quinta-feira, novembro 05, 2009

OS VICES QUE GANHAM E SÓ ATRAPALHAM

Estava examinando a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul para saber qual o verdadeiro papel do vice-governador e encontrei no Capítulo II, Seção I, que regra os cargos de governador e vice-governador o seguinte: Art. 80, “o vice-governador exercerá as funções de Governador nos casos de impedimento deste, bem como as funções que lhe forem conferidas em lei ou delegadas pelo titular, e suceder-lhe-á em caso de vaga”. E não diz mais nada.
Como dificilmente não ocorrerá impedimento do titular do cargo, no caso a governadora Yeda Crusius, e muito menos outras atribuições lhe serão conferidas em lei ou delegadas pelo titular, o vice é uma figura pura e simplesmente decorativa. Não trabalha e ganha. E o Estado mantém o chamado Palacinho que é local onde funcionam os escritórios do vice-governador do RS, com uma série de mordomias, consumindo altas verbas, pra quê?.
Falam tanto que a governadora fez gastos com compra de móveis para sua casa etc., mas, este ano, o sr. Paulo Feijó vice-governador do Estado está gastando mais rapidamente o dinheiro público a que tem direito, do que o valor dos móveis de D.Yeda.
Observem os valores do primeiro semestre destinados ao vice,
(posição em 15 de junho) do ano passado e deste ano:
2008- Dotação: R$ 3,2 milhões/ Liberado: R$ 1,2 milhão/ Empenhado, R$ 1,1 milhão.
2009 - Dotação: R$ 3,1 milhões/ Liberado, 2,3 milhão/ Empenhado, R$ 2,1 milhão
A dotação cobre gastos mensais de meio milhão por mês só para o vice. Os valores liberados e empenhados no primeiro semestre dobraram de tamanho.
Era de se examinar se o cargo de vice não deveria ser extinto. Vice da República, vice-governador, vice-prefeito, aliás, são poucos os vices que efetivamente trabalham. A grande maioria só ganha e não faz absolutamente nada. Numa nova reforma constitucional, bem que essa figura poderia cair fora! Além de não trabalharem só atrapalham. É o caso do Rio Grande do Sul.

Ainda repercute negativamente para o PT e consequentemente para o governo da República, o fato da Câmara dos Deputados não aprovar na sessão desta quarta-feira, o projete de ajuste salarial dos aposentados e pensionistas do INSS. Em discurso bastante vaiado pelos manifestantes, o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), disse que será um “erro” atrelar o reajuste dos aposentados ao do salário mínimo. Segundo ele, essa fórmula vai prejudicar a política de reajustes patrocinada pelo governo.
“Não caíam no canto da sereia. Não será com propostas fáceis, e às vezes demagógicas, que vamos fazer este país crescer. Nossa política é de valorização dos aposentados, de valorização dos trabalhadores brasileiros e do desenvolvimento sustentável”, afirmou. Nesse momento, os aposentados viraram de costas para o petista.
Ora, onde já se viu, um deputado dizer tanta asneira, como fez Cândido Vaccarezza. Que política de valorização dos aposentados é essa que marginaliza, empobrece e exclui milhões de aposentados do processo de crescimento deste país?
E o aposentado tem que ouvir uma jumentada desse tipo! Que barbaridade!

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