quarta-feira, outubro 28, 2009

A CPI, A DECISÃO DA JUSTIÇA E A FEIRA DO LIVRO

As gravações de áudio telefônico em poder da CPI da Corrupção está dando o que falar. Embora tenham sido apresentadas em reunião a portas fechadas, alguma coisa vazou e repercutiu imediatamente, criando um certo desconforto entre parlamentares do PMDB.
Alexandre Postal e Alceu Moreira andaram se bicando. Postal que ouviu as gravações criticou os colegas de bancada e se disse “enojado com conversas envolvendo homens públicos que fazem barganha para usufruir benefícios próprios”.
Seu colega Alceu Moreira que teria aparecido nas gravações não gostou das declarações de Postal e alfinetou: ele nem é membro da CPI. Teria acrescentado mais o seguinte: a atitude do colega pode ter sido motivada por resquícios da escolha da presidência da Assembleia.
E a presidente Stela Farias (PT) já adiantou, o próximo será o senador Sérgio Zambiasi.
Já se passaram praticamente 60 dias desde a instalação da CPI e foram ouvidas somente seis testemunhas. Faltam mais outro tanto para terminar o prazo que pode ser prorrogado por mais 30 dias.
Mas, a notícia do dia foi a decisão da Justiça que manda a Assembleia pagar para 41 funcionários do legislativo os supersalaários que haviam sido cortados por ultrapassarem o teto estadual que é de R$ 22.111,25.
Dos 41 funcionários que tiveram seus salários cortados, 12 estão na atividade e 29 já aposentados. A procuradoria da Casa vai recorrer da decisão junto ao STF.
Na análise da ação que foi provocada pelo Sindicato dos Funcionários Efetivos e Estáveis da Assembleia os desembargadores reconheceram o princípio do direito adquirido.
Ainda sobre a CPI da Corrupção, corre a notícia pelos corredores da Assembleia Legislativa que os deputados da base do governo vão acionar a Justiça Federal para que solicite de volta os autos do inquérito da Operação Solidária. É que segundo os parlamentares a presidente pediu o inquérito como presidente, sem ter submetido o pedido à aprovação da maioria desrespeitando, inclusive, a exigência de segredo de justiça.
Por último, vale lembrar a festa da literatura em Erechim, cidade polo da Região do Alto Uruguai, com a realização da 12ª Feira do Livro, encerada no domingo passado. A participação do público ultrapassou a expectativa, cerca de 28 mil pessoas passaram pela feira. A patronesse da feira este ano foi a professora Neusa Cidade Garcez.
O livro, como se sabe, é de fundamental importância para o desenvolvimento das sociedades e para o crescimento intelectual do indivíduo. É ele que permite ao ser humano registrar fatos importantes da sua história e repassar tais fatos às sociedades posteriores; atuando como vetor do conhecimento.
É notável o avanço intelectual que o ser humano teve após a invenção da escrita. Foi a partir dela que ele pôde catalogar e compartilhar as suas descobertas; dando origem ao que chamamos de livro. Os Hebreus, por exemplo, a partir de um conjunto de livros conhecido como Pentateuco, formaram as bases do cristianismo ocidental. É válido citar, além dos Hebreus, os fenícios que a partir de escritos, contribuíram para as técnicas de navegação atual. Tudo isso só foi possível graças ao conjunto de obras escritas e organizadas em livros que permitiu a formação de um legado cultural para as civilizações posteriores. É dessa forma que a humanidade evolui: cada geração acrescenta e registra uma descoberta que será passada para a próxima geração. Além da importância de levar o conhecimento de geração a geração, o livro tem uma importância fundamental na disseminação do conhecimento em uma mesma geração. É o acesso a esse conhecimento que possibilita ao indivíduo o crescimento tanto intelectual quanto o financeiro. O acesso do indivíduo a esse conhecimento permite-lhe fazer comparações e associações as quais possibilitam o aprimoramento do conhecimento anterior.
Sendo assim, o livro é o principal responsável pela sociedade que se tem hoje. É graças a ele que a medicina, as relações sociais e as outras áreas do saber evoluem a cada geração.
Parabéns aos organizadores da Feira do Livro em Erechim.

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