sábado, outubro 31, 2009

MORREU O ÚLTIMO DA SELEÇÃO DE 1950

Tenho que falar de vários assuntos. Dia de Todos os Santos, Dia de Finados e a morte do último jogador da seleção brasileira de 1950 Juvenal.
Vamos por partes. A festa do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra a Festum omnium sanctorum a 1º de novembro seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de novembro. A Igreja Ortodoxa celebra esta festividade no primeiro domingo depois do Pentecostes, fechando a época litúrgica da Páscoa. Na Igreja Luterana o dia é celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou. Em Portugal neste dia, as crianças costumam andar de porta em porta a pedir bolinhos, frutos secos e romãs.
No Brasil o dia de "Todos os Santos" é celebrado no dia 01 de novembro e o de "Finados" no dia 02 de novembro. O dia de todos os santos, no Brasil dito: dia de finados [errado porque a celebração é a mesma e com a mesma designação em toda a Igreja, com o objetivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano]. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário Litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações. Missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.

E o Juvenal se foi. Lembro da derrota do Brasil para o Uruguai naquela tarde de domingo. Eu tinha nessa época 14 anos e me encontrava no estádio do CER Atlântico para assistir um Atlânga, o maior clássico da cidade, com o Ypiranga. O Brasil entrou em campo com Barbosa, Augusto e Juvenal, 6 Nena • 7 Nilton Santos • 8 Bauer • 9 Bigode • 10 Danilo • 11 Noronha • 12 Rui • 13 Adãozinho • 14 Ademir • 15 Alfredo II • 16 Baltasar • 17 Chico • 18 Friaça • 19 Jair • 20 Maneca • 21 Rodrigues • 22 Zizinho • Treinador: Costa. Estes foram os 22 jogadores que terminaram vicecampeões da única Copa até hoje realizada aqui no Brasil.
Juvenal foi sepultado neste sábado, no Cemitério de Vila de Abrantes, município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, o corpo do zagueiro Juvenal Amarijo, falecido nesta sexta-feira, aos 86 anos, vítima de complicações respiratórias.
Ex-zagueiro de Flamengo, Palmeiras e Bahia e Ypiranga, onde encerrou a carreira em 1959, Juvenal era o único jogador titular da seleção brasileira na Copa de 1950 que restava vivo desde 12 de janeiro deste ano, quando morreu Friaça, autor do gol da derrota por 2 a 1 para o Uruguai.Juvenal iria completar 86 anos no próximo dia 27 e estava internado havia 15 dias no Hospital Geral de Camaçari. Ele vivia em condições precárias em um cômodo que foi construído para ele em um terreno cedido pela ex-mulher, Alvanira de Souza, em Jauá, localidade de Camaçari. Sofria de artrose nos joelhos e na bacia e não conseguia andar sem ajuda. Uma série de reportagens feitas em 2007 revelou que no único cômodo da casa sem reboco e infestada de cupins, ele passava a maior parte do tempo deitado na cama, ouvindo rádio. Não havia sequer chuveiro elétrico em sua casa, apenas um cano na parede em que tomava banho frio.
Com sua última companheira, Alvanira, ele teve três filhos: Juvenal Filho, Roberto, e Miguel, este último falecido em 2002, vítima de aneurisma cerebral. De dois outros relacionamentos, teve mais duas filhas, uma no Rio e outra em Salvador, com os quais quase não mantinha contato. Gaúcho de Santa Vitória do Palmar, Juvenal não gostava de falar do título mundial perdido em pleno Maracanã.
Seu maior orgulho era o almanaque produzido pelo Palmeiras por ocasião do cinqüentenário da conquista da Copa Rio. Na foto principal, tirada em cerimônia realizada pelo clube em 2001, Juvenal segurava a taça em companhia de Oberdan Catani e Jair Rosa Pinto, entre outros. Foi à última vez em que um clube de futebol o convocou para ficar concentrado em um hotel cinco estrelas. À época, ele ainda caminhava, mas já passava por dificuldades: era contínuo de um cartório de Salvador. Na condição de idoso, entrava pela porta da frente dos ônibus e rodava a cidade carregado de documentos. Nunca teve registro em carteira. Segundo o aposentado Evandro Simões, ex-jogador e sobrinho do ex-presidente do Bahia, Hamilton Simões, a vida boêmia e o gênio difícil abreviaram a carreira de Juvenal. Evandro diz que desistiu de ajudar Juvenal depois que ele fugiu do Hospital Irmã Dulce, onde havia conseguido um leito para ele com a ajuda de um amigo médico.
"Nos últimos dias, ele estava fumando muito e bebendo também. Isso prejudicou muito a saúde", informou a ex-companheira em entrevista ao jornal A Tarde.
Juvenal nasceu no dia 27 de novembro de 1923, em Santa Vitória do Palmar (RS). Jogou 11 vezes pela Seleção Brasileira e não fez gol.
Estes eram os jogadores de 1950: Barbosa, Castilho, Augusto, Nena, Juvenal, Bigode, Nilton Santos, Bauer, Danilo, Eli, Rui, Noronha, Friaça, Alfredo, Zizinho, Maneca, Ademir. Baltasar, Jair, Adãozinho, Chico e Rodrigues.

sexta-feira, outubro 30, 2009

DEPUTADO QUER DESARMAR A BRIGADA

Os deputados da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul vão discutir nos próximos dias proposição do deputado comunista Raul Carrion que proíbe o uso de armas de fogo e choque elétrico contra manifestações populares, por soldados da Brigada Militar. O parlamentar justifica que a utilização de cassetetes elétricos durante manifestações populares, dos movimentos sociais e em reintegrações de posse tem gerado polêmica no âmbito internacional, em especial na Europa.
Na França, aponta ele, é desaconselhado o uso do equipamento contra pessoas cardiopatas, mulheres grávidas e suspeitos sob efeito de drogas. Cita o grave episódio da desocupação da Fazenda Southall, em São Gabriel, que resultou na morte do agricultor Elton Brum da Silva, amplamente noticiado, em que os policiais militares fizeram uso deste equipamento contra pessoas já imobilizadas – o que caracteriza tortura – gerando investigação e denúncia da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República.
O uso de armas elétricas, de acordo com Carrion, é totalmente contra-indicado: “Ao que tudo indica, o objetivo será sua utilização rotineira e indiscriminada nas manifestações de massa, em especial nas organizadas pelos movimentos sociais, o que se reveste em grave ameaça à dignidade da pessoa, às garantias constitucionais individuais e coletivas de reunião pacífica da população e aos direitos humanos”.
O deputado comunista ressalta ainda que a arma Taser nos Estados Unidos, entre 2001 e agosto de 2008, matou 334 pessoas.
O parlamentar considera ainda mais inaceitável a utilização de armas de fogo em ações da Brigada Militar contra as manifestações populares e em ações que visem reintegrar posse, pois seu uso aumentaria em larga escala a letalidade da atividade policial contra os cidadãos.
Até aqui a idéia, a propositura do deputado e os argumentos para que seu projeto seja discutido e votado.
A primeira pergunta que vem a mente do cidadão é a seguinte: e os invasores deixarão de usar paus, foices, facão, machado, facas, espingarda, trabuco como costumeiramente fazem? Ou a Lei será para desarmar somente a nossa Brigada?
Começa que mulher grávida, cardiopatas e portadores de outras doenças têm mais é que ficar fora de arruaças e movimentos desse tipo. Pois, quem vai pra chuva é pra se molhar. Se houve morte de sem terra, também morreu degolado por uma foice um brigadiano, não lembram?
Acho que o deputado Carion não terá sorte, seu projeto será mais um daqueles que levará uma sonora desaprovação, pois nunca se viu em lugar nenhum do mundo, nem nos países mais adiantados, que a polícia para enfrentar arruaceiros e invasores tenha que usar luvas de pelica. Isso não existe.
Se não quiserem levar choque e bordoadas, respeitem a lei.

