terça-feira, setembro 07, 2010

ARAPONGAGEM NO PIRATINI
Durante o feriado da Independência acompanhei pela imprensa os desdobramentos sobre o sistema de espionagem que funcionava no porão do Palácio Piratini, sede do governdo do Estado, cujo operdor era um sargento da Brigada Militar, afastado das funções e detido para responder inquérito militar.
A ação desse servidor servia para estoquir bicheiros e bisbilhotar dados confidenciais de adversários políticos do governo. Era um superespião, como disse o promotor de justiça Amilcar Macedo que investiga o caso.
Para que o leitor entenda, foi criado no Estado um sistema de consultas integrado, onde os órgão públicos dispõem dessa ferramenta para fazer consultas sobre a vida do cidadão quando assim é solicitado pelas autoridades ou órgãos competentes. Para ter acesso a esse Banco de Dados, é necessário uma senha que hoje está nas mãos de 18.707 pessoas credenciadas nos 49 órgãos públicos como: Polícia, Justiça, Fazenda etc.
A bisbilhotagem permitia ao sargento descobrir por, exemplo, onde determinada pessoa mora, telefone, quantos veículos possui, quem são os parentes; se é suspeito de algum crime ou se responde algum inquérito. Ou seja, os dados poderiam servir para um possível monitoramento a fim de que se facilitasse a extorsão e a chantagem.
Os jornais publicaram ontem uma relação de 34 nomes que estavam sob investigação do sargento, ou que tiveram suas vidas devassadas de forma inconstitucional e, portanto, criminosa.
Entre os 34 nomes estão Cláudio Mandfrói, dirigente partidário (PTB); Flávio Koutzii, ex-deputado estadual do PT; Luiz Augusto Lara, deputado estadual do PTB; Jornalistas Políbio Braga, Rafael Colling; Sérgio Zambiasi, senador; Stela Farias, deputada estdual do PT; Traso Genro, ex-ministro da Justiça e candidato ao governo do Estado pelo PT e a própria governadora Yeda Crusius.
A indagação que toda a sociedade faz nesta hora é quem estaria por traz dessa bisbilhotagem? Que interesse havia para saber da vida dessas pessoas, até de crianças, como foi comentado?
O que ficou demonstrado em tudo isso é que a vida do ciddão não tem mais segredo e o sistema é frágil e não pode ficar na mão de tanta gente como se comprova, 18.707 pessoas, furungando a vida dos gaúchos e gaúchas “de todas as querêndcias”, no dizer do Nico Fagundes.
Sobre o caso Banrisul, foram soltos ontem da carceragem da Polícia Federal o responsável pelo setor de Marketing do banco, e os dois diretores de agências de propaganda acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
As investigações prosseguem e esta semana ainda poderemos ter novidades.
Tanto um como outro caso, merece um reexame aprofundado sobre a fragilidade do sistema de consultas integrada dos órgãos do governo, assim como, do descontrole de gastos pelo setor de Marketing do Banrisul, cujo prejuízo levatado chega a R$ 10 milhões.
A Polícia e a Justiça terão muito trabalho ainda pela frente para punir os respondáveis.

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