segunda-feira, novembro 30, 2009

VÍDEO DETONA GOVERNADOR DO DF

Está causando a maior repercussão nacional o vídeo que mostra o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e uma verdadeira quadrilha recebendo dinheiro de suposta propina em esquema de corrupção montado dentro do governo.
O vídeo foi conseguido pelo IG que está divulgando em primeira mão no seu sait. As imagens são claras mostrando seu assessor entregando maços de dinheiro vivo.
No vídeo, Arruda diz “Eu estou achando que podia passar em casa para deixar isso aqui. Descer com isso aqui é 'mala'”.
Gravada pelo então secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, a fita anexada ao inquérito da Polícia Federal desencadeou a Operação Caixa de Pandora na última sexta, que resultou no cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão em gabinetes de órgãos públicos, residências e empresas em três cidades.
O esquema de corrupção mostrado no vídeo, de acordo com o inquérito, começou nas eleições de 2006, quando Durval trabalhava no governo Roriz, e seguiu durante todo governo Arruda.
Há pelo menos três meses, o vídeo vem sendo usado para todo tipo de chantagem dentro do alto escalão do governo Arruda. Durval queria o fim de uma gama de processos contra ele na Justiça. A fita entregue ao iG na tarde deste sábado, 28, vinha sendo guardada em uma cidade próxima a Brasília. Representa o golpe mais violento contra a trajetória política de duas décadas de Arruda, que, em 2001, renunciou ao mandato de senador, acusado de violar o painel do Senado.
Está cada vez mais difícil encontrar neste país um político honesto.
A Ordem dos Advogados do Brasil, no Distrito Federal, está preparando um relatório com o pedido de impeachment do governador José Roberto Arruda e seu partido o DEM, expulsão sumária. A OAB do Distrito Federal irá designar um relator para o julgamento. A presidente da entidade, Estefânia Viveiros, disse, no entanto, que após a avaliação do relator, o pedido passará pelo Conselho Pleno da OAB, órgão máximo da entidade.

Leia a seguir trechos dos diálogos interceptados na Operação Caixa de Pandora entre o governador José Roberto Arruda (DEM) e Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e delator da investigação.
Arruda - Tudo bom, Durval?
Durval Barbosa - Mais ou menos, né? Vamos olhar isso aqui primeiro? Isso aqui é o seguinte: isso aí foi do (???). Eu até perguntei pro Maciel se ele tinha alguma... Alguma soma, pra isso aí. Aí ele falou: Não, ele prefere conversar com você. Aí o que que aconteceu, o Gilberto foi doze, tirando os impostos, ficou novecentos e quarenta e oito. Aí antecipou a você. O Paulo... O Paulo Octávio [vice-governador mandou pagar cinqüenta ao Giffone [Roberto Giffoni, corregedor-geral do DF] e cento e vinte ao Ricardo Pena [secretário de planejamento do DF]. Aí, o Toledo resolveu o caso desses... Dos meninos aí, que eu acho que é louvável, que PE o Miquiles e o Nonô, tá?
Arruda - Quem?
Durval - Miquiles e Nonô. Miquiles cê sabe quem é. Nonô é o... foi o diretor lá. Que... Situação de penúria. Aí ficou, é... seiscentos e vinte e oito. Seiscentos e vinte e oito, aí soma esses totais aí que chegaram, ta faltando chegar cem da Vertax, é... E ta faltando chegar... Aí o Gilberto ta faltando chegar, que dá um pouco. Aí vem o Re... A questão do conhecimento, do reconhecimento, dá uns nove, aproximadamente nove. Aí, vai uns setecentos e cinqüenta, oitocentos, por aí.
Arruda - Hoje tem disponível isso aqui?
Durval - Hoje, hoje tem isso aí pra você fazer o que cê quiser pagar a missão. Agora, se for no... no... na coisa normal, no dia a dia, no comum, cê teria hoje quatrocentos disponível. Pra entregar a quem você quisesse.
Arruda - Ótimo
Durval - Tá? Mas se você tiver outra missão. Você fez muito acordo e eu não... Eu falei com o Maciel o seguinte, eu falei: Olha Maciel, tem que olhar o seguinte: ele fez muito acordo nesses negócios (?) política. Então, tem que perguntar pra ele, pra gente não antecipar as coisas. Aí, quando veio esse negócio do Paulo Otávio, eu falei Puta! Já sacaneou de novo. Entendeu?
Arruda - É.
Durval - Mas se tiver de reclamar com você, e não fala pro Paulo Otávio pra primeiro te perguntar.
Arruda - Ah é. Mas tô querendo (???) seguir as ordens do Paulo. Primeiro, fala comigo.
Arruda - Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos... novecentos e noventa e quatro, você já pegou sua parte?
Durval - É foda! É encantamento. Encantamento é uma desgraça.
Arruda - É. Deixa eu te perguntar uma coisa, é... somando as quatro daqui, quanto foi pago?
Durval - Foi pago quinze bruto. Quinze... Quinze tudo. Quinze, quinze, quinze. Quinze. Do Gilberto foi pago doze. Cê multiplica aí por vinte ponto vinte e seis. O dele é maior um pouquinho, que é cinco a mais. É ponto vinte e seis, ponto cinco, dá novecentos e quarenta e oito. Aí ele tá, tá bancando. E... esse da Infoeducacional, olha aí como é que foi. Foi sessenta pro valente, tá? Porque ele deu integral, não descontou nada. Só veio pro Valente. Deu sessenta pro Valente, sessenta pro Gibrail, mais o Fábio Simão, que são os donos lá da área financeira, né? E não pode... e não tem jeito. Aí, fico.... sobrou um sete oito.
Arruda - Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos... novecentos e noventa e quatro, você já pegou sua parte?
Durval - Não, eu... Eu só pego quando cê acerta. Só pra pagar advogado.
Arruda - Não. Mas tem que pegar a sua parte, ué. Nós pagamos é...
Gente, sabe que dá vergonha de ser honesto! Eu só quero ver onde isso tudo vai terminar.

domingo, novembro 29, 2009

NOTA DE FALECIMENTO

Nada mais original. Um colega meu, radialista, locutor de anúncios fúnebres em Nova Europa, a 317 km de São Paulo, um homem de 91 anos deixou gravado o anuncio da própria morte e o convite para o velório. No alto falante, em plena praça central da cidade, Nelson Fortunato repetiu o que fez a vida inteira. Ele leu em voz alta: "Nota de falecimento. Estou anunciando o meu falecimento. Falecimento: Nelson Fortunato, vosso comunicador falante. Como foi gravado antes da minha morte, não tem a hora do enterro, mas é importante que todos saibam que eu morri."A confirmação da morte ocorreu logo após a gravação do anúncio. Fortunato morreu em decorrência de uma pneumonia. O locutor oficial de anúncios fúnebres foi irreverente: deixou o próprio obituário pronto. Funcionário público, vereador, era ele quem projetava os filmes nos três cinemas que a cidade teve. O velório ficou cheio.

Boa idéia! Acho que copiarei o colega que se foi. Vou deixar gravado meu último comunicado, para que os amigos saibam que me fui.

Agora com a internet fica bem mais fácil enviar para as emissoras onde há 15 anos mantenho um programa que se chama SOS Caminhoneiro e, com certeza, elas não se negarão de divulgar. Vai ser mais ou menos assim:
Esta voz que vocês já se familiarizaram com ela, todas as manhãs, não será mais ouvida. Acabo de partir para o oriente eterno levando comigo a lembrança de uma vida bem vivida e de poucos amigos, que ficam para reencontrá-los um dia.

Para onde estou indo, e onde devo chegar breve, ainda é um mistério. Prometo que se for possível obter licença (ainda não sei de quem), mandarei notícias com todos os detalhes.
Tenho alguns planos para executar lá do outro lado. Ou continuarei com o SOS Caminhoneiro dando conta dos que chegam todos os dias da vida terrena para onde estou, ou um programa de auditório onde quero fazer desfilar os grandes músicos e cantores da nossa terra.

Já pensaram um concerto com o inesquecível Osvaldino Engel e seu piano, tocando a Dança Ritual do Fogo? E os componentes do Clube da Saudade que já partiram? Acho que não seria difícil reunir o Bico de Ouro e sua flauta – Narciso Costa; Nininho Vasconcelos e seu maravilhoso violão; Ernesto Kreich e seu violino; Dante Dalmolin, com seu violão cantando La Drilla; Darvil Faraon (violino); tenente Victor Moreira Knewitz, (bandoneón) e o cantor Nei Miolo? Sem dúvida seria um sucesso. Até o nome do programa já escolhi será: Recordar é Continuar Vivendo.

Pena é que vocês não vão poder acompanhar. Mas, que vai ser um sucesso, vai, com certerza!

