segunda-feira, novembro 09, 2009

FLOR-DE-LIS
Não é o que você está pensando; não é flor. É o nome de uma jovem mãe de 50 filhos. É isto mesmo. Depois de fugir da Justiça para criar essa quantidade enorme de filhos, a história de Flor-de-Lis virou filme.
O elenco é repleto de famosos. Só para citar alguns: Reynaldo Gianecchini, Alinne Moraes, Fernanda Lima, Cauã Reymond, Giselle Itiê, Isabel Fillardis, Fernanda Machado, Ana Furtado, Thiago Rodrigues, Rodrigo Hilbert, Marcello Antony e Letícia Spiller. O filme Flor-de-Lis já está em cartaz em várias capitais do país. Conta a interessante história dessa mulher que criou (e continua criando) cerca de 50 crianças, abandonadas em circunstâncias precárias. A direção do filme é de Anderson Correa.
Eu fiquei sabendo da vida dessa heroína assistindo o programa de Ana Maria Braga na semana passada, um exemplo de mulher, que fez uma escolha corajosa: adotou 46 meninos e meninas e cuidou de cada um pessoalmente. Ela ainda abriu um instituto que atende mais 100 crianças carentes todos os dias.
Às vezes a gente vê crianças nas ruas, abandonadas à própria sorte, e se sente impotente. O que fazer?
Flor não só enfrentou o tráfico de drogas, mas a própria Justiça. Ela conta que sua infância foi normal como de toda criança. Brincava pouco fora de casa, porque seus pais lhe criaram na favela, uma dureza. Era uma vida assim: da escola para a casa e de casa para a escola. Sua mãe sempre ficava em casa também, para evitar que alguma coisa acontecesse com os filhos, sempre teve esse cuidado.
O pai era pintor. Fazia desenhos, em parede, em igreja, pintava teto de igrejas desenhando anjos, flores. A mãe era aposentada por invalidez, teve muitas complicações durante o parto, fez quatro cesáreas, teve sérios problemas de saúde e não pôde mais trabalhar.
Como moradora em favela Flor-de-Liz conhecia a família dos meninos que iam para o tráfico, pois ela foi criada entre essa tragédia que é a droga. Tentava fazer alguma coisa por eles, porque, segundo ela, não se conformava com a omissão de algumas mães, que empregavam os filhos nas drogas ou simplesmente cruzavam os braços, achando que não podiam fazer mais nada.
Hoje, se perguntarem a Flor-de-Lis o que ela gostaria de ser até morrer, ela responde: é ser mãe. “Eu acho que nasci para isso. Deus me colocou no mundo para ser mãe de filhos que infelizmente algumas mães geraram e abandonaram”.
Bonita lição de vida e exemplo para muita gente.

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