domingo, maio 30, 2010

PRÉ-CANDIDATOS

Estiveram em Erechim na semana finda os pré-candidatos da coligação (PMDB-PDT) ao governo do estado José Fogaça e Pompeu de Matos. Não preciso dizer da hospitalidade com que foram recebidos. Aliás, Erechim sempre recebe bem. Por nada não é cognominada de “Capital da Amizade”, slogam criado pelo Rubens Safro (Buja) num raro momento de inspiração.

São dignas de registro às afirmações feitas pelos pré-candidatos ao longo de uma entrevista prestada a uma emissora local.

José Fogaça disse uma frase que o eleitor da região não poderá esquecer facilmente para cobrar mais tarde: “Não podemos brincar com coisa séria. Quem não respeitar o Alto Uruguai, não merece governar o Rio Grande do Sul”.

Pompeu de Matos companheiro de chapa de Fogaça não deixou por menos e afirmou: ”Não há Brasil sem o Rio Grande. E não há Rio Grande sem o Alto Uruguai. Escreva o que estou dizendo. Está na hora de alguém se acordar e acordar alguém. Significa dizer que os governos anteriores não deram a devida importância para os 32 município da AMAU, desde Marcelino Ramos até Erval Grande; de Aratiba até Getúlio Vargas.

Foram afirmações de reconhecimento a uma região que sempre caminhou pelas suas próprias pernas.

As obras de infraestrutura que são alavanca para o progresso de um município ou região sempre foram relegadas, e não fosse a pressão das lideranças locais não teríamos a BR153 – BR480, melhoria no fornecimento de energia elétrica e telefone. A BR480 que liga Erechim com o Oeste de Santa Catarina, passando por Barão de Cotegipe, São Valentim, Erval Grande até a ponte do Rio Uruguai que demanda a Chapecó, levou mais de 30 anos para ser concluída.

Enfim, os grandes investimentos sempre foram mais da iniciativa privada do que propriamente de governos. É por isto que não causam estranheza ás declarações dos pré-candidatos Fogaça e Pompeu, porque não revelaram nenhuma novidade, apenas constataram uma grande verdade: ”Não há Brasil sem o Rio Grande. E não há Rio Grande sem o Alto Uruguai.

sexta-feira, maio 28, 2010

PAPAGAIO DE ESTIMAÇÃO

Quando residia em Brasília acompanhei pela imprensa local a tristeza e angústia de um homem idoso que mantinha em seu apartamento um papagaio. Era seu companheiro há mais de 20 anos. A denúncia ao Ibama foi feita por um vizinho que não tolerava os gritos do louro que acabou sendo apreendido pelos fiscais e levado para o zoológico. O fato na ocasião foi largamente noticiado pelos jornais, comovendo alguns e contentando outros.A perda do papagaio fez com que o referido homem entrasse em profunda consternação, cujo grau de abatimento obrigou-o a ir consultar um médico. A ave por sua vez estranhou o novo ambiente, entrou na fossa, não comia, e segundo os médicos veterinários a causa era a ausência do seu dono. Ambos, portanto, homem e animal, sofriam. O Ibama temendo que o louro viesse a morrer e seu dono ter sua situação agravada, devolveu o papagaio, e ambos vivem felizes até hoje.No Rio Grande do Sul, na cidade de Caxias do Sul, um caso semelhante foi parar na Justiça. Uma mulher que mantinha dois papagaios-charão em cativeiro foi absolvida e ganhou a posse definitiva das aves.Os papagaios vivem em cativeiro há cerca de 12 anos. Na ação o pretor Celso Antônio Lupi Kruse não só julgou procedente a denúncia, como condenou Giovana Casagrande Cândido a pena de seis meses de detenção, no regime aberto, substituída por prestação de serviços à comunidade, pelo período de quatro horas semanais. O pretor na sua sentença ainda condenou a dona dos papagaios ao pagamento de multa no valor de um salário mínimo, o perdimento dos animais e encaminhamento ao Ibama.A defesa recorreu da decisão e acabou revertendo a sentença.Para a relatora do recurso na Turma Recursal Criminal, a Juíza Laís Ethel Corrêa Pias afirmou que, como as aves estão na família há mais de uma década e, embora, inicialmente possa se tratar de conduta típica, atualmente não mais subsiste o delito, haja vista que os papagaios se encontram domesticados, impedindo a adaptação ao meio original, era pela absolvição da ré, determinando que a família ficasse com a posse definitiva das aves.Atuou como defensora nesse processo a advogada Ana Paula Tartari Fuialho.Se por um lado os animais devem permanecer no seu habitat original como muitos defendem, também não vejo mal que convivam próximo ao homem, muitas vezes até melhor tratados do que na selva ou nos matos.
Se eu fosse juiz também absolveria a dona dos papagaios.
JUSTIÇA QUER AUMENTO

A notícia está estampada no jornal O Estado de São Paulo de hoje, 28. A reportagem é de Lu Aiko Otta. Olha só que absurdo! Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decide se veta ou não o reajuste de 7,72% aos aposentados que recebem mais do que um salário mínimo, que custa R$ 1,7 bilhão a mais do que o governo espera gastar, uma conta muito maior ameaça bater nos cofres federais.O Congresso Nacional analisa um projeto de lei que reestrutura os salários do Judiciário Federal e do Ministério Público, que custará a bagatela de R$ 7,8 bilhões por ano, com reajustes que chegam a 64,5%. Pior ainda, o projeto pode iniciar um efeito cascata em toda a administração pública, pois prevê que a remuneração bruta de um funcionário em topo de carreira poderá atingir R$ 32 mil, maior do que o teto hoje estabelecido, que é de R$ 27 mil. Nesse caso, uma alternativa é aprovar uma lei elevando o valor máximo de remuneração do serviço público. Se isso acontecer, seria questão de tempo até que fossem aprovados novos reajustes para o Legislativo e para o Executivo. "Não tem dúvida que isso pode acontecer", admitiu o deputado Alex Canziani (PTB/PR), presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, onde o projeto do Judiciário está em análise. "É uma pressão difícil de segurar." Canziani e um grupo de deputados da comissão estiveram na quarta-feira com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que avisou: o governo não tem como pagar mais essa conta. "Não tem recursos no Orçamento de 2010", afirmou. "Tem um problema adicional, pois esse projeto teria de ter passado por análise do Conselho Nacional de Justiça." O deputado Canziani se propôs a intermediar uma reunião entre o Planejamento e o Conselho. A área técnica encontrou ainda outro defeito no projeto de lei. A Constituição diz, em seu artigo 37, que as remunerações salariais dos poderes Judiciário e Legislativo não podem ser superiores às do Executivo. Porém, a proposta eleva o salário de um profissional de nível técnico a R$ 12.271,27, ante R$ 7.538,00 pagos no Executivo. No nível auxiliar, que exige do trabalhador apenas a formação em primeiro grau, a remuneração pode atingir R$ 5.892,59 pela proposta da Justiça. No Executivo, um trabalhador desse nível recebe menos do que R$ 3 mil. A proposta ainda não foi votada na Comissão do Trabalho e terá de ser analisada também pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, antes de seguir para o plenário da Câmara. Depois, ainda precisará ser analisada pelo Senado.Para pressionar por uma tramitação rápida, os servidores do Judiciário estão em greve em todo o País, com adesão dos servidores do Distrito Federal na terça-feira. Ontem, promoveram uma assembleia com buzinaço em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). "A grande maioria dos funcionários está em início de carreira, onde os salários estão abaixo dos pagos no Executivo e no Legislativo", disse Jailton Mangueira, coordenador administrativo do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário e do Ministério Público no DF (Sindjus-DF). "Muitas pessoas estão passando em outros concursos e saindo do Judiciário."Pela proposta alternativa apresentada por deputados ao ministro Paulo Bernardo, funcionários em início de carreira seriam os principais beneficiados. Em vez de reajustar todos os salários, seria pago um subsídio, que seria proporcionalmente maior para quem recebe menos.
Eu só quero ver como o governo vai sair dessa saia justa.