quinta-feira, novembro 26, 2009

SACO, É UM SACO

Uma iniciativa que merece apoio de todos os brasileiros é a campanha lançada pela Confederação Nacional do Transporte, através do programa Despoluir. E a primeira ação já começou pelo próprio setor de transportes com a verificação nos caminhões e ônibus para conferir se estão bem regulados a fim de emitir a menor quantidade possível de CO² na atmosfera.
De outra parte a CNT aderiu à campanha “Saco é um Saco do Ministério do Meio Ambiente, que propõe a redução do uso da sacola plástica.
Se formos observar, a sacola plástica caiu tanto no gosto do brasileiro que ela é utilizada até mesmo quando não há necessidade. E, depois do primeiro uso, acabam servindo para acondicionar o lixo caseiro, da cozinha, do banheiro, e assim por diante. Ei sei porque lá em casa agente procede (erradamente) assim.
O problema é que o consumo excessivo das sacolas plásticas, está gerando sérios problemas no nosso meio ambiente.
Uma pesquisa feita antes do lançamento da campanha “Saco é um Saco”, mostrou que são consumidas hoje no Brasil, cerca de 12 bilhões de unidades por ano. São 33 milhões de sacolas por dia. Nós precisamos nos reeducar. Não se trata aqui de travar uma guerra sem controle contra ás sacolinhas, mesmo porque se sabe que existe problema de falta de estruturação de coleta seletiva de lixo na maioria das cidades brasileiras.
A campanha tem por objetivo conscientizar que cada pessoa reduza o consumo e avalie se é realmente necessário pegar a sacolinha no momento de cada compra.
Como seria essa redução do uso da sacola plástica?
Primeiro, levar sempre a sacola retornável quando for às compras.
2º. – Faça compras e utilize o menor número de sacolas possível;
3º. – Use alternativas como caixas de papelão, engradados de plástico no porta-malas do carro, carrinhos de feira, sacolas de papel resistentes;
4º. Reduza o uso de sacolas plásticas como sacos de lixo;
5º. – Deixe as sacolas plásticas para acondicionar o lixo úmido (restos de comida etc...)
6º. Procure de forma criativa depositar o lixo seco em sacos de papel, caixas de papelão e outros materiais recicláveis.
Observe os números abaixo e comece a aderir a campanha:
* 12 bilhões de sacolas são consumidas no Brasil por ano.
* 90% de todo o lixo flutuante é constituído de detritos de plástico.
* 100 milhões de toneladas de lixo são flutuantes.
* O plástico derivado do petróleo consome 4% da produção mundial de óleo.
Impactos:
* Consome petróleo
* Gera emissões de gases poluidores.
* Polui matas e oceanos.
* Pode ser ingerida por animais.
*Se descartada na rua, impede drenagem das chuvas pelos bueiros.
* Em aterros e lixões, impermeabiliza o solo, retém resíduos orgânicos e colabora na produção de gás metano.
Alguns supermercados já estão orientando seus empacotadores para economizar nas sacolinhas e também oferecendo à venda sacolas retornáveis, com parte da renda revertida a APAE. Portanto, além de você estar contribuindo para o desuso da sacola plástica, estará auxiliando uma nobre instituição social.




terça-feira, novembro 24, 2009

INDEPENDÊNCIA DO LÍBANO

Bonita homenagem foi prestada na sessão desta terça-feira pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a República do Líbano, durante o Grande Expediente, pelo deputado Luiz Fernando Záchia, líder da bancada do PMDB.
Localizado no Oeste da Ásia, o Líbano tornou-se independente da França há 66 anos no dia 22 de novembro de 1949. Em seu discurso o deputado Záchia disse que o país de seus ancestrais tem hoje uma população menor do que o número de descendentes que moram no Brasil, cerca de seis milhões.
Através de seu pronunciamento ficamos sabendo mais a respeito da cultura libanesa e da contribuição trazida ao nosso estado representado na medicina, nas finanças, no comécio e na política dos que vivem hoje no Brasil.
Ele também abordou a história do povo libanês, que cultua uma história com mais de seis mil anos de civilização documentada com escrita. “Os fenícios, dos quais o povo libanês é herdeiro direto, criaram o alfabeto fonético, o Alfabeto de Biblos, com 22 letras e o propagou pelo mundo. Biblos é a cidade mais antiga do mundo a editar a Bíblia. Já no século dois depois de Cristo, Beirute, a capital do Líbano, já era chamada de Mãe das Leis, por já possuir a sua Escola de Direito, que teve um papel preponderante na constituição do Código de Justiniano.
O Líbano moderno também foi objeto da fala do deputado Zachia. “Um país que emerge de um período pós-guerra civil. Um período de crescimento acelerado, de reconstrução e de reunificação dos povos que formam a nação libanesa. Em Beirute acontece um grande movimento de restauração, reavivando uma arquitetura riquíssima que mistura elementos que vêm desde os fenícios, passando por romanos, árabes e ocidentais. No Líbano, mais de 6 mil anos de história são contados em cada rua, em cada prédio, em cada monumento erguido na cidade.”
A história do Líbano remonta a vários séculos, a três mil anos antes de Cristo, a partir dos fenícios. Foram os semitas, vindos da Mesopotâmia (atual Iraque), que se estabeleceram na costa libanesa no terceiro milênio antes de Cristo. Esses semitas são chamados também de cananeus, e a Antigüidade Clássica os denominou de fenícios. Eles fundaram numerosos núcleos urbanos na costa do Mediterrâneo, como Byblos, Beirute, Sidon e Tiro. Depois foram anos de luta, ocupação e domínio da região por outros povos, principalmente os turcos, que permaneceram no país entre 1516 e 1914. Até que, ao final da Primeira Guerra Mundial, com a expulsão das tropas germano-turcas, o Líbano foi ocupado militarmente por franceses e ingleses. Em março de 1943, foi declarada a independência do país. Não se pode esquecer que o Líbano sofreu, ao longo de sua história, diversas influências, de povos variados. Persas, gregos, romanos, bizantinos, árabes em toda a sua extensão, mamelucos, otomanos e franceses passaram pelas terras dos cedros e ajudaram a compor uma nação marcada pelo respeito às diferenças. Nisso, o Líbano não difere muito do nosso Brasil, país modelo de convivência harmoniosa e conciliação de interesses. Uma coisa que nunca foi registrada nos anais da Humanidade é que o Líbano tenha atacado ou conspirado contra quem quer que seja, ou que ele tenha se aliado a outros para fins nefastos. O Líbano nunca deixou de ser uma fonte de bondade, de incentivo e de serviços. Nunca falhou em inspirar a paz, não apenas para si próprio, mas para seus vizinhos e para todo o mundo. Os jovens libaneses, como seus ancestrais fenícios, sempre foram obcecados pela aventura da liberdade. Na história contemporânea, nosso Imperador Dom Pedro II visitou o Líbano em novembro de 1876. Nessa ocasião, o Imperador ficou encantado com o dinamismo do povo libanês e conclamou-o a emigrar para o Brasil, classificando o País de terra da promissão. O chamado foi atendido, estreitando os laços de amizade entre esses dois países. Sobre o Líbano, D. Pedro II escreveu: O Líbano ergue-se diante de mim com seus cimos nevados, seu aspecto severo, como convém a essa sentinela da Terra Santa. A beleza do Líbano encantou o Imperador. E tem encantado a todos que conhecem o País dos Cedros. Antigamente, todas as montanhas do Líbano estavam cobertas de cedros. A árvore é muitas vezes mencionada na Bíblia, e está até em sua própria bandeira e simboliza força e eternidade. As belezas do país são iluminadas por sua geografia sua larga planície costeira e suas montanhas de norte a sul. O vale fértil de Bekaa, a fortaleza de Baalbeck e seus festivais de cultura, as cidades históricas de Byblos, das mais antigas do mundo, e Beirute, a cidade que se recusa a desaparecer. A história de Beirute merece um capítulo à parte. A cidade foi completamente destruída durante uma série de terremotos, no século VI, e assim permaneceu por cerca de cem anos. No ano de 635, a cidade foi reconstruída pelos árabes, após a conquista islâmica, mas foi novamente destruída, em 1102, pelos cruzados. Em 1516, foi invadida pelos mamlouks, vindos do Egito, e pelos turcos, que lá permaneceram até 1914. No fim do século XIX, Beirute tornou-se a porta de entrada do Oriente, atraindo capitais estrangeiros e tornando-se o centro bancário da região. Até 1970, a cidade ficou conhecida como a Suíça do Oriente Médio.
Alguns descendentes de libaneses que se destacaram na política brasileira: no Senado, o falecido Presidente Ramez Tebet, ex-ministro e, sem medo de errar, o primeiro descendente de libanês a ocupar uma cadeira noCongresso brasileiro. Senador gaúcho Pedro Simon. Também destacam-se os ex-Governadores Tasso Jereissati, Esperidião Amin e Paulo Maluf; os Deputados Michel Temer, atual Presidente da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar e Nelson Trad e o ex- Deputado Guilherme Afif Domingos, ex-Presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil. Na área da saúde, apenas para citar três nomes, temos Adib Jatene, Elias Murad e Raul Cutait. Na literatura, Milton Hatoum, Salim Miguel, Raduan Nassar e Mansur Chalita. Na publicidade, Roberto Duailibi, da Agência DPZ. Na indústria, Antônio Fara e Carlos Ghosn, da Nissan. Na área de serviços, Salim Matar, da Localiza. Na jurisprudência, Francisco Rezek, da Corte Internacional de Justiça da ONU, e os ex-Ministros da Justiça Alfredo Nasser e Ibrahim Abi-Ackel. Na área de educação, o destaque é para Gabriel Chalita, Paulo Sarkis, Reitor da Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e Lauro Morhy, Reitor da Universidade de Brasília. Na diplomacia, para citar apenas um o Embaixador José Maurício Bustani. E no turismo, entre tantos, o empresário José Carlos Daux, proprietário de uma rede de hotéis em Florianópolis, Santa Catarina. Esses são alguns dos milhares de libaneses e seus descendentes que se destacaram e se destacam em várias áreas de atividades no Brasil.
Ao lembrar a saga desse povo extraordinário, a sua história de ocupações indevidas que tantos sofrimentos causaram a sua gente que sobreviveu a uma situação quase anárquica ao longo de sua história e à sua revelia por conta das incompreensões mundiais e dessas ocupações, faço coro, modestamente, as homenagens que são prestadas ao Líbano pelas comemorações de sua independência.
ACABOU CICLO DA ESQUERDA NO DCE DA UFRGS

