para sua residência por dois marginais que fingiam estar dormindo em cima de colchões improvisados. Os marginais imobilizaram a moça, derrubaram ao chão, e tiraram sua bolsa que continha documentos e dois celulares, um do serviço. Por sorte, dois homens que vinham logo em seguida chegaram a tempo de intervir, retomando a bolsa da jovem dos marginais, livrando-a do pior.
O caso ocorrido com essa jovem se repete quase todos os dias, e não há de parte das autoridades nenhuma providência para inibir a ação dos desocupados, que se aproveitam de pessoas indefesas tornando-as presas fáceis para tirar-lhes seus pertences. Os marginais,  escolhem suas vítimas para atacar, normalmente moças e idosos porque oferecem pouca resistência e dificilmente reagem.
Eu já vi, de dia, com os olhos que a terra haverá de comer, nesse mesmo local (Viaduto da Borges) uma senhora idosa ser assaltada por um jovem. O rapaz não tinha mais que 18 anos. Investiu contra a infeliz mulher quando atravessava à Avenida, colocou a mão em seu pescoço, e arrancou-lhe com violência a correntinha de ouro que portava, saindo em disparada. Foi tudo muito rápido. De dia. Coincidentemente passei pelo viaduto agora á tarde e constatei vários indivíduos, desempregados, pedintes, vagabundos, dormindo sobre papelões e uns farrapos de cobertores, alguns até tomando cachaça (cobertor de pobre).
Ora, mas então não era para a Assistência Social da Prefeitura de Porto Alegre marcar presença e retirar aquele pessoal do viaduto? E por que a Brigada Militar não monta uma ronda, ou sei lá o quê, para dar segurança aqueles que precisam transitar pelo viaduto?
Se você quiser experimentar a sensação de ser assaltado, passe pelo viaduto Otávio Rocha à noite. Se não se cuidar até as calças lhe tiram!



















terça-feira, julho 20, 2010

ASSASSINATO DE MULHERES
O que Lya Luft escreveu na Veja desta semana sobre o “por que os homens matam as mulheres, está imperdível. Se você puder ter acesso a uma revista Veja, leia. Aliás, vou reproduzir alguns trechos do que a escritora publicou na sua coluna semanal porque tudo o que ela afirma é verdadeiro, e as pessoas não se dão conta.
Ela começa dizendo, “não tenho a menor tolerância com a figura do pai e marido boçal, que usa o stress no trabalho como desculpa para gritar ou distribuir bofetões em casa”.
Lya revela que matam-se no Brasil cerca de dez a doze mulheres por dia. Não morte por assalto ou acidente de carro: assassinato na mão do parceiro.
Cresceu em 90% nos últimos tempos o número de mulheres que pedem socorro, no país inteiro, nas delegacias da mulher ou grupos afins. Porém esses locais são insuficientes ou mal equipados, faltam funcionários, psicólogos, médicos, juízes, computadores. As famílias nem sempre ajudam; amigos não querem interferir; a lei é vaga ou descumprida. A sociedade omissa desvia o rosto.
No final de seu artigo Lya Luft propõe: “vamos ficar atentos, ajudar, vamos agir; vamos prevenir, impor leis severas, e socorrer as vítimas – tirando dos brutos e psicopatas seu reinado de horror”.
Os últimos dois casos de mulheres assassinadas que chocaram o Brasil, Eliza Samudio, ex-amante do jogador Bruno, e Mércia Nakashima que estão apavorando a sociedade, é prova de que nós, sociedade, estamos ausentes; não denunciamos; não protestamos e ficamos assistindo inerte o que acontece.
A propósito dessa onda de crimes que comove, horroriza e que cada dia aumenta mais, está tramitando no Congresso em fase final, Projeto de Lei que reforma os nosso Códigos de Processo e Penal. Mas, há rumores de que a anunciada reforma é para pior. Portanto, precisamos estar alertas e exigir dos nossos deputados e senadores que expliquem á sociedade afinal, o que estão propondo. As notícias são de que as modificações mais beneficiam quem mata, rouba, assalta, seqüestra do que as vítimas na maioria massacradas e humilhadas.
Não custa você que tem ligação com seu deputado, que votou nele, ou senador, perguntar-lhe quais as mudanças que estão sendo propostas e no que elas protegem e resguardam à sociedade. Eu vou fazer a minha parte. Vou questionar o meu deputado, caso contrário não voto nele.

segunda-feira, julho 19, 2010

UM NOVO CARUSO
O Jornal Voz Regional, de Erechim, publicou recentemente uma reportagem sob título “Erechim espera por um novo João Caruso”.
Acho difícil isto acontecer, porque há pessoas que são únicas. Pode isto sim, aparecer alguém parecido, mas igual, não.
Infelizmente, Erechim, depois que passaram pela vida pública homens como João Caruso, José Mandelli Filho, Irany Jaime Farina e outros, não houve por parte dos dirigentes políticos locais, a preocupação de preparar um sucessor. A velha guarda nunca acreditou na juventude, ou melhor, não lhe dava um voto de confiança, considerando-a imatura e pouco responsável.
Lembro, como se fosse hoje, a luta difícil que um grupo de idealistas enfrentou para projetar na política erechinense o então jovem Elói Zanella.
Foi preciso muito trabalho e unidade de propósito. O grupo que queria quebrar a hegemonia dos mais antigos reivindicava o preenchimento da sublegenda criada em 1971 cuja Lei 5.682 (Lei Orgânica dos Partidos Políticos), foi editada para introduzir a fidelidade partidária no ordenamento jurídico brasileiro. Com a nova lei, surgiram as sublegendas nas eleições de prefeito e senador. Em tom de blague muitos diziam na época:
- Vamos registrar esse moço, ele vai ser mesmo zebra!  Era assim que o chamavam. Zebra!!!
Ao taxá-lo de “candidato zebra” mal sabiam eles que nascia de uma afirmação pejorativa e debochada, o maior marketing político até hoje institucionalizado em nossa região. Pois foi em cima da zebra que se montou toda a estratégia publicitária do candidato que acabou saindo-se vencedor, e por via de conseqüência por mais três vezes, fez o seu sucessor, Jayme Lago, e ainda valeu-lhe uma eleição a deputado estadual.
Fiz esta digressão para demonstrar que os políticos locais nunca se importaram com as alas jovens dos partidos. E o maior exemplo foi Elói Zanella. É por isso que um novo João Caruso nunca mais. E Caruso era de fato como conta Paulo Garcia: um italiano que chegou a Erechim, em 1930, nascido na Itália; foi companheiro de Pasqualini, João Goulart e Leonel Brizola. Eleito deputado estadual por três legislaturas, presidente da Assembléia Legislativa, Secretário de Estado, tendo assumido inclusive o Governo do Rio Grande do Sul, e cassado em 1964.
Escolas JB e Mantovani, lembram Caruso; Escola Técnica Industrial do Colégio Aidée Tedesco Realli, lembra Caruso; Hospital de Caridade, lembra João Caruso; Aéroclube, lembra Caruso; 3ª. Festa Nacional do Trigo recorda Caruso.
Como seria bom se pudéssemos clonar todos os bons políticos que fizeram a história de Erechim! Com certeza, João Caruso seria o primeiro.