quinta-feira, maio 27, 2010

CRACK+VÍCIO=MORTE

Numa iniciativa formidável dos órgãos de comunicação do Rio Grande do Sul, principalmente da RBS, desenvolve-se no Estado uma campanha como nunca se fez, para combater o uso indiscriminado do crack, essa maldita droga que vem destroçando famílias inteiras.
Os jornais, o rádio e a televisão, todos os dias, em todos os espaços disponíveis divulgam mensagens chocantes até, com o objetivo de prevenir a nossa juventude contra esse terrível mal.
Prevenir ajuda, mas é preciso que o Estado (Governo) participe com mais responsabilidade e eficácia para que produzam-se efetivamente os efeitos desejados em favor dos que precisam de tratamento.
Em um Estado que possui cerca de 200 mil gaúchos usuários de crack, sem saber quantos destes têm menos de 12 anos, e um único local disponibilizado pelo SUS, uma ala no Hospital Psiquiátrico São Pedro com apenas 10 leitos, é piada.
As unidades mantidas por entidades benemerentes, filantrópicas, algumas ligadas a igrejas etc. estão lotadas, e a cada dia aparecem mais adolescentes em busca de ajuda para terem tratamento, uma vida nova, só que enfrentam o problema de vagas. No Hospital Psiquiátrico São Pedro, por exemplo, a unidade de desintoxicação para adultos tem 30 leitos, todos usados por craqueiros. A unidade de adolescentes tem 10 leitos, 90% são viciados na pedra, e na ala infantil outros 10 leitos, em média 50% são para dependentes de crack.
Por essa amostragem pode-se concluir que a luta não está sendo fácil, mas não pode ser esmorecida.
Na família, na escola, no ambiente de trabalho, onde há grupamento humano, o assunto obrigatoriamente tem de ser a luta contra a droga.
Tem uma adolescente que está internada no São Pedro, com 15 anos. Aos 12 ficou grávida e doou o filho. E agora está novamente grávida. Ela veio de São Paulo de carona trazida por caminhoneiros e chegou até aqui. Está sendo atendida por bondosas funcionárias e tomara Deus consiga se livrar desse desgraçado vício.
Essa droga é tão forte que leva apenas 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos: forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar. Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário chegarão inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.
O pior é que todo usuário de crack é um candidato à morte, porque ele pode provocar lesões cerebrais irreversíveis por causa de sua concentração no sistema nervoso central.
Como o crack é uma das drogas de mais altos poderes viciantes, a pessoa, só de experimentar, pode tornar-se um viciado.
E para conseguir, então, sustentar esse vício, as pessoas começam a usar qualquer método para comprá-lo. Submetidas às pressões do traficante e do próprio vício, já não dispõem de tempo para ganhar dinheiro honestamente; partem, portanto, para a ilegalidade: tráfico de drogas, aliciamento de novas pessoas para a droga, roubos, assaltos, etc.
Você que acabou de ler esse meu comentário, ajuda, faça qualquer coisa para combater o uso de drogas. Ela, a droga, só está desgraçando a família basileira.
BEBÊ ESFAQUEADO

O comentário no ônibus esta manhã era um só: o pai que esfaqueou a própria filha de três meses. O fato deu-se no Bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre ontem à noite por volta de 23h durante uma discussão entre pai e mãe da menina. A Brigada Militar foi chamada e imediatamente compareceu a casa da família e prendeu o suspeito, de 33 anos. Bastante ferida, a criança foi levada as pressas para o Hospital Cristo Redentor e seu estado até as primeiras horas da manhã era bastante grave. Houve também por parte do pai da criança tentativa de suicídio, mas não chegou a se consumar. Ele foi encaminhado a 3ª DP para elaboração do inquérito.As reações dos passageiros eram as mais diferentes, ante a tentativa de homicídio em um bebê de três meses, tudo por causa de um bate-boca entre o casal. É sempre assim, quem paga são os filhos!Teve um dos usuários do coletivo que disse assim:- Esse cara deveriam amarrá-lo em um poste e arrancar-lhe as unhas com um alicate!Outro mais contundente ainda:- É muito pouco. Deveriam quebrar-lhe a espinha e colocá-lo em uma cadeira de rodas para vida inteira. Um terceiro disse:- Eu soltaria ele numa jaula do zoológico de Sapucaia só para ver o leão se divertir!A revolta do povo contra crimes hediondos está crescendo no País e se não houver por parte do Estado algo que possa conter essa onde de criminalidade, há o perigo da população começar a fazer justiça pelas próprias mãos.Pelas declarações dos passageiros do ônibus dá, perfeitamente, para tirar a temperatura da sociedade que não suporta mais a violência, seja nas ruas ou na própria família.A pena de morte, sempre quando há esses barbarismos é sempre lembrada e discutida. Vejam como a violência não está tendo limites. Em Capão do Leão, no Sul do Estado, um menino de nove anos teve seu rosto queimado com álcool, jogado pelo proprietário de um bar e ateado fogo, só porque ele e outros dois companheiros da mesma idade, brincavam próximo ao local onde vendia churrasquinho.Foi uma cena horrível. Imaginem uma criança com o rosto em chamas! O garoto teve queimaduras de primeiro e segundo grau no rosto e está no Hospital.E para terminar a narrativa sobre tragédias, a notícia do assassinato do delegado da Polícia Civil da Bahia Clayton Chaves que teve sua morte transmitida ao vivo pelo rádio. No momento do crime o delegado concedia uma entrevista a uma emissora de rádio de Camaçari através do celular em uma estrada. Ele levou dois tiros na cabeça.No áudio da rádio foi possível ouvir: “Peraí, peraí” e em seguida os tiros.Gente do céu, onde este mundo vai parar!

quarta-feira, maio 26, 2010

INCOERÊNCIA DOS POLÍTICOS

Como os políticos são (não todos) inconseqüentes e desconexos. Está em discussão na mídia, em toda parte por onde se ande o famigerado aumento de 7,7% aos aposentados e pensionistas da Previdência Social brasileira, e o não menos draconiano fator previdenciário.
Após muita discussão, movimentos dos aposentados através de sua entidade máxima no Brasil e nos Estados, pressão sobre o Congresso Nacional, pararí...parará...eis que o referido projeto, ou Medida Provisória, está sob a decisão do presidente Lula para sancioná-lo, ou vetá-lo. O prazo para que o presidente tome a decisão expira na próxima terça-feira, dia 1º de junho.
O presidente Fernando Henrique Cardoso, do DEM, foi quem criou esse monstro que se denomina “fator previdenciário” que a cada ano deixa o aposentado mais pobre. O PT votou contra e por largo tempo somou a simpatia dos aposentados. Hoje, o PT é a favor do “fator previdenciário” e o DEM é contra.
Ao seu estilo, o DEM faz tremendas críticas ao PT e ao presidente Lula, e atrai uma legião de aposentados que batem palmas e oferecem solidariedade. Significa dizer em outras palavras, que do bolo só mudaram as moscas porque de resto continua tudo como era dantes na terra de abrantes.
Na semana passada, o presidente Lula fez um discurso criticando a decisão do Congresso, que contou com apoio de governistas e oposicionistas. “Tem gente que acha que ganha votos fazendo isso (apoiando a extinção do fator), disse. Na verdade, se o povo compreender o que significa, essas pessoas podem não ganhar o tanto de votos que esperam”, afirmou, durante a 13.ª Marcha dos Prefeitos a Brasília.
O ministro do Planejamento Paulo Bernardo, por sua vez, enfatizou que a alteração, criada por uma emenda do deputado Fernando Coruja (PPS), foi aprovada de atropelo e sem reflexão. “Tínhamos feito uma proposta interessante de negociação. Não foi para frente porque os próprios deputados não quiseram”, comentou.
A sugestão que contava com o aval do governo era baseada em uma fórmula conhecida como 85/95, que conta a soma dos anos de idade do contribuinte na data da aposentadoria, mais os anos de contribuição. Para as mulheres, o benefício integral estaria garantido quando a soma chegasse a 85 e, para os homens, a 95. A emenda aprovada pela Câmara e pelo Senado garante o benefício integral apenas pelo tempo de trabalho – para mulheres, 30 anos, e para homens, 35.
O especialista em Previdência, Renato Follador, avalia que tanto o fim do fator previdenciário quanto o uso da fórmula 85/95 são prejudiciais para as contas do país a médio e longo prazo. Presta atenção no que ele disse: “Isso nos colocaria na contramão da história. Enquanto temos exemplos claros de países que estão fazendo de tudo para controlar as aposentadorias, como Grécia, Espanha e Argentina, nós estaríamos estimulando as pessoas a parar de trabalhar precocemente.” Segundo ele, a decisão pelo veto mostra que Lula tem consciência da situação.
É interessante, os teóricos tem resposta pra tudo, só que não sabem dizer ou não apresentam alternativa para resolver a questão dos que estão no sistema previdenciário e empobrecendo cada vez mais.
Dr. Renato, palmas para o senhor!