A eleição do jovem Renan Pretto, para a presidência do DCE da UFRGS terminou com o ciclo da esquerda que sempre levava vantagem nas eleições do Diretório Acadêmico. A diferença na contagem foi de 35 votos, considerada expressiva, pois sempre os seguidores da doutrina esquerdista é que se elegiam. Desta vez foi quebrada a corrente PT, PcdoB e PSOL.
Pretto foi secretário da Juventude Progressista e é estudante de Administração de Empresas na UFRGS.
Gostei das primeiras declarações do novo presidente. Ele disse que vai fazer uma gestão apartidária. O slogan da chapa dele era “Um DCE para os estudantes e não para os militantes”.
Certíssimo!
Aliás, até hoje não sei porque sindicatos, associações, diretórios acadêmicos que são grupos heterogêneos acabam partidarizando-se. Por que não se denominar então Sindicato tal, Diretório Acadêmico, Associação X do partido Y?
Sempre entendi que Sindicato é uma associação de pessoas pertencentes à uma classe ou grupo profissional para a defesa dos seus interesses profissionais e econômicos, e não políticos.
Mário Antonio Ferrari define muito bem o que é sindicato. Diz ele que a lei brasileira não dá uma definição exata de sindicato, mas pode-se dizer que ele é uma espécie do gênero associação.
Orlando Gomes explica que se pode conceituar sindicato de modo sintético ou analítico. Sinteticamente, é uma associação livre de empregados ou de empregadores ou de trabalhadores autônomos para defesa dos interesses profissionais respectivos. Enunciando, apenas, a situação profissional dos indivíduos e o fim de defesa de seus interesses. É isto aí. E pode se analisar também que Sindicato é o agrupamento estável de várias pessoas de uma profissão, que convencionam colocar, por meio de uma organização interna, suas atividades e parte de seus recursos em comum, para assegurar a defesa e a representação da respectiva profissão, com vistas a melhorar suas condições de vida e trabalho. E tem muita gente que confunde sindicato com partido político.
A Constituição Federal de 1988, art. 8o, III, declara que à organização sindical cabe “a defesa dos interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas."
Quando isso acontece, acaba descaracterizando a entidade e as disputas internas passam a ser mais políticas do que propriamente de defesa de seus associados.
Na primeira entrevista do jovem Renan a imprensa após sua eleição disse que “só bater não resolve”.
Esse menino tem a cabeça no lugar leia só o que ele disse no final da entrevista: “Não queremos posicionamento político nem dizer “ “fica” ou “fora Yeda. Quando um representante do DCE diz algo assim, fala em nome de 23 mil pessoas. Nem todos pensam como ele. Pretendemos promover debates com os candidatos, para que os estudantes tenham acesso a todos os lados”.
Renan Pretto é natural de Lajeado. Ele promete diminuir o preço do valor do cartão de ônibus e um convênio com a Brigada Militar para garantir maior segurança no campus iniversitário
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segunda-feira, novembro 23, 2009

A FAMA CHEGA QUANDO MENOS ESPERAMOS

Geisy Villa Nova Arruda, estudante, jovem, bonita, inteligente, está chamando a atenção do Brasil inteiro, só por que compareceu à sala de aula usando minissaia na Universidade Bandeirante (Uniban), em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Por se apresentar assim vestida foi hostilizada, humilhada, quase linchada. Andei observando algumas fotos e reportagens na TV e, sinceramente, não vi nada demais que depusesse contra a moral e os bons costumes. Na rua a gente vê coisa muito pior e nem por isso as pessoas protestam, pelo contrário, admiram!
É um falso moralismo querer fingir ter crenças, virtudes e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. É tudo uma hipocrisia!!! E o que é um ato clássico de hipocrisia? É denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza a mesma ação.
Que falta grave cometeu Geisy Villa Nova Arruda, 20 anos, aluna do curso de Turismo, que chegou ser expulsa pela Uniban?
A se acreditar no que disse Décio Lencioni Machado, assistente jurídico da instituição, a estudante não foi punida porque compareceu às aulas usando um vestido curto, curtíssimo. Até porque, segundo ele, "tem menina que usa roupas mais curtas".
Então se pergunta: Em alguma ocasião a direção do curso ou da universidade havia sido avisada a respeito? Geisey fora advertida antes para não proceder mais dessa maneira?
A resposta às perguntas é não.
Volto a dizer é pura hipocrisia e falso moralismo.
Isso não é nada, comparado ao que se vê à noite na Praça Garibaldi aqui em Porto Alegre. Se você tiver despudor experimente passar por lá. Vai assistir cenas de sexo ao vivo, e isso contra isso ninguém protesta.
O que fizeram com essa moça foi uma agressão machista e preconceituosa. Aliás, a agressão a estudante Geisy se sustenta nos valores discriminatórios que integram a sociedade em que vivemos, onde as representações sociais da mulher se baseiam numa ótica de subserviência masculina.
Enquanto isto ela está sendo requisitada a dar entrevistas na TV, já alcançou notoriedade nacional, vai faturar uma banana se aceitar a proposta da revista Play Boy, e os babacas que lhe enxovalharam continuam no anonimato.
O que os alunos da Uniban fizeram foi demonstrar um lado retrógado da sociedade brasileira, o preconceito contra a mulher. Afinal se é condenável uma aluna ir de vestido "curto" também é condenável um aluno ir de chinelos, bermuda florida e camiseta regata na faculdade. Mas tenho absoluta certeza que já teve aluno que foi assim na aula quando o clima está abrasivo e não lhe aconteceu nada, pelo contrário. Então senhores, temos de parar de tentar importar estes conceitos de moral da Europa medieval e abraçar nossa própria moral social, nossa identidade nacional, onde as mulheres são independentes, inteligentes e... lindas!

sábado, novembro 21, 2009

GILDINHO E CHIQUITO

A Câmara Municipal de Erechim vai prestar à dupla Gildinho e Chiquito cabeças dos Grupos Musicais Tradicionalistas “Os Monarcas e Chiquito & Bordoneio, justa homenagem em data a ser determinada pela Mesa, por proposição do vereador do PMDB, Zé da Cruz.
Os talentosos irmãos músicos são responsáveis pela projeção do nosso município além fronteiras através das composições e músicas que cantam, verdadeiros hinos a tradição gaúcha.
Conheci primeiro Nésio Alves Corrêa (Gildinho) em 1962 e anos mais tarde Francisco Alves (Chiquito). Recém havia sido contratado pela Rádio Difuão. Muitos programas tive o privilégio de ser o apresentador. Em 1963 Gildinho figurava como estrela maior no programa “Amanhecer no Rio Grande”. Tamanho foi seu sucesso que a partir daí passou a ser requisitado pelos clubes do interior do município e da região para animar bailes. Tempos depois veio a incorporar-se ao conjunto seu irmão Chiquito, nascendo à idéia da formação do conjunto “Os Monarcas” de tantos sucessos.
Ambos foram alunos da Escola de Belas Artes Oswaldo Engel, onde aprimoraram seus conhecimentos musicais.
Até alcançarem o sucesso que a dupla vive hoje, os irmãos Gildinho e Chiquito passaram por dificuldades como todos no início da vida. Mas, valeram os sacrifícios segundo ambos.
Quase no final da década de 60 apareceu em Erechim um produtor musical que tendo ouvido e recebido referências do conjunto propôs a gravação de um disco Long-Play. Foi uma decepção segundo avaliação da dupla, pois tudo não passou de apenas um compacto duplo, frustrando a dupla. “Os Monarcas” existem desde 1976. Quatro anos mais tarde (1980) Chiquito se desvincula dos Monarcas e funda seu próprio grupo, “Chiquito e Bordoneio”.
Passados mais de 40 anos, tanto um como outro conjunto, comemoram efetivo sucesso. Por onde passam, ambos deixam a sua marca de exímios interpretes da música gaúcha.
De todo o repertório dos Monarcas, a composição Erechim, História e Canto é um verdadeiro hino a cidade que há quase meio século acolheu Gildinho. Por isso a homenagem que a Câmara de Vereadores presta aos irmãos Gildinho e Chiquito é das mais justas e reconhecidas.
No dia da homenagem, se não houver nenhum acidente de percurso, quero estar em Erechim para cumprimentar os artistas, compositores e interpretes da nossa música regionalista e recordar o tempo em que por dezenas de vezes anunciei nos microfones da Rádio Difusão: E com vocês vem aí Gildinho e Chiquito!!!!




sexta-feira, novembro 20, 2009

GOVERNO VAI BATER O MARTELO

Há fortes indícios de que o presidente Luiz Inácaio Luila da Silva vete o projeto do senador Paulo Paim que propõe o fim do fator previdenciário. Os mais chegados ao presidente disseram ontem que Lula está definitivamente decidido a vetar todos os projetos sobre reajuste de aposentadorias e que vai resolver a questão através de medida provisória.
Era o esperado. Com a medida provisória, o governo pretende isolar o senador Paim e, ao mesmo tempo, desvincular o debate sobre reajuste do salário mínimo do aumento das aposentadorias e pensões do INSS.
A idéia já se sabe é impedir a qualquer preço a aprovação da emenda do senador gaúcho que estende aos aposentados igual índice de correção do salário mínimo e ameaça provocar um “rombo” nos cofres da Previdência.
A estratégia do governo é junto com o novo mínimo em janeiro de 2010 editar uma medida provisória concedendo o aumento em torno de 6% para as aposentadorias, dependendo do clima na Câmara.
O governo, como se sabe, defende defende o substitutivo do deputado Pepe Vargas que extingue o fator, mas cria o cálculo que leva em consideração a idade e o tempo de contribuição.
Por exemplo: a extinção do fator previdenciário e adotada a nova formula conhecida como Regra 85/95 que leva em conta o tempo de contribuição para o recebimento do valor integral da aposentadoria, a idade e tempo de contribuição devem somar 85 anos para a mulher e 95 para o homem.
De acordo com um cálculo feito pelo especialista José Cechin, considerando-se diferentes hipóteses temos o seguinte quadro:
Uma mulher com 55 anos de idade e com 30 anos de contribuição percebendo salário médio de R$ 1 mil, se aposentaria com os mesmos R$ 1 mil, isto é 100%. A mesma pessoa com igual idade e anos de contribuição pelo fator previdenciário, perceberia R$ 725,59, uma diferença de R$ 274,41 a menos. A vantagem do projeto do senador Paim é que muitos brasileiros poderão contribuir com base no valor do salário mínimo (465 reais) para a aposentadoria e nos últimos três anos pagar para perceber o teto máximo que estabelece hoje R$ 3.218,90.
O que se lamenta é que mais uma vez, baldado todos os esforços de deputados, senadores, aposentados, pensionistas e alguns sindicatos ainda não será desta vez que se fará justiça contra uma categoria tão sofrida e necessitada deste país.