quinta-feira, outubro 29, 2009

GREVE: PREJUÍZO PARA UNS, LUCRO PARA OUTROS

Depois que terminou a greve da Caixa Econômica Federal fui ler os jornais de Porto Alegre, com o intuito de saber se algum colunista havia escrito algo sobre a fila da Caixa e o tratamento
dispensado aos que ali ficaram 4 e até 5 horas aguardando ser atendidos. Iniciei pelo tradicional Correio do Povo. Nenhuma linha. Zero Hora, nada. Jornal do Comércio, nenhuma palavra.
Fui para o rádio e a TV, simplesmente noticiaram que a fila estava enorme e que o expediente havia sido antecipado de uma hora e nada mais. Ah! E que os juros não seriam cobrados, desde que os devedores pagassem seus compromissos até ontem, dia 28.
Acordei cedo para ouvir o Rogério Mendelski, da Guaiba, que sempre foi um jornalista crítico e polêmico, na expectativa de ouvir a sua crítica. Nada falou.
Na seqüência, veio o programa de Farid Germano Filho. Também nada comentou.
Não é possível!
Pois a Caldas Júnior e Rádio da mesma empresa são vizinhos da Caixa e não presenciaram nada?
Será que só eu vi, senti na pele a fiquei naquela maldita fila quase cinco horas e meia para ser atendido?
Mas o que houve, não viram nada?
Imaginei que, a Caixa é anunciante desses órgãos de imprensa, por isso para não perdê-la, se omitiram de fazer qualquer crítica ao sistema de atendimento organizado pela direção.
Pessoas idosas, não idosas, deficientes, jovens, homens, mulheres, ninguém teve privilégios. Aliás, teve gente que ouviu da boca do gerente, ao retrucar alguns protestos a seguinte frase: “hoje não há privilégios, nem prá minha mãe!”.
Ora, um sujeito que ousa dizer isto só pode ser um entulho social, e nunca um gerente de banco, que tem a obrigação de ser paciente, cortês e, acima de tudo educado.
O fato de algumas pessoas reclamarem, e com razão, foi o sistema de organização montado para o acesso dos clientes e não clientes até os caixas. Um dos serviços que não deveria funcionar nos dois ou três primeiros dias após a greve seria o penhor. Por que? Porque é um serviço demorado e onde 10 ou 20 pessoas entravam na fila para tomar dinheiro emprestado sob penhor, lá se ia várias horas e a paciência de quem só queria pagar – por exemplo o juro. Tinha gente que ficava no guichê mais de 20 minutos, meia hora. Mas, será que não podia esperar mais dois, três dias para arranjar o seu empréstimo? O processo de penhor é demorado. O funcionário tem de examinar a jóia, se é ouro mesmo, se é pedra preciosa legítima, tem que pesar, enfim, é um procedimento que leva tempo. Imagine você uma fila com mais de 500 pessoas e 50 empenhando jóias.
Houve falha de organização que por incompetência da direção da Caixa muitas pessoas perderam um dia de trabalho para cumprir suas obrigações.








quarta-feira, outubro 28, 2009

A CPI, A DECISÃO DA JUSTIÇA E A FEIRA DO LIVRO

As gravações de áudio telefônico em poder da CPI da Corrupção está dando o que falar. Embora tenham sido apresentadas em reunião a portas fechadas, alguma coisa vazou e repercutiu imediatamente, criando um certo desconforto entre parlamentares do PMDB.
Alexandre Postal e Alceu Moreira andaram se bicando. Postal que ouviu as gravações criticou os colegas de bancada e se disse “enojado com conversas envolvendo homens públicos que fazem barganha para usufruir benefícios próprios”.
Seu colega Alceu Moreira que teria aparecido nas gravações não gostou das declarações de Postal e alfinetou: ele nem é membro da CPI. Teria acrescentado mais o seguinte: a atitude do colega pode ter sido motivada por resquícios da escolha da presidência da Assembleia.
E a presidente Stela Farias (PT) já adiantou, o próximo será o senador Sérgio Zambiasi.
Já se passaram praticamente 60 dias desde a instalação da CPI e foram ouvidas somente seis testemunhas. Faltam mais outro tanto para terminar o prazo que pode ser prorrogado por mais 30 dias.
Mas, a notícia do dia foi a decisão da Justiça que manda a Assembleia pagar para 41 funcionários do legislativo os supersalaários que haviam sido cortados por ultrapassarem o teto estadual que é de R$ 22.111,25.
Dos 41 funcionários que tiveram seus salários cortados, 12 estão na atividade e 29 já aposentados. A procuradoria da Casa vai recorrer da decisão junto ao STF.
Na análise da ação que foi provocada pelo Sindicato dos Funcionários Efetivos e Estáveis da Assembleia os desembargadores reconheceram o princípio do direito adquirido.
Ainda sobre a CPI da Corrupção, corre a notícia pelos corredores da Assembleia Legislativa que os deputados da base do governo vão acionar a Justiça Federal para que solicite de volta os autos do inquérito da Operação Solidária. É que segundo os parlamentares a presidente pediu o inquérito como presidente, sem ter submetido o pedido à aprovação da maioria desrespeitando, inclusive, a exigência de segredo de justiça.
Por último, vale lembrar a festa da literatura em Erechim, cidade polo da Região do Alto Uruguai, com a realização da 12ª Feira do Livro, encerada no domingo passado. A participação do público ultrapassou a expectativa, cerca de 28 mil pessoas passaram pela feira. A patronesse da feira este ano foi a professora Neusa Cidade Garcez.
O livro, como se sabe, é de fundamental importância para o desenvolvimento das sociedades e para o crescimento intelectual do indivíduo. É ele que permite ao ser humano registrar fatos importantes da sua história e repassar tais fatos às sociedades posteriores; atuando como vetor do conhecimento.
É notável o avanço intelectual que o ser humano teve após a invenção da escrita. Foi a partir dela que ele pôde catalogar e compartilhar as suas descobertas; dando origem ao que chamamos de livro. Os Hebreus, por exemplo, a partir de um conjunto de livros conhecido como Pentateuco, formaram as bases do cristianismo ocidental. É válido citar, além dos Hebreus, os fenícios que a partir de escritos, contribuíram para as técnicas de navegação atual. Tudo isso só foi possível graças ao conjunto de obras escritas e organizadas em livros que permitiu a formação de um legado cultural para as civilizações posteriores. É dessa forma que a humanidade evolui: cada geração acrescenta e registra uma descoberta que será passada para a próxima geração. Além da importância de levar o conhecimento de geração a geração, o livro tem uma importância fundamental na disseminação do conhecimento em uma mesma geração. É o acesso a esse conhecimento que possibilita ao indivíduo o crescimento tanto intelectual quanto o financeiro. O acesso do indivíduo a esse conhecimento permite-lhe fazer comparações e associações as quais possibilitam o aprimoramento do conhecimento anterior.
Sendo assim, o livro é o principal responsável pela sociedade que se tem hoje. É graças a ele que a medicina, as relações sociais e as outras áreas do saber evoluem a cada geração.
Parabéns aos organizadores da Feira do Livro em Erechim.