terça-feira, maio 25, 2010

NA PRÓXIMA ENCARNAÇÃO QUERO SER CACHORRO DE MADAME

Quando li a notícia não quis acreditar: Câmara aprova reajuste para mais de 32 mil servidores. E o governo, a Previdência, dizem que quebra se conceder aumento de 7,72% aos aposentados!!! A medida deve beneficiar 32.763 funcionários - 12.032 ativos, 9.318 aposentados e 11.413 pensionistas. A informação é da Agência Câmara.
Leia toda a notícia.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que cria gratificações e reajusta salários de servidores de diversos órgãos federais.
Na maioria das carreiras, o reajuste será escalonado - em alguns casos, até abril de 2011. O custo total das medidas, conforme o projeto será de R$ 401,9 milhões neste ano; R$ 773,7 milhões em 2011; e R$ 791,8 milhões em 2012 e anos seguintes.
De acordo com o texto, servidores do Ministério das Relações Exteriores terão adicional de até R$ 1.042 por participação em missão no exterior. Para agentes penitenciários, está previsto reajuste de gratificação de desempenho e, para servidores Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e dos cargos de tecnologia militar do Ministério da Defesa, aumento salarial e de gratificação.
Médicos e dentistas do Hospital das Forças Armadas (HFA) também terão elevação da remuneração. Está prevista também a criação de uma estrutura remuneratória especial para engenheiros, arquitetos, economistas, estatísticos e geólogos.
De acordo com o relator, deputado Tadeu Fillipelli (PMDB-DF), a medida atende às necessidades de manutenção e recomposição de força de trabalho especializada em áreas de interesse estratégico da Administração Pública Federal. Para ele, os reajustes permitem que os quadros do serviço público federal sejam continuamente supridos por servidores "qualificados e motivados".
Dentre as 85 emendas recebidas, o relator aprovou apenas as de redação apresentadas na Comissão de Trabalho, Administração e de Serviço Público. As demais foram rejeitadas por vício de competência, já que é de iniciativa privativa da Presidência da República dispor sobre a remuneração de servidores públicos federais.
A proposta, aprovada em caráter conclusivo, ou seja, não será levada a Plenário, tramita em regime de prioridade e deve seguir para o Senado, caso não haja recurso, para que seja votada pelo Plenário. O texto já havia sido aprovado em março pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. No início deste mês, foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação.
Prestaram bem atenção?
A proposta não vai a plenário e tramita em regime de prioridade e vai agora para o Senado.
O aumento dos aposentados levou um século para ser aprovado pelo Congresso e o presidente Lula vai vetar.
Mas, será que está certo isto? Quero ver se o presidente Lula veta este aumento dos funcioonários.
Sinceramente, na próxima encarnação quero ser cachorro de amdame!

segunda-feira, maio 24, 2010

PROPAGANDA ELEITORAL

O mau exemplo do presidente Lula em fazer subliminarmente propaganda de sua candidata Dilma Russeff, antes do prazo legal, deu margem a uma série de irregularidades praticadas por outros pré-candidatos, que a Justiça Eleitoral não consegue mais controlar. Ou melhor, controla, mas com algumas dificuldades.
No fim de semana o ministro do TSE pelos jornais de Porto Alegre, defendeu que a propaganda deve ser liberada. Eu também concordo com o ministro do TSE, Arnaldo Versiani. Ele afirmou que “a propaganda deve ser permitida em todos os níveis do período eleitoral, especialmente antes da data prevista, 6 de julho”. Falou que a propaganda ajuda ao eleitor identificar com profundidade “as ofertas programáticas de todos os candidatos em disputa.
Por que não permitir que os pré-candidatos façam propaganda nos horários já destinados pela Justiça Eleitoral aos partidos políticos, como, aliás, vinha sendo transmitida? Dentro de uma isonomia que não prejudica nem A nem B, deixa rolar.
E tem mais uma coisa, para os eleitores que comparecem às urnas por convicção não precisam de propaganda. A propaganda seria mais para convencer o ignorante, aquele que não sabe distinguir quem é quem.
O presidente Lula, por exemplo, que já foi ameaçado de punição várias vezes, teve o seu nome cada vez mais citado pela mídia, nas rodas de amigos, em toda parte e conseqüentemente ficou mais conhecido. E assim ocorre com os pré-candidatos. À medida que há uma punição esta se transforma na maior propaganda de sua candidatura.
As próprias liminares judiciais também se tornam veículos publicitários. Veja-se um exemplo concreto: a jornalista Ana Amélia Lemos, candidata do PP ao Senado, teve sua aparição em Vídeos na televisão retirada, porque a Justiça Eleitoral julgou intemperante, fora de época. Pergunto: causou mais impacto a retirada do ar do Vt de Ana Amélia, ou a publicidade que vinha sendo transmitida? Claro que a repercussão da punição, nesse caso, somou mais para divulgação do seu nome.
Sobre se a Justiça deve ou não deixar os candidatos fazerem propaganda, um eleitor da capital disse que se os políticos andam lado a lado com a Justiça, habitando os andares superiores da pirâmide, e se fartam do feno que o pessoal da várzea produz, nada é mais maldito do que o corporativismo existente, regado a egoísmo e falsidade irracional. É mesmo!
Ou se libera de forma isonômica a propaganda dos candidatos, ou se bloqueia de forma radical, no sentido de que não possa ser veiculado nada que contrarie a legislação, pois do contrário, sempre haverá quem transgrida. Às vezes é melhor receber uma punição (multa), do que manter no ar de um VT de mau gosto de 30 segundos.

domingo, maio 23, 2010

EARTH SONG (Canção da Terra)

Eu nunca havia prestado atenção às letras das músicas de Michael Jackson, mesmo porque não entendo inglês. Mas, ontem navegando pela Internet encontrei uma coleção de músicas do cantor norte-americano, e uma delas me chamou atenção pela mensagem que nos transmite. É a Earth Sog. A letra traduzida para o português diz assim:
“Como fica o nascer do sol?
Como fica a chuva?
Como ficam todas as coisas que você disse que iríamos ganhar?
Como ficam os campos de extermínio?
Não temos um descanso?
Como ficam todas as coisas que você disse que eram minhas e suas?
Você já parou pra pensar?
Em todo o sangue que já derramamos
Você já parou pra pensar?
A terra e os mares choram espantados
O que fizemos com o mundo?
Veja o que fizemos.
Como fica a paz que você prometeu ao seu único filho?
Como ficam os campos floridos?
Vamos ter um descanso?
Como foiçam todos os sonhos que você disse que eram meus e seus?
Você já parou pra pensar?
E todas as crianças mortas na guerra
Você já parou pra pensar?
A terra e os mares choram em prantos
Eu costumava chorar
Eu costumava viajar além da estrelas
E agora não sei onde estamos
Tudo o que eu sei que fomos longe demais.
Como fica o passado?Como fica a gente?
Como ficam os mares?
Os paraísos estão desmoronando.
Como fica a gente?
Não posso nem respirar
Como fica a gente?
E a terra sangrando
Como fica a gente?
Preciso de você
Como fica o valor da tristeza?
Esse planeta é nosso ventre
Como ficam os animais?
Transformaram seu reino em pó
Como fica nossa gente?
Como ficam os elefantes
Será que perdemos a confiança neles?
E quanto às baleias que choram?
Destruição dos mares
E quanto à trilha das florestas?
Incendiada apesar dos nossos fundamentos
E quanto à terra Santa?
Dilacerados pela ganância
E quanto ao homem comum?
Não é possível definir que ele é livre
E quanto às crianças que morrem?
Você não pode ouvi-las chorar
Onde é que nós erramos?
Alguém me diz por que razão?
E quanto ao menino Bebê?
E quanto aos dias?
E quanto toda à sua alegria?
E quanto ao homem chorando?
E quanto à morte de novo?
Damo-nos uma maldição”.

