quinta-feira, setembro 30, 2010

LEI ABSURDA
Se eu fosse deputado apresentaria Projeto de Lei extinguindo a proibição de eleitores presos ou detidos, a não ser em casos de flagrante desrespeito a salvo-conduto ou prática de crimes inafiançáveis como tortura, tráfico de drogas e crimes hediondos, como é hoje.
É uma lei caduca, absurda. Ora onde se viu, o sujeito nesse período não poder ser preso até 48 horas após ás eleições.
A determinação consta do Código Eleitoral, e como disse será válida até a próxima terça-feira.
A lei, inclusive proíbe a prisão de candidatos, membros da mesa na sessão eleitoral e fiscais de partido. A não ser em casos de flagrante delito e com a análise do juiz competente para verificar a legalidade do ato.
Até agora não entendi o espírito dessa destrambelhada lei.
Prendendo normalmente quem pratica delitos de qualquer natureza prejudicaria a eleição? É a indagação que se faz.
Aproveitando, já que falamos em eleição, você já observou que poucos eleitores estão levando em consideração o aparecimento dos oportunistas de sempre, os falsos políticos que prometem ilusões; os que metem a mão no dinheiro do contribuinte e sempre se elegem?
Pois é hora de lembrar aqueles que estiveram envolvidos em escândalos e se vestem com pele de cordeiro tentando conquistar o nosso voto.
Nosso voto não pode ser comprado com tapinha nas costas, promessas de favores que não são realizadas.
Outrossim, todos os candidatos dizem que a prioridade é a saúde, segurança e educação. Esta trilogia já está manjada. É uma obrigação de qualquer candidato promover tais ações e nenhum deles estaria fazendo favor, apenas cumprindo um preceito básico, necessário e sempre exigido pela sociedade.
Esta é a hora de mudar. Mudar no sentido de excluir do processo eleitoral todos aqueles que estão com o ficha suja. E é fácil identificá-los basta que tenhamos memória de elefante. Os cientistas não conseguiram medir com exatidão a inteligência dos elefantes. No entanto, durante décadas, especialistas observaram o comportamento dos paquidermes e concluíram que eles estão entre os mais inteligentes do reino animal. Por isso, a teoria de que os elefantes nunca esquecem as coisas é exagerada, mas não está totalmente longe da verdade. Por isto coloque sua memória em funcionamento e não vote em vendedores de ilusões.

terça-feira, setembro 28, 2010

ABRE-SE A FEIRA DO LIVRO EM ERECHIM

Com uma programação que iniciou nesta terça-feira,28, ás 19h teve início a XII Feira do Livro, I Mostra Cultural e I Mostra de Turismo de Erechim.
A Feira está montada na Praça da Bandeira, em frete a Prefeitura e Castelinho, prédio símbolo do Município. Durante quatro dias a população local e regional terá a oportunidade de conviver com aqueles que fazem a cultura da nossa terra.
Este ano foi escolhido para patrono o professor Ernesto Cassol, uma das figuras mais representativas da nossa cultura contemporânea, graduado em História, Filosofia e mestre em História do Brasil pela Univesidade Federal do Paraná. Há vários anos, logo que chegou a Erechim, é professor Pesquisador da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus de Erechim.
Conheço e admiro o professor Cassol, desde quando aportou a nossa cidade há não sei quantos anos. Dá gosto conversar com ele, e tem uma qualidade rara nas pessoas cultas; a humildade.
A abertura foi uma festa. Até Banda de Música tinha. O homenageado da Feira é o jornalista e escritor David Coimbra, da RBS.
Durante os quatro dias do evento serão realizadas várias atividades, desde teatro, Oficinas Lúdicas, apresentações musicais, contos de histórias gaúchas, palestras, apresentação de danças etc.
Estive na cidade na segunda e terça-feiras, mas infelizmente não consegui ficar para a grande noite. Mesmo assim, encontrei-me com o Consultor em Projetos e Sistemas de Saúde Pública e Privada, jornalista e escritor Marco Antonio Geib que me obsequiou com sua recente obra “Erechim Fatos e Peculiaridades do Cotidiano”, lançada na Feira do Livro. Marco selecionou quarenta e sete crônicas publicadas no Clicerechim - ao longo do último ano.
“Erechim, Fatos e Peculiaridades do Cotidiano” retrata fatos, críticas que mechem com a opinião pública.
Gostei da mensagem final onde o autor escreve: “Pela singularidade de sua gente e pelas belezas de seu cenário, Erechim é uma das mais belas cidades do interior do Rio Grande do Sul. É uma cidade que possui uma cultura história vivenciada na miscigenação das etnias que deram origem à formação da cidade. Tem um povo hospitaleiro, enormes potencialidades econômicas, culturais e turísticas. Uma cidade com muitas atrações e com qualidade de vida. Esbanja desenvolvimento em todas as áreas, seja na crfiação artística, na produção acadêmica, na dança, na literatura, no teatro em principalmente, nos setores produtivos da economia”.
Com a devida vênia do autor eu acrescentaria: Erechim tem tudo isto e muito mais.



sábado, setembro 25, 2010

UMA HORA UMA COISA...
É exatamente isto. Uma hora uma coisa, outra hora outra coisa. É assim que age o presidente Lula. Como vem fazendo sistematicamente nos últimos dias, antes de sua vinda a Porto Alegre para o comício dos candidatos de seu partido a presidência da República e governo do Estado, o presidente desta vez não atacou a imprensa. Amenizou o impacto de declarações recentes, quando chegou a dizer que setores da imprensa "destilavam ódio e mentira" em relação a seu governo. Pregou "humildade" e disse que a mídia é "muito importante" ao país. "A imprensa é muito importante. A gente às vezes fica zangado quando a imprensa fala mal da gente, a gente fica feliz quando a imprensa fala bem. Quando a matéria dos jornais sai falando mal a gente ninguém gosta, quando fala bem o ego da gente cresce. A gente precisa ter humildade. Democracia é exatamente isso, cada um fala o que quer, e o povo na ultima hipótese faz o grande julgamento, balizando e consolidando a democracia", afirmou.
Uma hora diz uma coisa, outra hora diz outra.
O editorial de Zero Hora, intitulado “Opinião da RBS O PRESIDENTE E A IMPRENSA” desta sexta-feira, foi de uma oportunidade ímpar.
Na sua crítica a imprensa Lula afirmou que alguns jornais e revistas (referindo a Veja) estão se comportando como partidos políticos e que este é um papel incondizente com a liberdade de comunicação existente no país. Ele se refere às recentes denúncias de irregularidades na Casa Civil e na Receita Federal, que podem trazer prejuízos políticos para a sua candidata à sua sucessão.
É interessante que ao longo de sua carreira política o então sindicalista sempre defendeu a liberdade de imprensa. Ele não se lembra que em 2006 deu aval à Carta de Chapultepec documento internacional de defesa de livre expressão?
Ele não se lembra que disse que devia sua própria liberdade aos veículos de comunicação que acompanharam o episódio de sua prisão pelo regime ditatorial de 64?
Se estava correto o presidente naquela oportunidade, não pode estar agora, quando incita os brasileiros contra os jornais, rádios e TVs que criticam e fazem denúncias de seu governo.
Não fosse a imprensa alguém ficaria sabendo dos escândalos do mensalão; dos sangue-sugas; dos Correios; e mais recentemente na Casa Civil (novamente)?
E a candidata Dilma Rousseff tem que parar de dizer que o Rio Grande do Sul tem de continuar crescendo como o Brasil. É o contrário, ela tem que proclamar que gostaria que o Brasil crescesse como o Rio Grande. As estatísticas estão aí para comprovar.
Por tudo isto, o eleitor tem que estar atento, porque uma hora diz uma coisa, logo ali afirma outra. Isto se chama incoerência.

