sexta-feira, abril 29, 2011

PORTAS GIRATÓRIAS
Depois que os bandidos e ladrões começaram a atacar sem piedade os bancos, assaltando caixas e até mesmo clientes, no interior de suas agências, foi encontrada uma forma de dificultar as pessoas ingressar no interior das casas bancárias. Criou-se a porta giratória equipada com sensores que – por exemplo – se alguém ao passar por ela com uma arma, uma faca, celular, toca cd, etc. não dá ingresso.
As mulheres são as que mais sofrem quando vão a um banco. A propósito, você já viu o que carregam nas suas bolsas? Nossa!!!
Algumas, mais acostumadas, antes de ingressar na porta giratória, dirigem-se a uma janela ao lado para deixar seus objetos. Mas, sempre fica no meio do lencinho de papel, da carteira de documentos, do batom e do perfume, ou uma chave, ou um porta níquel de metal. Ao querer passar, a porta tranca e lá vai ela novamente para o lado reexaminar a bolsa. Enquanto isto, o guarda que fica do lado de dentro pergunta:
- A senhora olhou se não esqueceu nenhum outro objeto de metal?
Finalmente após tudo checado, mostrado ao vigilante, a porta se abre e ela ingressa respirando aliviada.
Estou contando isto, porque nesta sexta-feira fui a minha agência bancária pagar alguns compromissos, e enquanto aguardava ser atendido, comodamente sentado, chamou-me a atenção a quantidade de pessoas que desavisada, ou distraidamente passam por situação semelhante, ou seja, querer ingressar pela porta giratória portando algum metal. Cheguei a contar. De dez clientes, seis eram barrados pelos sensores da porta, e o pobre segurança com toda a delicadeza, sempre fazendo a clássica pergunta:
- A senhora (ou o senhor) verificou bem se no interior da bolsa(o) não há metal algum? Haja paciência.
A implantação das portas giratórias nos bancos, seguramente, já faz mais de 10 anos, e tem gente que ainda tem a contumácia de querer passar, sem a necessária observância do equipamento de segurança que acusa o porte de objeto de metal.
Em Porto Alegre, em certa agência bancária, aconteceu uma cena que se tornou cômica e muito comentada na ocasião, na medida em que o fato teve até que envolver a polícia. Uma mulher, exatamente como a estória que narrei acima, teve sua passagem barrada pela porta giratória. Fez todos os procedimentos, e sob os olhos do segurança, cada vez que tentava passar a porta não girava.
A mulher começou a esbravejar, ficou nervosa, ofendeu o guarda, só faltou se despir. Só depois de alguns minutos esta senhora se lembrou que possuía uma prótese de metal no braço.
É muita palermice!
Não faz muito tempo tramitou na 2ª. Vara da Comarca de Iguape, interior de São Paulo uma ação contra uma agência bancária, tendo um correntista alegado que ao fazer uma operação ao tentar passar pela porta automática ela travou. Em virtude do que disse o segurança, se desfez de um molho de chaves e o colocou na caixa própria; ainda, assim, a porta automática novamente travou ocasião em que tirou algumas moedas do bolso e depositou-as na caixa. Continuando o bloqueio, revirou seus bolsos, demonstrando que não tinha mais nenhum objeto metálico o segurança ordenou-lhe que levantasse a camisa, por duas vezes. Ainda assim não destravou a porta e foi chamar o gerente que também teria ordenado que levantasse a camisa. Não entrou na agência. O Juiz entendeu que o cidadão havia sofrido humilhação, bem como abalos psicológicos e morais (a agência estava cheia no dia do ocorrido), e pugnou por uma indenização de 100 (cem) salários mínimos.
Com o advento da lei 8.078/90, foi assegurado ao consumidor como direito básico a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais quando clientes são colocados em situação vexatória em casas bancárias por causa das portas giratórias.
A jurisprudência tem firmado o entendimento no sentido de condenar os bancos a indenizar por procedimentos vexatórios, sem prejuízo dos danos patrimoniais.
O fato curioso é que este mecanismo de segurança não inibe ou mesmo evita os inúmeros roubos nos estabelecimentos bancários, demonstrando assim a ineficiência do sistema.