segunda-feira, outubro 26, 2009

A TOGA ESTÁ EM BAIXA

Com todo o respeito que devemos ter pela Justiça brasileira, uma onda de desconfiança paira sobre a instituição após alguns acontecimentos, que cada vez menos brasileiros confiam nela.
Esta constatação foi feita através de uma pesquisa divulgada pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, que presume-se ser uma escola séria, realizada em sete regiões metropolitanas de igual número de capitais.
A avaliação é calculada a partir de dois subíndices: percepção, que mede a qualidade do serviço prestado em itens como confiança, tempo de solução de conflitos e facilidade de acesso ao judiciário. O declive verificado na avaliação está relacionado à maior exposição na mídia de casos que põem em xeque a atuação de juizes no país.
Por exemplo – a censura imposta ao jornal Estado de São Paulo, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal é uma delas. Aqui no Rio Grande do Sul, também aconteceram fatos que mereceram críticas quando um juiz mandou soltar presos, alegando que as cadeias estavam lotadas e, portanto, havia falta de vagas.
Na comparação com outra capitais, Porto Alegre divide a liderança com Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. A exceção feita a capital dos gaúchos, entre outras regiões metropolitanas, os principais problemas na avaliação do Judiciário dizem respeito ao tempo de solução de conflitos, à desonestidade e parcialidade da instituição e à sua capacidade de solucionar conflitos.
Da mesma forma a Justiça Eleitoral perde prestígio, na media que fora do período da propaganda eleitoral, permite que pretendentes a cargos eletivos usem de seus cargos e funções para promoção politico-eleitoral. Ou vocês acham que vai acontecer alguma coisa com o presidente Lula, a ministra Dilma e o governador Serra?
Estão fazendo campanha política abertamente e a Justiça eleitoral não está nem ai. Mas, quando um vereador do nosso interior numa nota em jornal ou entrevista em rádio faz o que eles (presidente, ministra, e governador) fazem, cai todo o peso da lei e há casos em que perdem até o mandato.
É por essas e por outras, que a sociedade confia menos na Justiça, pois há um peso e duas medidas. A balança, símbolo da Justiça, não está tão equilibrada como se espera.
A mesma pesquisa que aponta desconfiança na Justiça brasileira, aponta que os custos com processos são altos, o acesso é difícil e inexistente, é lenta ou muito lenta.
Apenas 34,4% confiam na imparcialidade e honestidade da Justiça gaúcha.
A pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas ouviu 1.616 pessoas em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Brasília.
Uma vez até juiz e promotor iam para a cadeia, hoje a coisa ficou mais relaxada.
Lembram do juiz Lalau, aquele que roubou e se envolveu na fraude da construção do prédio novo da Justiça do Trabalho?
Pois ele, ao em vez de estar atrás das grades como tantos outros ladrões da mesma espécie, goza das delícias de prisão domiciliar.
E aquele promotor que matou a jornalista? Sim, foi condenado a alguns anos (10 ou 12) quando deveria pegar 30.
Os dados publicados acima foram extraídos de uma pesquisa realizada pela coordenadora Luciana Gross Cunha, da Fundação Getúlio Vargas.

sexta-feira, outubro 23, 2009

BANDA SINFÔNICA ERECHINENSE ESTARIA NA UTI ?

Recebo com certa dose de tristeza a notícia de Erechim, que a Banda Sinfônica Erechinense formada pelo falecido Elirio Eernestino Toldo e outros abnegados músicos, estaria passando por dificuldades, que podem determinar a sua extinção.
Conversei com o responsável pelo conjunto musical Maikel Antônio Simon, e ele me disse que a falta de recursos para mantê-la está levando o conjunto a sua absorvência, isto é, ao seu desaparecimento. Seria uma perda irreparável, pois a Banda Sinfônica depois de uma exitosa trajetória, com exibições fora do estado e até no exterior, ver-se nesta situação é muito amarguroso. Os músicos não ganham salários, apenas uma ajuda de custo para deslocamentos para os ensaios que são realizados em uma sala na antiga estação ferroviária cedida pela Prefeitura Municipal, e pequenas despesas com água e luz.
Maikel desabafou que há dois meses não consegue reunir a banda e teme pelo desestímulo de seus 20 integrantes encerrando melancolicamente suas atividades.
Lembro que por ocasião do aniversário do município em 2008, sem falsa modéstia, fui o que intermediou a magnífica exibição no plenário da Assembléia Legislativa, quando Erechim foi homenageado em uma sessão solene.
Não teve erechinense presente àquela sessão que não se orgulhasse de seus músicos.
Recebi de recordação um CD com músicas gravadas ao vivo no Centro Cultural 25 de Julho, e sempre que posso ouço. Meses depois do grande sucesso, seu Maestro Elírio Toldo vem a falecer.
Eu sinceramente não sei, mas se tivesse condições, como tem, com certeza, os empresários de Erechim, o próprio poder público auxiliaria esse grupo. Não é possível que não exista meia dúzia de patrocinadores para manter a Banda Sinfônica cujos músicos tocam pelo prazer de tocar.
Onde é convidada para abrilhantar festas e reuniões não cobra nada. Evidentemente que necessita da colaboração para despesas como deslocamento, alojamento e alimentação quando as apresentações são fora do seu domicílio.
Enquanto escrevo (estas mal traçadas linhas) ouço Garota de Ipanema, de Tom Jobim. Aliás, todo o repertório do CD é de muito bom gosto.
Além de Garota de Ipanema, Sururú na Cidade, de Zéquinha de Abreu, Trem das Onze, do Adoniram Barbosa e o Brasileirinho, de Waldir Azevedo, além de outras.
Volto a dizer, seria lamentável se deixássemos a banda desaparecer.
Alô amigos empresários, poder público, dêem uma chance para a Banda Sinfônica de Erechim. São músicos da nossa terra que precisam ser prestigiados.
Se 24, patrocinadores se dispuserem a doar R$ 1 mil cada, segundo o responsável Maikel Simon, a Banda tem como se manter durante um ano.
Vamos abraçar essa causa?
Os que desejarem comparecer com sua ajuda é só ligar para o Maikel, telefone (54) 2106-5747.
Fico aguardando com expectativa quem será o primeiro doador de mil reais para tirar a nossa Banda Sinfônica de Erechim da UTI. Como disse, precisamos de 24 doadores.






quarta-feira, outubro 21, 2009

DEU A LÓGICA

Como na loteria esportiva: deu a lógica, trinta votos contra, 17 a favor e 8 ausentes. Este o placar da votação de ontem do pedido de impeachment contra a governadora Yeda Crusius. O processo foi arquivado, o que pôs fim a demanda protocolada em julho deste ano pelo Fórum dos Servidores Públicos do Estado. Da base do governo votaram deputados das bancadas do PMDB, PSDB, PTB, PP, PPS, PRB e dois deputados do PDT, Giovani Cherini e Kalil Sehbe.
Pelo menos por ora o governo fica mais aliviado das pressões e tumultos e passa a dedicar-se a governar efetivamente o Estado.
O que chama atenção é que a sociedade civil, ou seja, aquela que não está ligada a grupos, Sindicatos, Associações, Agremiações durante todo o processo se manteve silente. Somente os grupos organizados é que fizeram barulho e ainda tentam bagunçar o coreto.
Resta agora a CPI da Corrupção que não decola. A base governista que também possui maioria de votos na Comissão já deu sinal nas últimas votações de que pouco ou quase nada vai apurar do que a Justiça já investigou. Portanto, será mais um trabalho desgastante com resultado zéro.
Aliás, tanto o impeachment como CPIs, são processos que deveriam passar por um reestudo. O governo que possui maioria no Legislativo, dificilmente será punido por impeachment ou CPI. Como se sabe, nesses casos, os que decidem são pessoas comprometidas e não isentas. Lembram do caso mensalão? Lula tinha, e tem, no Congresso maioria. Logo, permaneceu blindado. Fernando Collor, possuia minoria, o impechment o pegou. A governadora Yeda Crusius possui maioria na Assembléia, o processo foi arquivado. Por tudo isso, a Lei do impeacahment precisa ser revista. Como revista também a Lei de Greve. Já expus minha modesta opinião em comentário anterior sobre a Lei da greve, é um instrumento de conquista do trabalhador mas, por outro lado, é uma ferramenta que prejudica quem não tem nada a ver com a categoria que reivindica salário. O serviço bancário é considerado essencial à comunidade, como é a saúde, educação, segurança e transporte urbano. O serviço de penhor, por exemplo da Caixa, não dá para pagar o juro no auto-atendimento. E como fica a questão? São milhares de pessoas que estão preocupadas e não sabem como agir. Por que a Caixa não utiliza a mídia para tranqüilizar essa gente?
O que a categoria está fazendo já não é mais greve, é, sim, um desrespeito aos clientes e dos que necessitam eventualmente dos serviços da Caixa. Já se aproxima dos 30 dias de paralisação e as partes não chegam a um acordo. O contribuinte pergunta: até quando esse estado de coisas perdurará?
Acho que o governo também está sendo conivente com a situação, pois não cede e muito menos oferece uma alternativa. Depois não adianta fazer propaganda “Vem prá Caixa você também”.
O slogam, a perdurar a greve seria: “Sai da Caixa Você também”.

terça-feira, outubro 20, 2009

HOMENAGEM A QUEM CUIDA DA NOSSA SAÚDE

Domingo o calendário das comemorações assinalou o Dia do Médico. A data também é festejada em Portugal, Inglaterra, Estados Unidos e Itália.
O dia lembra também o apóstolo Lucas, conhecido como “amado médico”, de acordo com o apóstolo Paulo. Segundo a história, São Lucas teria estudado medicina em Antioquia, sem contar sua habilidade para pintura, música, historiador, um dos mais intelectuais discípulos de Cristo. Particularmaente esta homenagem se destina a classe médica de Erechim e Região, onde se concentra um bom número de profissionais de todas as áreas da medicina moderna.

Aproveitando essa data desejo agradecer, mesmo tendo passado cerca de 60 anos, o Dr. Brasil. Era um médico que permaneceu em Erechim por alguns anos, atendia no antigo Hospital Santa Terezinha, e depois nunca mais soube dele.
Não fosse naquela época a sua competência e dedicação eu era para estar cego hoje. A história foi mais ou menos assim: tinha eu 12 anos de idade. Meu pai era, como muitos, caçador. Naquele tempo não existia Ibama e muito menos fiscalização, e se podia matar paca, tatú, passarinho, perdiz, enfim, toda e qualquer espécie da nossa fauna. O porão da nossa casa era o lugar onde guardava sua espingarda (orgulhava-se muito da espingarda, mocha, cano duplo, de origem suéca), os cartuchos e munição (pólvora e chumbo).

Em uma tarde de sábado, brincava com um amigo vizinho no pátio que ficava aos fundos da nossa casa. Coisa de criança ingênua!

Montamos uma espécie de fornalha com tijolos e em uma das extremidades fixamos uma lata de azeite com barro, contendo água só para ver o vapor expelido após a fervura do líquido. E assim passávamos o tempo. Aproveitando que não havia ninguém em casa, descobrimos a pólvora usada para carregar os cartuchos da arma de meu pai e passamos a brincar com a substância usada como propelente em armas de fogo, colocavamos em uma latinha de massa de tomate Elefante, mais ou menos, uma colher de sopa de pólvora e jogávamos uma brasinha. O efeito pirotécnico era impressionante, até que, em dado momento, uma das brasas jogadas falhou. O meu amigo (que amigo heim) mandou que eu me aproximasse e soprasse na latinha onde estava a brasa. Ajoelhei-me e com o rosto a uma distância de apenas alguns centímetros mandei um sopro. Não preciso dizer o resultado da traquinice. O calor provocado pela explosão da pólvora queimou o meu rosto chegando a selar as pálpebras dos meus olhos, fiquei cego. Aos gritos de dor, acudiu-me uma vizinha que colocou-me sobre o rosto clara de ovo. Nunca esqueço. Imediatamente localizaram meu pai que me conduziu ao hospital. Lá chegando o Dr. Brasil foi quem me atendeu. Limpou meu rosto queimado, medicou-me com pomadas etc. e disse ao “velho”: só poderemos saber se seu filho ficou cego ou não após ele abrir novamente as pálpebras. Ao cabo de uma semana começou o descolamento e voltei a ver novamente. Foi Deus e o dr. Brasil que me livram do pior. A explicação do médico foi de que na fração de segundos entre a explosão da pólvora o sopro, o instinto de defesa fechou meus olhos antes não atingindo o interior dos meus olhos.
Rememorei este fato para homenagear o médico no seu dia.
Obrigado Dr. Brasil, esteja onde estiver, nunca esqueci do senhor!


O QUE É R$80 MILHÕES PARA UMA ESTRADA QUE VAI RENDER BILHÕES

Estava lendo os jornais de Erechim, edições do fim de semana, e li o noticiário sobre uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores sobre a pavimentação de 68,5 quilômetros da BR 153, entre os municípios de Erechim e Passo Fundo, que há anos, ou seja, desde que seu traçado foi aprovado, feitas obras de arte e encascalhada para posteriormente ser asfaltada, nunca mais recebeu atenção do governo. Aliás, é o único trecho da BR que liga Marabá, no Pará, com Aceguá no nosso Estado.
Lembro perfeitamente a luta regional ao tempo do prefeito Dr. Eduardo Pinto com o apoio das classes empresariais, políticas e clubes de serviço para ligar Erechim com o Norte do país, como é hoje pela ponte sobre o Rio Uruguai, passando por Concórdia-SC seguindo pelo Paraná, Minas Gerais, Goiás, Brasília e se vai.
Quantas reuniões, viagens à Brasília! Só faltaram esses 68,5 quilômetros.
Não faz muito tempo a AMAU – Associação dos Municípios do Alto Uruguai – iniciou um movimento objetivando concluir esse trecho de vital importância para o desenvolvimento de mais de uma dezena de municípios, cujos reflexos começam a aparecer.
Nesta reunião, além do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Maia, presidente da Assembléia Legislativa, Ivar Pavan, deputado federal Paulo Pimenta e os estaduais Sossela e Pietróski, também se fizeram presentes, o prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp e diretor de Infraestrutura do Denit, engenheiro Hideraldo Caron.
O primeiro passo importante foi dado. O que se espera é que não se repita o que aconteceu com a ex-BR 480, depois transformada em RS, que levou mais de 20 anos para ser concluída, ligando Erechim com Goio-En e Chapecó no Sudoeste de Santa Catarina.
O que é um investimento de R$ 80 milhões para uma estrada que dará um retorno de bilhões de reais para o governo? Nada.
As declarações do representante do Denit assinalando que se tudo acontecer dentro do previsto seja possível que em novembro do próximo ano seja lançado o edital para a licitação da obra, deixou todos entusiasmados. Mas só entusiasmo não é o suficiente.
O noticiário ainda acrescenta que o deputado federal Paulo Pimenta (PT) idealizador da audiência pública, garantiu que a pavimentação da BR153 passa a ser prioridade da Bancada Federal.
Essa eu quero ver.
O importante é que AMAU, políticos e empresários da região se mantenham mobilizados para garantir os recursos federais a serem aplicados na importante obra.
Existe outro fato relevante que deve ser levado em consideração, o ano eleitoral. Portanto, a região não deve esquecer-se daqueles que prometem e depois não cumprem.
Um governo que tem dinheiro para promover os Jogos Olímpicos, certamente também possui recursos para terminar uma rodovia que vai provocar maior desenvolvimento numa região celeira do Norte do Rio Grande do Sul.

domingo, outubro 18, 2009

FIM DE SEMANA

Passei o fim de semana no interior, visitando municípios localizados no Nordeste do Estado.
Na sexta-feira á noite como falei em comentário anterior estive em Sananduva, onde realizei uma palestra sobre o tema: Roubo, Furto e Uso de Drogas pelos Caminhoneiros. Foi na Casa da Cultura, um auditório para mais de cem pessoas e com toda a infra-estrutura aos moldes, por exemplo, do Centro Cultural 25 de Julho de Erechim. Na platéia encontravam-se o prefeito do município Antonio Roberto Caldato; o presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Benedetti; Capitão Marcelo Almeida de Souza, da 4ª. Companhia da Brigada Militar; presidente da Associação dos Motoristas de Sananduva, Odair Cirino Rodrigues; Marcos Luis Weber, presidente da Associação de Motoristas de Lagoa Vermelha; Valdecir Guzzo, da Associação dos Motoristas de São José do Ouro; Alceu Foiatto da AVENOR; funcionários do Banco do Brasil, presidente do Rotary Club Inhandava, Luiz Antonio Mangoni, Vitor Belin da Direção da Rádio Sananduva, vereadores e motoristas de caminhão.
Ao final da palestra um assistente me emocionou. Humildemente aproximou-se enquanto era cumprimentado e manifestou seu desejo de pousar para uma fotografia. Mas até aí encarei com normalidade. Após a foto ele declarou-me em frente a outras pessoas que saiu da localidade onde reside no interior, de bicicleta, perfazendo 15 quilômetros, somente para me conhecer, pois é ouvinte assíduo do SOS Caminhoneiro, programa que transmitirmos para 36 emissoras do interior do Rio Grande do Sul. A presença de Banir Slongo foi verdadeiramente gratificante, pois não imaginava que tal pudesse acontecer.
Sou grato as autoridades e a sociedade de Sananduva que prestigiou a nossa visita aquela cidade. E para completar o giro, no sábado e domingo, estive em São Marcos, na maior festa de motoristas do interior do Estado. Mais de 500 caminhões participaram da procissão e benção em frente à Igreja Matriz da cidade. O almoço, (churrasco), servido no ginásio de esportes da Associação dos Motoristas São-Marquense contou com cerca de duas mil pessoas. Foi acima da expectativa, segundo o presidente da Entidade. Pela manhã, houve audiência pública da Subcomissão dos Caminhoneiros da Assembléia Legislativa, com a participação dos deputados Francisco Appio, Jorge Gobbi e Marisa Formolo.
A governadora do Estado, Yeda Crusius igualmente esteve presente, no domingo, chegando de helicóptero no estádio de futebol de São Marcos por volta de 11h. Ela participou da missa dos caminhoneiros almoço e retornou a Porto Alegre.
Vivi, portanto, uma experiência nova em minha vida profissional: a de palestrante. Foi muito bom. Conheci novas pessoas, alguma das quais já conhecia como o ex-prefeito de São João da Urtiga, Verildo Zanin e o radialista Cesar Toniasso. Mais uma vez registro meus agradecimentos a Sananduva e sua gente.

quinta-feira, outubro 15, 2009

YEDA VENCE ROUND CONTRA O PT

Dois fatos políticos relevantes aconteceram nas últimas 24 horas. O primeiro deles foi a decisão unânime da 43ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, excluindo a da ação de improbidade administrativa a governadora Yeda Crusius, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF).
A 4ª Turma também decidiu liberar bens bloqueados dos deputados José Otávio Germano (PP) e Fernando Záchia (PMDB), réus com Yeda na ação em razão de suspeita de participação no desvio de R$ 44 milhões do Detran. A indisponibilidade de bens do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado João Luiz Vargas foi mantida – apenas a aposentadoria foi liberada. Os procuradores do MPF devem recorrer aos tribunais superiores, em Brasília.
Com tal decisão acalma um pouco o mar agitado da política gaúcha e desgasta a oposição raivosa do PT que quer achar qualquer pé de galinha para fazer a sopa. Só que até agora não conseguiu.
Eu não sei porque essa gente estuda, se forma, faz concurso, assume uma posição notória na Justiça e não sabe que
governador não pode ser processado por improbidade administrativa (atos praticados por qualquer agente público no exercício do cargo, mandato ou função, que resultem em enriquecimento ilícito ou lesão ao Erário). Desde o início se dizia que a governadora só poderia ser julgada por crime de responsabilidade (impeachment) na Assembleia Legislativa ou ser alvo de processo criminal no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Só o fato da juíza Simone Barbisan Fortes, da 3ª Vara Federal de Santa Maria, não ter bloqueado os bens da governadora, indica insuficiência de provas. E ficou provado que a Justiça Federal de Santa Maria não tem competência para processar a governadora. Contudo a oposição, liderada pelo PT, deve reforçar as críticas contra Yeda no Legislativo. Na noite de ontem em nota, a bancada do PT disse que a governadora não foi absolvida e que a sentença ainda não é definitiva. No texto, consta: “A decisão do TRF só reforça o acerto do presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), em dar prosseguimento à tramitação do pedido de impeachment da governadora”.
O MPF irá recorrer da decisão do tribunal federal.

O segundo fato político foi a cassação do deputado José Sperotto, eleito pelo DEM. Ele havia assinado ficha no PTB no início de outubro e se deu mal. Não qual foi a estratégia do deputado, pois ele sabia que corria o risco de perder o mandato se trocasse de partido. Sperotto era deputado eleito pelo DEM.
Assumirá a vaga na Assembléia Legislativa o primeiro suplente do DEM, Reginaldo Pujol. Ele tem 30 dias para se apresentar. Os advogados de José Sperotto vão recorrer da decisão. O parlamentar foi comunicado por telefone ainda ontem á noite, pois ele está em Nova York, em viagem particular, e só retorna ao Brasil na terça-feira.

quarta-feira, outubro 14, 2009

MOVIMENTO SEM TERRA

Quem quiser saber tudo sobre MST leia o blog de Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja.
Até me permito reproduzir porque não imaginava o que seja, realmente, o Movimento dos Sem Terra.

“Mal-aventurados os miseráveis de João Pedro Stedile. Porque eles não serão consolados.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009.
Há quase 15 anos, fiz uma reportagem sobre o MST para a revista República e afirmei que o movimento havia se transformado no maior produtor de… IDEOLOGIA do país! Isto mesmo. O MST não produzia arroz, feijão, milho, batata ou soja. Produzia miséria e mistificação, mas resistência — ao capitalismo, bem entendido, e, portanto, à civilização. Uma década e meia depois, a realidade é rigorosamente a mesma, mas ampliada. O movimento se transformou no maior latifúndio improdutivo do país. E num poderoso multiplicador da pobreza.
Não se trata de chute, gosto ou discurso ideológico para confrontar a Teologia da Invasão. O que se tem é uma pesquisa feita pelo Ibope, encomendada pela Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária. Mais uma vez, a senadora Katia Abreu (DEM-TO), que preside a entidade, faz a coisa certa. Em vez de bater boca com mistificadores; em vez de contestar o coitadismo da violência, decidiu revelar a realidade em números. E eles são estarrecedores.
Nada menos de 37% dos assentados não produzem rigorosamente nada. Apenas 27,7% fazem o bastante para sustentar a família e vender algum excedente. Não conseguem o suficiente nem para as bocas da casa 10,7% dos assentados, e só 24,6% dão ao menos o que comer aos seus com o que extraem da terra. Isso faz com que 49% da renda dos assentados não tenha origem na terra, sendo necessárias as mais variadas formas de complementação: Bolsa Família, seguro-desemprego, trabalho assalariado fora da propriedade etc.
Tudo mais ou menos explicado quando se constata que apenas 15% dispõem de trator. Na MSTelândia, os instrumentos de trabalho predominantes ainda são a enxada, a pá e a foice. Os padres de invasão tentam enfiar um martelo ali, mas só conseguem multiplicar a pobreza sob o signo de sua cruz vilipendiada.
O descontrole do governo é tal, que, a rigor, boa parte das propriedades são ilegais: 46% compraram a terra de terceiros. Ou seja: o assentado original a vendeu - e é bem provável que alguns tenham voltado a se abrigar sob os plásticos pretos de Stedile.
Mas o governo zeloso, tão dedicado a repassar uma grana preta às entidades do MST, ao menos cuida do crédito, certo? Errado! Nada menos de 75% não têm financiamento do Pronaf; 21% têm e estão em dia, e 4%, em atraso.
E aquele estupendo trabalho de alfabetização do MST, naquela mistura ensandecida de Jesus Cristo com Mao-Tse Tung? Há trabalho infantil em 19% dos assentamentos, e 68% dos entrevistados — com mais de 18 anos sempre — são analfabetos. As condições sanitárias mostram o desastre do Brasil nesta área: 14% dos domicílios não têm banheiro ou qualquer instalação sanitária. Entre os outros 86%, 63% utilizam fossa rudimentar.
Eis aí a sociedade que estes monopolistas da bondade — Stedile e seus sacerdotes da Teologia da Invasão — estão construindo. A miséria dos assentamentos e a abjeção dos acampamentos é sua matéria-prima. Quando eu contestava, no passado, certo padre aqui em São Paulo que fazia dos miseráveis o seu porta-estandarte e das crianças que moram nas ruas o seu abominável “vinde a mim os pequeninos”, acusei-o de privatizar os pobres. É isto: Stedile precisa parar de privatizar a miséria rural, de transformá-la em poesia revolucionária. Sociologia e teologia bastardas se juntam para tentar tomar o lugar de políticas públicas.
É evidente que o modelo de reforma agrária é um desastre. Aliás, o seu fracasso é um enorme sucesso, não é mesmo? Ainda ontem, falando no Congresso, Guilherme Cassel, o patético ministro do Desenvolvimento Agrário, fez a defesa dos “movimentos sociais” — como se alguém estivesse contra eles. Não! O que se combate é esta formidável máquina de torrar dinheiro público e produzir pobreza em que se transformou a união de MST, Teologia da Invasão e governo federal. Criem vergonha na cara, senhores! Libertem os pobres!
E por que as coisas estão nesse pé? Porque à privatização da miséria comandada por Stedile correspondeu a terceirização da reforma agrária. O governo a entregou ao MST. É ele quem decide tudo — incluindo o uso dos recursos que deveriam servir de incentivo aos assentados. Esse controle se dá por meio de cooperativas e das tais entidades de fachada. Ocorre que o propósito do movimento é invadir e não consolidar a posse da terra e a produção. Explica-se: cada assentado é, potencialmente, um invasor a menos. Segundo as leis do MST, quem obtém a posse da terra está obrigado a continuar no movimento em benefício dos companheiros acampados. É um ciclo que se auto-alimenta; não tem fim. Quando falta mão-de-obra invasora, o MST vai buscá-la na periferia das cidades médias. Há sem-terra que nunca plantou um pé de couve. Não por falta de terra. É que não saberia distinguir a verdura de um pé de língua-de-vaca (é uma planta, leitor!).
Os oito mil assentamentos no Brasil ocupam 80,6 milhões de hectares. É terra para chuchu. Abrigam 875 mil famílias. Apenas 240 deles conseguiram alguma autonomia. E, atenção!, nem assim conseguem gerar a renda necessária para os assentados.
Mas Stefile, o PT e as esquerdas de modo geral não querem mexer no modelo. Os assentados são os seus miseráveis de estimação. E, em muitos casos, o seu ganha-pão. O pão que falta àqueles que ele pretendem “libertar”!