sexta-feira, setembro 24, 2010

CADASTRO PARA COMÉRCIO DE JÓIAS
O aumento da criminalidade cada vez mais exige leis que impeçam ou dificultam a sua ação.
Desconfia-se que o comércio de jóias e a compra de ouro nas ruas de Porto Alegre, é uma forma de esquentar mercadorias roubadas em joalherias, seguidamente assaltadas por ladrões especializados. Por outro lado, também, os furtos de jóias e metais preciosos estão quase sempre relacionados ao tráfico de drogas e entorpecentes. Nesse sentido o deputado Francisco Appio (PP) quer criar um cadastro de pessoas jurídicas que operem a compra e venda de jóias. O projeto já está protocolado na Assembléia Legislativa que propõe exatamente um cadastro informativo de pessoas jurídicas que operem a compra e venda de jóias ou metais preciosos sem emissão de nota fiscal.
Entrevistei o parlamentar e ele me disse que o seu projeto não tem a pretensão de ser uma pedra filosofal, mas, sim, pretende colaborar com as autoridades policiais, judiciárias, tributárias, administrativas e sociais na reunião de informações que servirão para a identificação de operações ilícitas, o justifica. Em outras palavras, a intenção do deputado é incidir diretamente nas fontes de sustentação econômica do tráfico e da delinqüência.
Ressalva, porém, que também os casos em que não há dolo serão abrangidos.
“Em um país onde o trabalho é sagrado e permite – mediante pagamento de tributos – financiar a administração pública, torna-se necessário diferenciar o empresário que regularmente pratica o comércio de jóias e metais preciosos, daquele envolvidos – mesmo que sem dolo – em práticas de receptação ou transmissão irregular de jóias”, explica.
De outro lado, esses “comerciantes” que não imitem nota fiscal, de acordo com o texto, poderão obter um certificado de regularidade mediante o pagamento da respectiva taxa de serviços estabelecida na lei 8.109/1985. O Cadim-J, sigla do cadastro contém todas as informações das pessoas que exerçam essa atividade de vendendores de jóias e metais preciosos sem a emissão de notas fiscais. Serão consideradas passíveis de inclusão no Cadim-J a venda ou a doação de jóias sem nota fiscal e as operações de penhor que não tenham sido efetuadas pela Caixa Econômica Federal.
Ainda de acordo com o projeto, caberá a Junta Comercial do Rio Grande do Sul alimentar o cadastro com os dados dos atos constitutivos e as alterações societárias de empresas envolvidas nas operações mencionadas.
Os municípios terão acesso gratuito às informações e competirá ao Executivo regulamentar à lei, bem como definir prazos e critérios de acesso por inclusão, suspensão, exclusão e consulta de informações.
A previsão é de que o referido projeto seja aprovado ainda nesta legislatura, após as eleições.



UM DISCURSO QUE VALE UMA ELEIÇÃO
Uma palavra mal colocada em um discurso político mal preparado pode derrubar um candidato preferido nas pesquisas. Lembro de uma história que vale a pena ser recordada neste momento em que aumenta a expectativa de quem será o vitorioso no pleito de 3 de outubro: o da pesquisa ou o que aparece em segundo lugar.
Há alguns anos passados, como acontece agora, corria o pleito eleitoral para escolha de prefeitos e vereadores num município da Região do Alto Uruguai. Dois candidatos se destacavam, um representando na época o partido da direita e o outro da esquerda. A campanha se desenvolvia dentro da normalidade de um pleito eleitoral, até que, ao se aproximar o dia da votação, as ofensas e maledicências eram cada vez mais acirradas.
Para que não houvesse uma conflagração entre as facções políticas, e principalmente entre os dois candidatos, o padre da Paróquia tomou a si a iniciativa de reunir os dois postulantes ao cargo de prefeito na Casa Canônica, para transmitir-lhes que a comunidade mostrava-se preocupada com o ambiente hostil e desafeiçoado que o rumo da campanha havia tomado, e que ambos deveriam cessar as agressões verbais nas reuniões que promoviam, a fim de se chegar no dia da eleição com paz e amor.
Tanto um como outro concordaram e prometeram seguir os conselhos do padre que por sua sugestão, houvesse na cidade como encerramento da campanha, um grande comício conjunto. Tudo acertado, dia hora e local.
Imagine você, leitor, a noite do grande comício. A praça apinhada de gente, o palco erguido, e a banda de música animava os momentos precedentes da apresentação dos candidatos.
Um deles era mais jovem, bem falante, o outro, idoso, trabalhador, se não me engano marceneiro. A população que já aguardava cedo o espetáculo político começava a ficar impaciente até que veio o anúncio de que o comício iria começar. Quem falaria primeiro o jovem, ou o mais velho? Eis que, para acalmar uma pequena discussão entre os assessores dos candidatos, novamente o padre da Paróquia é chamado a colaborar e aconselhou que se fizesse um sorteio. O primeiro orador a se manifestar foi o rapaz. Gastou mais de meia hora para dizer aos eleitores, dos seus propósitos se eleito fosse, e que saberia levar o município uma nova fase de desenvolvimento etc. Mas, antes de concluir alfinetou o adversário, rompendo o acordo de que não ocorreriam agressões verbais. Entre outras ofensas chamou seu competidor de mentiroso e enganador, pois que não era verdade o que apregoava ser obra sua o bonito portal da Igreja Matriz... O mal estar se formou e ambos quase foram as vias de fato em pleno palco.
A resposta veio em seguida. A fala do segundo candidato não durou cinco minutos, no sotaque italiano do nosso interior com o “r” carregado. Disse mais ou menos o seguinte: “Querrido povo de... esse indióta que tá qui, não rrespeitou nem meus cabelos brrancos. Bem que poderia ser meu filho! Namorrei a mãe dele durante 15 anos e não casei com ela porque não prrestava!” Chamou ele de quê?
E, ao final, não se sabe se foi por efeito do seu discurso ou não, o velho acabou sendo eleito.
É por isto que um discurso ou uma entrevista ofensiva, pode transformar o adversário vítima e levar o candidato a perder uma eleição. Esta história é um exemplo.

quinta-feira, setembro 23, 2010

MAIS UMA VEZ SE FEZ JUSTIÇA
Sempre quando alguém não tem o que fazer, volta a querer mudar a grafia de Erechim trocando o “ch” pelo (x). Contudo, dão-se mal.
Não faz muito um dos adeptos do “x” ingressou na Justiça com uma ação para que o nome do município pelas razões que expôs devesse ser grafado não mais com o “ch”. Aliás, esta controversia existe há anos, herança deixada pelo líder de um grupo de professores, Antônio Estevam Allgayer, seguido de outros “intelectuais” parceiros da mesma idéia como Tobias Pereira Sobrinho, Guilherme Barp, Elídio Scaranto, Dorvalino Franzon, João Komozinski e Evandes Barbosa.
Ontem, 22, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgou e extinguiu a ação que queria mudar a grafia do nome da cidade de Erechim., além da solicitação ir contra o que estabelece o Código Civil. Afora esta decisão, condenou o autor da ação ao pagamento das custas processual e de honorários advocatícios arbitrados em R$ 2 mil. O solicitante alegava que o nome Erechim com “x” era mais adequado às regras do português.
Ao que sei não se muda o nome de um município através de uma ação na Justiça. O processo é de origem Legislativa. Não é o caso de mudança de nome de pessoa física que solicita ai sim, ao poder judiciário, e tem todo um rito a ser seguido.
Por outro lado, imagine o custo desta mudança. Confecção de placas onde constaria a nova grafia com “x”, carimbos, impressos, mapas etc.
Estou lembrando agora que na administração do ex-prefeito Aristides Agostinho Zambonatto, os defensores do “x” conseguiram junto ao então ministro da Educação e Cultura, Jarbas Passarinho, que este enviasse expediente ao prefeito determinando que o nome do município fosse escrito com “x”. Em represália, os tutores do “ch” pressionaram a Câmara de Vereadores a aprovar Projeto de Lei, sancionado pelo vice-prefeito Olímpio Tormen, cujo ato foi realizado no salão nobre da Prefeitura na presença da imprensa. Eu estava lá na época e fui testemunha da solenidade. O Projeto assinalava que a partir daquele instante toda a correspondência que chegasse à Prefeitura com grafia diferente a do Decreto que criou o município, seria devolvida. E mais, era proibido escrever Erechim com “x” em placas, anúncios e tudo o que fosse para uso público, ou para a divulgação.
Mais tarde a Lei foi revogada.
A decisão do Tribunal de Justiça Gaúcho nesta quinta-feira, é mais um atestado de que as pessoas deveriam se preocupar com ações mais inteligentes, e não dessepultar uma tese que descansa em paz.
COMEÇOU A CAIR
A candidata do presidente Lula e do PT á presidência da República começou a cair. Na pesquisa anterior do Data Folha, entre 13 e 15 de setembro Dilma Rousseff, aparecia com 51%, o candidato tucano José Serra com 27% e Marina Silva com 11%.
Na pesquisa divulgada ontem , 22, Dilma tem 49%, Serra 28% e Marina 13%.
Se continuar caindo nesta proporção Dilma chegará a 3 de outubro com menos 20 pontos percentuais, e isso não é bom. Mesmo mantendo esta diferença poderá perder para o tucano no primeiro turno.
Dentre os outros candidatos – José Maria Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Rui Costa Pimenta ( PCO) e Zé Maria (PSTU) ) – nenhum atingiu 1% das intenções de voto. De acordo com a pesquisa, brancos e nulos somaram 3%, e indecisos, 5%.
Na simulação de um segundo turno feita pelo Datafolha, a candidata petista aparece com 55% e o tucano, com 38%. Brancos e nulos seriam 4%, e indecisos, 3%.
Aqui no Rio Grande do Sul José Fogaça parece não reagir mais, mesmo com todo o esforço do seu partido e dos que o acompanham na coligação está difícil de aumentar o percentual sobre Tarso Genro. Vamos ver, ainda restam 10 dias até a eleição, e estes serão decisivos.
A governadora Yeda Crusius pelo jeito, mesmo tendo feito um bom governo, na opinião de muitos especialistas em política, não vai emplacar. O seu governo foi muito tumultuado com vários escândalos, desde o Detran, Banrisul e Casa Militar e isto tem prejudicado á sua imagem, ao contrário de Dilma Rousseff, ex-ministra da Casa Civil do governo Lula. Lá, aconteceram coisas que todo mundo conhece e ela se mantém no topo da preferência para a presidência.
É engraçado, não é.
Quanto ás candidaturas ao senado parece estar desenhado que Ana Amélia Lemos (PP) ocupará uma das duas cadeiras no Senado. Germano Rigotto (PMDB) e Paulo Paim (PT) brigam pela segunda. E entre um e outro que ganhar a diferença não será por muito.
O que não está empolgando é a eleição para deputado federal. Os acontecimentos nacionais que exigiam uma presença mais marcante dos parlamentares não aconteceu. O caso dos aposentados, por exemplo, na briga entre executivo e legislativo pelo término do fator previdenciário, as locupletações de alguns com desvios etc., tem deixado o eleitor um pouco céptico, descrente, e por isso poderá ocorrer muitas mudanças, ou seja, o eleitor vai eleger novos nomes.
Faltam poucos dias para tudo se modificar, ou ficar tudo como está.

terça-feira, setembro 21, 2010

INTIMIDAÇÃO À IMPRENSA

O povo brasileiro não pode aceitar o que os petistas querem fazer com a imprensa: amordaçá-la. Não vão conseguir. Tentativas houve, mas todas fracassaram. Só quem cala a imprensa é a ditadura, e esta já teve seu período. Hoje vivemos na democracia e com direito a livre manifestação e liberdade de expressão.
Uma nota assinada pelo senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB acaba de ser distribuída nos seguintes termos:
“Merece total repúdio do povo brasileiro a tentativa de intimidação da imprensa, por parte do PT, da campanha Dilma e de setores sindicais. A convocação de um ato destinado a esse fim explicita a vocação autoritária desses apoiadores.
Não se espantam com a corrupção e com os malfeitos, queixam-se das notícias que revelam corrupção. Querem uma imprensa e uma opinião pública subordinadas. Não é coincidência que os mesmos que preconizam um “controle da imprensa” se juntem para tentar tirar legitimidade de uma vitória de José Serra.
Nunca antes na história deste país se viu tanta desfaçatez. O presidente da República apequena e mancha a investidura que recebeu para jogar-se numa aventura ilegal, subvertendo as leis e as normas básicas do jogo democrático.
Sob o pretexto da popularidade, os patrocinadores da chapa oficialista consideram-se inimputáveis. Instituíram o vale-tudo: abuso da máquina, uso de dinheiro público e violações de direitos constitucionais.
Ao convocar um ato para intimidar a imprensa, têm a cara-de-pau de evocar a democracia, quando o que querem é abalar um dos seus pilares: a liberdade de expressão e de informação.
Causa perplexidade que chamem de jogo sujo o direito à informação, ao mesmo tempo em que inundam o país com panfletos mentirosos a respeito dos adversários.
O povo brasileiro não é bobo. Não se deixará intimidar, nem se deixará levar por previsões que dão como terminada, e com resultado apurado, uma eleição em que ninguém ainda votou. Querem ganhar no grito, na pressão e na ameaça.
Não passarão. No dia 3 de outubro, longe das pressões do Poder e de seus asseclas, os eleitores brasileiros se manifestarão. Livres. Das urnas sairá a vontade popular.
Em defesa da democracia, da liberdade, em defesa de um país decente”.
É inacreditável que se queira amordaçar a imprensa em plena democracia.
Pra finalizar, o STF deve apreciar e decidir em sessão desta quarta-feira pela tarde, a validade da Ficha Limpa para as eleições que se aproximam, ou ficará para o próximo pleito.
A expectativa é grande em todo o país pelo resultado do julgamento.

segunda-feira, setembro 20, 2010

FARRAPOS
Que maravilha! Nunca se cantou e exaltou o 20 de setembro como este ano em todo o Rio Grande do Sul. Foi a Semana Farroupilha mais festejada que vi no meu Estado. Impressionante o garbo e o orgulho de todos quantos participaram dos desfiles temáticos em Porto Alegre.
Foi tudo muito bem organizado.
Chamou-me a atenção este ano, a participação da Maçonaria no Acampamento Farroupilha e no desfile. A milenar instituição teve significativa participação na Revolução Farroupilha como, aliás, na Independência do Brasil. Entre seus maiores líderes, destacam-se Bento Gonçalves da Silva, Giuseppe Garibaldi, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, David Canabarro e tantos outros.
Ainda ecoa pelas coxilhas do Rio Grande as palavras do general Neto ao proclamar a República de Piratini diante de sua tropa:
“Camaradas! Nós que compomos a Primeira Brigada do Exército Liberal devemos ser os primeiros a proclamar , como proclamas, a independência desta província, a qual fica desligada das demais do Império e forma um Estado livre e independente, com o título de República Rio-Grandense e cujo manifesto às nações civilizadas se fará oportunamente. Camaradas! Gritemos pela primeira vez: Viva a República Rio-Grandense! Vivas a Independência! Viva o Exército Republicano Rio-Grandense!”
Uma curiosidade. O hino da República Rio-Grandense foi composto por um mulato mineiro. Joaquim José de Mendanha dirigia a banda de música imperial de Rio Pardo.
A música criada por Medanha é o atual hino do Estado.
A República Rio-Grandense foi proclamada pelo general farrapo Antônio de Souza Neto, em setembro de 1835. Mas antes disso, na noite de 18 de setembro, houve uma reunião histórica na Loja Maçônica Philantropia e Liberdade, da qual Bento Gonçalves da Silva era Venerável Mestre. Ficava na Rua das Igrejas, n° 67, atual Rua Duque de Caxias no trecho que começa no Solar dos Câmara, em Porto Alegre.
Estavam presentes nessa reunião José Mariano de Matos, Gomes Jardim, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, Paulino da Fontoura, Antônio de Souza Neto e Domingos José de Almeida.
Por tudo que fizeram nossos farroupilhas o Rio Grande se orgulha e agradece.
Viva o nosso Estado!