Quanta verdade! Fiquei admirando Michael Jackson.

sexta-feira, maio 21, 2010

AINDA A EXPECTATIVA DO AUMENTO PARA OS APOSENTADOS

Nos próximos dias ou os aposentados terão o aumento de seus salários em 7,72% aprovados pela Câmara e Senado, ou 6,64% da MP. A decisão agora está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que uns dizem vetará, outros sancionará, e é ponto pacífico, não confirmará o fim do fator previdenciário.O presidente criticou nesta quinta-feira senadores e deputados, pela aprovação do aumento acima do que estabelecia a Medida Provisória do Executivo e do término do atual sistema de cálculo para aposentadoria.Como se sabe, a extinção da fórmula que obriga o brasileiro a trabalhar mais tempo para conseguir a aposentadoria foi incluída no texto que reajustou os benefícios dos aposentados. Na avaliação do presidente, a aprovação foi uma atitude irresponsável dos parlamentares para tentar obter vantagens nas eleições de outubro.“Vocês viram agora com a votação do fator previdenciário. Tem gente que acha que ganha votos fazendo isso. Na verdade, se o povo compreender o que significa isso, essas pessoas podem não ganhar o tanto de votos que esperam”, afirmou nesta quinta-feira durante o encerramento da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.Segundo Lula, é preciso responsabilidade com os gastos para que não se quebre os cofres públicos. “Eu como presidente da República e vocês como prefeitos, a gente tem que agir com a maior responsabilidade, porque se a gente quebrar a prefeitura, o Estado, quebrar o governo, a gente não recupera em um curto prazo de tempo”, disse. O governo estima que a medida pode provocar um prejuízo anual de R$ 15 bilhões à Previdência.Veja como é incoerente esse presidente: para contratar cerca de 250 mil CCs tem dinheiro e não quebra o governo!Enfim, a decisão está nas mãos do presidente Lula, que terá 15 dias para vetar ou sancionar a decisão do Congresso.A agência Estado divulgou ontem que o presidente não decidiu nada sobre as aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo. Sinalizou que deverá vetar a emenda, mas sancionará o reajuste de 7,7% aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo.Os parlamentares ouvidos pela Rádio Bandeirantes criticaram o discurso do presidente e pressionam pela manutenção do texto original, enquanto especialistas apontam para o risco do aumento de aposentadorias precoces no país.Com os anunciados vetos presidenciais, Lula corre o risco de causar sérios prejuízos a sua candidata a presidência, Dilma Russeff, cujas pesquisas apontavam no início da semana com vantagem sobre o segundo colocado José Serra.
É de se pensar!

quinta-feira, maio 20, 2010

MUSEU DA COMUNICAÇÃO

Fui conhecer hoje o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa aqui em Porto Alegre. Fica na Rua Caldas Júnior, próximo ao Correio do Povo, ao lado do Shopping Rua da Praia. Sabe, vale a pena conhecer.
Não imaginava que pudesse conter tanta curiosidade!
Há um acervo muito valioso, por exemplo, do jornal Correio do Povo que guarda a memória de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, desde 1° de outubro de 1895, quando Caldas Júnior com apenas 26 anos de idade revolucionou a imprensa riograndense, ao fundar um jornal que, segundo declarou no editorial de seu primeiro número era feito para toda a massa, não para determinados indivíduos de uma facção. Sim, porque na época, a imprensa gaúcha caracterizava-se pelas fortes tendências políticas, influindo diretamente na opinião pública local, de acordo com os interesses partidários.
Foi o jornal de mais longa publicação em Porto Alegre, circulando por 89 anos ininterruptamente, até1984, reiniciando sua publicação em1986. Hoje é administrado pelo Grupo Record. Pois quando lá cheguei quis ler o jornal que foi publicado no dia 5 de junho de 1936, dia, mês e ano que nasci. Me senti por cerca de uma hora mais jovem do que hoje.
Olhei outras edições, e casualmente no Correio do Povo de 1962, no dia 7 de junho, lá está estampado o noticiário da Assembléia Legislativa em que aparecem as denúncias do então deputado Henrique Henkin,(PTB), cujos familiares residiram em Erechim, acusando as deficiências do serviço de segurança pública no Estado, e pedia remuneração mais digna aos policiais civis e da Brigada Militar. Afirmava Henkin que a nossa segurança estava passando por “uma penúria” inimaginável. No obituário, o convite para Missa de 7° dia de falecimento de Arnaldo Pignone Ballvé, diretor da Rádio Gaúcha e que mais tarde fundou a rede Emissoras Reunidas Rádio Cultura Ltda. Onde trabalhei por 10 anos.
Afora a maravilhosa coleção do Correio do Povo, aparelhos de telefones muito antigos (a manivela com magnéto); rádios à válvulas, máquinas filmadoras utilizadas no surgimento das nossas TVs; video-tapes; os primeiros computadores, câmera de stúdio de TV, etc.
No mesmo local, estão em um painel, fotos de radioatores de novelas transmitidas pela Rádio Gaúcha: Candido Norberto, Adroaldo Guerra, Hernani Behs...
Vivi uma quinta-feira muito agradável. Não imaginava, sinceramente, poder retroagir no tempo nos poucos momentos em que permaneci no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. Senti-me radialista outra vez. Aliás, acho que já nasci radialista.
135 ANOS DE IMIGRAÇÃO ITALIANA
Numa promoção da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em comemoração ao 135º aniversário da imigração italiana no Rio Grande do Sul, que transcorre nesta quinta-feira (20/5), vários atos foram realizados hoje (19/05), dando abertura às festividades que serão realizadas em todo o Estado.
O município de Antônio Prado exibe, no saguão de entrada da Assembleia Legislativa, uma exposição de objetos e fotos dos imigrantes.
Do Alto Uruguai, se fizeram presentes grupos folclóricos com apresentações artísticas. De Erechim, Stela Alpina e Avanti; de Viaduto, Modesto e Nicole e Luni Contuti, e de São Valentim, Coli de Fiori.
Após as apresentações artísticas, os descendentes de italianos presentes foram homenageados em sessão especial pelo Parlamento Gaúcho.
O deputado Francisco Appio saudou a delegação de Erechim e região, lembrando sua passagem pela cidade quando narrava partidas de futebol do Ipiranga, Atlântico e 14 de Julho nos anos 60. “Naquele tempo chamar um erechinense de Bota Amarela era ofensivo, hoje é um adjetivo qualitativo”.
Appio recordou que um gaúcho transformou-se em um deputado na Itália, desconhecido por muitos: Menotti, filho de Anita Garibaldi e Giuseppe Garibaldi, nascido em Mostardas foi eleito nove vezes deputado federal italiano. A caminho do exílio no Uruguai, uma bela paisagem acabou emoldurando a passagem de Menotti no colo da mãe Anita, juntamente com o pai Giuseppe pelos campos de Vacaria. “Uma pintura maravilhosa do senador Guido Mondin que embeleza a galeria de nossa Assembleia”.
Depois com Elma Sant’Ana escrevemos o livro “Menotti o Filho Brasileiro de Anita e Garibaldi”, que me levou a Sardenha, Prilha, onde existe o mausoléu do Menotti.
Creio que retribuímos em parte a extraordinária colaboração que Garibaldi deu ao Rio Grande do Sul, remetendo pra lá um filho que, nascido em Mostardas em 1840, transformou-se em deputado federal ajudando seu pai na unificação. São datas importantes, o nascimento de Menotti em 28 de setembro de 1840, sua morte em 22 de agosto de 1903. Agora, em 2 de junho iremos lembrar a morte de Giuseppe Garibaldi, em Caprera em 1882 e o nascimento da Anita, no mesmo ano da Independência do Brasil em 1822.”
A sessão solene foi proposta do deputado da região, Ivar Pavan, (PT) principal orador da solenidade, coadjuvado pela deputada Marisa Formolo (PT) ambos exaltando a presença dos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul. Erechim, Gaurama, Viadutos e São Valentim mais uma vez brilharam com as apresentações de coros e grupos de danças típicas da Itália. Foi uma bonita e inesquecível homenagem aos imigrantes italianos.

terça-feira, maio 18, 2010

A LUTA PELA REATIVAÇÃO DO TREM

Com o recinto da Câmara de Vereadores de Erechim completamente tomado por lideranças locais e interessados, voltou-se a discutir a reativação de operações ferroviárias no Norte do Estado, mais precisamente desde Marcelino Ramos até Santa Maria, no centro do Estado.
A frente do movimento está o deputado estadual Ivar Pavan que elegeu como trabalho parlamentar prioritário a volta do trem no Alto Uruguiai. Pavan disse à assembleia de lideranças que “é inaceitável que uma empresa receba a concessão de um serviço e deixe de prestá-lo sem justificativa”. Complementou afirmando que a concessionária do trecho, ALL, há 13 anos suspendeu ás atividades não dando importância ao potencial econômico, social e cultural da região, por isso defende a sua reativação como importante alternativa para superar os problemas de infra-estrutura de transporte.
A reunião que contou com prefeitos, Ministério Público, Associação dos Municípios do Alto Uruguai (AMAU), vereadores, empresários, associações, sindicatos e cooperativas, do ponto de vista organizacional e tomada de posição, foi considerada importante e exitosa. Ao final, foi redigido um manifesto que norteará ás atividades da frente pela volta das atividades da América Latina Logística (ALL).
No referido manifesto constam as seguintes decisões:
1. Constituir um Comitê Regional pela Reativação do Transporte Ferroviário e em Defesa do Patrimônio Público, Histórico e Cultural;
2. Denunciar a ALL junto ao Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual pela suspensão do transporte ferroviário da linha Santa Maria-Marcelino Ramos e pela deterioração do patrimônio histório e cultural;
3. Solicitar audiência junto à Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), Departamento de Infra-Estrutura de Transportes (DENIT), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan);
4. Desencadear uma articulação com outras regiões do Rio Grande do Sul e com outros Estados, visando a constituir um movimento mais amplo pela reativação das ferovias concedidas e pela implantação da Ferrosul;
5. Incentivar prefeituras e outras entidades para a constituição de uma organização visando à operação do transporte de passageiros, em especial de turistas.
A iniciativa do deputado Ivar Pavan não pode esmorecer. Agora passou a ser uma questão de honra para políticos, lideranças comunitárias e sociedade como um todo.
Vamos a luta companheirada!

segunda-feira, maio 17, 2010

DICIONÁRIO PORTO-ALEGRÊS

O professor Luís Augusto Fischer, lançou em Porto Alegre, já há algum tempo, o Dicionário de Porto-Alegrês, com inúmeros verbetes interessantes, que se você não é daqui não sabe.Eis alguns deles e bastante curiosos.

