sábado, julho 31, 2010

POSSE NA MAÇONARIA

Tomou posse dia 30 de junho como Grâo-Mestre da Maçonaria do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, José Aristides Firmino e o Grão-Mestre Adjunto, Tadeu Pedro Drago, em sessão solene da Assembléia Legislativa Maçônica, em seu Templo Nobre, ocasião em que reafirmaram seus compromissos com a comunidade maçônica gaúcha. É o segundo mandato consecutivo do chefe da Maçonaria no Estado. Os eleitos comandarão os destinos do GORGS no triênio 2010/2013.
Cerca de 500 maçons, convidados e autoridades estiveram presentes.
Dentre as autoridades convidadas destaque para o Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, representando a governadora Yeda Crusius; o presidente da Assembléia Legislativa, Giovani Cherini; Arcebispo Metropolitano Dom Dadeus Grigs; presidente da OAB Subsecção do Rio Grande do Sul, Cláudio Lamachia; Vice-Cônsul de Portugal, Adelino Vera-Cruz Pinto, além do prestígio de dignidades maçônicas pertencentes a Ordem de outros estados, da Argentina e do Uruguai.
Os destaques foram para os discursos do presidente da Assembléia Legislativa, da OAB e Arcebispo Metropolitano. Dom Dadeus destacou o dístico do Estandarte do GORGS “E Pluribus Unun” que exalta o trabalho que unifica. Para o arcebispo, a unidade em torno de idéias e o trabalho em conjunto só trarão progresso para a humanidade. Citou Santo Agostinho, para quem a paz era a tranqüilidade da ordem, contrastando com sistemas muito utilizados até então, que buscavam a paz através da guerra. E enfatizou que os povos só podem crescer e se desenvolver em um ambiente de paz.
É bom lembrar que a Maçonaria gaúcha sempre se fez presente nos grandes debates nacionais. Recentemente contribuiu para a execução do projeto “Ficha Limpa” e a Reconstrução do Pacto Federativo.
O projeto surgiu de uma tese apresentada pelo I.’. José Antônio Paganella Boschi, da Loja Felipe Lechtmann nº 112, das Grandes Lojas do Rio Grande do Sul, baseado nas raízes da criminalidade no Brasil, apontando como uma das principais causas a má distribuição dos recursos públicos entre a União, estados e municípios. A partir daí, e após reuniões em grupos nas três Potências Maçônicas do Estado, a Maçonaria Unida do Rio Grande do Sul organizou uma comissão tripartite, surgindo a proposta de reestruturação do Pacto Federativo.
A proposta está alicerçada na necessidade de avanços no atual modelo de federação, no qual os entes federados não participam da elaboração dos grandes projetos de políticas públicas, tendo a União concentrado em suas mãos muitos poderes, inclusive a receita tributária.
Segundo estudos realizados, cerca de 60% da receita arrecadada ficam concentrados em Brasília. Estados e Municípios acabam sobrecarregados em incumbências e desprovidos de recursos, gerando muitos dos problemas sociais em nossas cidades.
A concentração das receitas na União também facilita as relações fisiológicas e a corrupção, tão presentes nos noticiários do cotidiano.
O Brasil precisa de Instituições como a Maçonaria para avançar rumo ao seu pleno desenvolvimento ético, moral e institucional.

Nenhum comentário: