quarta-feira, outubro 21, 2009

DEU A LÓGICA

Como na loteria esportiva: deu a lógica, trinta votos contra, 17 a favor e 8 ausentes. Este o placar da votação de ontem do pedido de impeachment contra a governadora Yeda Crusius. O processo foi arquivado, o que pôs fim a demanda protocolada em julho deste ano pelo Fórum dos Servidores Públicos do Estado. Da base do governo votaram deputados das bancadas do PMDB, PSDB, PTB, PP, PPS, PRB e dois deputados do PDT, Giovani Cherini e Kalil Sehbe.
Pelo menos por ora o governo fica mais aliviado das pressões e tumultos e passa a dedicar-se a governar efetivamente o Estado.
O que chama atenção é que a sociedade civil, ou seja, aquela que não está ligada a grupos, Sindicatos, Associações, Agremiações durante todo o processo se manteve silente. Somente os grupos organizados é que fizeram barulho e ainda tentam bagunçar o coreto.
Resta agora a CPI da Corrupção que não decola. A base governista que também possui maioria de votos na Comissão já deu sinal nas últimas votações de que pouco ou quase nada vai apurar do que a Justiça já investigou. Portanto, será mais um trabalho desgastante com resultado zéro.
Aliás, tanto o impeachment como CPIs, são processos que deveriam passar por um reestudo. O governo que possui maioria no Legislativo, dificilmente será punido por impeachment ou CPI. Como se sabe, nesses casos, os que decidem são pessoas comprometidas e não isentas. Lembram do caso mensalão? Lula tinha, e tem, no Congresso maioria. Logo, permaneceu blindado. Fernando Collor, possuia minoria, o impechment o pegou. A governadora Yeda Crusius possui maioria na Assembléia, o processo foi arquivado. Por tudo isso, a Lei do impeacahment precisa ser revista. Como revista também a Lei de Greve. Já expus minha modesta opinião em comentário anterior sobre a Lei da greve, é um instrumento de conquista do trabalhador mas, por outro lado, é uma ferramenta que prejudica quem não tem nada a ver com a categoria que reivindica salário. O serviço bancário é considerado essencial à comunidade, como é a saúde, educação, segurança e transporte urbano. O serviço de penhor, por exemplo da Caixa, não dá para pagar o juro no auto-atendimento. E como fica a questão? São milhares de pessoas que estão preocupadas e não sabem como agir. Por que a Caixa não utiliza a mídia para tranqüilizar essa gente?
O que a categoria está fazendo já não é mais greve, é, sim, um desrespeito aos clientes e dos que necessitam eventualmente dos serviços da Caixa. Já se aproxima dos 30 dias de paralisação e as partes não chegam a um acordo. O contribuinte pergunta: até quando esse estado de coisas perdurará?
Acho que o governo também está sendo conivente com a situação, pois não cede e muito menos oferece uma alternativa. Depois não adianta fazer propaganda “Vem prá Caixa você também”.
O slogam, a perdurar a greve seria: “Sai da Caixa Você também”.

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