Abichornado: Nada a ver com “abichar”. Abichornado é o cara que está sem graça, ou que perdeu a graça. Gente doente fica “abichornada”, por exemplo. Terá a ver com o espanhol abochornado, que significa algo parecido?

Adeus, tia Chica: Forma de declarar que “deu pra bolinha” do que quer que seja, definitivamente, nunca mais. “Se a gente consegue a grana, aí ‘adeus, tia Chica’, por exemplo. Pode ser usada como comentário tanto de horrores como de maravilhas.

Bangornada: O mesmo que porrada, golpe forte, tropeção (na língua local, trupicão), dada em pedra, por aí.;

Bem-belo: Expressão de contrário para designar simplesmente um estado de satisfação, de regozijo, de folgança. “Os caras lá se matando e eu lá, bem-belo, nem aí na confusão”.

Boinha: Quando a tarefa se afigura fácil ou é mesmo fácil, diz-se que é boinha, diminutivo de bóia, termo já antigo para a comida. Tarefas fáceis também se dizia ser “bóia dada”.

Dar na telha: O mesmo que passar pela idéia, cogitar. “Me deu na telha ir ao cinema, que tu acha?”

Deitar o cabelo: Expressão com certo traço descritivo visual que fere a ação de sair correndo e por isso fazer o cabelo metaforicamente deitar sobre a cabeça. Significa isso mesmo, cair fora, cair da boca, abrir fora, com pressa.

Garganta: Diz-se do sujeito que arrota grandezas, que se tem em alta conta, que se faz passar por façanhudo. Em geral usado para denunciar a falta de correspondência entre o que se diz e o que se faz.

Monga: Voz moderníssima, anos 90 em diante, para designar a antiga songa-monga, isoto é, a pateta (que pode ser “o” também), a tonta, a desavisada, a estúpida.

Que tal?: Saudação corrente. Se pronuncia como o “l” líquido, não redudizo a “u”. Significa “Como estão as coisas?”.


Se você não é daqui vai se acostumando, procure decorar. Há inda muito mais. Os termos gaúchos também, para quem não é do Sul, pode achar tudo muito estranho.

domingo, maio 16, 2010

OS DEFICIENTES

“Cada um é responsável pela construção da própria felicidade”. Esta frase foi dita por Mara Gabrilli, vítima de acidente de carro que a deixou tetraplégica. Ela tinha na época 26 anos de idade e já se passou outro tanto, sendo que esse tanto corresponde a outros 26 anos como cadeirante.
Ela conta sua vida pós acidente à revista Veja e faz revelações que vale a pena ler. É um depoimento que emociona ao mais empedernido coração.
Diz que ficar preza a uma cadeira de rodas, no início, significava perder os parâmetros da própria existência, mas acabou se reeducando emocionalmente por vários aspectos. “Ao final, aprendi que, não importa a condição física, cada um é responsável pela construção da sua própria felicidade”.
Linda e profunda frase que merece uma reflexão maior.
Por exemplo: de que adianta termos pernas para caminhar - andar por toda parte - se nos caminhos que trilhamos elas (nossas pernas) nos levam para os descaminhos?
A lição de Mara Gabrilli e de tantos tetraplégicos, nos dá motivo para criticar o preconceito que boa parte dessas pessoas sofre pela sociedade. Sobre preconceito ela revela que certa ocasião, foi com uma amiga, advogada e poeta, que sofre de esclerose lateral amiotrófica, isto é, ela só movimento dos olhos, e é através deles que se comunica, assistir a um show de famoso artista. Como o seu caso é mais grave e necessita ficar permanentemente ligada a um aparelho que lhe auxilia a respirar, precisa ser transportada em uma maca.
Pois, a casa de espetáculos lhe cobrou o valor de quatro ingressos, sob a alegação de que ela ocuparia um espaço maior do que uma pessoa normal.
Vejam o absurdo e a que ponto chega a ganância e a insensibilidade!!!
Mais um pouco fazem o mesmo com cadeirantes ou obesos. Será que o gerente da casa de shows imaginou que, ao abrir uma exceção, uma fila de macas se formaria à porta?
Eu sei que você está curioso pra saber uma coisa que muita gente está se perguntando: como é a vida amorosa de uma tetraplégica? A repórter que entrevistou Ana Paula Buchalla fez essa indagação a Mara Gabrilli e ela respondeu com a maior liberalidade.
- Uma das primeiras perguntas que fiz ao médico, ainda na UTI, foi justamente o que aconteceria com a minha vida sexual. Houve uma adaptação, é claro, mas não acho de forma nenhuma que a cadeira me limite. Quer saber? Namorei durante sete anos e terminei no fim do ano passado. A minha vida sexual não é tão diferente assim. A intensidade da sensação não mudou. O que muda é a maneira de sentir.
O acidente significou a maior mudança na minha vida, mas não a maior dor. Ela não diminuiu vivências da adolescência, que considero muito mais determinantes para a formação da minha personalidade.
Que bonito exemplo!

sábado, maio 15, 2010

CRIME HEDIONDO
Você sabe o que é crime hediondo? Pois, eu conhecia um ou dois somente. Desculpa a minha ignorância. Fui pesquisar e achei o seguinte resultado: Segundo Fátima Aparecida de Souza Borges, crime hediondo diz respeito ao delito cuja lesividade é acentuadamente expressiva, ou seja, crime de extremo potencial ofensivo, ao qual denominamos crime “de gravidade acentuada”. Do ponto de vista semântico, o termo hediondo significa ato profundamente repugnante, imundo, horrendo, sórdido, ou seja, um ato indiscutivelmente nojento, segundo os padrões da moral vigente. O crime hediondo é o crime que causa profunda e consensual repugnância por ofender, de forma acentuadamente grave, valores morais de indiscutível legitimidade, como o sentimento comum de piedade, de fraternidade, de solidariedade e de respeito à dignidade da pessoa humana. Ontologicamente, o conceito de crime hediondo repousa na idéia de que existem condutas que se revelam como a antítese extrema dos padrões éticos de comportamento social, de que seus autores são portadores de extremo grau de perversidade, de perniciosa ou de periculosidade e que, por isso, merecem sempre o grau máximo de reprovação ética por parte do grupo social e, em conseqüência, do próprio sistema de controle.
A procuradora Vera Lúcia que torturou uma menina de dois anos que pretendia adotar, cometeu crime hediondo, pois ficou comprovado que ela torturava a menor. E não tem como dizer que não porque há fotos anexadas ao processo que mostram como a criança foi encontrada no apartamento pelo Conselho Tutelar: com os olhos toxos e inchados.O laudo do Instituto Médico Legal revelou que as agressões eram frequentes. Também fazem parte das provas da acusação, gravações feitas por ex-empregados da procuradora.
É um caso que, de um lado penaliza pelo mal que essa mulher causou a infeliz criança, e, de outro, nos enche de ódio porque ela foi infame e canalha aproveitando da fragilidade de uma inocente para demonstrar o seu instinto maléfico e dementado. E era uma juíza, uma procuradora!!!
A pergunta que todos se fazem: Como uma pessoa com formação e dotes culturais elevados, que lhe valeu uma carreira tão ilustre, se transforma em uma meliante da pior espécie?
A sociedade espera que justiça cumpra o seu papel e que essa procuradora pague com a pena máxima para esse tipo de crime hediondo, sem piedade, ou seja, em regime fechado, não sendo permitida a progressão. Em linguagem comum, atrás das grades até o cumprimento da pena que lhe for imposta.

