sexta-feira, julho 23, 2010

RENOVAÇÃO, OU ESQUECIMENTO
Já falei em outra ocasião. Estou pensando seriamente escrever um livro onde pretendo inserir uma seleção entre as mais de duas mil crônicas que publiquei em jornais e, principalmente pela Internet, a maioria delas contando coisas do cotidiano, e um capítulo sobre o que ocorre no submundo da política brasileira. Acho que vai sair uma boa obra. Mas, estou ainda pensando!
Durante 25 anos de vida pública trabalhando em vários setores da administração pública, seja Prefeitura, Assembléia Legislativa e Câmara Federal, pude constatar muitas coisas que precisam ser contadas para que a geração futura não trilhe no mesmo caminho percorrido por políticos ordinários, corruptos, que na maior das vezes, chegam ao poder para se locupletar e tirar proveito próprio.
Alguém me disse: “Não existe melhor  profissão neste mundo do que ser político. Não existe! Aliás, não conheço nenhum deles pobre! A maioria entra pobre ou remediado e ao deixar a vida pública, sai mais rico do que quando entrou.”
Pensando nisso verifiquei que não é preciso fazer nenhum esforço para constatar.
O material que estou coletando traz, algumas reflexões sobre os maiores escândalos relacionados com a corrupção, nunca antes observados na história do Brasil.
Não sei se o amigo leitor já notou. Existe hoje no País uma total institucionalização do descaramento e do deboche.
Substima-se a inteligência da população com a maior desfaçatez e cinismo. Furta-se o dinheiro do povo e nada acontece a esses energúmenos. Caso Arruda é típico! O dinheiro público esboroando-se em cuecas, meias e bolsas; anões do orçamento, vampiros da saúde, pizzaria das CPIs, mensalão, propina, e agora mais recentemente a cobrança de pedágio para ingresso como garçom na Câmara e Senado. Estes são escândalos que, infelizmente, absorvidos caíram no esquecimento da maioria da população brasileira. O povo tem memória curta.
A Constituição no seu art. 1º solidifica que, todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos etc. Portanto, vivemos em um país cujo regime é democrático, e democracia quer dizer governo do povo para o povo. O próprio povo escolhe os seus representantes. Pois, nesse ponto, quero a sua atenção prezado leitor: Nós temos em nossas mãos uma importantíssima ferramenta democrática: O VOTO.
O que é VOTO?
- É uma manifestação da vontade popular que tem o mesmo peso para todos, independentemente de cor, sexo, religião, posição social etc., permitindo que escolhamos quem queremos para nos governar. Logo, o voto de um humilde morador de bairro tem o mesmo valor que o de um professor, um juiz, promotor ou presidente da República. Nas urnas somos todos iguais, brancos, negros, ricos e pobres. Aliás, é o único dia nas nossas vidas que somos eqüipendentes, gêmeos.
Se, assistimos tanta desonestidade, tanta corrupção – convenhamos – uma parcela de culpa também é nossa. Não estamos sabendo escolher os nossos governantes, ou somos iguais a esses entulhos políticos. Se existem maus políticos no poder, fomos nós que os escolhemos.
Neste ano, em 3 de outubro, teremos mais uma vez a grande oportunidade de colocarmos um ponto final na roubalheira, no descaramento, na chacota, no deboche; afinal de contas haverá eleições para presidente da República, Governador, Senador, Deputados Federais e Estaduais. Consequentemente, mais uma vez, a escolha será nossa. Você quer renovação, ou mais quatro anos no esquecimento?
Pense nisso, enquanto lhe desejo um bom fim de semana.

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