domingo, julho 18, 2010

NELSON MANDELA

- A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.


- Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.


- O bravo não é quem não sente medo, mas quem vence esse medo.


- Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou.


- Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria liguagem, você atinge seu coração."


Os pensamentos acima são do primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Madela que completou ontem 92 anos junto à família, enquanto a comunidade internacional prestava sua homenagem no primeiro dia dedicado pelas Nações Unidas à promoção da paz.


A ONU decidiu prestar uma homenagem ao ex-presidente ao dedicar a ele o "Dia Internacional Nelson Mandela", que celebrará a cada 18 de julho sua luta pela paz e liberdade.


A história de Mandela é um exemplo para a humanidade. Preso durante 27 anos pelo regime racista, Mandela foi libertado em 1990 e eleito quatro anos mais tarde como o primeiro presidente negro da África do Sul, ao ser abolido o apartheid.


Faço aqui minha humilde homenagem a Mandela com as mesmas palavras de Ban Kimoon, secretário-geral da ONU que disse: "Seu sacrifício não apenas serviu a seu povo na África do Sul, como também fez com que o mundo fosse melhor para todos, em todos os lugares. No Dia Internacional Nelson Mandela, agradecemos a ele tudo o que fez em nome da liberdade, da justiça e da democracia".


Somos gratos, portanto, a Mandela o grande homem de todas as nações. Que ele continue com sua extraordinária visão, liderança e espírito humanitário. Encerro com o que ele disse quando festejou 89 anos: “Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero”.

sábado, julho 17, 2010

MATA-SE MUITO MAIS NO RS COM ARMA DE FOGO

O Estatuto do Desarmamento criado a pouco mais de cinco anos com o intuito de diminuir a criminalidade com o uso de arma de fogo até hoje não apresentou resultado satisfatório. Reduziu isto sim, o fornecimento de arma lícita ao cidadão comum, mas não está combatendo o contrabando que é o meio usado pelos bandidos para se armarem.
Um estudo elaborado pela Con¬federação Nacional dos Muni-cípios (CNM) coloca em dúvida a eficiência do Estatuto. A pesquisa revela que o número de homicídios com uso de armas de fogo se manteve em um alto patamar mesmo após a lei. Os dados mais recentes, de 2008, indicam que 71,3% das mortes violentas no país são ocasionadas por tiros – 0,5% a mais que em 2003. As estatísticas são ainda mais preocupantes quando os números são regionalizados.
O trabalho coloca o Brasil em uma “posição alarmante”, com altos índices de homicídios que se aproximam do total de mortes vivenciado por países em guerra. “O estudo mostra de uma maneira inequívoca o persistente aumento de homicídios em decorrência do uso de armas de fogo. A pesquisa foi baseada em dados do Datasus e do Ministério da Saúde, no período de 1999 a 2008.
Quando isolados os números referentes à Curitiba, é possível acompanhar o crescimento do índice de mortes por arma de fogo nesses dez anos. O total saltou de 18,3 assassinatos para cada 100 mil habitantes para 47,3 – aumento de 2,5 vezes. No Paraná, a situação não é diferente: o número foi de 10,9 para 24,1. Enquanto isso, a capital paulista, considerada uma das cidades mais violentas do país, diminuiu a taxa de 35,6 para 10,6. Além disso, é no Paraná que estão os dois municípios do Brasil com o maior índice de mortes por arma de fogo – Guaíra (95% dos homicídios foram a tiros) e Foz do Iguaçu (88,3%).
O estudo conclui que o uso de armas cresce anualmente no país e que há falha na criação de políticas públicas que controlem o acesso da população a armas ilegais.
O tão aclamado Estatuto do Desarmamento foi mais uma lei inócua, que conseguiu tirar de circulação uma quantidade de armas ilegais, mas não passou perto ao menos da tentativa de lidar com o tráfico de armas.
No Rio Grande do Sul o mesmo estudo aponta que dos 23.935 homicídios registrados entre 1996 a 2008 - 17.404 contaram com o uso de arma de fogo. No mesmo período, a média brasileira é de 67,7%, com 599.720 ocorrências; 405.890 casos com armas. Em Porto Alegre, dos 572 homicídios praticados em 2007, 501 (87,6% foram com arma de fogo, uma média de 1,5 homicídios por dia.
Ainda de acordo com a pesquisa em 2007 e 2008 a capital gaúcha figura como a oitava maior taxa de óbitos por arma de fogo do país, com 35,3 homicídios por 100 mil habitantes em 2007 e 34,3 em 2008.
A pergunta que fica é: pra que estatuto?