***

De Erechim chega-nos a notícia de que o movimento feito por lideranças locais e regionais, com apoio de deputados federais para pavimentar o trecho da BR 153 que liga Erechim a Passo Fundo, começa a render bons resultados.
Faltam apenas 68,4 quilômetros para que o referido trecho seja interligado, permitindo inúmeros benefícios a nove municípios da região.
A mesma informação adianta que para a realização dos estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental e do Projeto Executivo, o DNIT já liberou R$ 2,575 milhões.
Tudo isso é muito bom. Resta saber se a palavra do engenheiro Hideraldo Caron de que a pavimentação da estrada em 2011 se confirmará, desde que o cronograma não sofra nenhuma alteração.
Mais uma vez se consagra o dito popular: a união faz a força.

quinta-feira, novembro 19, 2009

PEDALOU 17 QUILÔMETROS PARA ME CONHECER
Tem acontecimentos na vida da gente que não nos esquecemos jamais. Nessas minhas andanças pelo interior do estado realizando palestras para os caminhoneiros, categoria a que estou vinculado há quase duas décadas, através de um programa denominado S. O.S. Caminhoneiro, conheci um cidadão do interior de Sananduva que muito me comoveu sua presença durante as poucas horas que permaneci naquela cidade.
Á noite, no Centro de Cultura, após ter cumprido meu papel de palestrante, perante um seleto auditório de cerca de 100 pessoas, ao final fui cumprimentado por um dos participantes que se identificou morador do interior.
- Andei 17 quilômetros de bicicleta, só para lhe conhecer – disse-me apertando minha mão.
Esse tipo de afetividade não tem dinheiro que pague e nos deixa sensibilizado, porque percebemos que o trabalho que exercemos é bem aceito por aqueles que me ouvem todos os dias pelas 36 emissoras espalhadas pelo Rio Grande do Sul, sem contar a poderosa Rádio Gaúcha.
Essa estória me remete aos anos 60/70 até fins de 84, quando atuava na Rádio Difusão e por mais de duas décadas, ininterruptamente, apresentava o “Mensageiro Gaúcho”, sem falsa modéstia, o maior programa de utilidade pública do rádio interiorano naquela época.
Pois, reservadas as proporções, tipo de público e programa, o que acontecia comigo naquele tempo se repete hoje. Ás pessoas continuam sendo gratas pelo pouco que realizamos em favor delas, utilizando apenas a força da comunicação.
Aliás, eu sempre fui muito grato ao rádio, pois foi através dele que me fiz notado na sociedade tendo conseguido realizar muitas ações individuais e coletivas, sempre com a intenção de motivar o cotidiano das pessoas para que fosse mais alegre e feliz.
A demonstração de apreço voluntário do amigo que saiu do interior, à noite, pedalando sua bicicleta perfazendo um percurso de 17 quilômetros só para conhecer-me, que mais posso desejar?
Nada! É o coroamento de mais um ciclo de um modesto radialista que um dia passou pelos microfones das emissoras locais e TV-Alto Uruguai.

***

O roubo de cargas no Rio Grande do Sul tem crescido nos últimos dois anos, mesmo com investimentos pelo setor de transporte de cargas em equipamentos modernos de rastreamento e proteção. A Polícia está fazendo a sua parte como pode, é a corrida do gato contra o rato. Pega de um lado, escapa de outro. Em outras palavras, a polícia prende e a justiça solta. Lembram do que aconteceu não faz muito em Canoas, o paraíso dos ladrões de caminhões?
Em Porto Alegre, o local preferido pelas quadrilhas é o Bairro São Geraldo. A cada cinco dias um caminhão e carga são roubados. Para encontrar uma solução para a onda de crimes ao patrimônio, a sociedade através de seus órgãos representativos, também está se mobilizando. De parte da iniciativa privada, o Setcergs – Sincicato das Empresas de Transporte de Carga do Rio Grande do Sul criou uma Comissão Permanente de Seguros, Segurança e Roubo de Cargas com o objetivo principal de formar um banco de dados que possa auxiliar a polícia no combate ao crime organizado.
Na Assembléia Legislativa, há 45 dias, foi formada uma Subcomissão dos Caminhoneiros, presidida pelo deputado Francisco Appio para debater o tema roubo de cargas e desaparecimento de motoristas. De acordo com o deputado Appio a Subcomissão tem o objetivo de estabelecer uma ligação transversal entre o governo, através de seus órgãos de segurança e fiscalização, o legislativo e as entidades que representam os transportadores e trabalhadores do setor.
No Rio Grande do Sul os registros indicam que Porto Alegre e Região Metropolitana, Vale dos Sinos e Vale do Paranhana são os locais mais visados em função da grande quantidade de indústrias e terminais de cargas. As rodovias mais vulneráveis são a BR-116, BR-386, BR-392 e BR-285.
O prejuízo com o roubo de cargas já ultrapassa os R$ 50 milhões só no Rio Grande do Sul.


quarta-feira, novembro 18, 2009

DOIS FATOS, DUAS EXPECTATIVAS

Ainda não dá para contar com o ovo da galinha. Mas, ainda há uma esperança de que a Câmara dos deputados não venha a falhar na votação do projeto que acaba com o fator previdenciário e aumento do valor das aposentadorias conforme é dado ao salário mínimo.
Ontem (17.11) a Comissão de Constituição e Justiça aprovou por unanimidade o projeto original do senador gaúcho, Paulo Paim (PT) mas, os deputados governistas apresentaram uma fórmula alternativa que modifica o cálculo das aposentadorias.
A estratégia da base aliada é aprovar o modelo chamado “85-95” do deputado Pepe Vargas, outro gaúcho do (PT), que prevê a soma da idade do trabalhador com o período de contribuição para poder se aposentar – no total de 85 anos para a mulher e 95 para os homens.
Na semana passada, o presidente Lula, ministros e líderes da base governista decidiram que o acordo fechado com as centrais sindicais sobre o aumento dos aposentados será mantido, isto é, quem ganha acima de um salário mínimo o reajuste será de 6% a partir de janeiro do próximo ano.
Esta foi a notícia mais importante do dia passado, a respeito da luta que se trava no Congresso Nacional, para o fim da fórmula pela qual é calculado o valor do benefício para o aposentado da Previdência Social.

Uma outra informação pública e que a imprensa abriu manchetes hoje é sobre a suspeita de uma testemunha de ex-funcionário da Assembleia Legislativa ter sido morta como queima de arquivo.
Em janeiro, o comerciante Milton Kruger foi assassinado a tiros no Bairro Rio Branco. O fato chamou a atenção da polícia porque o ex-funcionário testemunharia dias depois num processo movido por Paulo Roberto Salazar da Silveira contra os deputados estaduais petistas Raul Pont e Elvino Bohn Gass.
Entenda o caso: Paulo Roberto Salazar era assessor do Partido dos Trabalhadores na Assembléia Legislativa e teria se rebelado pelo fato de ter que mensalmente devolver parte de seu salário aos dois deputados, para financiar suas campanhas políticas. Salazar acusa no processo que até notas fiscais frias eram utilizadas para justificar diárias relativas a agentes do Poder Legislativo. Entre as acusações consta também a suposta utilização de contas bancárias de Milton Kruger que seriam usadas para lavagem de dinheiro por parte do PT.
De acordo com a Polícia Civil há um suspeito e está a procura do mandante do assassinato.
Da parte dos deputados Raul Ponto e Elvino Bohn Gass, ambos consideram o caso uma armação para contrapor as investigações sobre o Detran.
Essa prática de parlamentares exigirem percentual de salário de seus assessores para pagar despesas de gabinete e campanha eleitoral não é nova. No Senado, na Câmara, principalmente, já houveram casos de denúncias a respeito de repasse de parte do salário para pagamento de despesa de escritório parlamentar, compra de automóvel etc., mas, até hoje não se viu nenhum senador ou deputado perder o mandato pelo fato de corromperem seus funcionários.
Na época em que estive em Brasília, havia um senador que com o dinheiro arrecadado dos assessores pagava aluguel de escritório, luz, água, material de escritório, telefone só com dinheiro surrupiado. Houve processo judicial, e no final da estória, ficou provado que o dinheiro era proveniente de contribuição expontânea.
Tenho minhas dúvidas se a denúncia feita pelo ex-funcionário Paulo Roberto Salazar, contra os dois deputados gaúchos, prosperará. Vamos aguardar.

terça-feira, novembro 17, 2009

MESMO MORTOS, PERCEBIAM APOSENTADORIA

A notícia veiculada pela Folha de São Paulo vale a pena ampliar para demonstrar que quase tudo no serviço público é falho e descuidado. As manchetes dizem tudo: Rio pagou salário a mais de 4 mil servidores mortos.
- Funcionários constavam na folha de pagamento do governo nos últimos dois anos
- Estado cancelou matrículas de servidores; secretaria diz não saber quanto foi pago indevidamente e tampouco há plano para ressarcimento.

O governo do Rio de Janeiro cancelou, desde janeiro do ano passado, 4.684 matrículas de servidores mortos que continuavam vivos em sua folha de pagamento. A medida resulta em uma economia anual de R$ 78,7 milhões.
No mês passado, foram 264 pessoas mortas retiradas da lista, a serem pagas este mês, numa redução de R$ 452 mil mensais.
Neste ano, entre os meses de janeiro e outubro, a Secretaria de Planejamento retirou 2.165 matrículas do quadro de afastamento por óbito. Em 2008, foram 2.519. Na média, 212 servidores têm sido retirados por mês dos quadros.

O Rio de Janeiro tem 200.591 funcionários públicos na ativa.

A medida foi possível pelo cruzamento do cadastro de pessoal do Estado do Rio com o de óbitos registrados pela Previdência Social. Freqüentemente, por falta de controle e pela dificuldade no fluxo de informações, o governo fica sem saber oficialmente até da morte de seus funcionários públicos.

A Secretaria de Planejamento não tem uma estimativa de quantos pagamentos indevidos foram feitos pelo Estado em contas de pessoas já mortas, por falta de fiscalização. O órgão tampouco está atuando no sentido de buscar reaver administrativa ou judicialmente os montantes pagos de forma equivocada.

E já que falamos em aposentadoria, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, o Projeto de Lei do Senado que acaba com o fator previdenciário, dispositivo que, em geral, diminui o valor de aposentadorias.
O parecer do relator, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), é pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da proposta. O texto ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara.

