quinta-feira, maio 20, 2010

MUSEU DA COMUNICAÇÃO

Fui conhecer hoje o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa aqui em Porto Alegre. Fica na Rua Caldas Júnior, próximo ao Correio do Povo, ao lado do Shopping Rua da Praia. Sabe, vale a pena conhecer.
Não imaginava que pudesse conter tanta curiosidade!
Há um acervo muito valioso, por exemplo, do jornal Correio do Povo que guarda a memória de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, desde 1° de outubro de 1895, quando Caldas Júnior com apenas 26 anos de idade revolucionou a imprensa riograndense, ao fundar um jornal que, segundo declarou no editorial de seu primeiro número era feito para toda a massa, não para determinados indivíduos de uma facção. Sim, porque na época, a imprensa gaúcha caracterizava-se pelas fortes tendências políticas, influindo diretamente na opinião pública local, de acordo com os interesses partidários.
Foi o jornal de mais longa publicação em Porto Alegre, circulando por 89 anos ininterruptamente, até1984, reiniciando sua publicação em1986. Hoje é administrado pelo Grupo Record. Pois quando lá cheguei quis ler o jornal que foi publicado no dia 5 de junho de 1936, dia, mês e ano que nasci. Me senti por cerca de uma hora mais jovem do que hoje.
Olhei outras edições, e casualmente no Correio do Povo de 1962, no dia 7 de junho, lá está estampado o noticiário da Assembléia Legislativa em que aparecem as denúncias do então deputado Henrique Henkin,(PTB), cujos familiares residiram em Erechim, acusando as deficiências do serviço de segurança pública no Estado, e pedia remuneração mais digna aos policiais civis e da Brigada Militar. Afirmava Henkin que a nossa segurança estava passando por “uma penúria” inimaginável. No obituário, o convite para Missa de 7° dia de falecimento de Arnaldo Pignone Ballvé, diretor da Rádio Gaúcha e que mais tarde fundou a rede Emissoras Reunidas Rádio Cultura Ltda. Onde trabalhei por 10 anos.
Afora a maravilhosa coleção do Correio do Povo, aparelhos de telefones muito antigos (a manivela com magnéto); rádios à válvulas, máquinas filmadoras utilizadas no surgimento das nossas TVs; video-tapes; os primeiros computadores, câmera de stúdio de TV, etc.
No mesmo local, estão em um painel, fotos de radioatores de novelas transmitidas pela Rádio Gaúcha: Candido Norberto, Adroaldo Guerra, Hernani Behs...
Vivi uma quinta-feira muito agradável. Não imaginava, sinceramente, poder retroagir no tempo nos poucos momentos em que permaneci no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. Senti-me radialista outra vez. Aliás, acho que já nasci radialista.

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