quinta-feira, julho 15, 2010

PALMADA

Alô papai! Alô mamãe!
Agora é proibido dar palmada, submeter seu filho a castigos corporais e “tratamento cruel e desgastante” contra crianças e adolescentes. Estas medidas constam de mensagem encaminhando projeto de lei ao Congresso sobre a questão, pelo presidente Lula.
A medida ocorre 20 anos após a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e será incorporado a ele, estatuto.
Durante a cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo, Lula comentou sobre possíveis críticas ao projeto. “Vai ter muita gente reacionária nesse País, que vai dizer ”Não, tão querendo impedir que a mãe eduque o filho”, ”Tão querendo impedir que a mãe pegue uma chinelinha Havaiana e dê um tapinha na bunda da criança”. Ninguém quer proibir o pai de ser pai e a mãe de ser mãe. Ninguém quer proibir. O que nós queremos é apenas dizer ”é possível fazer as coisas de forma diferenciada”, disse.
Se punição resolvesse o problema, continuou o presidente, “a gente não teria tanta corrupção nesse País, a gente não tinha tanto bandido travestido de santo”. “Beliscão é uma coisa que dói”, afirmou. Mas, para isto, salvo melhor estudo, não há necessidade de o Estado intervir da forma como quer o presidente. É uma questão de educação, de mostrar que o caminho não é bater, dar palmadas, puxões de cabelo etc.
O presidente aproveitou a ocasião para falar sobre os seus tempos de infância. “Eu não lembro da minha mãe ter batido num filho. O máximo que ela fazia às vezes era a gente, cinco homens deitados numa cama, ela vinha com o chinelo, a gente esticava o cobertor, e ela ficava batendo, e a gente fingindo que estava batendo, doendo, gritando, e ela ia embora, quem sabe cansada, e a gente tirava o cobertor e começava a rir”. Sobre o pai, prosseguiu, nunca apanhou dele, apesar de considerá-lo um homem bruto.
Essa história de dizer que nos dias de hoje, com os avanços da psicologia, da psiquiatria, a agressão a uma criança pode trazer danos irreparáveis à sua formação, é relativo. Eu mesmo, levei palmadas quando criança e não saí com minha personalidade deformada. Claro que não eram agressões violentas de deixar marcas, ematômas, arranhões...eram palmadas que demonstravam até onde meus limites deveriam chegar!
A questão é polêmica e de discordância entre especialistas em educação. Mesmo contrária à palmada, a filósofa, mestre em educação e autora de 19 livros – entre eles, Limites sem Traumas –, Tania Zagury, classificou como ingerência excessiva do Estado a medida. Ela acredita que a origem do projeto é boa, no sentido de evitar o espancamento, mas que a proposta é controversa. Segundo a filósofa essa lei não terá condições de ser cumprida. Não temos Poder Judiciário para resolver casos seríssimos, como os de assassinatos, como poderemos ter para casos como esses? Além disso, não precisamos de uma lei como essa, já temos uma legislação que trata do agressor físico, seja pai ou não. Muito bem colocado. É isso aí.

quarta-feira, julho 14, 2010

SOU CONTRA

Já vou declarar de cara que sou contra a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014. Um país terceiromundista onde falta, principalmente, saúde, segurança e educação, o tripé em que se sustentam todas as candidaturas a cargos eletivos de governo; transporte deficiente e “outras cocitas mas” não pode bancar um campeonato que só engorda interesses que não são os da sociedade. Penso até que antes de qualquer decisão nesse sentido (agora já foi tomada) deveria haver um plebiscito.
Ora, onde já se viu a FIFA querer ditar o que deve e o que não deve ser feito para que um país seja sede do campeonato mundial de futebol!
E me admira muito os governos consentirem que assim seja. Só com o dinheiro que será gasto para construção de novos estádios e toda a infraestrutura exigida pela FIFA, daria para acabar com os problemas da saúde neste país, por exemplo.
Até hoje ninguém ousou dizer a população brasileira qual será o tamanho da conta. Não existe um orçamento ainda. O que há de efetivo é o orçamento do Comitê Organizador e uma avaliação do gasto com os estádios. O montante que caberá ao governo, de recursos para obras de infra-estrutura, só será definido a partir do final do ano que vem, quando serão definidas também as sedes do torneio.
Sobre a realização do Mundial, o ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni, afirma que os brasileiros, às vezes, sentem "complexo de inferioridade". Segundo ele, o Brasil vive um momento único na economia e está certo de que isso fará com que o País não tenha dificuldades em encontrar investidores para o projeto.
O que se discute não é questão de “complexo de inferioridade” é saber quanto vai sair do caixa do governo para satisfazer um gasto astronômico cujo resultado não se sabe se valerá o sacrifício dos brasileiros. É isso que precisamos saber.
Na última segunda-feira, o secretário-geral da Fifa Jerome Valcke havia dito que o Brasil tinha problemas com estádios, estradas, sistema de telecomunicações e aeroportos. O dirigente também se mostrou preocupado com a capacidade da rede hoteleira do País. Ora, mas se há todos esses problemas apontados pelo secretário-geral da Fifa, somados a outros do próprio TCU – Tribunal de Contas da União que classifica as obras “impressionantemente atrasadas” por que insistir em querer aqui a Copa do Mundo?
Os técnicos do TCU dizem que quanto mais vagos são os contratos, mais difícil fica a fiscalização e citam o caso do Panamericano de 2007, quando o governo federal teve de dar um socorro emergencial ao Rio, lembram? O orçamento inicial de R$ 520 milhões virou uma obra de R$ 4 bilhões.
O próprio presidente Lula apesar de não admitir que o Brasil está atrasado com as obras de infraestrutura para a Copa e a Olimpíada de 2016, reconhece que o País terá de correr contra o tempo.
Mas é Lula que teima em afirmar que será “plenamente possível a gente inaugurar essas obras até 2016. Aqui faz muito sol; aqui, de vez em quando, a gente pode trabalhar em dois turnos; aqui, de vez em quando, se quiser, a gente pode trabalhar em três turnos; aqui, de vez em quando, a gente pode trabalhar aos sábados e domingos, ou seja, aqui a gente pode acertar qualquer coisa, desde que o objetivo seja a gente entregar a obra da melhor qualidade possível, no menor prazo possível", disse.
Aqui só não se faz nada para resolver os problemas da saúde, dos aposentados do INSS, educação e segurança. E é por isso que sou contra a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014.

segunda-feira, julho 12, 2010

ESTAÇÃO DE PASSAGEIROS “JAIRO CASTRO”
A estação de passageiros do aeroporto Comandante Kraemer de Erechim denominar-se-á brevemente “Jairo Gama de Castro”. O Projeto de Lei de autoria do ex-deputado Irandir Pietróski teve sua tramitação interrompida, em razão de sua assunção ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e, em conseqüência, foi arquivado.