Durante as discussões na comissão, o deputado Fernando Coruja (PPS-SC) disse que há uma fúria dos governos do mundo inteiro contra os aposentados. Para o deputado, a Constituição determinou recursos para a Previdência e a Seguridade, que têm sido retirados pelos governos, que hoje argumentam que o aumento poderia quebrar a Previdência. "Basta devolver à Previdência os recursos que foram retirados dela", disse.

Pois, é tudo muito engraçado. O governo sabe quanto deve à Previdência? Alguma vez fez o cálculo? Claro que não!

Então está mais do que na hora de começar a devolver o que deve.
O PEIXE MORRE PELA BOCA

Há cerca de um ano mais ou menos comentei a respeito de um prefeito da Região do Alto Uruguai, recém eleito, que queria governar o município sozinho. Para conseguir tal façanha e ganhar espaço na mídia estadual, como de fato ganhou, nomeou apenas uma secretária, responsável pelos futuros Projetos, Planejamento e Administração.
O prefeito dizia na época que queria dar “um choque de gestão”, pois segundo ele, seu antecessor deixara o município endividado a tal ponto que não lhe permitia nomear assessores para preencher os cargos de Secretário da Agricultura, Saúde, Educação, Obras, Indústria e Comércio e Finanças, estrutura básica para o serviço não sofrer solução de continuidade.
Comentava, ainda, que achava impossível alguém querer governar uma comunidade de mais de cinco mil habitantes, açambarcando tudo, ou seja, concentrando sobre si todas as responsabilidades, dividindo as tarefas apenas com uma secretária.
Ao se completar brevemente o primeiro ano de sua administração, confirma-se que o prefeito disse uma coisa e fez outra. A começar pelo fluxograma organizacional da prefeitura.
Estou retornando ao assunto baseado em um levantamento que me foi enviado por uma fonte que investigou a questão. Por esse levantamento pode se deduzir que das oito secretarias que existiam, sete estão sendo ocupada pela figura criada pelo prefeito, a de coordenador. Nomeou Coordenadores de Agricultura; de Educação; de Obras; de Assistência Social; de Saúde e o coordenador da Indústria e Comércio. Conseqüentemente só mudou a nomenclatura, isto é, trocou seis por meia dúzia, com a justificativa de que tudo era feito para economizar para pagar dívidas herdadas do antigo prefeito. Com a criação das coordenadorias e nomeação de mais 51 novos funcionários a folha de pagamento teve um acréscimo de aproximadamente R$ 70 mil por mês estando incluída nesta despesa a contratação de 10 professores para 20h semanais; Serviços Gerais 5; Psicólogas 2; Atendente de Saúde 3; Projeto Projovem 1; Asisstente Social 1; Petti 1; Telefonista 1; Dentista 1; Médicos 6; Advogados 4; Monitora de Informática 1; Assessoria de Comunicação 1; Chefe do Departamento de Agricultura 1; Monitora de Assistência Social 1; Departamento Artístico Sec. Da Educação 1; Funcionários para Secretaria da Saúde 4; Administração 1. Só aqui são 45, mais 6 coordenadores que já me referi, forma uma equipe de 51 pessoas. Antes de deixar o cargo o prefeito anterior, em 31/10/2008 demitiu 35 servidores que ocupavam Cargos de Confiança e Funções Gratificadas.
Se fizermos uma conta matemática o atual chefe do Executivo além de repor os cargos de confiança extintos pelo seu antecessor nomeou ainda mais 16. Onde estaria a economia preconizada para pagar uma dívida que ficou para ser saldada pela atual administração?
O chamado “choque de gestão para fazer caixa e colocar as finanças em dia foi mais uma frase de efeito do que promover economia que não houve. A não ser que os exercentes dos cargos preenchidos não ganhem salário e trabalhem gratuitamente para o município. Não fica bem perante a sua comunidade o prefeito dizer uma coisa e fazer outra, acaba perdendo a confiança, se já não perdeu.
Outrossim, falar é fácil, o difícil é cumprir o que prometeu.



segunda-feira, novembro 16, 2009

A VIAGEM DO MORTO

Através do telefone um leitor conta-me uma estória impressionante que aconteceu recentemente em município localizado a cerca de 380 quilômetros de Porto Alegre, na Região do Alto Uruguai, mais precisamente em Maximiliano de Almeida. Impressionante do ponto de vista sentimental, porque a família da vítima teve que esperar quase dois dias para sepultar seu ente querido, pelo desmazelo do Estado, que mapeou de forma ridícula o zoneamento das equipes de perícia e necropsia no interior gaúcho.
O fato foi o seguinte: Eram oito horas da manhã, chovia. Um jovem que fazia suas costumeiras lidas interioranas no cuidado dos animais de criação, foi atingido por uma descarga elétrica e acabou morrendo. Houve atendimento de primeiros socorros, mas tudo foi insuprível. A Polícia cumpriu o seu papel; compareceu ao local, fez o levantamento de praxe, abriu inquérito etc., mas faltava o laudo chamado auto de necropsia que é feito por peritos para atestar a causa da morte.
Como o município fica no norte do Estado e pertence, segundo o famigerado zonemaneto, à Lagoa Vermelha, o falecido foi encaminhado para aquela cidade só sendo liberado às 10h do dia seguinte, portanto, cerca de 26h depois de ocorrido o óbito. De Lagoa Vermelha retornou até Erechim, seguindo para Barão de Cotegipe onde foi sepultado às 17h, portanto, do dia posterior à ocorrência. Logo, o falecido viajou depois de morto, mais ou menos 300 quilômetros até chegar a sua última morada, só para receber um documento descritivo, onde os atos do exame físico-cadavérico e avaliações complementares são registrados para, ao final, concluir a causa mortis.
Fico imaginando a dor e o sofrimento dos familiares desse rapaz, que além de perder um ente querido nas circunstâncias em que ocorreu e , ainda, ter que se sujeitar a determinadas providências burras (mas legais) quando ali, bem próximo (Erechim) o mesmo serviço poderia ser disponibilizado. Não consigo entender!
A pessoa que me revelou essa inacreditável estória disse-me mais. Citou a forma de tratamento dispensado aos familiares, a demora no atendimento etc. como que manifestando seu protesto em nome da infeliz família.
Para me certificar dos locais de atendimento da perícia, órgão vinculado a Secretaria da Segurança, acessei o site do Instituto Geral de Perícias e lá constatei que na região Norte existe médicos legistas em Erechim, Lagoa Vermelha, Passo Fundo e Carazinho. Ora, só não entendi porque o cidadão que faleceu vítima de uma fatalidade teve de ser levado para local mais distante, quando bem próximo há toda uma estrutura, até muito mais bem aparelhada do que na cidade para onde foi transportado o morto.
É um assunto para ser repensado, se é que existe o tal zoneamento para atendimento do IGP. Qualquer leigo conclui que é muita desfaçatez obrigar uma família em plena dor e sofrimento, pela perda de um membro querido, andar de um lado para outro em busca de um atestado de óbito. Convenhamos!
É hora então de re-zonear os postos de atendimento do IGP, para evitar fatos constrangedores como este que ocorreu num acidente em Maximiliano de Almeida.

sexta-feira, novembro 13, 2009

MÉRITO FARROUPILHA

Entre muitos políticos exemplares que conheço, Odacir Klein é um deles. Acompanhei sua vida política desde quando foi vereador e prefeito de Getúlio Vargas e mais tarde deputado estadual, federal, Ministro dos Transportes, Secretário da Aagricultura e Abastecimento, membro do Conselho da República e Diretor de Recursos Humanos do Banco do Brasil. É hoje presidente-executivo da Abramilho – Associação Brasileira dos Produtores de Milho e da Ubrabrio – União Brasileira do Biodiesel e exerce a advocacia em Brasília (DF). Em todos os cargos exercidos deixou a sua marca de honestidade, competência e retidão.
A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa vem de aprovar em boa hora, e muito justamente, proposta do deputado Giovani Cherini (PDT), para conceder-lhe a Medalha do Mérito Farroupilha, honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul à personalidades que prestam serviços relevantes para o desenvolvimento do Estado. A solenidade de entrega acontecerá nos próximos dias, em data a ser agendada.
Estou lembrando agora a primeira vez que visitei Brasília (1980), Klein era deputado federal. Estive em seu gabinete numa missão profissional e dele recebi toda a cobertura e assistência, resultando vitoriosa aquela ação. Foi pelo seu prestígio junto ao Ministério de Minas e Energia, que pude chegar até o assessor direto do ministro César Cals, naquela época, onde tratei com o major Francisco Pereira, um pernambucano da melhor estirpe, de um assunto extremamente delicado, envolvendo empresas de extração de areia nas margens do Rio Paraná. Já se passaram 19 anos e até hoje não esqueci sua gentileza. Fiquei amigo também desse major e nunca mais soube notícias dele. Se orgulhava muito de ser bombeiro e era, efetivamente, um homem de extrema confiança do ministro. Meses depois recebi de presente uma belíssima e confortável rede confeccionada pelos artesãos pernambucanos.
Mas, Odacir Klein sempre foi um homem muito sério. Nem o alcoolismo, que por algum tempo tomou conta de si prejudicou, tirou-lhe o brilho de sua personalidade. Não iria tocar no assunto, mas como ele é público, já que até livro publicou, onde explica de forma simples, coloquial e direta, da mesma forma que um avô fala com os netos, aborda a dependência ao álcool com os leitores do seu último livro, "Conversando com os netos". O autor levou essa obra pela primeira vez a um evento literário na 25ª Feira do Livro de Campo Bom, depois em Porto Alegre.
Mesmo com o sucesso de sua obra, Odacir Klein não se considera um escritor. Ele conta que o único objetivo desse seu trabalho é ajudar pessoas e famílias que convivem com o drama do alcoolismo, assim como ele conviveu. O livro não é uma autobiografia. É apenas um jeito que ele encontrou para explicar o que é o alcoolismo, porque ele existe, como tratar, e outros temas relacionados a essa doença. Klein revela que não tem mais contato com bebidas alcoólicas há seis anos. Seu livro foi lançado no dia 4 de setembro e já vendeu mais de duas mil cópias, o que obrigou a editora a publicar uma segunda edição.
Em síntese, este é o perfil de um homem que politicamente foi de tudo um pouco e apesar de alguns percalços continua sendo querido e estimado pelos gaúchos.
Ao amigo Odacir Klein, um cordial e fraterno abraço.

