terça-feira, setembro 14, 2010

OS APADRINHAMENTOS
Faltando praticamente três semanas para as eleições presidenciais, estoura um novo escândalo no governo Lula que acaba atingindo a sua candidata Dilma Rousseff.
Será que atinge mesmo?
As próximas pesquisas deverão revelar novidades. Se Dilma se mantiver no mesmo percentual que vem sustentando de duas pesquisas atrás, não vai mais adiantar José Serra continuar batendo na mesma tecla.
Entenda o caso: A ministra substituta de Dilma, na Casa Civil, braço direito da candidata estaria protegendo seu filho, Israel Guerra que por sua vez, teria intermediado contratos no valor de R$ 84 milhões entre uma empresa de transportes e os Correios. Pelo serviço, Israel teria recebido R$ 5 milhões, com suposta influência da ministra.
As denúncias vieram a tona através da revista Veja.
O presidente Lula, escudeiro de Dilma, é que mais tem defendido sua ex-ministra. Ontem em um comício petista na cidade de Joinvile-SC, Lula bateu forte no DEM. O presidente a certa altura chegou a afirmar que “é preciso extirpar da política brasileira” o DEM, partido de oposição e que apoia José Serra, adversário de Dilma Rousseff à Presidência.
O discurso de Lula foi focado no Democratas, cujo partido lidera as pesquisas com seu candidato Raimundo Colombo.
Mas, a metralhadora do presidente não parou aí. Críticas foram feitas também a família Bornhausen, tradicional na política catarinense do deputado federal Paulo Bornhausen e do ex-presidente nacional da sigla, Jorge Bornhausen.
A certa altura do seu discurso o presidente disse: Já aprendemos demais e sabemos que os Bornhausen não podem vir disfarçados de carneiros, porque sabemos quem são os Bornhausen, já conhecemos a história deles.
Não sei, mas acho que Lula deu um tiro no pé ao querer atingir a tradicional família de políticos catarinenses, para projetar a senadora Ideli Salvati, concorrente de Colombo ao governo do Estado.
Enquanto isto, uma nova denúncia atinge a irmã da ministra- chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, a advogada Maria Euriza Alves Carvalho, que despacha quando está em Brasília no mesmo escritório que havia contratado, sem licitação, quando era assessora jurídica de uma empresa de pesquisa energética, órgão vinculado ao ministério de Minas e Energia. Essa empresa tinha como sócio até pouco tempo outro irmão da ministra, e é o local onde o filho de Erenice, teria usado para atividades de lobby.
A denúncia é que a ministra teria avalizado a Empresa de Pesquisas Energética que contratou de forma emergencial por R$ 80 mil, o escritório em que o irmãos dele trabalhava.
Em síntese, tudo apadrinhamentos, facilidades, lobbys, acobertados pelo manto do poder. E é isso que o governo tem de explicar e o eleitor julgar.

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