A pedido do vereador da Câmara Municipal, Cezar Augusto Caldart, o deputado Francisco Appio está reapresentando a proposição, para homenagear um dos primeiros pilotos formados pelo Aéro Clube local, falecido em 3 de outubro de 2006.

Conheci o Jairo e por muitos anos também privei da sua amizade.

Ele tinha a aviação como uma de suas maiores paixões. Foi proprietário de aviões e suas histórias já fazem parte do acervo do Aéro Clube da cidade. O amigo, e também piloto formado na mesma escola de Erechim, Dr. Altair Menegati é quem sabe de muitas histórias protagonizadas pelo “Comandante Casado”, como carinhosamente o denominavam os manicacas mais antigos. Ele era da turma do José Mandelli Filho, Élcio José Felipe Delfino, Faraon, Lonzetti (ex-piloto do Brizolla) residente em P.Alegre, Menegati, Valentini e tantos outros.

Houve uma época que, para passar o tempo, comparecia todos os sábados à tarde ao angar do Aéro Clube só para assistir o treinamento que era ministrado aos futuros pilotos. E nessas tardes, o Jairo, ou estava lustrando o avião de sua propriedade, ou auxiliando eventualmente, o mecânico nos pequenos consertos das aeronaves. Ele sabia tudo de avião.

Profissionalmente, tinha um escritório de contabilidade onde trabalhou até a doença obrigá-lo a parar em decorrência de um câncer.

Foi o primeiro gerente da Companhia Telefônica Municipal, no governo do prefeito Eduardo Pinto; sócio-fundador do Lions Clube Erechim Centro, e chegou a presidir a entidade até março do ano de seu falecimento. Lá, era conhecido por ser o último sócio-fundador que ainda freqüentava a sede. Também foi presidente do Hospital de Caridade de Erechim, onde se destacou pela superação de dificuldades financeiras e pelas obras de reforma do prédio.

Aos 83 anos, Jairo era casado havia 62 anos com Nilce Fagion de Castro, com quem teve quatro filhos: Javer, já falecido, Janice, Jussara e Joice. Deixou também 10 netos e quatro bisnetos.

O projeto de Lei que dá a denominação de Jairo Gama de Castro a Estação de Passageiros do Aéro Clube de Erechim, é um justo tributo ao inesquecível “Comandante Cansado”, que pelo interesse sempre demonstrado ás boas causas da comunidade erechinense, verá eternizado o seu nome no amanhã para exemplo das futuras gerações.

sábado, julho 10, 2010

XIII FRINAPE

A cada quatro anos Erechim promove a maior Feira Regional Industrial, Comercial e Agropecuária do Norte do Rio Grande do Sul, com o objetivo de projetar seu potencial econômico calcado na produção industrial, comercial e agropecuária.
A XIII Frinape foi lançada nesta quinta-feira no Salão de Atos da URI Campus – Universidade Regional lntegrada – com a participação de autoridades do município, empresários e convidados.

A promoção do evento é da Prefeitura de Erechim e Associação Comercial, Cultural e Industrial e será de 13 a 21 de novembro deste ano.
O slogan escolhido da feira será “Viva Mais, Viva Você!”

A Frinape nasceu de uma idéia lançada na gestão de Romeu Madalozzo, então presidente da ACIE, em 1966. Era prefeito do município o Dr. Eduardo Pinto. A primeira Rainha, Juracema Valandro, de Aratiba. Eu ainda recordo dessa época. Foi um sucesso, aliás, como foram as Fripaes seguintes sempre agregando mais e mais atrações.

Foi nessa feira que comi pela primeira vez churrasco às 5h da madrugada. Indiscritível! Os peões de estância como eram obrigados a levantar de madrugada para o trato dos animais, aproveitavam para encostar uma costela gorda ao fogo que ficava aceso a noite toda. Era o café da manhã deles.

No lançamento do evento foi antecipada a programação deste ano. Nos Pavilhões da Indústria e Comércio estarão instalados 168 estandes; no Pavilhão da Agroindústria Familiar 75 estandes; 55 módulos para a Indústria, Comércio e Serviços; no Pólo da Cultura estarão funcionando 5 restaurantes; 20 lancherias na Lona da Praça de Alimentação e uma Cafeteria na Lona da Cultura.

Apresentações artísticas:
Serão três shows nacionais, com João Bosco e Vinícius, NX Zero, e Zezé Di Camargo e Luciano.

Este ano vou fazer todo empenho para visitar a feira. A última que participei foi quando era prefeito Antônio Dexheimer. De lá para cá houveram muitas novidades.