domingo, setembro 19, 2010

TIRIRICA
Se a eleição fosse hoje, o humorista de TV Tiririca, candidato a deputado federal seria o  mais votado para a Câmara Federal. Ele perderia apenas para Enéas Carneiro, já falecido, que foi eleito em 2005 com um milhão e meio de votos, o mais votado em todo o país.
As últimas pesquisas apontam que Tiririca fará 3% dos votos em São Paulo.
Inusitado, exótico, bizarro. Na campanha eleitoral, são vários os adjetivos usados para descrever o comportamento de alguns candidatos frente às câmeras de TV. Para outros, a candidatura por si só já é um acontecimento. Exemplos não faltam: de Maguila aos integrantes do KLB, passando pela Mulher Pêra até o palhaço Tiririca. O fenômeno não é novo, mas vem se repetindo regularmente desde a redemocratização do país na década de 1980.
Por quê?
Especialistas ouvidos pelo UOL Eleições são unânimes em atribuir ao sistema político brasileiro à enxurrada de candidatos "bizarros" perambulando pelo horário eleitoral obrigatório. "A lista aberta torna a competição por espaço absolutamente selvagem. Tem um microssegundo para aparecer na TV - como você vai fazer? Se eu fosse fazer campanha, falaria alguma coisa engraçada na TV", afirma o cientista político Luciano Dias, do IBEP (Instituto Brasileiro de Ciências Políticas).
Nessa estrutura, o eleitor pode votar em quaisquer dos candidatos de um determinado partido. Na lista fechada, porém, o voto é na legenda: a sigla apresenta uma lista com, por exemplo, 50 integrantes, que vão sendo eleitos em ordem pré-definida à medida que o número de votos atinja o quociente necessário para cada um deles.
Esse tipo de candidato só existe em lista aberta. Eu sou muito a favor de fechar a lista, porque você não teria mais os exóticos. Outra razão é a pluralidade de partidos.
No Brasil o partido é muito fraco. O partido não está preocupado com a imagem, está preocupado em eleger deputados. Em países como Espanha, Uruguai, Alemanha e Itália o sistema vigente é o de lista fechada. "Nesse sistema não há Tiririca.
Outro exemplo é a Argentina, onde lista fechada inclui cotas para mulheres. Numa lista com 10 candidatos, o terceiro, o quinto e o décimo têm de ser mulheres. Então, a priori, pelo menos um terço dos deputados eleitos é feminino.
Pior que tá não fica. Embora não seja único, o perfil do palhaço Tiririca simboliza bem esse tipo de candidatura. Recentemente, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou que o humorista "debocha da democracia em seu programa de TV".
Suas aparições no horário eleitoral obrigatório motivaram críticas do promotor eleitoral do Estado de São Paulo, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, diversas representações encaminhadas à Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo e reações de candidatos rivais na disputa por uma vaga no Legislativo.
Tiririca vai ser muito identificado com voto de protesto. É uma bizarrice, mas representa alguma coisa em termos de protesto.
O deboche não é bom para a democracia, para a credibilidade da democracia. Para os especialistas, a situação não deve mudar enquanto o sistema vigente for o de lista aberta. Liberdade é importante na competição eleitoral em qualquer democracia. Na lista aberta, qualquer um que tem direito político em dia pode se candidatar encontrar um partido que aceite a candidatura.
Mas, o fenômeno de Tiririca não é novidade. Há 50 anos, 100 mil paulistas votaram para vereador no Cacareco (um rinoceronte) cujo slogan era “vale quanto pesa”.
Eu lembro que havia eleitor que dizia: É melhor eleger um rinoceronte do que um asno.
Hoje se pode dizer: É melhor eleger um palhaço do que um corrupto.

sábado, setembro 18, 2010

DUAS HISTÓRIAS DIFERENTES
À medida que se aproxima o dia da grande decisão, ou seja, a eleição do presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, o eleitor fica conhecendo quem é quem nessa parada.
O jornal Zero Hora deste domingo publica uma interessante reportagem intitulada “Memórias de Chumbo” em que o ex-marido da candidata Dilma Rousseff, o advogado e ex-deputado estadual Carlos Franklin Paixão Araújo revela em entrevista de cinco páginas e oito horas de depoimento a sua vida com Dilma.
Araújo foi condenado por subversão, torturado e recolhido ao Presídio Central. Foi no velório de seu pai, algemado, que Araújo reencontrou Dilma sua companheira de exílio e guerrilha desde 1968 e de cárcere.
No relato de seu ex-companheiro, Carlos Araújo, confirma-se a participação da ex-ministra Dilma Rousseff no assalto ao cofre do ex-governador Ademar de Barros, que foi comandada em 1969 pelo seu futuro marido, o ex-deputado Carlos Araújo, em 1969, numa imponente mansão do bairro Santa Tereza, no Rio. Como se sabe, Ademar de Barros foi governador de São Paulo e fundador da atual Rede Bandeirantes de Rádio e TV. O primeiro dos Saad foi seu genro. Dilma Rousseff evita falar sobre o episódio. Sua biografia no site de campanha e nos programas de rádio e TV omitem totalmente o passado terrorista da candidata do PT.
Quem contou os detalhes do assalto foi o próprio ex-deputado Carlos Araújo, que na época liderava com Dilma Rousseff a organização terrorista VAR Palmares, já na época aliada estratégica da VPR, grupo liderado pelo ex-capitão Carlos Lamarca. Está tudo no jornal Zero Hora deste domingo.
O trabalho publicado em ZH é dos repórteres Luiz Antonio Araújo e Mariana Bertolucci.
O ex-deputado do PDT, hoje com 72 anos, vive na mesma casa de sempre, no Bairro Assunção em Porto Alegre. A ex-ministra e candidata á presidência, Dilma Rousseff foi a segunda mulher de Araújo.
Na reportagem, Carlos Araújo conta que roubaram o cofre com tudo dentro, usando um sistema de roldanas. Depois ele foi aberto com a ajuda de maçaricos. Dentro dele estavam US$ 2,16 milhões. Carlos Araújo conta que US$ 1 milhão foi endereçado ao embaixador da Argélia, para ajudar exilados brasileiros em Argel. O restante foi usado na luta armada.
O mesmo jornal também conta detalhes do longo exílio de José Serra, adversário de Dilma Rousseff, no Chile.
Sylvia Mónica Allende Ledezma narra como foi sua via ao lado de Serra no exílio iniciado logo depois do golpe de 1964 e somente encerrado em 1978.
A ex-primeira bailarina do Balé Nacional do Chile, psicóloga, professora e naturalizada brasileira em 1999, revela que Serra chegou a ser levado para o Estádio Ncional, local onde ficavam os presos, e só não foi morto porque o senador democrata americano Edward Kennedy, interferiu por ele. Era no Estádio Nacional que ficavam os presos a céu aberto pelas arquibancadas. Dali, depois de interrogados, eram levados para um campo de prisioneiros. Muitos foram torturados e mortos no próprio estádio de futebol.
Vale a pena ler Zero Hora deste domingo, para conhecer as diferentes histórias dos dois principais candidatos á presidência da República nas próximas eleições de três de outubro.



sexta-feira, setembro 17, 2010

VIAGEM E SOLIDARIEDADE
Segunda-feira, dia 27, vou a Erechim. A última vez que lá estive foi no início do ano em Janeiro, quando o amigo Idylio Segundo Badalotti, diretor da Rádio Difusão, e outras personalidades, foram homenageadas pela Assembléia Legisltiva do Rio Grande do Sul, em noite inesquecível no auditório do 25 de Julho.
Vou rever amigos e parentes, matar a saudade como se costuma dizer.
Da última vez que lá estive deixei passar cerca de cinco anos e fiquei espantado com o crescimento da cidade. Não fosse o traçado das suas avenidas largas e portentosas e os prédios centrais, que pouco mudaram, dificilmente creditaria que o que estava vendo era o Erechim.
Senti-me mais orgulhoso ainda em ter nascido nessa cidade.
Mas, o que me traz hoje a esta página é solidarizar-me com o confrade José Adelar Ody pelo seu último artigo no Jornal Boa Vista On Line que li com muito interesse.
Tudo o que ali está é real e lembra as extraordinárias administrações, desde Elói Zanella (Zebra), Jayme Lago, Antônio Dexheimer até Luiz Francisco Schmidt.
Vivi todas elas de perto, tendo participado diretamente de uma delas quando Dexheimer foi prefeito. Portanto, sou testemunha do antes e depois da era “Zebra” e dos governos Dexheimer/Schmidt. E o que o Ody coloca cronologicamente em termos de conquistas e realizações é verdade, nunca dantes atingido. Ody, ás vezes o ciúme político dá no que deu.
Não li o artigo anterior que você escreveu, mas pelo que percebi, entre outras coisas, teria sublinhado que o atual governo municipal teve sorte em encontrar uma prefeitura tão bem estruturada, funcionários competentes e com dinheiro em caixa. Teve sorte, sim, o atual administrador, ou desejaria ter o azar de pegar um foguete pelo rabo?
Sabe o que é, as realizações dos ex-prefeitos desde a primeira administração de Elói Zanella até a última, com as intermediárias já citadas de Lago, Dexheimer e Schmidt incomodam muita gente, da dor de cotovelo. Por isso, ao ler o seu último artigo chego à conclusão, de que as pessoas têm mesmo memória curta. Às vezes, é preciso relembrar certos feitos para que as gerações futuras saibam quem realmente fez pelo desenvolvimento de nossa terra.
Diante disso, tens a minha solidariedade.

quinta-feira, setembro 16, 2010

QUAL É O PROBLEMA?
A primeira atitude do presidente Lula ao ser noticiado de que o seu gabinete da Casa Civil estaria envolvido com maracutaia é afastar a ministra e limpar a área de uma vez por todas. Certamente, causaria menos prejuízo do que manter a ministra. Pelo menos afastá-la até os esclarecimentos sobre as acusações da revista Veja, que apontou o filho, Israel Guerra, como negociante de contratos da MTA com os Correios mediante pagamento de propina. Até a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil quer o afastamento da ministra Erenice Guerra.
Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu o afastamento imediato do cargo da ministra-chefe da Casa Civil. Erenice já está tendo sua conduta investigada em um processo preliminar na Comissão de Ética da Presidência da República. Na terça-feira, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar suposto tráfico de influência de Israel. A nota da OAB é assinada pelo presidente da instituição, Ophir Cavalcante, que classifica como "gravíssimas" as acusações de tráfico de influência. "A partir do momento em que se coloca em dúvida a credibilidade e a postura da ministra, isso é algo que deveria atrair o imediato afastamento dela. Não se pode falar em moralidade, em transparência e em apuração se ela se mantiver no cargo. É necessário que ela seja afastada do cargo, a fim de que haja uma efetiva apuração, sem qualquer possibilidade de influência", diz Cavalcante na nota. Cavalcante ainda afirma que as supostas intermediações feitas por Israel Guerra são "criminosas, porque ele está exercendo, ou pelo menos disse exercer, a advocacia — algo que não pode por ele ser exercido, na medida em que ele não é advogado. Ele estaria aí cometendo um ilícito penal, a falsidade ideológica, e isso tem que ser apurado pelo Ministério Público".