terça-feira, abril 26, 2011

SENADOR X REPÓRTER
Não é a primeira vez que um político investe contra um jornalista ou repórter e depois utiliza o plenário da Câmara ou Senado para se defender dizendo que não foi bem assim e que “perdeu a calma”. O caso foi o seguinte: um repórter da Rádio Bandeirantes abordou o senador Roberto Requião (PMDB-PR) e perguntou-lhe se ele dispensaria sua aposentadoria que recebe do estado, para melhorar as finanças públicas. De forma truculenta o senador arrancou das mãos do repórter o gravador e só devolveu horas depois com o chip desgravado.
As opiniões sobre o lamentável fato se dividem entre os senadores e jornalistas. Todavia, uma ação contra Requião foi apresentada na terça-feira junto a Mesa Diretora do Senado.
Depois de ameaçar o jornalista da Rádio Bandeirantes, o ex-governador do Paraná disse: “Já pensou em apanhar, rapaz? Já pensou em apanhar? Me dá isso aqui. Não vai desligar mais p... nenhuma. Vou ficar com isso aqui”, disse Requião, que ficou com o gravador e com o cartão de memória do aparelho, só devolvendo os mesmos após ter confiscado a entrevista. Mais tarde, o próprio Requião publicou a gravação em sua página na internet.
Não contente com isso o senador Requião apresentou um projeto de lei que dispõe sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido por matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social.
No texto do documento, apresentado, Requião propõe que, em casos de ofensa e direito de reposta, o “juiz poderá, a qualquer tempo, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, bem como modificar-lhe o valor ou a periodicidade, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva”. O projeto foi apresentado pela primeira vez quando ele, Requião, também era senador, entre 1995 a 2002.
Até a Câmara dos Deputados recebeu críticas do ex-governador do Paraná. Durante o discurso, da tribuna do Senado, classificou a Câmara como um local onde as propostas legislativas costumam ficar “emperradas”. Salientou que em outro mandato como senador apresentou, e o Senado aprovou, por unanimidade, projeto que dá direito de resposta a parte ofendida. Foi aprovado e arquivado na Câmara, “como costuma acontecer com frequência”, afirmou.
Requião é réu em cerca de dez processos referentes a ações, em sua maioria, ligadas à ofensa à honra e danos morais.
Por ai se vê que o homem não é trigo limpo, ele manda brasa mesmo, e depois diz que perdeu a paciência.
Não desejando entrar no mérito, acho que falta ao senador um pouco mais de equilíbrio, pois quem está chuva é para se molhar. Aliás, o sujeito quando entra para a vida pública sabe que a qualquer momento pode ser surpreendido com a presença de repórteres que às vezes deixam-nos de saia curta. É nessas ocasiões que a intemperança deve dar lugar ao equilíbrio, e sair do assédio ou de uma pergunta maliciosa com elegância, ecletismo e ponderação.
Diante dos fatos, o Sindicato dos Jornalistas quer que Requião seja julgado e punido. O pedido será agora encaminhado ao presidente da Casa, José Sarney  que abrirá prazo ao senador para apresentar suas justificativas ao fato, cabendo aos integrantes da Mesa Diretora decidir por encaminhar ou não o caso ao Conselho de Ética do Senado.
No documento de seis páginas, o sindicato ainda solicitou ao Senado a liberação da cópia das imagens do sistema de segurança do plenário, que devem ter flagrado o momento da ação do senador quando ele arrancou o gravador das mãos do repórter.
Quer saber de uma coisa? Não vai acontecer nada e tudo será arquivado.