sexta-feira, julho 09, 2010

SENADORA  LAMENTA FALTA DE AGILIDADE DA JUSTIÇA NO CASO ELIZA SAMUDIO

A senadora matogrossense, Serys Slhessarenko (PT-MT) fez, nesta quarta-feira (8), duras críticas à atuação da Justiça no caso do desaparecimento da modelo Eliza Samudio, que teria sido sequestrada e a morta a mando do goleiro do Flamengo Bruno Souza, conforme as notícias dos últimos dias.
A parlamentar lembrou discurso que fez há poucos meses criticando declarações de Bruno, que considerou ofensivas às mulheres. Ela lamentou que a Justiça não tenha sido mais ágil no caso, pedindo a prisão do jogador no início de junho, quando se teve notícia do desaparecimento da jovem.
Segundo a senadora condenado por crime hediondo deve passar mais tempo preso
No dia 9 de março, em sessão solene realizada no Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a parlamentar protestou contra as declarações do goleiro Bruno no episódio da briga do atacante Adriano com sua noiva Joana Machado. Nessa briga, durante a qual Adriano deu tapas na noiva em público, Bruno questionou os repórteres com a seguinte frase: "Quem nunca tascou, saiu na mão contra uma mulher?".
- Diante dessa afirmação horrorosa, ele já mostrava ao Brasil a distorção da sua personalidade. Realmente, todas as providências têm que ser tomadas contra essas personalidades distorcidas, essas personalidades que fazem esse tipo de afirmação - obseervou Serys nesta quarta.
A senadora relembrou protesto que fez, em 29 de junho, em relação a outro episódio, o da agressão que o Vereador Lourivaldo Rodrigues de Moraes, de Pontes e Lacerda, do Mato Grosso, fez contra a repórter Márcia Pache, da TV Centro-Oeste, filiada ao SBT. A jornalista fez uma pergunta ao Parlamentar, que respondeu com um tapa no rosto da repórter.
- Ela caiu e bateu com a cabeça no chão. E eu repeti: quem bate mata - censurou Serys.
Para a parlamentar, as cenas da violência em Mato Grosso levaram à expectativa de o agressor covarde saísse algemado, indo direto para a prisão. Isso, porém, não ocorreu.
- Talvez se a agressão tivesse sido contra um repórter, um homem, o agressor não tivesse toda essa sorte. A impressão que fica, senhores e senhoras, é que certas autoridades deste País, quando se trata de agressão à mulher, somente agem quando o pior já ocorreu.
Serys procurou justificar suas críticas a uma "tragédia anunciada" explicando a queixa contra Bruno foi registrada em outubro de 2009 na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá, e com o conhecimento do Ministério Público do Rio de Janeiro. Somente agora, oito meses depois, Eliza, de 25 anos, o MP denunciou o goleiro por lesão corporal, sequestro e cárcere privado.
- Precisou que o Brasil e o mundo assistissem estarrecidos aos horrores de um crime anunciado para [a Justiça] se pronunciar - disse a senadora.
Citando matéria do jornal Folha de S.Paulo, a parlamentar mencionou que a acusação resultou na abertura de inquérito, e a polícia chegou a pedir à Justiça proteção à Eliza. Entretanto, nenhuma medida foi tomada até o desaparecimento da model, no início de junho. A justificativa era que o exame do Instituto Médico Legal (IML) não estava pronto. O exame atestaria tentativa forçada de aborto, já que Eliza estava grávida, supostamente de Bruno. O goleiro, além de agredir, teria feito a ex-namorada tomar algum tipo de chá abortivo por rejeitar a criança.
- Infelizmente, este é mais um caso triste que ganha repercussão mundial, revelando o quanto precisamos avançar e o quanto precisamos refletir sobre o ocorrido. Infelizmente, esta distorção de um homem machista e reacionário, fraco emocionalmente, está muito presente, em cada canto deste País, nos diversos Brunos que existem por aí - alertou Serys.
A senadora aproveitou para cumprimentar a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) que promoveu, nesta quinta-feira, 8 de julho, uma ação conta a Violência Doméstica e Sexual. O local escolhido foi a plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto de Brasília, por onde passam aproximadamente 700 mil pessoas por dia.
Lá foram montadas tendas que estão oferecendo assistência social, psicológica e jurídica para a população. O objetivo é orientar e conscientizar sobre as várias formas de violência. O público também está sendo informado sobre os programas de atendimento a mulheres vítimas de violência e filhos até 12 anos de idade, ou adolescentes que sejam encaminhados por determinação judicial.
Como uma homenagem a Senadora Serys publico a íntegra do seu discurso. É gente desse tipo que precisamos no Congresso Nacional.