Procuradoria vai acompanhar inquérito da PF
A procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira que vai acompanhar o inquérito da Polícia Federal que investiga denúncias de tráfico de influência que envolvem Israel Guerra, filho de Erenice. Sobre a influência do período eleitoral na apuração dos fatos, Gurgel reforçou a isenção do Ministério Público Federal (MPF).
— De um lado o MP não servirá de instrumento daqueles que têm interesse em mostrar o envolvimento do governo e, por outro lado, não deixará de apurar para preservar qualquer posição do governo. O Ministério Público tem a preocupação de não virar instrumento nem da campanha da ministra Dilma nem da campanha do governador Serra — disse Gurgel, se referindo aos candidatos ao Palácio do Planalto Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Pois é, não sei porque Lula não tira essa mulher do ministério!
Se nada for provado sobre seu envolvimento ou não, nesse escândalo, volta. Qual é o problema?

terça-feira, setembro 14, 2010

OS APADRINHAMENTOS
Faltando praticamente três semanas para as eleições presidenciais, estoura um novo escândalo no governo Lula que acaba atingindo a sua candidata Dilma Rousseff.
Será que atinge mesmo?
As próximas pesquisas deverão revelar novidades. Se Dilma se mantiver no mesmo percentual que vem sustentando de duas pesquisas atrás, não vai mais adiantar José Serra continuar batendo na mesma tecla.
Entenda o caso: A ministra substituta de Dilma, na Casa Civil, braço direito da candidata estaria protegendo seu filho, Israel Guerra que por sua vez, teria intermediado contratos no valor de R$ 84 milhões entre uma empresa de transportes e os Correios. Pelo serviço, Israel teria recebido R$ 5 milhões, com suposta influência da ministra.
As denúncias vieram a tona através da revista Veja.
O presidente Lula, escudeiro de Dilma, é que mais tem defendido sua ex-ministra. Ontem em um comício petista na cidade de Joinvile-SC, Lula bateu forte no DEM. O presidente a certa altura chegou a afirmar que “é preciso extirpar da política brasileira” o DEM, partido de oposição e que apoia José Serra, adversário de Dilma Rousseff à Presidência.
O discurso de Lula foi focado no Democratas, cujo partido lidera as pesquisas com seu candidato Raimundo Colombo.
Mas, a metralhadora do presidente não parou aí. Críticas foram feitas também a família Bornhausen, tradicional na política catarinense do deputado federal Paulo Bornhausen e do ex-presidente nacional da sigla, Jorge Bornhausen.
A certa altura do seu discurso o presidente disse: Já aprendemos demais e sabemos que os Bornhausen não podem vir disfarçados de carneiros, porque sabemos quem são os Bornhausen, já conhecemos a história deles.
Não sei, mas acho que Lula deu um tiro no pé ao querer atingir a tradicional família de políticos catarinenses, para projetar a senadora Ideli Salvati, concorrente de Colombo ao governo do Estado.
Enquanto isto, uma nova denúncia atinge a irmã da ministra- chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, a advogada Maria Euriza Alves Carvalho, que despacha quando está em Brasília no mesmo escritório que havia contratado, sem licitação, quando era assessora jurídica de uma empresa de pesquisa energética, órgão vinculado ao ministério de Minas e Energia. Essa empresa tinha como sócio até pouco tempo outro irmão da ministra, e é o local onde o filho de Erenice, teria usado para atividades de lobby.
A denúncia é que a ministra teria avalizado a Empresa de Pesquisas Energética que contratou de forma emergencial por R$ 80 mil, o escritório em que o irmãos dele trabalhava.
Em síntese, tudo apadrinhamentos, facilidades, lobbys, acobertados pelo manto do poder. E é isso que o governo tem de explicar e o eleitor julgar.

segunda-feira, setembro 13, 2010

BONITO EXEMPLO
Um bom exemplo político acaba de ser dado pelo município de Cruz Alta. Os dirigentes partidários locais formaram um comitê de apoio aos candidatos Pedro Westphalen para deputado estadual e Luiz Noé para deputado federal. O curioso é que os dois são de partidos adversários: Westphalen é do PP, aliado da governadora Yeda Crusius, e Luiz Noé, do PSB, que apoia Tarso Genro. A campanha batizada de “Minha bandeira é Cruz Alta, meus deputados são daqui” sustenta que, por conhecerem as reais necessidades do município, os candidatos da terra estão mais comprometidos com as demandas regionais.
No meu comentário anterior, a respeito do pleito que se avizinha, sugeria quase a mesma coisa, ou seja, que Erechim e os cerca de 40 municípios do Alto Uruguai fechassem questão em torno dos candidatos locais, porque ninguém melhor que eles conhecem os problemas da região.
Como neste país pouco se cria, tudo se copia, não custa imitar Cruz Alta e canalizar os quase 200 mil votos da região para os candidatos que a ela pertencem.
Segundo consegui apurar concorrem: Altemir Tortelli (PT) de Ponte Preta; Ivar Papan (PT) Erchim; Evandro Agídio Zambonato, (PSDB) Itatiba; Fernando Barp, (PCdoB), Erechim; Luiz Antônio Tirello (PTB), Erechim; Neiva Lazarotto (PSOL) Viadutos; Luiz Francisco Schmidt (DEM), Erechim e Waldomito Fioravante, (PSB) Erechim.
Mostraram-me uma foto dos canteiros da Av.Maurício Cardoso, a principal da cidade, e constata-se a invasão de candidaturas que são de outras regiões. Ora, sabendo da preferência do eleitorado em preferir nomes fora da região é óbvio que acamparam-se na cidade até com abertura de diretórios para atrair o voto do eleitor local.
Vou repetir mais uma vez, é por isso que sou favorável ao voto distrital. O sistema do Voto Distrital Misto foi criado na Alemanha, logo depois da II Guerra Mundial.
Qual é a diferença das regras atuais?
Pelas regras atuais, o voto é proporcional. Um deputado pode se eleger com votos de qualquer lugar do seu estado. O que determina quantas cadeiras cada partido terá é a soma da votação de legenda e da votação nominal dos candidatos do partido. Os mais votados ocupam as vagas.
No sistema distrital, cada estado é dividido em um número de distritos equivalente ao de cadeiras no Legislativo. Os partidos apresentam seus candidatos e ganha o mais votado em cada distrito. A condição básica para dividir o mapa é que cada área tenha um número equivalente de eleitores. Os distritos do podem abranger vários municípios pequenos ou grandes municípios podem ser divididos em vários distritos.
Estuda-se muito, porém, um sistema misto. Nesse modelo, os estados são divididos num número de distritos equivalente à metade do número de vagas no Legislativo. Metade dos deputados é eleita pelos distritos e metade, por listas de candidatos feitas pelos partidos. Os nomes e a ordem de preferência na relação são definidos nas convenções de cada partido. Quanto mais votos de legenda um partido tiver, mais vagas poderão preencher com os candidatos eleitos pelos distritos. Se eles forem insuficientes para preencher todas as vagas, chega a vez dos que estiverem na lista.
Para o cientista político Bolívar Lamounier o voto distrital aumentaria o poder de fiscalização dos eleitores sobre os representantes, pois acredita ele que as regras atuais facilitam a atuação de políticos que conseguem se reeleger em outro local mesmo que não tenham tido um bom desempenho parlamentar.
Enquanto não acontecer uma reforma política que institua a Voto Distrital vamos ter sempre essa avalanche de candidatos, muitos dos quais, sem condições de exercer a atividade parlamentar. É só assistir o horário político. Tem cada um!!!!!!!!