segunda-feira, abril 25, 2011

LEI CATURRA
A Assembléia Legislativa aprovou na semana passada, por 26 votos contra 24, Projeto de Lei do deputado comunista Raul Carrion, que obriga a tradução de termos estrangeiros para o português usados em publicidade etc., ou seja, quem escrever, por exemplo, “mouse” que é uma ferramenta utilizada como equipamento de computador, terá que explicar ao lado da palavra sua tradução ou o seu significado. A regra será tanto para a publicidade ou qualquer outro meio de comunicação escrita.
O projeto além retrógrado está causando a maior polêmica nos meios literários e educacionais do estado pelo seu ineditismo. É mais uma lei inócua, demagógica que não vai levar a lugar nenhum, porque a língua se faz pelo uso e por um processo cultural demorado. Portanto não vai funcionar porque comunicação se faz espontaneamente. Se nem o Império Romano conseguiu impedir que o latim se transformasse, como o deputado Carrion através de sua lei, quer fazer com que não usemos mais estrangeirismos na nossa língua? É ridículo!
Acho que o governador vetará o projeto porque não vai querer regrá-lo e desgastar-se perante a opinião pública com uma lei funambulesca. Se, por ventura, sancioná-lo, terá que definir a fiscalização da aplicação da lei, bem como, a sanção a ser aplicada aos infratores, já que o texto não assinala penalidades. Será que ele vai querer assumir um projeto tão impopular? Duvido!
Este projeto me lembra outro que foi retirado pelo autor, tão cômico e farsesco, como este. O deputado federal, (não estou lembrando agora o seu nome) mas, era gaúcho e pastor de uma dessas igrejas alternativas, queria proibir em todo o território nacional que animais de estimação como cachorro, passarinho, gato etc. contivesse nome de pessoas.
Foi à coisa mais risível e inimaginável que se poderia esperar de um parlamentar federal!
A mesma situação parece se repetir no parlamento gaúcho através do deputado Raul Carrion.

EXEMPLO DE ERECHIM PARA O ESTADO
A Câmara Municipal de Vereadores que tem sido palco ultimamente de grandes debates recepcionou nesta segunda-feira, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa para debater em audiência pública o Programa de Casas da Solidariedade, iniciativa do governo do Estado.
Três deputados estaduais, Gilmar Sossela, Altemir Tortelli e Jurandir Maciel, representaram a Comissão.
O programa Casas da Solidariedade, denominação que passará a substituir os atuais albergues municipais em Porto Alegre, tem a finalidade de oferecer condições humanas ás pessoas que necessitem de cuidados médicos especializados, ou procedimentos indicados em decorrência da complexidade do tratamento em seus domicílios, a maioria usuários do SUS – Sistema Único de Saúde.
Como o Município de Erechim é pioneiro na manutenção desse serviço social, especialmente as pessoas menos privilegiadas, existindo há 17 anos, o governo estadual inspirou-se no modelo existente mantido ás custas do município e elabora um Projeto de Lei que está em exame na Assembléia Legislativa.
O projeto pouco altera o trabalho realizado por algumas prefeituras, apenas normatiza e dá nova denominação. O mais importante é que alivia ás prefeituras dos gastos que vêm enfrentando com a mantença dessas casas.
Quanto ao Projeto nada a opor, apenas alguns pequenos ajustes e, após aprovado, aguardar-se a sua regulamentação.
A paarticipação do Secretário Municipal da Saúde, Dr. Plinio COsta Júnior, fpoi o destaque saliente da reunião. Atávés de dados divulgados estatísticos, ficamos sabendo, por exemplo que no ano passado passaram pelo albergue mkunicipal de Erechim em POrto Alegre, 9.412 pacientes e p62 acompanhantes, uma média de 865 pessoas mês, ou seja, 29 a cada dia, com um custo mensal para os cofres públicos do município de R$ 28.334,98 poucos menso de mil reais por dia. Dois veículos fazem o transporte aos hospitais. E mais, um ônibus contratado pelo município realiza três viagens por semana a Porto Alegre, ás segundas-quartas e sextas-feiras, com saída a meia noite e retorno as 18h do mesmo dia. Nos primeiros três meses deste ano 783 pacientes se beneficiaram do serviço.
O albergue tem capacidade para abrigar 31 pacientes.
Valiosa contribuição prestou o prefeito de Ponte Preta, Luiz Carlos Parise, sugerindo a alteração da redação do item II do Art. 2º, do Projeto de Lei que considera como atendimento específico em local diverso o serviço de saúde necessário ao diagnóstico e/ou tratamento localizado a mais de 50 km da sede do domicilio do usuário.  Alertou que se a redação do referido item for aprovado, a maioria dos municíupios do Alto Uruguai ficaria sem atendimento.
Por solicitação do secretário Luis Alberto Lara, do Trabalho e Desenvolvimento Social, o PL do Poder Executivo, que institui o Programa Casas da Solidariedade, está sendo retardado seu envio ao plenário da AL para que o Legislativo cumpra agenda de audiências públicas regionais onde a discussão do tema possa acumular contribuições da sociedade e emendas parlamentares. A Comissão realizará oito audiências públicas no interior oportunizando apresentação de emendas a fim de que projeto seja aperfeiçoado e finalmente, votado.

