quinta-feira, maio 27, 2010

CRACK+VÍCIO=MORTE

Numa iniciativa formidável dos órgãos de comunicação do Rio Grande do Sul, principalmente da RBS, desenvolve-se no Estado uma campanha como nunca se fez, para combater o uso indiscriminado do crack, essa maldita droga que vem destroçando famílias inteiras.
Os jornais, o rádio e a televisão, todos os dias, em todos os espaços disponíveis divulgam mensagens chocantes até, com o objetivo de prevenir a nossa juventude contra esse terrível mal.
Prevenir ajuda, mas é preciso que o Estado (Governo) participe com mais responsabilidade e eficácia para que produzam-se efetivamente os efeitos desejados em favor dos que precisam de tratamento.
Em um Estado que possui cerca de 200 mil gaúchos usuários de crack, sem saber quantos destes têm menos de 12 anos, e um único local disponibilizado pelo SUS, uma ala no Hospital Psiquiátrico São Pedro com apenas 10 leitos, é piada.
As unidades mantidas por entidades benemerentes, filantrópicas, algumas ligadas a igrejas etc. estão lotadas, e a cada dia aparecem mais adolescentes em busca de ajuda para terem tratamento, uma vida nova, só que enfrentam o problema de vagas. No Hospital Psiquiátrico São Pedro, por exemplo, a unidade de desintoxicação para adultos tem 30 leitos, todos usados por craqueiros. A unidade de adolescentes tem 10 leitos, 90% são viciados na pedra, e na ala infantil outros 10 leitos, em média 50% são para dependentes de crack.
Por essa amostragem pode-se concluir que a luta não está sendo fácil, mas não pode ser esmorecida.
Na família, na escola, no ambiente de trabalho, onde há grupamento humano, o assunto obrigatoriamente tem de ser a luta contra a droga.
Tem uma adolescente que está internada no São Pedro, com 15 anos. Aos 12 ficou grávida e doou o filho. E agora está novamente grávida. Ela veio de São Paulo de carona trazida por caminhoneiros e chegou até aqui. Está sendo atendida por bondosas funcionárias e tomara Deus consiga se livrar desse desgraçado vício.
Essa droga é tão forte que leva apenas 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos: forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar. Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário chegarão inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.
O pior é que todo usuário de crack é um candidato à morte, porque ele pode provocar lesões cerebrais irreversíveis por causa de sua concentração no sistema nervoso central.
Como o crack é uma das drogas de mais altos poderes viciantes, a pessoa, só de experimentar, pode tornar-se um viciado.
E para conseguir, então, sustentar esse vício, as pessoas começam a usar qualquer método para comprá-lo. Submetidas às pressões do traficante e do próprio vício, já não dispõem de tempo para ganhar dinheiro honestamente; partem, portanto, para a ilegalidade: tráfico de drogas, aliciamento de novas pessoas para a droga, roubos, assaltos, etc.
Você que acabou de ler esse meu comentário, ajuda, faça qualquer coisa para combater o uso de drogas. Ela, a droga, só está desgraçando a família basileira.

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