segunda-feira, outubro 12, 2009

INTERIORIZAÇÃO

O S.O.S. Caminhoneiro criado para auxiliar os motoristas autônomos que transitam pelas nossas estradas inicia nesta sexta-feira, visitas a todas as sedes de municípios do interior do estado onde há uma emissora parceira, para dialogar com a categoria.
A primeira visita será a cidade de Sananduva, a convite da emissora local. À noite faremos uma palestra no Centro de Cultura para caminhoneiros, autoridades e demais interessados sobre Falta de Segurança nas Estradas, Roubo, Furto de Cargas e Uso de Drogas. Início 20 horas. Esperamos a presença da comunidade local.
No próximo ano o S.O.S. Caminhoneiro completará 15 anos de atividades no auxílio ás autoridades no combate a bandidagem na estrada. Fazem parte do nosso sistema informativo 35 emissoras. São elas:
1-Rádio Gaúcha, Porto Alegre
2-Rádio Cassino, Rio Grade
3-Rádio Cinderela, Campo Bom
4-Rádio Fátima, Vacaria
5-Rádio Esmeralda, Vacaria
6-Rádio Estação, Carlos Barbosa
7-Rádio Reporter, Ijui
8-Rádio São Miguel, Uruguaiana
9-Rádio Viva, Farroupilha
10-Rádio Solaris, Antônio Prado
11-Rádio Sananduva, Sananduva
12-Rádio Excelsior, Gramado
13-Rádio13 Osório, Osório
14-Rádio Diplomata, São Marcos
15-Rádio Fandango, Cachoeira do Sul
16-Rádio Guaramano, Guarani das Missões
17-Rádio Tapejara, Tapejara
18-Rádio Garibaldi, Garibaldi
19-Rádio Araucária, São José do Ouro
20-Rádio Nova 104 FM, Tapejara
21-Rádio Vida, Cachoeira do Sul
22-Rádio Comunidade, Veranópolis
23-Rádio Vale do Jacuí AM, Cachoeira do Sul
24-Rádio Gazeta - Santa Cruz do Sul
25-Rádio Alto Uruguai, Humaitá
26-Rádio Aurora, Guaporé
27-Rádio Alvorada, Marau
28-Rádio Alto Taquari, Estrela
29-Rádio Cristal, Soledade
30-Rádio Capão Bonito - Capão Bonito
31-Rádio Encanto, Encantado
32-Rádio Nordeste, Bom Jesus
33-Rádio Pinhal da Serra, Pinhal da Serra
34-Rádio União, Caxias do Sul
35-Rádio Difusora, Bento Gonçalves
Nosso reconhecimento a todas elas pelos relevantes serviços que prestam aos caminhoneiros gaúchos e brasileiros.

sábado, outubro 10, 2009

GOVERNO VOLTA ATRÁS

Ontem li uma entrevista do ministro Guido Mantega, da Fazenda, dizendo que poderá haver atraso no pagamento das restituições do Imposto de Renda, tendo em vista a fraca arrecadação.
A entrevista do ministro causou repercussão imediata principalmente na bancada oposicionista. O PSDB, por exemplo, pretende pedir explicações formais ao ministro e ao secretário da Receita Federal sobre a decisão de atrasar o pagamento da restituição do IR. O líder Arthur Virgilio, prometeu na próxima semana apresentar requerimento para que os dois prestem depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado a respeito dessa notícia que poderá ocorrer retardamento na devolução do imposto pago a mais.
“Um governo quando é responsável, adapta a estrutura de gastos a sua receita”, afirmou o senador do PSDB.
É isso mesmo.
Por outro lado, a medida se for realmente adotada, pode ser um sinal de que a fonte está secando. Estava na cara que um dia iria faltar dinheiro. É muita esbanjação, nunca se viu igual. Sua excelência, em primeiro lugar inchou a máquina com a nomeação de milhares de funcionários. O Senado, presidido pela iminência parda José Sarney, efetivou centenas de funcionários sem concurso; some-se o gasto para sustentar esse pessoal todo. Vai longe.
Quem é o prejudicado?
O contribuinte!
Só falta o ministro da Previdência dizer que vai atrasar os salários dos aposentados.
Por falar em aposentados, e o projeto do senador Paim? Os velhinhos da previdência podem esperar sua aprovação, ou vai ficar para a próxima encarnação.
Agora saiu a notícia de que o governo pressionado pela soiedade estuda a reversão da medida por meio da ampliuação dos dois últimos lotes de restituição deste ano – novembro e dezembro.
A exceção fica para quem for retido na malha fina por conta de algum problema na declaração.

Estou indo para Caxias do Sul, numa representação parlamentar para participar de uma reunião com motoristas e Clube de PX.
PX é um sistema de rádio comunicação muito usado pelos caminhoneiros para se comunicar durante as viagens e até com familiares.
No final da outra semana estarei em Sananduva para uma palestra na Casa da Cultura, dirigida aos caminhoneiros. A iniciativa é da Rádio Sananduva com o apoio da Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores e Associação dos Motoristas local.
O tema a ser abordado será: A falta de segurança nas estradas, roubo e furto de cargas e o uso de drogas pelos motoristas.
Um bom fim de semana a todos.

quinta-feira, outubro 08, 2009

ESTÃO BRINCANDO COM COISA SÉRIA

O jornalista Políbio Braga fez uma denúncia muito grave em sua coluna desta terça-feira, (7/10) no jornal O Sul, e que coloca em cheque a CPI da Corrupção que investiga atos ilícitos no governo Yeda Crusius.
Políbio escreve: “ A FARSA DO VÍDEO MONTADO PARA ENGANAR A CPI DO PT”.
O caso do vídeo apresentado por Stela Farias aos seus colegas deputados e distribuído aos jornalistas é grave. O vídeo original tem 91 minutos, mas na reunião de quinta-feira só apareceu um vídeo de 240 segundos. Trata-se de uma gravação grosseira. A deputada não disse como montou, quem montou, a partir de que critérios e de que forma, mas apresentou tudo como sendo a fala de Feijó. Deputados e jornalistas sequer foram prevenidos de que se tratava de montagem. Os leitores e telespectadores não ficaram sabendo da farsa, sequer a Globo. Foi desse vídeo montado, que lembra muito a gravação forjada das conversas entre Lair e Marcelo, que a Rede Globo tirou a sua imagem para o Jornal Nacional. Trata-se de uma farsa. “É um episódio único na história política do RS”.
A se confirmar estas denúncias só há um caminho, a destituição da CPI, pois estaria se utilizando de expediente fraudulento e truques, para incriminar e apresentar “provas” não verdadeiras.
Volto a repetir, a delação feita pelo jornalista Políbio Braga de que houve uma montagem cinamatográfica para forjar prova significa a perda total da credibilidade da investigação feita pela CPI. Quem vai acreditar daqui prá frente nas gravações e vídeos em poder da Comissão?