sábado, setembro 11, 2010

CONTAGEM REGRESSIVA
Já entramos propriamente na contagem regressiva para as eleições de 3 de outubro para presidente, senador, deputados federais e estaduais e governadores de estados.
Na minha Erechim concorrem 10 candidatos e mais uma centena de pescadores de votos que se não houver cuidado por parte do eleitor, elegem-se os de fora e não se elegem os que concorrem pela região do Alto Uruguai.
Eu me lembro de um slogam que foi usado na campanha de Elói Zanela para deputado estadual que dizia, eleitor da região vota em candidato da região. E ele acabou sendo eleito. Pois se a região deseja ter mais de um candidato eleito deve fechar com um ou dois nomes locais para ter repreentação própria, de preferência um estadual e outro federal. Do contrário, a região terá que andar de pires na mão para reivindicar recursos e benefícoios.
Tem candidato que não pregou um prego em Erchim e está garimpando votos com promessas de, se eleito, vai se transformar num embaixador dos interesses da região em Brasília ou Porto Alegre. E o pior é que tem eleitor que credita e acaba votando.
É por isso que sou a favor do voto distrital. Tem um deputado na Assembléia Legislativa que desde que foi eleito pela primeira vez, sempre se intitulou deputado distrital, e a região dele sempre o tem prestigiado, tanto que, concorre na próxima eleição pela sexta vez consecutiva. E vai se reeleger.
Ele sempre concentrou sua atividade nos municípios que o elegeram. Uma região como a do Alto Uruguai que agrega cerca de 40 municípios cuja força eleitoral é de cerca de 200 mil eleitores, elegeria tranquilamente três deputados. Aliás, no passado a região já contou com três parlamentares estaduais, Celso Testa (PMDB) e Affonso dos Santos Tacques e Firmino Girardello pelo antigo PDS. Isto sem contar com as eleições de José Mandelli Filho (MDB), Arno Magarinos (PFL) e Waldomiro Fioravante (PT). E nessa legislatura, Ivar Pavan (PT).
Ainda há tempo do eleitorado regional refletir, pois todos os 10 candidatos que concorrerm a Assembléia Legislativa e Câmara Federal tem bons precedentes políticos que os tornam capazes de exercer a atividade se eleito forem. Basta que a região feche com todos eles e escolha os melhores.

sexta-feira, setembro 10, 2010

OU DEMITE, OU FECHA A PREFEITURA

Paulo Bento, pequeno município da Região do Alto Uruguai, no Norte do Estado, distante de Erechim apenas 20 km, e com uma população de 2.180 habitantes, está sendo governado apenas pelo prefeito e o vice-prefeito, desde fins de agosto do corrente ano.

Os seis secretários da administração e os detentores de Cargos em Comissão (17) e Funções Gratificadas (12) foram demitidos a bem do serviço público, para que houvesse um ajuste no orçamento do município que, segundo o próprio prefeito Gabriel Jevinski, foi projetado de forma exagerada o que chegaria no final do ano com um déficit de R$ 1,5 mil.

Para tentar corrigir essa distorção o prefeito tomou a medida extrema: ou continuava como estava e fecharia o balanço com um rombo de um milhão e meio de reais, ou fecharia a prefeitura. Preferiu cortar a despesa de pessoal, cuja economia mensal com a medida será de R$ 50 mil.

O prefeito reconhece que foi uma medida extrema e que deverá perdurar até o próximo ano.

Quem for hoje á prefeitura de Paulo Bento vai encontrar o prefeito Jevinski e seu vice acumulando funções. O prefeito exerce as funções de Secretário da Agricultura, Obras, Fazenda, Saúde e Assistência Social, o vice Ademir Lira, responde pela secretaria da educação.

Uma segunda medida adotada pela administração foi a limitação do expediente. Foi adotado turno único das 7h30min às 13h30min.

Conheço o prefeito Gabriel Jevinski há anos, muito antes dele pensar em ser prefeito. É muito dedicado, trabalhador, sério, por isso acho que as providências que tomou foram bem pensadas e serão benéficas para a população.

Nesta hora precisa haver compreensão da comunidade. Logo, logo Paulo Bento sai desse mau tempo.

quinta-feira, setembro 09, 2010

PASTOR MENTECAPTO
Um pastor aloprado, de uma Igreja cristã da Flórida, chamada Centro para alcançar um mundo de paz (Dove World Outreach Center, em inglês), anunciou ao mundo inteiro que quer queimar o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos sábado, dia que relembra o atentado de 11 de setembro de 2001 em Nova York, quando veio a baixo as torres do World Trade Center.
A atitude do pastor Terry Jones preocupa a Casa Branca, o FBI e o comandante das forças norte-americanas no Afeganistão. Falando à imprensa, o general David Petraeus alertou que “isso pode colocar em perigo tanto as nossas tropas quanto nosso esforço global no país”. Petraeus lembrou ainda que “estamos engajados com a comunidade muçulmana no mundo todo”.
Nem mesmo com tal preocupação o pastor evangélico disse que “leva a sério” as palavras do general, mas não se mostrou disposto a mudar de idéia
O ato de protesto será em frente ao templo liderado por Jones, em Gainsville, a mais de 500km ao norte de Miami.
Ele prometeu queimar 200 exemplares do Alcorão. Até o Vaticano condena a atitude do pastgor advertindo: queimar o Alcorão seria uma grave ofensa a religião muçulmana. Em todo o mundo há reações contrárias a esse maníaco fanático religioso que quer causar uma crise mundial por causa de religião.
Na Indonésia, o país com a maior população muçulmana do mundo, a minoria cristã está apreensiva. Uma entidade que reúne 20 mil igrejas protestantes enviou carta ao presidente americano, Barack Obama, pedindo-lhe para a intervir e evitar a provocação.
Ontem um porta-voz da prefeitura de Gainsville disse que os membros da igreja violarão o código que proíbe fogo ao ar livre. A punição prevista para isso é uma multa de US$ 250. O porta-voz da cidade afirmou, porém, que não está fora de questão prender os manifestantes.
O evento planejado pelo pastor Jones está provocando condenação mundial e gerando protestos no Afeganistão e na Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo.
Sempre admirei a democracia americana e a liberdade de expressão exercida naquele país, mas o pastor ultrapassou as medidas e ás autoridades americanos deveriam, neste caso, proibir a sua manifestação.
Quem faz uma provocação dessa ordem, só pode estar sofrendo das faculdades mentais. O caso dele é de urgente internação em um instituto de psiquiatria veterinária.

quarta-feira, setembro 08, 2010

DECLARAÇÃO DE APOIO
O anunciado apoio de Pedro Simon, presidente regional do PMDB a candidata do PT a presidência, Dilma Russeff, causou indignação entre algumas importantes lideranças do partidão em nosso Estado.
Para essas lideranças melhor seria que Simon se mantivesse neutro, pois a sua manifestação de apoio a Dilma abriu uma fenda de descontentamentos no PMDB que começa a refletir negativamente na campanha de José Fogaça. O partido está se dividindo. Os deputados Darcísio Perondi e Osmar Terra foram os mais macarrônicos críticos do senador. “Para dar opinião como presidente, ele precisa ouvir as bancadas federal e estadual, coisa que não fez”, disparou Osmar Terra.. E Perondi não deixou por menos, “a posição de Simon põe em risco a eleição de Fogaça”. O parlamentar diz que o PMDB precisará da governadora Yeda Crusius (PSDB) em um eventual segundo turno contra Tarso Genro (PT). Alardeando apoio a Dilma, Simon estaria afastando Yeda de uma futura coligação.
Sugiro ao Simon menos entrevista e mais campanha. Eu convoco o senador a viajar conosco pelo Interior. Ele verá que a maioria do PMDB não aceita Dilma. É muito grave essa postura dele – criticou Perondi.
É lamentável que esteja do mesmo lado de José Sarney, Jader Barbalho e Renan Calheiros – disse Perondi, peemedebista como Simon. Perondi se referia a caciques nacionais envolvidos em escândalos recentes que apoiam a eleição da petista. Assim como ele, boa parte dos parlamentares peemedebistas gaúchos prefere José Serra (PSDB). Foi esta divisão entre PMDB nacional e estadual que motivou José Fogaça, candidato ao Piratini, a manter-se neutro.
Nem mesmo no PT a manifestação de apoio de Simon a Dilma foi simpática.
O líder da bancada do PT na Assembleia, Elvino Bohn Gass, demonstrou irritação com outra afirmação de Simon a ZH. Nada, absolutamente nada confere a ao senador qualquer autoridade para dizer isto. É tão eivada de oportunismo a manifestação de Simon que, se fôssemos responder no mesmo tom, diríamos: “Simon nem é Fogaça, ele sempre foi Yeda” – disse Bohn Gass.
É... a coisa não está fácil para Fogaça!