quarta-feira, novembro 11, 2009

HOJE É DIA DE DECISÃO

Pode ser que me engane, mas o governo não vai ceder ás pressões dos aposentados que esperam uma decisão sobre reajuste para os que ganham acima de um salário mínimo, a ser concedido em 2010, e o fim do fator previdenciário. Embora haja apoio de tantas entidades, sindicatos e políticos (menos os do PT) a herança deixada pelo então presidente Fernando Henrique, ainda não é desta vez que vai deixar de existir: o famigerado fator previdenciário que prejudica a todos indistintamente, uma vez que as alterações do teto não acompanham a da variação do salário-mínimo.
Os senadores Paulo Paim, pelo Rio Grande do Sul e Mário Couto, de Pernambuco, tem lutado denodadamente em favor da categoria, mas o governo liderado pelo presidente Lula tem se mostrado radical e não quer saber de conceder o benefício aos aposentados, cujo projeto corrige uma histórica injustiça aos que contribuíram para a construção deste país.
A imprensa notícia hoje que logo mais as 16h, finalmente o presidente Lula encontrou tempo para se reunir com o ministro da Previdência, José Pimentel para discutir a questão. Ao que se sabe Lula já concordou em dar aumento acima da inflação, mas quer discutir detalhadamente o assunto.
A forma de cálculo que vem sendo contestada pelo senador Paulo Paim foi implantada no governo Fernando Henrique Cardoso após edição da Emenda Constitucional nº 20/98, e da Lei 9.876/99. A Emenda leva em conta além da idade e expectativa de vida do segurado para alcançar o valor, a média das 80% maiores contribuições mensais desde o mês de julho de 1994, o que reduz de forma considerável o valor inicial do benefício previdenciário, mesmo para aqueles que sempre contribuíram sobre o teto.
Porta vozes do presidente dizem que o governo é resolver a questão para não levar a discussão por mais tempo e não sofrer prejuízos políticos. Mas, a estas alturas os prejuízos já estão sendo contabilizados e serão irreversíveis se não cair o fator previdenciário e os reajustes não forem os mesmos concedidos ao salário mínimo.
A ministra Dilma, da Casa Civil, candidata a presidência, a respeito do mesmo assunto disse ontem que não está preocupada com a reação do eleitorado caso a proposta seja rejeitada, pois, segundo ela, a questão é técnica e não política.
Uma decisão, porém já está tomada: será garantido um percentual de 2,5% acima da inflação acumulada este ano. Com isto, o reajuste ficaria em torno de 6%, e para o ano de 2011, seria repetida a fórmula de inflação somada à metade do PIB de 2009.
A expectativa é aguardar o que vai acontecer hoje á tarde na reunião entre Lula e José Pimentel. A partir daí a bancada do governo na Câmara vai ser orientada.
Enquanto isto leia o que publica hoje o Correio Braziliense:

“Proposta que separa gratificações dos servidores efetivos das dos funcionários sem concurso é alvo de críticas por beneficiar indicados de políticos
O governo deflagrou ofensiva pela aprovação de projeto que abre brecha para o aumento de salários de servidores que não têm vínculo com a administração pública — cerca de 5,6 mil pessoas. A proposta separa as gratificações destinadas a funcionários efetivos das que são usadas para pagar os contratados sem concurso público.
O Ministério do Planejamento garante que a intenção é ampliar a profissionalização do pessoal do Executivo, criando critérios para a nomeação de efetivos em cargos de confiança. Entidades de classe, no entanto, condenam a iniciativa. “Com isso, você pode dar um tratamento diferenciado aos apadrinhados dos diversos partidos que compõem o governo”, disse o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa.
Hoje, tanto servidores efetivos quanto os de livre provimento que ocupam cargos de confiança são pagos por meio dos chamados DAS. Os funcionários de carreira podem receber até 60% do valor do DAS, que varia de R$ 1,2 a R$ 5,3 mil, além dos vencimentos. Já os de livre provimento recebem o DAS em valor integral, como pagamento de salários.
O projeto de lei em questão cria uma função comissionada específica para os funcionários de carreira. A proposta prevê a criação de 2.477 Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE), com destinação exclusiva a servidores dos ministérios do Planejamento, Fazenda e Justiça, além da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU)”.
O que você acha disso tudo?

terça-feira, novembro 10, 2009

UM JORNAL SE FAZ COM DETERMINAÇÃO E PROFISSIONALISMO

O jornal “Bom Dia” que nasceu a pouco menos de cinco anos em Erechim, por iniciativa do advogado Hélio Rubem Corrêa da Silva prepara uma grande festa dia 20 de novembro próximo, para comemorar seu 4º aniversário, transcorrido em 10 de junho último. Haverá um coquetel no Clube do Comércio para marcar o evento com a presença de autoridade, anunciantes e convidados. Pelo menos foi o que me assopraram aos ouvidos. Não sei se não estaria estragando a surpresa ao falar sobre este assunto, mas já que falei quero me adiantar sobre a importância de um jornal no seio de uma comunidade como é o “Bom Dia”.
Antigamente os jornais que se criavam em Erechim não prosperavam. Aliás, o único que se manteve sempre vivo foi “A Voz da Serra” do falecido Estevam Carraro, já quase centenário, hoje com outra denominação, e dirigido pelos netos de seu fundador. Depois surgiu o Diário da Manhã, do possofundense Diógenes Pinto, que circula simultaneramente nas cidades de Erechi, Passo Fundo, Carazinho, Chapecó e Pelotas.
Assim como não se vive sem o rádio, um dos meios de comunicação mais instantâneos, também não se concebe uma pessoa não ler jornal, que informa e registra para a posteridade os fatos do dia. Você sabia que o jornal era um desejo que os homens da antiguidade tinham desde os tempos mais primórdios, para poder dizer às pessoas que estavam distantes ou até mesmo informar às que estavam mais próximas algo importante que havia acontecido?
O primeiro jornal surgiu ainda na antigüidade, no Ocidente, com a Acta Diurna publicado sob ordem de Júlio César na Roma Antiga. A edição de vários títulos de jornais e outras publicações foi amplamente facilitada a partir da invenção da prensa móvel por Gutenberg. Somente com a Revolução Industrial, no século XVIII, é que o jornal ganhou formatos semelhantes ao que se tem hoje, e como meio de comunicação, se consolidou como fonte principal de informação e pesquisa da sociedade ocidental. Já em culturas da Ásia, os jornais seguiram caminhos mais identificados com a divulgação de informações por fontes oficiais de poder.
No Brasil, o primeiro jornal a circular foi o Correio Braziliense, editado por Hipólito José da Costa, impresso em Londres e distribuído na colônia a partir de 1808. No mesmo ano, com a chegada da Imprensa Régia com Dom João VI, até então não havia imprensa oficial no Brasil, é fundado o primeiro jornal publicado inteiramente no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro em 1808. Estou rememorando um pouco a história do jornal para dizer que o nosso “Bom Dia” merece mesmo a festa e os cumprimentos pelos seus quatro anos de prosperidade entre os erechinenses e população do Alto Uruguai.
Identifico-me um pouco com o “Bom Dia” porque entre seus colaboradores talvez seja o mais antigo. Não podendo estar presente a esta comemoração, manifesto minha solidariedade ao Hélio e a todos os funcionários do “Bom Dia” que com muita determinação mantém os nossos leitores bem informados. Um grande abraço a todos.

segunda-feira, novembro 09, 2009

FLOR-DE-LIS
Não é o que você está pensando; não é flor. É o nome de uma jovem mãe de 50 filhos. É isto mesmo. Depois de fugir da Justiça para criar essa quantidade enorme de filhos, a história de Flor-de-Lis virou filme.
O elenco é repleto de famosos. Só para citar alguns: Reynaldo Gianecchini, Alinne Moraes, Fernanda Lima, Cauã Reymond, Giselle Itiê, Isabel Fillardis, Fernanda Machado, Ana Furtado, Thiago Rodrigues, Rodrigo Hilbert, Marcello Antony e Letícia Spiller. O filme Flor-de-Lis já está em cartaz em várias capitais do país. Conta a interessante história dessa mulher que criou (e continua criando) cerca de 50 crianças, abandonadas em circunstâncias precárias. A direção do filme é de Anderson Correa.
Eu fiquei sabendo da vida dessa heroína assistindo o programa de Ana Maria Braga na semana passada, um exemplo de mulher, que fez uma escolha corajosa: adotou 46 meninos e meninas e cuidou de cada um pessoalmente. Ela ainda abriu um instituto que atende mais 100 crianças carentes todos os dias.
Às vezes a gente vê crianças nas ruas, abandonadas à própria sorte, e se sente impotente. O que fazer?
Flor não só enfrentou o tráfico de drogas, mas a própria Justiça. Ela conta que sua infância foi normal como de toda criança. Brincava pouco fora de casa, porque seus pais lhe criaram na favela, uma dureza. Era uma vida assim: da escola para a casa e de casa para a escola. Sua mãe sempre ficava em casa também, para evitar que alguma coisa acontecesse com os filhos, sempre teve esse cuidado.
O pai era pintor. Fazia desenhos, em parede, em igreja, pintava teto de igrejas desenhando anjos, flores. A mãe era aposentada por invalidez, teve muitas complicações durante o parto, fez quatro cesáreas, teve sérios problemas de saúde e não pôde mais trabalhar.
Como moradora em favela Flor-de-Liz conhecia a família dos meninos que iam para o tráfico, pois ela foi criada entre essa tragédia que é a droga. Tentava fazer alguma coisa por eles, porque, segundo ela, não se conformava com a omissão de algumas mães, que empregavam os filhos nas drogas ou simplesmente cruzavam os braços, achando que não podiam fazer mais nada.
Hoje, se perguntarem a Flor-de-Lis o que ela gostaria de ser até morrer, ela responde: é ser mãe. “Eu acho que nasci para isso. Deus me colocou no mundo para ser mãe de filhos que infelizmente algumas mães geraram e abandonaram”.
Bonita lição de vida e exemplo para muita gente.