Íntegra do pronunciamento
...) nós estamos nesta luta contra a discriminação da mulher no trabalho, contra a discriminação da mulher na política, contra a violência contra a mulher, enfim, pelo engrandecimento, pela melhoria, pela participação da mulher na sociedade.
No dia 9 de março deste ano, em sessão solene realizada aqui no Senado Federal em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, protestei contra as declarações do goleiro Bruno. Fiz realmente um protesto contundente, contundente - repito. Em 9 de março fiz um protesto contra declarações do goleiro Bruno no episódio que envolveu a briga do atacante Adriano com sua noiva Joana Machado. Nessa briga em que o Adriano deu tapas na noiva em público, o jogador do Flamengo, o Bruno, disse: "Quem nunca tascou, saiu na mão contra uma mulher?" e eu disse desta tribuna: "Vocês são figuras públicas, figuras amadas pelos brasileiros e pelas brasileiras. Não podem dar esse mau exemplo de chegar em público e dizer [como o Bruno disse] que todo mundo espanca mulher. "Quem ainda não bateu numa mulher?". Diante dessa afirmação horrorosa, ele já mostrava ao Brasil a distorção da sua personalidade.
Muitos estão dizendo: "Ah, a Senadora Serys diz sempre e disse naquele dia que quem bate mata". Ontem mesmo, um Senador dizia, nesta tribuna, que eu fiz a morte anunciada. Realmente, todas as providências têm que ser tomadas contra essas personalidades distorcidas, essas personalidades que fazem esse tipo de afirmação. Eu falava exatamente dessa figura há três meses, em mmarço - março, abril, maio, junho.
Agora, dia 29 de junho, também protestei, desta tribuna, contra a agressão que o Vereador Lourivaldo Rodrigues de Moraes, de Pontes e Lacerda, no meu Estado do Mato Grosso, fez contra a repórter Márcia Pache, da TV Centro-Oeste, filiada ao SBT. Um absurdo devidamente registrado pela televisão e que ganhou manchetes em sites do mundo todo. A jornalista fez uma pergunta ao Parlamentar, que respondeu com um tapa no rosto da repórter. Ela caiu e bateu com a cabeça no chão. E eu repeti: quem bate mata.
Vendo as cenas dessa violência em Mato Grosso, o mínimo que todos esperavam era que o agressor covarde saísse algemado, indo direto para a prisão. Isso, porém, não ocorreu. Talvez, Sr. Presidente, se a agressão tivesse sido contra um repórter, um homem, o agressor não tivesse toda essa sorte.
A impressão que fica, senhores e senhoras, é que certas autoridades deste País, quando se trata de agressão à mulher, somente agem quando o pior já ocorreu.
Sem querer me precipitar em ilações, parece-me que, no caso do goleiro Bruno e dessa jovem mãe, o que ocorreu foi exatamente isto: a confirmação de uma tragédia anunciada e, o que é, tragédia devidamente registrada em delegacia e com o conhecimento do MP do Rio de Janeiro..
Só pode ser isso. Vejam que somente agora, oito meses após Eliza, essa jovem de 25 anos, ter registrado a primeira acusação contra o goleiro, o Ministério Público do Rio o denunciou por lesão corporal, sequestro e cárcere privado, ou seja, precisou que o Brasil e o mundo assistissem estarrecidos aos horrores de um crime anunciado para se pronunciar.
Essa denúncia, senhoras e senhores, se refere à queixa contra o jogador feita em outubro de 2009 por Eliza na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá no Rio de Janeiro. A acusação resultou na abertura de inquérito, e a polícia chegou a pedir à Justiça proteção à Eliza, conforme revelou reportagem do jornal Folha de S.Paulo no sábado.
O absurdo é que nenhuma medida foi tomada até o desaparecimento dela no início de junho. A desculpa era que o exame do IML não estava pronto. Essas informações, Sr. Presidente, são da própria Folha de S.Paulo que reproduzo. O exame atestaria tentativa forçada de aborto, pois Eliza estava grávida supostamente de Bruno. O goleiro, além de agredir, teria feito a ex-namorada tomar algum tipo de chá abortivo por rejeitar a criança.
Agora, após constatado o crime que me parece mesmo ter ceifado a vida dessa jovem mãe ( só precisa encontrar o corpo), o Promotor de Justiça pediu a prisão preventiva do goleiro Bruno.
Notem o que justificou o Promotor para prender Bruno:
"Os elementos dos autos demonstram que o denunciado tem personalidade distorcida, sempre agindo com brutalidade e acompanhado de seguranças. Inclusive todos nós sabemos das declarações dadas pelo denunciado nos jornais, indicando que se trata de uma pessoa que não se importa em utilizar de violência física, principalmente contra mulheres".
Mas se tudo isso que afirma o MP é verdade e de conhecimento dessas autoridades, teria que ter tido ação preventiva para impedir esse ato de crueldade, esse verdadeiro filme de horror.
Faço questão, Sr. Presidente, de reproduzir o que aconteceu, de acordo com a reportagem do jornal Folha de S.Paulo, e o faço para ficar registrado nos Anais desta Casa esse caso escabroso de violência contra uma mulher.
Eis os fatos conhecidos: um adolescente de 17 anos, localizado na casa do goleiro Bruno, confirmou à polícia nesta terça-feira a morte da jovem Eliza e também deu detalhes sobre o suposto crime.
De acordo com a reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, o garoto disse que foi convidado por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo e funcionário de Bruno, para levar Eliza ao sítio do goleiro em Esmeraldas, Minas Gerais.
Segundo o depoimento, Macarrão já tinha planejado tudo e mandou o adolescente se esconder no porta-malas do carro Range Rover. No caminho, discutiu com Eliza, que tomou a arma que estava em sua mão e tentou atirar. A arma estava descarregada, e o adolescente acabou desferindo três coronhadas na cabeça da jovem. Hoje um exame confirmou que as manchas encontradas no carro eram do sangue de Eliza.
Eliza foi mantida no sítio e passou a ser vigiada. Segundo o garoto, Bruno foi ao sítio e permaneceu lá por duas horas, quando exigiu que seu problema fosse resolvido.
No dia seguinte, Eliza e o filho dela foram levados até um local próximo a Belo Horizonte, onde foram recebidos por um homem chamado Neném.
O adolescente disse que Neném pegou Eliza, amarrou seus braços e a sufocou. Em seguida pediu que todos deixassem o local. Mas o jovem disse ter visto o homem passar carregando um saco e jogar a mão de Eliza dentro de um canil com quatro cães da raça rottweiler. O adolescente disse que os ossos dela foram concretados no mesmo local.
Infelizmente, este é mais um caso triste que ganha repercussão mundial, revelando o quanto precisamos avançar e o quanto precisamos refletir sobre o ocorrido. Infelizmente, esta distorção de um homem machista e reacionário, fraco emocionalmente, está muito presente, em cada canto deste País, nos diversos Brunos que existem por aí.
Finalizo cumprimentando a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) que está promovendo, nesta quinta-feira, 8 de julho, uma ação conta a Violência Doméstica e Sexual. O local escolhido foi a plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, por onde passam aproximadamente 700 mil pessoas por dia.
Lá foram montadas tendas que estão oferecendo assistência social, psicológica e jurídica para a população. O objetivo, segundo a Subsecretária para Assuntos da Mulher, Marta Regina Leite, é orientar e conscientizar sobre as várias formas de violência. Disse ela: "Nós vamos distribuir folhetos e cartilhas, explicar sobre a Lei Maria da Penha e dar toda a orientação sobre quando, onde e como denunciar", reforça a Subsecretária.
O público também está sendo informado sobre os programas de atendimento a mulheres vítimas de violência e filhos até 12 anos de idade, ou adolescentes que sejam encaminhados por determinação judicial.
Precisamos, senhores e senhoras, dar efetividade às ações que impeçam a violência e, no futuro, não precisarmos noticiar ações tão lamentáveis como a do goleiro Bruno.
Senhores e senhoras, realmente é dramática a situação da violência contra a mulher. A gente recebe quase que diariamente inúmeros casos - inúmeros casos - que vão de assassinatos brutais a qualquer outro tipo de violência: agressão, humilhação, agressão com palavras, agressão com ferimentos, enfim, toda sorte de agressão, seja lá física ou psicológica. Agora, como conquistar essa superação é que é o grande problema.
Existe a Lei Maria da Penha, existe lei para cá, lei para lá, lei de todo jeito, mas o que nós precisamos, realmente, é mudança de atitudes, é mudança de comportamento, é mudança, realmente, de entendimento da questão de direitos humanos, porque direitos da mulher são direitos humanos. É direito a gente saber que homens e mulheres têm absolutamente os mesmos direitos em nossa sociedade, que ninguém tem o direito de agredir ninguém - ninguém! - e ficar impune.
E aí eu faço aqui, encerrando a minha fala, Senador Mozarildo Cavalcanti, e agradecendo muito, realmente, o tempo, porque me excedi um pouco, dizer quilo que repito sempre e de que precisamos nos conscientizar: é que na sociedade brasileira, e esses percentuais são mais ou menos mundiais, nós, mulheres, somos 52% da população; e os outros 48%, absolutamente todos, os companheiros, homens, são nossos filhos. Todos, Senador Mozarildo Cavalcanti, Senador Arthur Virgílio, Senador Heráclito Fortes, Senadores que estão aqui próximos de nós - absolutamente todos -, são filhos de uma mulher.
Nós temos consciência - nós, mulheres, que batalhamos pelo respeito, pela igualdade aos nossos direitos na profissão, na política, na família -, que é muito profunda essa questão. Não podemos continuar achando que se pode cometer todo ato de violência contra uma mulher dentro da nossa casa, um ato de desrespeito a uma mulher.
Quantas mulheres de cabelos brancos, através dos tempos, já sofreram pela discriminação, pela humilhação, muitas vezes pelo mandar calar a boca, como se ela não tivesse direito de se pronunciar em igualdade de condições com o seu companheiro? Quanta brutalidade as mulheres já sofreram? E o problema maior são as nossas crianças, os nossos pequeninos meninos que, crescendo nesse ambiente, vendo uma mulher ser desrespeitada, uma mulher, muitas vezes, ser espancada, uma mulher ser humilhada, vão achar que isso aí é normal; e ele, crescendo nesse ambiente, no futuro, pode agredir da mesma forma, porque é normal um homem agredir uma mulher. Se ele vê as mulheres do seu entorno sofrerem todo o tipo de agressão, vai crescer achando que pode também humilhar, que pode agredir a sua colega de escola, a sua namorada, a sua esposa, a sua mãe, a sua irmã, as mulheres do seu entorno, sempre!
Então, precisa haver uma mudança de mentalidade. E entendermos que só se muda a sociedade se realmente tivermos esse entendimento de que todos somos iguais, de que temos que nos respeitar, que nós mulheres temos que respeitar os nossos filhos. E quando digo os nossos filhos, quero dizer todos os homens, porque os 48% da sociedade, que são homens, são nossos filhos, são filhos de uma mulher, e que os homens, os nossos filhos, nos respeitem.
Nós não queremos ser mais, mas, muito menos, menos que os homens. Nós queremos apenas ser iguais."