terça-feira, setembro 07, 2010

ARAPONGAGEM NO PIRATINI
Durante o feriado da Independência acompanhei pela imprensa os desdobramentos sobre o sistema de espionagem que funcionava no porão do Palácio Piratini, sede do governdo do Estado, cujo operdor era um sargento da Brigada Militar, afastado das funções e detido para responder inquérito militar.
A ação desse servidor servia para estoquir bicheiros e bisbilhotar dados confidenciais de adversários políticos do governo. Era um superespião, como disse o promotor de justiça Amilcar Macedo que investiga o caso.
Para que o leitor entenda, foi criado no Estado um sistema de consultas integrado, onde os órgão públicos dispõem dessa ferramenta para fazer consultas sobre a vida do cidadão quando assim é solicitado pelas autoridades ou órgãos competentes. Para ter acesso a esse Banco de Dados, é necessário uma senha que hoje está nas mãos de 18.707 pessoas credenciadas nos 49 órgãos públicos como: Polícia, Justiça, Fazenda etc.
A bisbilhotagem permitia ao sargento descobrir por, exemplo, onde determinada pessoa mora, telefone, quantos veículos possui, quem são os parentes; se é suspeito de algum crime ou se responde algum inquérito. Ou seja, os dados poderiam servir para um possível monitoramento a fim de que se facilitasse a extorsão e a chantagem.
Os jornais publicaram ontem uma relação de 34 nomes que estavam sob investigação do sargento, ou que tiveram suas vidas devassadas de forma inconstitucional e, portanto, criminosa.
Entre os 34 nomes estão Cláudio Mandfrói, dirigente partidário (PTB); Flávio Koutzii, ex-deputado estadual do PT; Luiz Augusto Lara, deputado estadual do PTB; Jornalistas Políbio Braga, Rafael Colling; Sérgio Zambiasi, senador; Stela Farias, deputada estdual do PT; Traso Genro, ex-ministro da Justiça e candidato ao governo do Estado pelo PT e a própria governadora Yeda Crusius.
A indagação que toda a sociedade faz nesta hora é quem estaria por traz dessa bisbilhotagem? Que interesse havia para saber da vida dessas pessoas, até de crianças, como foi comentado?
O que ficou demonstrado em tudo isso é que a vida do ciddão não tem mais segredo e o sistema é frágil e não pode ficar na mão de tanta gente como se comprova, 18.707 pessoas, furungando a vida dos gaúchos e gaúchas “de todas as querêndcias”, no dizer do Nico Fagundes.
Sobre o caso Banrisul, foram soltos ontem da carceragem da Polícia Federal o responsável pelo setor de Marketing do banco, e os dois diretores de agências de propaganda acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
As investigações prosseguem e esta semana ainda poderemos ter novidades.
Tanto um como outro caso, merece um reexame aprofundado sobre a fragilidade do sistema de consultas integrada dos órgãos do governo, assim como, do descontrole de gastos pelo setor de Marketing do Banrisul, cujo prejuízo levatado chega a R$ 10 milhões.
A Polícia e a Justiça terão muito trabalho ainda pela frente para punir os respondáveis.

segunda-feira, setembro 06, 2010

E OS VÂNDALOS CONTINUAM
Vândalos, assaltantes, pichadores, traficantes, ladrões, vadios, baderneiros, bagaceiras, mal-educados, grosseiros; esta é a gentalha com quem convivemos todos os dias, desde quando saímos de casa para o trabalho.
É difícil o dia que a gente não topa com um especial desses. E o pior é que não se vislumbra nenhuma transformação futura da nossa sociedade que, paulatinamente, à medida que cresce surgem cada vez mais os indivíduos vândalos, ladrões, assaltantes, traficantes, baderneiros etc.
Nesta segunda-feira o painel do Memorial da Epopéia Rio-Grandense, no centro de Porto Alegre, amanheceu pichado. A obra, que traz imagens de heróis da Revolução Farroupilha, está localizado na estação Mercado do Trensurb. A empresa acredita que as inscrições tenham sido feitas durante a madrugada. É a primeira vez que o monumento é pichado desde a inauguração, em 2007. A Brigada Militar e a guarda municipal informaram que rondas são feitas durante a noite no local, mas que não há como fiscalizar todos os monumentos públicos da Capital.
Só existe um corretivo para quem age desta forma. Ao ser descoberto, fazê-lo pagar todo o prejuízo causado, além do que, ele próprio, ás vistas da população, obrigado a proceder a limpeza.
Para os grosseiros, mal-educados, vadios e baderneiros 30 dias de trabalhos em parques e jardins municipais (capina e limpeza). Eu queria ver se alguém sabendo do que poderia lhe acontecer, arriscar-se-ia cometer uma destas transgressões.
As nossas leis são muito frouxas! Muito frouxas!!!
Não é novidade que no Brasil a impunidade é uma questão muito debatida, porém nunca resolvida. Muitos fazem crítica a erros inaceitáveis do poder público, mas parece que estamos longe de alcançarmos o direito de vermos punidos aqueles que assolam a sociedade.
A Human Rights Watch, uma organização de defesa dos direitos humanos, criticou duramente os atos impunes na justiça brasileira. Segundo a ONG, os abusos aos direitos humanos no Brasil são significativos, pois no país há muita impunidade e há ainda a falta de acesso à Justiça. Afirmou ainda que os policiais são muito corruptos e que as condições das prisões brasileiras são muito ruins.
O caso é que a Justiça brasileira é cega até demais, cega e surda! Parece que ninguém é punido. As prisões vivem lotadas e quem comanda dentro das cadeias são os bandidos.
Isso é resultado de uma política aberta a atos viciosos que contemplam a fidalguia e aflige aos pobres. Todavia o problema vai além disso, porque concerne a corrupção e a ameaça aos homens dotados da lei, concerne vícios e interesses econômicos (entendendo-lhe como uma associação direta entre dinheiro e corrupção).
A maioridade deveria, em força da lei, se alinhar à idade em que o indivíduo é considerado cidadão, 16 anos, para que houvesse menos atos impunes.
Enfim, há diversas medidas que podem ser tomadas; porém o problema é muito maior do que imaginamos, uma vez que o Supremo Tribunal Federal olvida estas conversações e dialogam entre si (os membros do STF) como se tivessem os mais altos títulos nobiliárquicos e, assim sendo, decidem sozinhos o que é certo e errado se tratando da inconsistente justiça brasileira.
Vejam só. Somentena quinta-feira, passados anos, a Justiça condena o primeiro indivíduo envolvido no mensalão, fato acontecido em 2005/2006, o advogado Rogério Tolentino, da empresa SMP&B Comunicação, do publicitário Marcos Valério.
Eta paizinho!!!!