domingo, novembro 08, 2009

A ARTE DE PINTAR COM A BOCA E COM OS PÉS
Recebi pelo correio uma carta e com ela seis cartões de Natal produzidos pelos pintores que pintam com os pés e com a boca pelo preço de R$ 25, a ser pago através de boleto bancário anexo.
Na referida carta escrita com a boca pele jovem Clênio Ventura diz, entre outras coisas, que o destinatário não tem compromisso algum. Mas, quem não se sensibiliza com a confiança que esses moços depositam nos destinatários para os quais escolheram aleatoriamente para enviar os seus cartões?
E que cartões bonitos! Eu, por exemplo, que tenho os membros e movimentos perfeitos acho que nunca pintaria com tamanha perfeição como fazem esses rapazes com a boca e com os pés.
O Clênio que me mandou a carta tem 41 anos de idade e ficou tetraplégico aos 19 anos após sofrer um acidente ao mergulhar em águas rasas. A partir daí aprendeu a pintar com a boca, se dedicando totalmente a arte.
Ele faz parte de uma sociedade que foi criada em 1956 e todos os seus membros se mantém com a venda de pinturas em forma de cartões, calendários etc.
As pessoas que puderem colaborar, fazendo pedidos de cartões de Natal, o endereço é: PINTORES COM A BOCA E COM OS PÉS LTDA. Rua Tuim, 426 – São Paulo – SP – CEP 04514-101. Você fazendo isto estará aumentando a auto-estima e a dignidade desse grupo. Os que desejarem conhecer melhor o trabalho dos pintores com a boca e com os pés podem acessar o site
WWW.apbp.com.br
Compõem o grupo: Gonçalo Borges, afetado pela paralisia dos braços desde o nascimento. Ele pinta com a boca e também com os pés; Daniel Rodrigo Ferreira da Silva, é paulista. É uma das vítimas da talidomida. Pinta desde os seis anos de idade. Tem hoje a idade de 19 anos. Atualmente cursa Artes Visuais na Universidade de Belas Artes em São Paulo; Moacir Ferraz é da cidade de Buritana, interior de São Paulo. Vítima de uma disfunção congênita cerebral pós-parto fez seus primeiros rabiscos aos 5 anos de idade.
Daniela Caburro, é outra artista que pinta com a boca. Com apenas 8 meses de vida teve poliomielite e como conseqüência ficou tetraplégica. Desde 1995 ela vem se dedicando a sua vida à pintura, mostrando um grande talento; Luciano Alves Nascimento ficou tetraplégico aos 15 anos quando acidentalmente bateu a cabeça em uma pedra ao mergulhar do Arpoador. Ele pinta belças obras em guache e acrílico, e, o Ronaldo Pio dos Santos, de Belo Horizonte, outra vítima da talidomida. Usa os pés para pintar desde os sete anos. Participa de várias exposições.
Se foi uma compra que fiz com prazer para presentear alguns amigos no Natal, foi esta dos cartões que foram pintados por artistas que utilizam a boca e os pés.
Como Deus escreve bem, pelas linhas tortas!

sábado, novembro 07, 2009

ESQUELETOS VIRAM MORADIA POPULAR NOS CENTROS DAS GRANDES CIDADES

Quem anda pelo centro de Porto Alegre percebe imediatamente a quantidade de prédios inacabados e abandonados, verdadeiros pardieiros que enfeiam a cidade e servem de submoradia para invasores.
Na Rua Marechal Floriano existe um prédio de 23 andares que desde que resido na capital (15 anos) permanece como vi pela primeira vez: sem aberturas, tijolos a vista, sem reboco, apenas algumas janelas com tábuas e outros andares somente o esqueleto do prédio. O imóvel tem mais de 40 anos. Sua construção teria iniciado em 1963 e, segundo a última vistoria feita por uma comissão da Câmara de Vereadores, o prédio oferece risco à população. Na parte térrea funcionam algumas lojas. No total são 372 salas.
Recentemente o prefeito Fogaça determinou a Cientec a elaboração de um laudo estrutural para uma possível reforma no prédio e destiná-lo à utilização residencial.
O prédio vem sendo ocupado por moradores de rua, enquanto que outras pessoas usam salas para depósito de mercadorias ilegais.
Devido a série de problemas como estrutura corrompida, infiltrações etc., o edifício é uma verdadeira bomba pronta a explodir a qualquer momento.
Um outro prédio em plena zona central de Porto Alegre irregaular há mais de 20 anos, é o que está localizado na Av. Sete de Setembro com a Rua João Manoel. O palacete abandonado serviu de moradia para a Baronesa de Gravataí e hoje serve de cortiço sem as mínimas condições de habitabilidade.
Outros prédios abandonados: Antiga Companhia Rio-Grandense de Laticínios (Corlac), empresa extinta em 1993. No Bairro Belém Novo, zona extremo sul, o antigo Bar Leblon está em ruínas e espalha um cenário decadente que não condiz com a beleza do local.
Encontrar soluções para fazer o processo de revitalização dessas edificações fantasmas, no sentido de criar mecanismos de avaliações de prédios inacabados para demolição e para aqueles em condições de recuperação, que darão lugar a novas obras com qualidade de habitação e melhoria da imagem arquitetônica da cidade é um desafio para o município de Porto Alegre.
Um exemplo que deu certo foi a reestruturação do prédio do INSS, na Borges de Medeiros, escadaria do Viaduto Otávio Rocha, onde há cinco meses moram cem pessoas com rendimento médio de três salários mínimos. É o primeiro prédio público do país destinado à moradia popular. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal, depois de estar abandonado há mais de dez anos.
Com tanto déficit de moradia, por que o governo não desapropria ou toma conta desses imóveis, reforma e vende?
Um exemplo que deu certo e resolveu o problema de cem famílias foi o prédio do INSS da escadaria do viaduto!

sexta-feira, novembro 06, 2009

LULA É “ANALFABETO”
Lula é cafona não sabe falar e é grosseiro. Quem faz esta afirmação é o cantor Caetano Veloso em manifestação através de uma entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo, ao abrir seu voto em favor de Marina Silva, (PV) candidata a presidência da República.
O cantor diz que não poderia deixar de votar nela por ser “por demais forte, simbolicamente”, citando sua origem racial miscigenada e o berço humilde. Diz ainda que Marina “sabe falar”, ao contrário de Lula, que seria “cafona e grosseiro” em suas manifestações.
– Marina tem um pouco de Lula e de Obama ao mesmo tempo. Ela é meio preta, é uma cabocla, é inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro. Ela fala bem.
Até aí, nada demais. Tudo isso a gente sabe. Portanto, Caetano não disse nenhuma novidade. O Brasil precisa na presidência um estadista. Chega de populista. Eu sei que o Presidente Lula tem hoje uma aceitação popular muito alta. Eu sei que o Presidente Lula é um homem humilde, que se identifica com a classe popular, mas há coisas que eu não entendo no Presidente Lula. Maltratar, por exemplo, os aposentados deste País. O Presidente Lula sabe que os aposentados sofrem, e ele maltrata os aposentados deste País.
Um presidente de uma nação dizer o que ele disse recentemente
é constrangedor e inoportuno.
Disse que, se Jesus Cristo quisesse ter algum sucesso como político neste País, teria que se juntar a Judas.
É inacreditável, ouvir da boca de um presidente da República tamanha blasfêmia. Concluo que significa dizer que ele, Presidente, tem que se unir a bandidos e ladrões para governar este País. A Folha de São Paulo deu em manchete e publicou a notícia na primeira página.

Depois de uma longa batalha, O senador Mário Couto conseguiu 30 assinaturas para formar no Senado a CPI da Previdência Social. O número de assinaturas necessárias para se abrir uma CPI no Senado é de 27 Senadores.
Sabemos que a luta desta CPI será árdua. O Governo vai lutar para que não se instale a CPI da Previdência. Ele tem consciência do rombo da Previdência. E sabe que esse rombo foi o próprio Governo que estabeleceu, tomando o dinheiro dos brasileiros que colaboram com as quantias de seus salários para a Previdência Social. O Governo abusa.
O rombo da Previdência hoje é de R$9,17 bilhões, tirados dos aposentados com o maior cinismo, cujo dinheiro é recolhido todo mês, para termos uma aposentadoria honrosa.
O povo brasileiro vai saber agora que o Governo mente, que o Governo não fala a verdade quando diz que a Previdência é deficitária. A Previdência arrecada R$93 bilhões, e gasta R$55 bilhões. Como a Previdência pode ser deficitária? Inventam, mentem para o povo brasileiro para justificar o massacre que fazem aos aposentados desta Nação.
E o ministro José Pimentel por que não cobra das empresas inadimplentes? Porque elas são poderosas? Por que, próximo das eleições, colaboram com as campanhas eleitorais?
Não se pode mexer com elas?
São R$131 bilhões, que as empresas milionárias, apadrinhadas devem à Previdência Social. Vou repetir o número: R$131 bilhões! É quanto a Previdência deixa de arrecadar. É por isso que os aposentados sofrem.
Enquanto isto eses diretores de empresas estão ricos, milionários, passeando na Europa, com jatinhos, com piscinas, com uísque importado. E os aposentados sem ter dinheiro para pagar o remédio sequer. É isso que dói.
Só o Correio deve a Previdência R$318 bilhões.
Há uma lista de empresas que já faliram, que já fecharam as portas, que não têm mais como cobrar. Essas já são perdas irreparáveis que saíram do bolso dos aposentados deste País. Varig: R$12,4 bilhões; Viação Aérea SP: R$1,4 bilhão; e por aí vão tantas que já se foram. Ê Presidente Lula, os Correios e Telégrafos, devem R$318 milhões para a Previdência. A Caixa Econômica deve, Presidente. O Estado do Rio de Janeiro... Quer ver Rio de Janeiro? Santa Catarina, R$307 milhões, Presidente Lula.
Por que não pagam, Presidente? Sinceramente! Por que não pagam, Presidente? Por que tudo isso?
O salário mínimo aumenta todo ano, o dos aposentados não aumenta nem a metade. O Lula está há sete anos no Governo e disse à Nação, prometeu, na sua campanha, que iria resolver o problema dos aposentados deste País. Ele disse nos palanques, quando lhe perguntaram: Lula, e o problema dos aposentados? O que é que tu vais fazer, Lula, com os aposentados? Ele disse: Esta classe é sofredora; eu, como Presidente deste País, vou resolver o problema dos aposentados. Resolveu? Só falácia e promessa.