quinta-feira, julho 08, 2010

DA GLÓRIA A DECEPÇÃO
Criminoso, facínora, frio, calculista, cretino, perverso, enfim todos os qualificativos que existam em nosso dicionário não são suficientes para conceituar o bárbaro crime cometido contra a amante de Bruno, goleiro do Flamengo.
Assisti no final de tarde de ontem as explicações do delegado do Rio de Janeiro, que vai a partir de logo mais á noite (desta quinta-feira), ouvir o atleta rubro negro e um de seus asseclas Macarrão, ambos recolhidos ao presídio Bangu II, no hediondo crime montado para fazer desaparecer Eliza Samudio, amante do jogador.
Como não ficar revoltado e pedir a pena capital para os envolvidos?
Quem faz ou pratica crime semelhante não merece viver. Todos os três, Bruno (mandante) Macarrão e Bola (executantes) deveriam pagar a selvageria que fizeram com suas próprias vidas. É o mínimo que se poderia pedir!
A notícia dada pela Televisão neste instante (19,30h) é que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, vulgo Bola, foi preso e já está à disposição da polícia carioca e mineira.
Ele será ouvido amanhã pela polícia e poderá no transcorrer do depoimento dizer o que fez com o corpo da jovem Eliza, como matou, porque matou, a mando de quem, onde escondeu o corpo.
Agora a polícia está de posse de todos os envolvido nesse ignominioso crime, é só apertar que sai tudo.
O delegado Wagner Pinto, um dos que está à frente do inquérito disse que pode ser feita acareação se surgirem dúvidas, entre as partes.
Outra informação desta noite é que a mãe de Eliza vai ficar com a criança. Luiz Samudio, pai de Eliza, e condenado por estupro que está com o Bruninho, através do seu advogado disse que vai lutar na Justiça para ficar como tutor do garoto de 4 meses.
O Flamengo, por sua vez, suspendeu o conrrato do goleiro. O jogador tinha um salário no Flamengo de R$ 200 mil. E por não querer pagar uma pensão alimentícia para seu filho de R$ 5 mil mensais, se meteu nessa enrascada que não se sabe quando vai sair. Acabou com sua carreira, com suas expectativas de jogador de futebol e terá que cumprir,certamente, alguns anos de cadeia.
Os fans do Flamengo se acham decepcionados, a camisa número um com a assinatura do jogador foi tirada do mercado e o patrocinador desistiu do investimento que vinha fazendo em Bruno.
Tudo foi um sonho, tudo acabou para o capitão verde-rubro e ídolo da maior torcida do Brasil. Agora é esperar pelo julgamento e condenação de muitos anos de cadeia.
ESTÁ NA HORA DE MUDAR