sexta-feira, setembro 03, 2010

AINDA AS PESQUISAS
Há dias atrás escrevi neste espaço sobre a influência das pesquisas em resultados eleitorais. Entre outras coisas afirmava que a pesquisa induz o eleitor (sem partido) e torna uma eleição sem graça, sem entusiasmo, porque já se sabe antecipadamente quem será o vencedor.
O colunista Paulo Sant’Ana, de Zero Hora, um dos mais conceituados jornalistas contemporâneos, cujas opiniões e conceitos que emite através de sua coluna (a mais lida na imprensa gaúcha) também acredita que a pesquisa além de perversa, influi, verdadeiramente em resultados eleitorais.
O Paulo Sant’Ana coloca com tanta propriedade a questão que, mesmo sem pedir-lhe licença, reproduzo abaixo o que ele escreve na edição desta sexta-feira, 3 de setembro. Título: PERSQUISA PERVERSA.
Eu não tenho dúvida de que as pesquisas influem em todos os resultados de eleições. Sei por mim: em todas as eleições passadas, votei sempre movido pelas pesquisas. Não tenho vergonha de declarar que já votei contra a minha preferência, contra a minha consciência, influenciado pela pesquisas.
Em suma, o que quero dizer é que não deveriam existir as pesquisas, elas viciam as eleições.
Pela pesquisa, fica-se conhecendo o resultado de uma eleição antes das urnas serem apuradas.
Ou seja, a pesquisa dá vitória a determinada derrota para determinados candidatos e ainda por cima anuncia antes da eleição que ele será eleito!
Pode existir maior absurdo, mais estúpido vício eleitoral do que a pesquisa?
Sinceramente, pensei que o grau de aperfeiçoamento da democracia brasileira já tivesse sido atingido pela sabedoria em proibir as pesquisas. Vejo aí os promotores e juizes eleitorais empenhados em coibir os crimes eleitorais e com as mãos amarradas para coibir o maior de todos os crimes eleitorais: as pesquisas.
Antes das pesquisas, todos os eleitores ansiavam pelo dia da apuração dos votos para saber quem tinha ganho a eleição.
Agora, não. Todos querem saber como foi a pesquisa. Ou seja, a pesquisa substituiu a eleição. A pesquisa substituiu o voto, além de modificá-lo. Pode existir maior crime?
Aí, vem um campeão da idiotice e me contesta: “Mas as pesquisas são exatas”.
Ora, burrice extrema, o tiro que matou Abraham Lincoln não foi também exato? O prego que pregou Jesus na cruz não foi também exato?
Nem por isso deixaram de se constituir em dois dos maiores crimes da humanidade.
Se a pesquisa substituiu a eleição, é gravíssimo que da eleição participem mesários, promotores juizes eleitorais, todos eles juramentados, enquanto os coletadores de opiniões nas pesquisas e os tabuladores de seus resultados não têm qualquer fé pública.
Qualquer um pode abrir um instituto de pesquisa e sair a pesquisar tendências eleitorais, bastando para isso um reles registro de sua pesquisa na Justiça Eleitoral, s em que lhe sejam requeridas competência e legitimidade. Ficou tão distorcido pelas pesquisas o resultado das eleições que a data do pleito passou a ser menos importante que a data de divulgação das pesquisas.
Antes se dizia: “Dia 3 de outubro vai ter eleição”. Agora se diz loucamente: “Domingo tem pesquisa no jornal”.
É uma catástrofe. E ninguém se levanta contra esse desastre para o sistema de representação e esse atentado à democracia.
Se eu, que tenho curso universitário e sou um sujeito razoavelmente informado, confesso que mudo meu voto de acordo com o resultado das pesquisas, imaginem o que acontece com 80% do eleitorado brasileiro, que se constitui de analfabetos funcionais!

FINALMENTE
Sai a primeira condenação do mensalão do PT.
A Justiça Federal em Minas Gerais condenou o primeiro envolvido no mensalão do PT. O advogado Rogério Tolentino, da empresa SMP&B Comunicação, do publicitário Marcos Valério, recebeu como pena sete anos de prisão e o pagamento de 3.780 salários mínimos (aproximadamente R$ 1,93 milhão) por crime de lavagem de dinheiro. A condenação, proferida na segunda-feira (30), foi divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo Ministério Público Federal (MPF). Cabe recurso.
De acordo com a denúncia, a lavagem de dinheiro foi feita para ocultar e dissimular a origem e a natureza dos valores movimentados pela organização criminosa responsável pelo mensalão. Esses recursos teriam sido obtidos a partir da prática de crimes contra a administração pública e o sistema financeiro nacional. Rogério Tolentino era o advogado da SMPB&Comunicação, empresa na época pertencente a Marcos Valério, acusado pelo STF de ser o principal operador do mensalão.
Na denúncia, o MPF relata que a conduta criminosa teria tido início em maio de 2002, quando foi depositado na conta corrente de Rogério Tolentino um cheque no valor de R$ 128 mil emitido pela SMP&B Comunicação Ltda, e perdurou até agosto de 2005. Nesse período, vultosas quantias foram movimentadas através das contas do acusado, por meio de operações bancárias efetuadas pela própria SMP&B e pela instituição financeira Banco Rural.
Para o juiz da 4ª Vara Federal, Alexandre Buck Medrado Sampaio, responsável pela decisão, a versão de Rogério Tolentino sobre a origem do dinheiro se choca e se desmonta com as perícias realizadas. Ele citou trecho da denúncia do MPF no qual estão descritos os resultados de análise contábil mostrando que apenas uma parte reduzida dos investimentos adveio de honorários advocatícios. A maior parte dos recursos investidos originou-se de cheque depositado pela SMP&B, de depósitos em dinheiro sem identificação, de valores remetidos pelo próprio denunciado e de depósitos em cheques emitidos por Marcos Valério e por sua agência de publicidade. Finalmente....Ufa!!!!! A expectativa é saber quem será o próximo.
Deu nos jornais:
Lula, cabo eleitoral de R$ 2,5 milhões
O comitê financeiro da candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, reservou R$ 2,5 milhões para gastar com a mobilização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo votos Brasil afora. Desse total, foram gastos R$ 344,5 mil nos primeiros 23 dias de campanha em julho. Segundo o tesoureiro da campanha, José Filippi Júnior, a previsão é que as despesas tripliquem em agosto graças à maior participação do principal cabo eleitoral da campanha em prol de sua pupila. Filippi disse que os R$ 2,5 milhões levam em conta os dois turnos.
Outras....
TSE julga procedente candidatura de Roseana Sarnei.
Jader Barbalho tem sua candidatura barrada pelo mesmo tribunal.
Novo Salário Mínimo será discutido após as eleições.
E pra finalizar, tem gente que não gosta mesmo do Banrisul. Querem ver o nosso banco nas mãos de outros que não sejam dos gaúchos. Mas, não vão levar!

quinta-feira, setembro 02, 2010

E OS VÂNDALOS CONTINUAM
Vândalos, assaltantes, pichadores, traficantes, ladrões, vadios, baderneiros, bagaceiras, mal-educados, grosseiros; esta é a gentalha com quem convivemos todos os dias, desde quando saímos de casa para o trabalho.
É difícil o dia que a gente não topa com um especial desses. E o pior é que não se vislumbra nenhuma transformação futura da nossa sociedade que, paulatinamente, à medida que cresce surgem cada vez mais os indivíduos vândalos, ladrões, assaltantes, traficantes, baderneiros etc.
Nesta segunda-feira o painel do Memorial da Epopéia Rio-Grandense, no centro de Porto Alegre, amanheceu pichado. A obra, que traz imagens de heróis da Revolução Farroupilha, está localizado na estação Mercado do Trensurb. A empresa acredita que as inscrições tenham sido feitas durante a madrugada. É a primeira vez que o monumento é pichado desde a inauguração, em 2007. A Brigada Militar e a guarda municipal informaram que rondas são feitas durante a noite no local, mas que não há como fiscalizar todos os monumentos públicos da Capital.
Só existe um corretivo para quem age desta forma. Ao ser descoberto, fazê-lo pagar todo o prejuízo causado, além do que, ele próprio, ás vistas da população, obrigado a proceder a limpeza.
Para os grosseiros, mal-educados, vadios e baderneiros 30 dias de trabalhos em parques e jardins municipais (capina e limpeza). Eu queria ver se alguém sabendo do que poderia lhe acontecer, arriscar-se-ia cometer uma destas transgressões.
As nossas leis são muito frouxas! Muito frouxas!!!
Não é novidade que no Brasil a impunidade é uma questão muito debatida, porém nunca resolvida. Muitos fazem crítica a erros inaceitáveis do poder público, mas parece que estamos longe de alcançarmos o direito de vermos punidos aqueles que assolam a sociedade.
A Human Rights Watch, uma organização de defesa dos direitos humanos, criticou duramente os atos impunes na justiça brasileira. Segundo a ONG, os abusos aos direitos humanos no Brasil são significativos, pois no país há muita impunidade e há ainda a falta de acesso à Justiça. Afirmou ainda que os policiais são muito corruptos e que as condições das prisões brasileiras são muito ruins.
O caso é que a Justiça brasileira é cega até demais, cega e surda! Parece que ninguém é punido. As prisões vivem lotadas e quem comanda dentro das cadeias são os bandidos.
Isso é resultado de uma política aberta a atos viciosos que contemplam a fidalguia e aflige aos pobres. Todavia o problema vai além disso, porque concerne a corrupção e a ameaça aos homens dotados da lei, concerne vícios e interesses econômicos (entendendo-lhe como uma associação direta entre dinheiro e corrupção).
A maioridade deveria, em força da lei, se alinhar à idade em que o indivíduo é considerado cidadão, 16 anos, para que houvesse menos atos impunes.
Enfim, há diversas medidas que podem ser tomadas; porém o problema é muito maior do que imaginamos, uma vez que o Supremo Tribunal Federal olvida estas conversações e dialogam entre si (os membros do STF) como se tivessem os mais altos títulos nobiliárquicos e, assim sendo, decidem sozinhos o que é certo e errado se tratando da inconsistente justiça brasileira.
Vejam só. Somente ontem, passados anos, a Justiça condena o primeiro indivíduo envolvido no mensalão, fato acontecido em 2005/2006, o advogado Rogério Tolentino, da empresa SMP&B Comunicação, do publicitário Marcos Valério.
Como acreditar que tudo está bem e que tudo será apurado?