sexta-feira, maio 14, 2010

FRALDAS PARA CAVALOS

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati vetou Projeto de Lei, de iniciativa do vereador Adeli Sell (PT) que obriga os cavalos que transitam pelo perímetro urbano da capital gaúcha usarem fraldas. Embora a propositura do vereador tem a ver com a limpeza da cidade muitos não entenderam assim e o projeto virou motivo de chacota e polêmica.O programa Balanço Geral, apresentado pelo jornalista Alexandre Mota, telejornal com formato diferenciado, misturando notícia, denúncia, investigação, entretenimento e bom humor, apresentou esta semana uma reportagem sobre o projeto do vereador ouvindo a população. Houve unanimidade nos depoimentos. Ninguém simpatizou com a idéia, pelo contrário, houve até quem sugerisse a construção de fraldários em pontos estratégicos da capital. Ouve muita gozação. Além disso, mexeu com os brios do edil, que ao ser solicitado pelo repórter da TV a conceder uma entrevista, denominou a emissora de “TV de merda”.Também não precisava baixar tanto o nível. Errou a reportagem por ter exposto o vereador ao ridículo e exagerou o vereador em ter chamado a emissora de cocô.
Em Vacaria os vereadores aprovaram um Projeto de Lei denominando o nome do aeroporto local de pessoa viva. O prefeito seguindo o desconhecimento da legislação entrou no mesmo erro, sancionou a Lei. A Portaria n. 467 de 11/06/2001 e, seu Art. 1º, § 2º diz o seguinte: “Não será permitido atribuir nome de pessoa viva aos aeroportos e aeródromos públicos”. Portanto, essa Lei é passível de anulação desde que alguém da comunidade ingresse na Justiça solicitando sua revogação.E tem mais um agravante, o aeroporto está em obras e ainda não foi homologado pelo DAC, portanto para os fins de direito ele ainda não existe.
Ainda sobre aeroportos, o deputado Francisco Appio protocolou na Assembléia Legislativa, Projeto de Lei, denominando de Jairo Gama de Castro, a estação de passageiros do aeroporto de Erechim. O projeto original era do deputado Iradir Pietróski e já estava na CCJ para receber parecer do relator. Como o deputado renunciou seu mandato para assumir como Conselheiro do Tribunal de Contas, a proposição foi arquivada. A pedido do vereador Cesar Caldart, o referido Projeto de Lei está sendo novamente reapresentado.

terça-feira, maio 11, 2010

SAIU OS NOMES PARA A SELEÇÃO

Enfim Dunga convocou a seleção que representará o Brasil na Copa do Mundo na África. As três surpresas: não convocação de Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Vitor. Os destaques foram Grafite, Gomes e Kleberson. Em menor escala, as ausências dos jovens Paulo Henrique Ganso e Neymar, do Santos, e de Alexandre Pato, do Milan, foram explicadas com as palavras que Dunga usou em entrevista coletiva.
– Esses jogadores têm um enorme talento, mas não posso preparar a seleção para 2014 se tenho que ganhar agora – disse.
Confira a lista dos escolhidos:
GOLEIROS
Julio Cesar - 30 anos, 82 convocações, 47 jogos, 31 gols sofridos.
Doni -30 anos, 30 convocações, 10 jogos, 9 gols sofridos.
Gomes - 29 anos, 24 convocações, 4 jogos, 2 gols sofridos.
LATERAIS
Maicon - 28 anos, 71 convocações, 53 jogos, 4 gols
Daniel Alves - 27 anos, 69 convocações, 34 jogos, 3 gols
Gilberto - 33 anos, 52 convocações, 33 jogos, 1 gol
Michel Bastos - 26 anos, 5 convocações, 3 jogos, Nenhum gol
ZAGUEIROS
Juan - 31 anos, 118 convocações, 75 jogos, 6 gols
Lúcio - 32 anos, 118 convocações, 91 jogos, 5 gols
Luisão - 29 anos, 82 convocações, 38 jogos, 3 gols
Thiago Silva - 25 anos, 14 convocações, 6 jogos, Nenhum gol
VOLANTES
Felipe Melo - 26 anos, 18 convocações, 16 jogos, 2 gols
Gilberto Silva - 33 anos, 111 convocações, 91 jogos, 3 gols
Josué - 30 anos, 48 convocações, 26 jogos, 1 gol
leberson - 30 anos, 48 convocações, 33 jogos, 2 gols
MEIAS
aká - 28 anos, 97 convocações, 74 jogos, 25 gols,
lano - 28 anos, 59 convocações, 42 jogos, 6 gols Ramires - 23 anos, 16 convocações, 11 jogos, Nenhum gol
Julio Baptista - 28 anos, 78 convocações, 43 jogos, 8 gols
ATACANTES
Luis Fabiano - 29 anos, 57 convocações, 37 jogos, 25 gols
Robinho - 26 anos, 81 convocações, 71 jogos, 22 golsNilmar - 25 anos, 22 convocações, 11 jogos, 8 gols
Grafite - 31 anos, 3 convocações, 2 jogos, Nenhum gol.
Depois de anunciar os 23 convocados para a Copa do Mundo-2010 no começo da tarde desta terça-feira, a CBF divulgou a lista dos sete jogadores "reservas".
Os sete chamados são: o zagueiro Alex, do Chelsea, o volante Sandro, do Internacional, o lateral Marcelo, do Real Madrid, o meia-atacante Ronaldinho, do Milan, o meia Paulo Henrique Ganso, do Santos, o atacante Carlos Eduardo, do Hoffenheim, e o centroavante Diego Tardelli, do Atlético-MG.
Resta agora torcer para tudo dar certo e o Brasil conquistar o título.
NECROTÉRIO SERVE DE DORMITÓRIO EM HOSPITAL

A cobertura exagerada que alguns órgãos de imprensa estão dando ao badalado caso do empresário Luiz Antonio Sanfelice, de Novo Hamburgo, que matou a mulher, foragido e preso na Espanha está se tornado chato e intolerável.
É muito mais importante dizer à sociedade e aos governantes que os hospitais de Porto Alegre estão com seus serviços de emergência lotados e acolhendo doentes em corredores e até nos necrotérios, do que tanto falar no caso Sanfelice.
Fiquei sabendo hoje pela manhã de uma assistente social, que foi baixar um doente na Santa Casa, que o hospital para poder acolhê-lo só o faria se o paciente consentisse em dormir no necrotério. Como é do interior, pobre, e não tinha alternativa, dormiu no lúgubre e insuportável local.
A culpa – que fique muito claro – não é do hospital, é das nossas autoridades que não conseguem encontrar uma solução para as filas, para o atendimento dos casos de emergência nos hospitais, e, principalmente, os caos de internação.
Pensa bem, como um paciente que já chega angustiado a procura de saúde é levado para dormir no necrotério. Mas, onde é que nós andamos? Onde está nesta hora os Direitos Humanos, para fazer valer os humanos direitos das pessoas? Num caso de emergência como se verifica, não era para a prefeitura ou o governo do Estado oferecer os seus serviços sociais e alojar esses pobres infelizes em locais mais dignos?
E a nossa imprensa fica dando cobertura a um criminoso condenado que fugiu como fosse um fato inédito, inigualável. Quantas fugas mais sensacionais que essa já aconteceu e não foram tão badaladas.
É nessa hora que vem a lembrança os albergues sustentados por alguns deputados, que mesmo a Justiça tendo considerado ilegais, continuam de portas abertas prestando um serviço humano e de solidariedade, ou seja, o que o governo deveria fazer e não faz.
Lembro que o deputado Giovani Cherini, atual presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, por sustentar casa de passagem para pessoas carentes, teve seu mandato ameaçado de cassação, juntamente com outros parlamentares. Todos eles foram diplomados sub judice pelo Tribunal Regional Eleitoral. Mais tarde, ingressaram com recursos ordinários junto ao TSE e foram liberados.
É o fim da picada!

domingo, maio 09, 2010

PARA SEMPRE
Não encontrei nada melhor do que o Poema abaixo do grande e inesquecível Carlos Drummond de Andrade nascido e criado na cidade mineira de Itabira, para homenagear as mães. É ele quem diz...
“Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho".

sábado, maio 08, 2010

QUEM NÃO OUVE

Quem não ouve
Não vê
Quem não vê
Não sabe
Quem não sabe não ouve
E o que ouve?
Não sei
Não vi
Não ouvi.
(Alexandre Volcker)