Também estou de acordo com o que disse o técnico Emerson Leão em entrevista coletiva em Goiás, onde treina o time do mesmo nome, quando dispara críticas contra o senhor Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Está na hora do mandatário pegar o seu boné e dizer tchau. Se treinador de seleção muda a cada quatro anos, por que Ricardo Teixeira tem de permanecer perpétuo á frente da Confederação Brasileira de Futebol?
Está na hora de mudar tudo. Olha só a ironia de Leão quando os jornalistas perguntaram sobre a demissão de Dunga e renovação da equipe.
– Eu pensei que ele ia fazer parte da lista de dispensa também. Já se somou os anos que esse senhor vai ficar até 2014? De quando ele entrou até 2014 significam 25 anos de poder. Demite todo mundo, mas esquece de olhar-se no espelho. Nós temos preocupação com a vergonha que ocorre dentro da CBF, acho que o governo deveria tomar partido – disparou o treinador.
Pensando bem Leão tem razão. Como alguém permanece 25 anos ininterruptos dirigindo uma entidade como a CBF.
Sem querer entrar no assunto de quem deve assumir a seleção neste momento, Leão foi firme em sua posição e chegou a sugerir uma intervenção do governo nas práticas adotadas pela CBF.
Olha só o que ele disse:
- Não temos que ter preocupação com técnico, com convocação. Temos que ter preocupação com o que está acontecendo dentro da CBF. Eu acho que os órgãos principais do governo deviam tomar partido.
Leão defendeu o gol da seleção brasileira nas Copas de 1970 e 1986, como reserva, e de 1974 e 1978, como titular. Agora, discute-se quem será o novo treinador da seleção. Quatro nomes aparecem com certa preferência para herdar o cargo: Muricy Ramalho, do Fluminense, (que disse não ter sido procurado); do Ricardo Gomes, do São Paulo, Mano Menezes, do Corinthians, e Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras. A CBF confirmou que anunciará o nome até o fim de julho.
Revendo a biografia de Ricardo Teixeira dá para perceber porque vem se eternizando no poder. O homem é genro de João Havelange. Até o nome do primeiro filho fez um agrado ao sogro ao registrá-lo com o nome Havelange, colocando por último o sobrenome materno, ao contrário do que determina a lei brasileira.
Escândalos e denúncias de nepotismo no preenchimento de cargos na CBF atingiriam a gestão de Teixeira, além de pagamento de viagens para países sedes da Copa do Mundo a magistrados e outras autoridades, importação irregular de equipamentos para sua choperia El Turf, no Rio de Janeiro, após a Copa de 1994; celebração de contratos lesivos para o futebol brasileiro, em especial com a fabricante de artigos esportivos Nike, omissão das declarações de rendimentos apresentadas nos exercícios de 1991, 1992 e 1993 dos valores por ele mensalmente auferidos, omissão de rendimentos provenientes de atividades rurais nas fazendas Santa Rosa I e II, localizadas no município de Piraí/RJ.
Também deu dinheiro da CBF para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com o intuito de manter no Congresso Nacional uma bancada de deputados e senadores para defender a seus interesses (manter-se no controle da CBF, impedir investigações sobre corrupção dentro da CBF), que ficou conhecida como bancada da bola. Com a montagem deste esquema de poder, assegurou suas quatro reeleições.
Em 1998, vê-se envolvido em comissões parlamentares de inquérito na Câmara de Deputados e no Senado Federal, mas, com auxílio de congressistas fiéis, consegue se livrar das acusações. Prestou depoimento em duas CPIs, a do futebol e a da CBF-Nike.
Em 2000, Ricardo Teixeira prestou depoimento na CPI do Futebol. Até 1996 a CBF apresentava lucro. Neste ano assinou um contrato com a Nike no valor de 160 milhões de dólares e a partir de então começou a ter prejuízos, ano após ano. A entidade então tomou dinheiro emprestado de origem duvidosa, pagando juros muito mais altos do que o de mercado, em alguns casos de cerca de 43%. Descobriu-se uma série de empresas suas e de comparsas ligadas a transações irregulares de dinheiro. Afirmou em depoimento na CPI que havia ganhado tanto dinheiro investindo em ações, mesmo sabendo-se que havia falido neste ramo no início de sua carreira. Também prestaram depoimentos Vanderley Luxemburgo, Eurico Miranda e o empresário J.Hawilla. A Receita Federal autuou a CBF em R$ 14.408.660,80 por dívidas com o Fisco.
Na CPI da CBF-Nike, que contou com declarações de Zagallo, João Havelange e do atacante Ronaldo, Ricardo Teixeira foi acusado por Aldo Rebelo de fazer complô para tentar enfraquecer o trabalho das CPIs, por unir forças com Pelé, que antes o acusava de corrupçãoTeixeira prestou esclarecimentos sobre a CBF, atividades pessoais e de suas empresas, como o restaurante carioca El Turf. Em janeiro de 2002, Teixeira obteve liminar da Justiça proibindo a impressão e distribuição do livro "CBF-Nike", de autoria dos deputados Sílvio Torres e Aldo Rebelo. A obra relatava todas as investigações que devassaram seus negócios. Atualmente Aldo Rebelo é amigo pessoal e confidente de Ricardo Teixeira. Está disponível na internet um resumo do relatório final da CPI.
Em 2007, a bancada da bola agiu novamente sob influência de Ricardo Teixeira e de 12 governadores, que previamente foram à Europa à convite de Ricardo Teixeira, por ocasião da escolha do país sede da copa do mundo de 2014, para impedir a instalação da CPMI do Corinthians/MSI, com a retirada de votos a favor da CPMI na última hora. O argumento era que a CPI poderia influenciar na escolha da sede. No epsódio, 71 parlamentares mudaram de opinião, e apenas 3 se justificaram.
Sobre o epsódio, Juca Kfuri escreveu: "Momento trágico: Nada mais repulsivo que a campanha do presidente da CBF contra a CPMI Corinthians/MSI. E nada mais revelador de quem são alguns parlamentares de todos, rigorosamente todos, os grandes partidos. Daí o "jogo da família" ter sido o do senta, levanta. Em seu blog, Juca Kfuri publicou ainda a lista com os nomes dos parlamentares que mudaram seus votos. São 18 parlamentares mineiros e 8 paulistas, entre muitos outros.
Esse é o homem forte da CBF. Que currículo, heim!!!!!!!