quinta-feira, novembro 05, 2009

OS VICES QUE GANHAM E SÓ ATRAPALHAM

Estava examinando a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul para saber qual o verdadeiro papel do vice-governador e encontrei no Capítulo II, Seção I, que regra os cargos de governador e vice-governador o seguinte: Art. 80, “o vice-governador exercerá as funções de Governador nos casos de impedimento deste, bem como as funções que lhe forem conferidas em lei ou delegadas pelo titular, e suceder-lhe-á em caso de vaga”. E não diz mais nada.
Como dificilmente não ocorrerá impedimento do titular do cargo, no caso a governadora Yeda Crusius, e muito menos outras atribuições lhe serão conferidas em lei ou delegadas pelo titular, o vice é uma figura pura e simplesmente decorativa. Não trabalha e ganha. E o Estado mantém o chamado Palacinho que é local onde funcionam os escritórios do vice-governador do RS, com uma série de mordomias, consumindo altas verbas, pra quê?.
Falam tanto que a governadora fez gastos com compra de móveis para sua casa etc., mas, este ano, o sr. Paulo Feijó vice-governador do Estado está gastando mais rapidamente o dinheiro público a que tem direito, do que o valor dos móveis de D.Yeda.
Observem os valores do primeiro semestre destinados ao vice,
(posição em 15 de junho) do ano passado e deste ano:
2008- Dotação: R$ 3,2 milhões/ Liberado: R$ 1,2 milhão/ Empenhado, R$ 1,1 milhão.
2009 - Dotação: R$ 3,1 milhões/ Liberado, 2,3 milhão/ Empenhado, R$ 2,1 milhão
A dotação cobre gastos mensais de meio milhão por mês só para o vice. Os valores liberados e empenhados no primeiro semestre dobraram de tamanho.
Era de se examinar se o cargo de vice não deveria ser extinto. Vice da República, vice-governador, vice-prefeito, aliás, são poucos os vices que efetivamente trabalham. A grande maioria só ganha e não faz absolutamente nada. Numa nova reforma constitucional, bem que essa figura poderia cair fora! Além de não trabalharem só atrapalham. É o caso do Rio Grande do Sul.

Ainda repercute negativamente para o PT e consequentemente para o governo da República, o fato da Câmara dos Deputados não aprovar na sessão desta quarta-feira, o projete de ajuste salarial dos aposentados e pensionistas do INSS. Em discurso bastante vaiado pelos manifestantes, o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), disse que será um “erro” atrelar o reajuste dos aposentados ao do salário mínimo. Segundo ele, essa fórmula vai prejudicar a política de reajustes patrocinada pelo governo.
“Não caíam no canto da sereia. Não será com propostas fáceis, e às vezes demagógicas, que vamos fazer este país crescer. Nossa política é de valorização dos aposentados, de valorização dos trabalhadores brasileiros e do desenvolvimento sustentável”, afirmou. Nesse momento, os aposentados viraram de costas para o petista.
Ora, onde já se viu, um deputado dizer tanta asneira, como fez Cândido Vaccarezza. Que política de valorização dos aposentados é essa que marginaliza, empobrece e exclui milhões de aposentados do processo de crescimento deste país?
E o aposentado tem que ouvir uma jumentada desse tipo! Que barbaridade!

quarta-feira, novembro 04, 2009

QUEM TE VIU... E QUEM TE VÊ, PT

A notícia dos jornais hoje pela manhã dava conta de que o PT está decidido a impedir a votação proposta dos aposentados hoje. E foi o que aconteceu.
O projeto é aquele que foi enviado pelo Executivo em 2007 e trata da política de valorização do salário-mínimo. Esse projeto foi alterado no Senado com a inclusão de uma emenda que garante a extensão do reajuste real a todos os aposentados.
É provável que o projeto não possa ser votado hoje porque a pauta está trancada pela polêmica medida provisória 466 que trata do setor elétrico.
Eu fico imaginando o que o líder do governo, deputado gaúcho do PT, Henrique Fontana, vai dizer aos seus eleitores do Rio Grande do Sul, entre muitos os aposentados.
O PT, partido que nasceu para combater os exploradores capitalistas e defender os trabalhadores nos seus legítimos anseios, vira às costas a imensidão de eleitores que votaram na “estrelinha vermelha”!
O deputado Márcio França, líder do chamado bloquinho (PSB, PcdoB, PMN, e PRB) disse uma frase que deve preocupar os que votarem contra o projeto: “Só um suicida para votar contra os aposentados”. Pois acho que muitos vão se suicidar politicamente.
Mais uma vez os aposentados se frustraram, pois a votação de reajuste para aposentadoria foi adiada.
Aposentados lotaram as galerias do plenário esperando que a proposta fosse votada nesta quarta.
A votação da proposta que concede a todos os aposentados e pensionistas o mesmo índice de reajuste dado ao salário mínimo foi adiada nesta quarta-feira, mas provocou acirrado debate entre governo e oposição, além de atrair à Câmara cerca de mil aposentados, que lotaram as galerias do plenário.
A emenda do Senado ao projeto de 1/07 que estabelece essa regra não pôde ser votada porque a pauta das sessões ordinárias não foi liberada. O relator da Medida Provisória 466/09, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), pediu prazo de uma sessão para apresentar seu parecer às cinco emendas do Senado para a MP, que muda as regras do subsídio concedido à geração de energia por termelétricas nos estados da Região Norte. Essa medida tranca a pauta, o que impediu a análise do PL 1/07. O líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), disse que o adiamento é a "prova provada" de que a propaganda e a ação do governo não se casam. "É só garganta", atacou Aníbal, acusando o governo de não conseguir responder às demandas sociais, de "torrar" o dinheiro público e não ter compromisso com os aposentados. O deputado gaúcho Onyx Lorenzoni, vice-líder do DEM, propôs uma vigília dos deputados em plenário, para obstruir todas as votações até que se vote o projeto dos aposentados. O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), cobrou da Casa a obrigação moral de aprovar a equiparação do reajuste das aposentadorias com o do salário mínimo. "É o mínimo que se pode fazer", disse. Para o líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC), o adiamento foi mais uma demonstração da "enganação" do governo, resultado de uma negociação restrita "a algumas centrais sindicais pelegas".
No fim da tarde, início de noite o noticiário sobre o assunto salientava que o parecer da CCJ da Câmara colocava fim ao Fator Previdenciário e derruba substitutivo de Pepe Vargas, outro petista gaúcho contra os aposentados.
Graças à habilidade política do deputado Arnaldo Faria de Sá, obteve mais uma importante vitória para os aposentados e trabalhadores do Brasil. A Comissão de Constituição e Justiça apreciou em tempo recorde e deu parecer favorável ao projeto de lei 3299/2008, que prevê o fim por completo do Fator Previdenciário. O projeto agora está pronto para ser votado no plenário em sessão aberta e nominal pelos 513 deputados federais.
Arnaldo, que relatou de forma brilhante na CCJ, escreveu em seu relatório que o referido projeto é dotado de boa técnica legislativa. Seu parecer condenou por completo o substitutivo do deputado petista Pepe Vargas, que propunha a criação do Fator 85/95.
“Esse projeto substituto contém vícios de inconstitucionalidade e de injuricidade. Não é admissível por lei ordinária ficar limite de idade para a concessão de benefícios, salvo se houver anterior previsão constitucional expressa”, justificou Arnaldo Faria de Sá.
A COBAP estava certa! O relatório da CCJ demonstrou com clareza a fragilidade e irregularidades no acordo que algumas centrais sindicais pretendiam assinar com o Governo, compactuando para prejudicar os aposentados e os trabalhadores da ativa. Desde o início, a COBAP foi terminantemente contra esse acordo maligno e mascarado. A Confederação foi apoiada pelo FST, Nova Central, CTB, UGT e Conlutas.

segunda-feira, novembro 02, 2009

FINADOS – SAUDADE

O dia de Finados, ou Dia dos Mortos é uma tradição de muitos milênios. É um dos cultos mais antigos promovidos por quase todas as religiões.
Conta-se que antigamente os mortos eram como sementes, e por isso eram enterrados com vistas à ressurreição.
O binômio: morte-fertilidade, explica a primitiva celebração de Finados com banquetes perto dos túmulos. Essa associação levou o homem primitivo a implorar a proteção dos mortos para as colheitas e plantações. Na antiguidade greco-romana, o culto das almas era celebrado com o cerimonial da vegetação. Hipócrates, baseado na mesma crença, afirmou que os espíritos dos defuntos “fazem germinar e crescer as sementes”. Os hindus comemoram os mortos em plena fase da colheita, como a festa principal do período.
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa, mas o dia de Finados só foi oficialmente instituído pela Igreja Católica no século X e denominado, na liturgia, omnium fidelium defunctorum (”de todos os fiéis defuntos”). Com o passar do tempo, a comemoração ultrapassou seu exclusivo aspecto religioso, para revelar uma feição emotiva: a saudade de quem perdeu entes queridos. Hoje se celebra este dia dizendo: “saudades sim! tristeza não!”
Para os católicos, dizer que quando uma pessoa morre tudo acabou não é verdade. Os católicos crêem que o testemunho de vida daquele que morreu fica como luz acesa no coração de quem continua a peregrinação. Para tanto, eles acendem velas no Dia de Finados, buscando celebrar e perpetuar a luz do falecido.
A escolha da data se deu em virtude do dia de todos os santos, 1º de novembro, pois os religiosos acreditavam que todas as pessoas, ao morrerem em santidade, entram em estado de graça, mesmo não sendo canonizados.
A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.
Como hoje é um dia de reverenciar a memória dos nossos parentes que já se foram gostaria de lembrar com saudades meus pais, avós, tios, primos e muitos amigos que partiram para o oriente eterno, recolhendo de cada um os bons exemplos deixados.
Que Deus na sua imensa sabedoria lhes dê a paz, e ajudem-nos na nossa caminhada rumo ao Pai celestial.