Ontem á tarde surgiram novos fatos e acusações contra a governadora Yeda Crusius. Uma delas, a mais grave trazida pela presidente da CPI, deputada Stela Farias foi a de que móveis foram comprados com dinheiro público para mobiliar a casa da governadora.
Foram exibidas notas fiscais. Imediatamente o governo emitiu a seguinte...

NOTA DE ESCLARECIMENTO AO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL: Em respeito aos gaúchos e com a transparência que caracteriza um governo eleito democraticamente, é necessário restabelecer a verdade dos fatos. Assim, diante das infundadas informações sobre aquisição de bens patrimoniais para a casa da governante, fica esclarecido que: 1. É totalmente legal a aquisição de bens e serviços necessários à habitabilidade do local onde o governante reside. 2. Os bens adquiridos tiveram processo de compra e pagamento aprovados pela CAGE, e estão devidamente registrados no patrimônio público, com termo de responsabilidade. 3. No final do mandato, o governante tem que restituir os bens ao Estado ou indenizar pelo valor da compra, portanto sem nenhum prejuízo ao erário público. 4. Ainda na data de hoje, o deputado Daniel Bordignon teve vista de um dos processos referidos nas infundadas informações. 5. Todos os dados referentes ao assunto serão totalmente disponibilizados ao Parlamento, já nesta quinta-feira (08/10), tão logo estejam reunidos os processos. Está claro, portanto, que a ação do Governo é legal e transparente, amplamente documentada. A publicação distorcida de fatos, além de descabida e inaceitável, é mais uma oportunidade para confirmar a insidiosa tentativa de desqualificar o governo, agredir a tradição de honradez e correção dos gaúchos e contribuir para o enfraquecimento da imagem do Estado.
Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Gaúchos e gaúchas de todas as querências – como diz o Nico Fagundes – o que não se sabe até agora qual é a estratégia dos deputados da base do governo, que tem maioria na CPI e permanecem silentes a tudo isso. Passa a patrola e acaba com esse carnaval de denuncismo como faz o PT no Congresso. O que estão esperando?

terça-feira, outubro 06, 2009

A VENDA DE VOTOS E O PROTESTO DOS BRIGADIANOS

Como você classificaria um eleitor que vende seu voto?
Eu o classifico como um lesa pátria, e como tal, deveria ser condenado no mínimo a 10 anos de prisão, sem direito a pena regressiva e outros pinduricalhos que a Lei oferece.
O Instituto Data Folha acaba de revelar que o brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção.
Olha só o que indica a pesquisa: 94% dos brasileiros dizem ser errado oferecer propina, e 94% concordam ser repreensível vender o voto.
Um País em que os eleitores trocam o voto por dinheiro, por cesta básica, emprego, sepultura nova para um ente querido, telhas e madeiras para construção de um rancho e acreditam que os seus concidadãos fazem o mesmo a cada eleição; um País, cujos eleitores aceitam a idéia de que não se faz política sem corrupção; um País assim deveria ser obra de ficção, como em Os Bruzundangas, livro de Lima Barreto, editado em 1923.
O Data Folha mostra ainda que no universo de 132 milhões de eleitores, dos quais 17 milhões são maiores de 16 e 17 anos, 13% das pessoas ouvidas admitem já ter trocado voto por emprego, dinheiro, ou presente.
Outro dado revelado e que espanta: para 92% há corrupção no Congresso e nos partidos políticos, ou seja, somente 8% se salva; 88% acham que o governo e os prefeitos são corruptos.
Diante disso, tem muita gente pensando se vale a pena ser ético, correto, honesto, decente. Aliás, há muito tempo que o brasileiro perdeu o caminho da decência.
O cheque bancário, por exemplo, é o maior atestado de desonestidade da maioria dos brasileiros. Quase ninguém mais quer saber de cheque, porque a turma dos vigaristas é maior que a dos bons pagadores.
Antigamente o cheque era um atestado de honestidade, hoje está completamente desmoralizado, tanto que em alguns estabelecimentos comerciais está afixado em local bem visível “Não se aceita cheque”.

Uma palavra final sobre as reivindicações dos brigadianos. Ontem, (6/10) assisti uma das manifestações mais ordeiras e democráticas dos últimos tempo na frente do Palácio Piratini. As três entidades ligadas a BM reuniram na Praça da Matriz cerca de mil pessoas, a maioria familiares dos policiais que vieram protestar contra os baixos salários que recebem.
O protesto foi organizado pela Associação dos Oficiais, Sargentos, Sub-tenentes e Tenentes, mais a Associação de Servidores de Nível Médio da Brigada Militar. Três deputados federais discursaram ao microfone, o relator da Comissão especial que trata da questão salarial dos policiais militares na Câmara, deputado major Fábio, Enio Bacci e Paulo Pimenta.
Eu não sei como o governo tem a coragem de oferecer 3% de aumento a categoria dos policias militares!


sexta-feira, outubro 02, 2009

FIM DE SEMANA

Hoje é sábado e mais um fim de semana. Felizmente sem chuva, com sol, verdadeiro dia de primavera.
Os assuntos da semana foram os mais variados, alguns agradáveis, outros não tão aprazíveis, mas, enfim, foi mais uma semana que passou.
Em termos de Brasil, assistimos com certo desprazer a aprovação folgada do advogado do PT, José Antonio Toffoli para o lugar que pertencia ao ministro Menezes Direito, no Superior Tribunal Federal (STF). Um jovem ainda, com uma carreira brilhante, mas muito criticada especialmente por oposicionistas no Congresso.
Como estamos a pouco mais de um ano das eleições, os políticos (como os pássaros) começam a se acasalar, ou seja, procurar os seus ninhos e outros até mudar de ninho. É o caso do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ele deixa o PMDB e migra para o PT, mesmo em meio à crise de Honduras.
O comandante do Banco Central, Henrique Meirelles, filia-se ao PMDB, mas ainda não decidiu será ou não candidato. Claro que será!
Outro assunto que esquentou os noticiários foi o uso de diárias pelos deputados da Assembléia Legislativa que rendeu vários debates, mas vai continuar tudo como está. Apenas poderá mudar a forma de prestação de contas.
A CPI da Corrupção até ontem não conseguiu ouvir nenhuma testemunha ou informante dos aludidos escândalos no governo do Estado.
A Comissão de Impeachment que examina a situação de improbidade da governadora Yeda Crusius, de acordo com o presidente, deputado Pedro Westphalen, não fará reuniões e muito menos solicitará depoimentos.
Para fechar este bloco de informações na área política, continuou na sexta-feira a greve parcial dos bancários. Aliás, um movimento que está recebendo a repulsa da sociedade que não tem nada a ver com o salário dos que ficam tomando chimarrão nas portas dos bancos, e estão pagando a conta.