Este poema li no interior de um ônibus da Carris que, aliás, tem promovido os nossos poetas afixando nos vidros (parte interna) dos coletivos, belas obras. Esta é uma delas.
Realmente precisamos cada vez mais ouvir para enxergar e ver para saber...
Acabo de ler na imprensa local, a notícia que alunos do JB (Escola José Bonifácio) de Erechim, manifestam-se sobre a grafia do nome do município, usando a Tribuna Livre, da Câmara de Vereadores. Três estudantes do 3º. ano do Ensino Médio noturno com sua professora, demonstraram à população, que o projeto que visa alterar a grafia do topônimo Erechim (ch) para “x” “não levará absolutamente a lugar nenhum”, tendo em vista que o registro do nome foi lavrado em 30 de abril de 1918, data do decreto de sua criação, pelo então governador do Estado, Antônio Augusto Borges de Medeiros.
Essa polêmica perdura desde que um paraquedista (designação figurativa de pessoa que não é natural do lugar e se intromete na sua vida política) pousou em nossa cidade. Chamava-se Antônio Algayer. Foi ele que deu início à discussão, segundo a qual, a grafia do nome dado ao município não era correta. O nome deveria ser Erexim e não Erechim. Perceberam a diferença?
Vários artigos foram escritos em jornais, debates, consultas à Academia de Letras, solicitação de pareceres e até livros foram escritos. Os nossos intelectuais na época, cada um defendendo seu ponto de vista criaram uma celeuma tão grande, que como disseram os estudantes “não levou a lugar nenhum”, tanto que nada mudou.
Para os mais novos é interessante explicar que nunca houve até hoje contrariedade a origem e a etimologia da palavra. Etimologia é a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado através da análise dos elementos que as constituem. Portanto, é o estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução histórica. Pois nem assim, o professor Algayer e seus seguidores se deram por vencidos, e por longo período mantiveram a tese do “x” em evidência, caindo no esquecimento mais tarde. Mas, volta e meia alguém resolve reavivar a idéia do professor paraquedista.
Pela pesquisa feita pelos alunos Carla, João e Vinícios fica clara a tendência de que o erechinense não quer mudar, e que assuntos mais importantes devem consumir o nosso tempo, dando inclusive, exemplos:saneamento, seguranças, educação etc. A consulta, segundo eles, feita no próprio âmbito colegial foi a seguinte: em um contingente de 306 alunos, 278 votaram pela preservação do nome atual com “ch” e apenas 28 contrários, a favor do “x”.
Eu, por exemplo, nasci escrevendo o nome de nosso município com “ch”, e não vai ser agora no raiar dos meus 74 anos que vou mudar. Que me desculpem os defensores do “x”, podem trocar o topônimo, mas vou morrer grafando ERECHIM.

quinta-feira, maio 06, 2010

IPE É DOS SERVIDORES E NÃO DOS “SUI GENERIS

Tramita na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Projeto de Lei que altera a Lei Complementar nº. 12.134, de 26 de julho de 2004, que dispõe sobre o IPE-SAÚDE e dá outras providências.
Na verdade são três projetos diferentes. Um do deputado Paulo Brum, (PSDB), outro do deputado Adilson Troca, (PSDB) e o terceiro do deputado Jerônimo Goergen, (PP).
Cada um deles defende a faculdade de ingresso como optantes no Plano IPE-Saúde.
O deputado Brum quer incluir os empregados das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais; o deputado Troca, os ex-servidores do antigo Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais – DEPRC – inativos pelo Regime Geral de Previdência Social; da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, regidos por lei estadual e posteriormente cedidos à Rede Ferroviária Federal que permaneceram sem serviço público no mínimo por dez (10) anos, e do deputado Jerônimo abrindo o IPE para profissionais regularmente inscritos junto às autarquias “sui generis”, seus membros e conselheiros (e aqui entra a OAB – Ordem dos Advogados Secção do Rio Grande do Sul.
Até aqui o relatório.
O jornalista Políbio Braga publica no seu Blog:
IPE-Saúde não quer saber de furões, advogados ou não.
O IPE Saúde atende 953.918 servidores públicos estaduais e seus dependentes. Yeda deu ordem para concluir os serviços de saneamento financeiro total do instituto e manter as contas em dia. Além disto, encaminhou a reestruturação do IPE. Os projetos estão na Assembléia para aprovação. No mês passado, foram pagos R$ 24 milhões para os hospitais e R$ 10,1 milhões para os ambulatórios do RS.
Nem mesmo foi reestruturado o IPE (Instituto de Previdência do Estado) e os deputados estaduais já miram no IPE-Saúde, um dos seus dois braços (o outro é o IPE Previdência), tentando incluir na sua lista de beneficiários uma série enorme de categorias de trabalhadores e profissionais liberais privados. O foco do instituto é exclusivamente o servidor público estadual.
Saneado, superavitário, pagando rigorosamente em dia todos os fornecedores, o IPE Saúde acendeu a gula de todo mundo.
Na seqüência ele dá a lista dos “furões”.
Eu tenho a impressão de que o IPE não deveria abrir o leque, sob pena de inchar e não conseguir cumprir a sua finalidade para a qual foi criado: assistir o servidor público.
A não ser que, o recolhimento da categoria dos advogados, fosse feito (?!) sobre o valor recebido de suas ações em juízo. É uma questão a ser discutida.
Do contrário, o IPE corre o risco de quebrar.
O presidente do Conselho Deliberativo do IPE, Carlos Alberto Oliveira de Azevedo, disse uma frase que muitos gostariam de dizer:
– Agora que o IPE é um carro novo, todo mundo quer andar – disse Oliveira, numa alusão ao descrédito que o plano de saúde tinha da sociedade na época em que enfrentava sérias dificuldades financeiras.
O presidente da Assembléia Legislativa Giovani Cherini a quem os servidores confiam sobre o assunto concordou que as propostas ameaçam a existência do IPE-Saúde e garantiu que nenhuma delas será votada sem que tenha cálculos precisos do impacto nas contas.
No caso da OAB, que tem mais de 50 mil filiados, o mais grave é que a proposta prevê a cobrança de um valor único de R$ 160 por advogado. Os funcionários pagam de acordo com o salário.
O presidente do IPE, Elói Zanella, por sua vez alerta que, se aprovados, os projetos em tramitação na Assembleia irão inviabilizar financeira e operacionalmente o IPE:
– O IPE corre o risco de quebrar.

terça-feira, maio 04, 2010

LENTIDÃO NOS PROCESSOS JUDICIAIS ELEVA AGONIA DE VÍTIMAS DE TRÂNSITO
Esta notícia lí no Jornal ESTADO DE MINAS: “A lentidão nos processos judiciais referentes aos crimes de trânsito é o veneno que mantém a angústia de familiares dos mortos em acidentes automotivos envolvendo bebida alcoólica. Até mesmo aqueles que saíram vivos de batidas causadas por motoristas alcoolizados amargam a demora e cobram Justiça. A espera por uma sentença final e justa pode se arrastar por mais de uma década, como no célebre caso de Mar de Espanha e Bicas, na Zona da Mata, em que dois condutores acusados de disputar um pega embriagados mataram cinco pessoas. Passados 14 anos, a história chegou ao Supremo Tribunal de Justiça e ainda está à espera de decisão. Para quem está de mãos atadas, falta paciência e sobra desconfiança na máxima de que a Justiça tarda, mas não falha. De acordo com o promotor de Justiça do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, a demora da Justiça se deve ao fato de que “aqueles que têm condições financeiras conseguem recorrer enquanto é possível”. Essa constatação fica evidente nos seis casos de acidentes de grande repercussão em Belo Horizonte pesquisados pelo Estado de Minas. “ A Lei Seca só causou impacto no início. Perdeu-se o medo da punição”, acrescenta. Em Belo Horizonte, desde que junho de 2008, quando entrou em vigor a Lei Seca, até março deste ano, foram distribuídos 2.167 processos de crime de trânsito em primeira instância. No mesmo período, 1.484 foram julgados, o que não significa que houve sentença final. Em 2007 e 2008, foram 4.721 processos distribuídos em primeira instância e 1.261 julgados. “Hoje há um avanço muito grande nos resultados. Atualmente, temos início, meio e fim nos andamentos”, aponta a juíza titular da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Maria Isabel Flepk, ao dizer que a sua expectativa é de que até dezembro deste ano todos os processos referentes a crime de trânsito distribuídos em 2008 na cidade sejam julgados. “Aqueles que chegaram em 2009 serão julgados no ano que vem”, avisa. De acordo com ela, atualmente há apenas duas varas responsáveis pelos crimes de trânsito em BH. “Até junho do ano passado, os processos de crimes de trânsito eram distribuídos entre 11 varas criminais. Agora, a 1ª e 12ª varas ficaram responsáveis por todos os processos de trânsito. Além deles, respondemos por outros, como crimes ambientais, contra idosos ou porte de armas”, enumera. Segundo ela, por mês são julgados, em média, 20 processos de homicídio de trânsito e 80 de embriaguez ao volante, isso em cada uma da duas varas. “Julgamos todos os processos distribuídos até 2005. Mas temos observado que nos últimos meses, tem havido uma queda na distribuição de processos. O número de casos que chegavam à média de 80 caiu pela metade. O motivo pode ser a falta de um patrulhamentoostensivo ou a retenção desses casos na delegacia”, alerta. Enquanto isto os crimes de trânsito ficam sem punição, uma novela que se repete, com um fim que quase sempre pode ser resumido na mesma palavra: impunidade. Crimes de trânsito causam repercussão, inquéritos, processos e até julgamentos, mas, quando se tem como recorrer, raras as vezes o culpado recebe punição exemplar. Um caso emblemático completou um ano no último dia 17 abril: o francês Olivier Rebellato, então com 20 anos, debochou da mansidão das leis no Brasil, depois que bateu o Captiva que dirigia em um Mercedes Classe A, no qual estavam cinco jovens, na Região da Savassi. Embriagado, o rapaz, mesmo sabendo do estado grave em que estavam as vítimas, afirmou: “Estou no Brasil e aqui nada acontece”. O pior é que, pelo desenrolar do caso, o estrangeiro parece estar certo. No fim do ano passado, ele voltou ao seu país, graças a uma decisão da Justiça brasileira, que lhe devolveu o passaporte apreendido no dia do acidente, acreditando que, por responder a processo de trânsito, o rapaz não sairia da cidade. Desde então, Olivier não pôs mais os pés em território brasileiro. Vive hoje em Paris, mas deixou para trás marcas: uma das passageiras do Mercedes Classe A, a jovem Josiane Ramos, de 28, até hoje permanece em estado vegetativo. O caso é apenas um entre muitos de desfecho parecido. Durante a última semana, o Estado de Minas procurou familiares de vítimas de acidentes de maior repercussão em Belo Horizonte nos últimos anos para descobrir qual a situação atual dos casos. Nenhuma das seis famílias procuradas pelo EM conseguiu ainda decisão final da Justiça. Entre os entrevistados, a opinião é unânime: ninguém acredita nas leis brasileiras. A lentidão no julgamento é um dos motivos dessa postura. Desde que foi implantada a Lei Seca, em junho de 2008, nada menos do que 12.675 processos relacionados a trânsito foram distribuídos em Minas Gerais em primeira instância. Até março, 6.709 foram julgados, o que não garante que chegaram a um desfecho, já que pode ter havido ou não recurso, segundo informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A promessa do Fórum Lafayette de Belo Horizonte é julgar até o fim do ano os processos distribuídos até 2008. No entanto, os que chegaram à Justiça em 2009 só estarão nas mesas dos juizes no ano que vem. Luiz Henrique de Souza, de 40, que perdeu uma filha de 4 anos em acidente causado por dois jovens acusados de disputar um pega, acoolizados, em 2004, pergunta: “O que é Justiça? Ela existe?” Hoje, os acusados aguardam em liberdade o resultado do processo. Para Luiz, restaram tristeza e lembranças da pequena Yanka. O veículo de Fernando Paganelli foi atingido por outro, cujo motorista dirigia na contramão, em 2008. A viúva, com seqüelas de um AVC, não desistiu de pedir punição. Além da descrença, a impunidade também deixa seqüelas físicas. Exemplo disso é a viúva Ana Cristina Paganelli, de 41, que perdeu o marido Fernando Felix Paganelli, em 2008, em um acidente causado por um jovem de 22 anos, acusado de beber demais e dirigir na contramão da Avenida Raja Gabaglia. Ana teve um acidente vascular cerebral (AVC) devido ao desgaste emocional, que atingiu os membros e a fala. Atualmente, depois de muitas sessões de fisioterapia, Ana recuperou os movimentos, mas ainda não consegue falar, apenas balbucia alguma palavras. “Jus-ti-ça”, murmura, com dificuldade, ao ser perguntada sobre o que espera do caso que ainda se arrasta. “Tenho certeza de que a maioria dos réus que foram julgados em crimes de trânsito apenas prestou serviços à comunidade ou pagou a pena doando cestas básicas”, dispara o promotor de Justiça do 2º Tribunal do Júri da capital, Francisco de Assis Santiago. De acordo com a juíza titular da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Maria Isabel Flepk, dos 20 casos de homicídios no trânsito da capital julgados mensalmente, em média 15 réus recebem como pena a prestação de serviços para a comunidade. “Não há espaço nas cadeias para colocar esse tanto de gente que mata na direção. Sem contar que, no julgamento, é levado em conta a reincidência do acusado, boa personalidade e motivos justificados”, explica. A maioria dos acidentes de trânsito no Brasil que acabam em mortes é julgada como homicídio culposo, ou seja, sem a intenção de matar. Nesse caso, a punição pode chegar a até quatro anos e, dependendo da situação, pode haver a substituição de pena, com punições como prestação de serviços à comunidade. Outra tipificação possível é o dolo eventual. Isso ocorreria quando o motorista não pretendia, mas assumiu o risco de provocar a morte. Enquadram-se nessa interpretação condutores embriagados, em alta velocidade ou sem carteira de habilitação. Nessa condição, o crime pode render até 20 anos de cadeia ao culpado. Porém, o dolo eventual para tipificar crimes de trânsito divide o meio jurídico e vem sendo derrubado em tribunais superiores. “Enquanto os casos não forem qualificados como homicídio com dolo eventual, o número de crimes não vai diminuir. A punição para homicídio culposo é branda e quase sempre acaba em prestação de serviços”, critica o promotor Francisco Santiago.

sábado, maio 01, 2010

DIA DO TRABALHADOR

Fui à missa vespertina, como faço todos os sábados na Igreja Santo Antônio do Pão dos Pobres. Hoje foi celebrante o padre Antônio, um sacerdote que já passou dos 70 e acho que anda perto dos 80 anos, se não mais.
O padre Antônio é muito querido na paróquia, de fala suave e macia, atrai a atenção dos fiéis que prestigiam suas celebrações. Ouvindo-o percebe-se o seu alto grau de cultura. Aliás, é muito bom e confortador ouvi-lo.
Seu sermão na missa de 1° de maio, dia consagrado ao trabalhador versou sobre o papel da Igreja em alertar os cristãos para o problema social, segundo a doutrina da própria Igreja.
Criticou os regimes totalitários como o comunismo, por exemplo, grande perseguidor dos cristãos no século XX, citando a Russia e a China.
Lembrou a figura de São José operário, padroeiro dos trabalhadores e apelou para que os que têm mais dividam um pouco com os que possuem menos.
Sua fala durou cerca de 15 minutos e serviu para tirarmos grandes lições e reflexões.
A história do dia consagrado ao Trabalhador surgiu em 1886,
durante uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chigago nos Estados Unidos da AMérica. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia foi realizada uma greve geral nos EUA . No dia 3 de maio houve um pequeno levante com a polícia resultando a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de maio, uma nova manifestação de protesto foi organizada, pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo sido determinado o lançamento de uma bomba no meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de junho
de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. O novo drama serviu para reforçar o dia como de luta dos trabalhadores, e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como sendo o dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de abnril
de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o 1° de maio desse ano feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
Ao final deste meu comentpário releio trechos da célebre Encíclica Laborem Exercens, do Papa João Paulo II (1981), sobre o trabalho humano. O trecho inicial da encíclica para a sua reflexão neste 1º de maio:
É MEDIANTE O TRABALHO que o homem deve procurar-se o pão quotidiano e contribuir para o progresso contínuo das ciências e da técnica, e sobretudo para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, na qual vive em comunidade com os próprios irmãos. E com a palavra trabalho é indicada toda a atividade realizada pelo mesmo homem, tanto manual como intelectual, independentemente das suas características e das circunstâncias, quer dizer toda a atividade humana que se pode e deve reconhecer como trabalho, no meio de toda aquela riqueza de atividades para as quais o homem tem capacidade e está predisposto pela própria natureza, em virtude da sua humanidade. Feito à imagem e semelhança do mesmo Deus no universo visível e nele estabelecido para que dominasse a terra, o homem, por isso mesmo, desde o princípio é chamado ao trabalho. O trabalho é uma das características que distinguem o homem do resto das criaturas, cuja atividade, relacionada com a manutenção da própria vida, não se pode chamar trabalho; somente o homem tem capacidade para o trabalho e somente o homem o realiza preenchendo ao mesmo tempo com ele a sua existência sobre a terra. Assim, o trabalho comporta em si uma marca particular do homem e da humanidade, a marca de uma pessoa que opera numa comunidade de pessoas; e uma tal marca determina a qualificação interior do mesmo trabalho e, em certo sentido, constitui a sua própria natureza.”