Para encerrar a semana, pelo menos uma notícia boa.
Recebo do amigo Antonio Grzybovski, que como eu é erechinense, a participação de um evento que vai homenagear pessoas e organizações, denominado “Erechim é Você!”.
Conversamos por telefone e ele explicou-me o significado da homenagem.
Foram escolhidas 50 pessoas e entidades e/ou organizações que ao longo do tempo sempre estiveram comprometidas com o progresso e desenvolvimento do município. Elas serão homenageadas com o troféu “Maestro Elirio Toldo”, cuja parte de sua vida, embora não sendo filho nato de Erechim, aqui chegou com seus pais, criança ainda, (era natural de Flores de Cunha) e ajudou a cidade crescer. Era honrosamente um sapateiro, que mais tarde tornou-se um grande comerciante tendo desempenhado várias atividades comunitárias, entre elas no campo da cultura. Toldo foi fundador da Banda Sinfônica Erechinense, além de diversos corais e bandas, onde atuou como regente e músico. Faleceu em 04 de outubro de 2008, aos 78 anos.
Os homenageados e convidados especiais do evento serão recepcionados com um jantar no Clube do Comércio. A noite terá enfoque na frase “Erechim, é você!”, e os motivos de cada homenagem serão destacados diante da seleta platéia.
A organização do evento é do jornalista Antonio Grzybovski, companheiro de jornada aqui na Assembléia Legislativa e está prevista para meados do mês de novembro.
Vou fazer todo o empenho para estar presente, afinal, já estou com saudades da minha terra.

quinta-feira, outubro 01, 2009

GREVES

Acho que a lei de greve tem quer revista neste país. Acho também que serviços essenciais à sociedade não poderiam fazer greve. Po exemplo: quem trabalha na saúde, Hospitais, Servidores Públicos, Bancários, Transportes Urbanos, Correios, Polícias e outras categorias. Ou então que se orquestre uma greve geral e pare à Nação e se busque alcançar as reivindicações pretendidas em bloco. Por exemplo, a categoria dos aposentados que luta por melhoria salarial há tantos anos
e vive enganada pela classe política, nem greve pode fazer, porque a greve só é legítima – claro – para quem trabalha. O aposentado que há anos vem sendo espoliado pela Previdência, graças ao Sr. Fernando Henrique Cardoso que criou o fator previdenciário, só tem direito de fazer um tipo de greve: a greve da fome.
O que não pode, é continuar essa farra de uma greve aqui, outra ali e todo mundo pagando uma conta que não deve.
Um país como o Brasil que venceu a crise econômica mundial, que cresce economicamente; que tem muito a desenvolver no campo da saúde, educação e segurança, não pode continuar a mercê de greves de categorias cujo trabalho é indispensável ao crescimento do país e prejudica a maioria da sociedade.
Precisamos pensar mais seriamente sobre esta questão.

O erechinense Renato Mársico, gozando uma boa aposentadoria do Banco do Brasil, amigo de muitas décadas, escreve dizendo que concorda com o presidente da Assembléia Legislativa, que exige indenização pelos estragos causados por manifestações estudantis. Também concordaria – diz ele – com a devolução das despesas de diárias indevidas e outros desvios de dinheiro público. Seria um bom exemplo de conduta e honestidade. Também concordo.

Recebi ao fim da tarde de ontem um e-mail que transcrevo para conhecimento dos leitores e que enfoca a polêmica criada pela indicação do Sr. José Antonio Dias Toffoli,
Advogado Geral da União para o STF, aprovado ontem para ao cargo, com sobra de votos. Como é bastante extensa vou tentar resumir. É interessante que todos saibam quem é o Dr. Toffoli. Leiam.
“De acordo com o art. 101, parágrafo único, da Constituição Federal, os ministros do Supremo Tribunal Federal são nomeados, para exercício vitalício, pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta dos membros do Senado
Federal.
Na história do Brasil, poucas vezes o Senado recusou o nome indicado pelo presidente da República. Uma delas foi quando o presidente Floriano Peixoto indicou o médico Cândido Barata Ribeiro para o cargo. Na votação, prevaleceu o entendimento dos senadores João Barbalho, Campos Sales e Rui Barbosa de que a pessoa indicada não tinha o "notável saber jurídico" exigido para o
cargo pela Constituição. O Sr. Toffoli não preenche os requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF. Não possui notório saber jurídico, não tem cursos de pós graduação, não tem livros publicados, foi duas vezes
reprovado em concursos para a magistratura de primeira instância, não tem reputação ilibada, e possui duas condenações na Justiça. Os leitores poderão examinar, mais adiante, a este respeito, um e-mail sobre o Sr. Toffoli enviado pelo Senador Álvaro Dias a um professor universitário, um discurso do mesmo Senador Álvaro Dias
sobre a indicação do Sr. Toffoli, e algumas considerações do jornalista Reinaldo Azevedo sobre os motivos da presidência para indicá-lo ao STF. A nomeação de Toffoli é resultado apenas de sua militância partidária no Partido dos Trabalhadores, por ter sido durante muitos anos advogado do PT e assessor jurídico nas campanhas do Lula. Ainda jovem, em outra atipicidade da
indicação, Toffoli, se confirmado, deverá permanecer por cerca de 30 anos como Ministro do Supremo Tribunal Federal, antes que venha a aposentar-se”.
Ao final do e-mail há o discurso do senador Álvaro Dias no Senado brasileiro sobre a indicação do Sr. Stofolli.
“No epicentro de uma crise que atinge as instituições públicas brasileiras, semeando o descrédito que se generaliza e provoca o inconformismo nacional, o Presidente da República assumiu o risco de
indicar alguém que poderá, inclusive, contribuir para o desgaste do Poder Judiciário. Nessa escolha ficou patente que Sua Excelência preferiu fugir do rol
de nomes que o mundo jurídico celebra com satisfação. Ao invés de pinçar um reconhecido doutrinador ou um promotor de notória atuação, enfim, um magistrado vocacionado para a posição, sua opção foi atender aos reclames da esfera político-partidária. O Supremo Tribunal Federal não pode ser menosprezado. A Corte
suprema não se presta a abrigar aqueles que se alinham,
eventualmente, ao governo da hora. Ademais, notório saber jurídico, a meu ver, é o pressuposto básico indispensável para a indicação. Se fosse uma espécie de vestibular, seria a matéria eliminatória. O itinerário jurídico do aspirante à Suprema Corte é objeto de muitos questionamentos. Reprovações consecutivas como as que ocorreram com Toffoli em concursos para a magistratura no Estado de São Paulo já motivaram o Tribunal de Justiça daquele Estado a vetar nomes sugeridos pela OAB para integrar aquela Corte. Seu
currículo não figura na plataforma Lattes, na qual juristas detalham seus cursos e obras. Não possui mestrado nem doutorado e não é autor de nenhum livro. Portanto, não posso aplaudir. Sua escolha é infeliz. O Brasil possui renomados juristas. A dificuldade, nesse caso,
seria escolher qual deles é o mais preparado e talentoso para exercer a função. A escolha deve eleger e premiar o talento, o preparo, a probidade e não o companheirismo.
Não basta desfrutar de prestígio e reconhecimento nas hostes governamentais para estar credenciado a integrar a mais alta Corte do País. Não é suficiente ser um bom advogado, tem que ser o melhor.

POSIÇÃO DO JORNALISTA REINALDO AZEVEDO
NA REVISTA VEJA

É um fato intrinsecamente escandaloso que Lula o indique para uma vaga no Supremo. Porque, como é NOTÓRIO, falta-lhe o notório saber - ao menos para o cargo em questão. Os motivos já são conhecidos.
A "reputação ilibada" já vinha esfolada pelo fato de Toffoli ter sido o advogado do PT e de Lula quando o partido pagou Duda Mendonça com dólares clandestinos depositados no exterior. Não há "talvez" nesta história. Isso é fato. A tramóia do que se conhece como mensalão, como se sabe, começou na campanha eleitoral.
Basta recuperar os eventos. Toffoli deixou a Casa Civil quando José Dirceu caiu. E voltou a advogar para o PT e para Lula. Reeleito o presidente, foi recompensada com o cargo de advogado geral a União. Sua contribuição até ali para assumir aquele posto? Fidelidade ao PT. A condenação, em primeira instância, pela Justiça do Amapá não ajuda a desenhar o perfil de alguém apto para o cargo. É claro que conto com a possibilidade de que Toffoli tenha sido injustiçado e de que a sentença seja produto de erro ou coisa pior.Mas também existe a possibilidade inversa: a de que o juiz do Amapá
esteja certo.Sendo assim, considerando que estamos falando de um posto privilegiado a que apenas 11 brasileiros podem chegar, o primeiro direito que tem
de ser protegido aí é o de os brasileiros terem um ministro apto para o cargo e digno da distinção.
Ou será que inexiste outro nome que consiga conciliar rigor intelectual e ficha absolutamente limpa?
É evidente que existe. Se a escolha recai sobre Toffoli, a despeito desses óbices todos, então é forçoso reconhecer, sem escapatória, que ele está sendo indicado por causa de seus vínculos políticos”.
Observação: este e-mail me foi enviado antes da escolha do novo ministro. Mas, é assim que funciona a revolução silenciosa, e o PT sabe muito bem fazer isso.