sábado, abril 23, 2011

O FENÔMENO PADRE MACELO ROSSI
Continua repercutindo a entrevista concedida a revista Veja pelo padre Marcelo Rossi, pertencente ao Movimento Carismático Católico, surgido nos Estados Unidos, em meados da década de 1960, se assemelhando a algumas das práticas já existentes em denominações evangélicas (protestantes), porém fortalecendo dogmas já existentes no catolicismo romano. Ele é voltado para a experiência pessoal com Deus, particularmente através do Espírito Santo e dos seus dons. Esse movimento busca dar uma nova abordagem às formas de doutrinação e renovar práticas tradicionais dos ritos e da mística católicos. Hoje a Renovação Carismática Católica tem mais de 100 milhões de membros em todo o mundo. Mesmo assim não é aceita por vários católicos. Alguns não apóiam o Movimento. Sendo alvo de varias Criticas por assumir um quadro de renovo para a Igreja Católica, onde adotaram novas Praticas de adorar a Deus, de curar e libertar, onde a Igreja Católica antiga, não seguia essas praticas que só se via no Protestantismo.
Nessa entrevista o padre Marcelo abre o seu coração e ressalta as decepções vividas na Arquidiocese de São Paulo que, segundo ele, o boicotou por ocasião da visita do Papa Bento XVI ao Brasil em 2007.
Na entrevista o padre carismático narra que "tinha um sonho na vida: cantar para o papa. Nunca escondi isto de ninguém. Mas. me colocaram para fazer um espetáculo as 5h40 da manhã, no dia da caninização do Frei Galvão, no Campo de Marte, em São Paulo. Ou seja, um horária que não havia quase ninguém - muito menos o papa. Fui vítima de boicote." Ainda segundo o padre Marcelo, os integrantes da Arquidiocese paulista "capricharam na humilhação. Além de nos colocarem para cantar de madrugada, eu e o padre Jonas fomos barrados por agentes da Polícia Federal e informados de que, com o nosso tipo de crachá, não teríamos acesso ao palco, mas apenas a platéia, apesar de escalados para fazer uma apresentação.”
Ainda na entrevista, Padre Marcelo explica os motivos do boicote. Fazendo um gesto que indica dor de cotovelo, ele falou: "Mas aprendi com o sofrimento, a não remoer mágoas. Minha missão é buscar ovelhas, não é agradar a padres.”
O padre contou ainda que o boicote do qual foi vitima o fez mergulhar em um período de tristeza profunda, que culminou em um acidente, que lhe rendeu três tendões distendidos, uma fissura no osso do pé e dois meses numa cadeira de rodas. Nesse período, foi obrigado a fazer uso de muitos analgésicos, remédios para dormir e acabou engordando 14 quilos.
Em 2010, foi condecorado pelo próprio papa Bento XVI com o prêmio Van Thuân  - Solidariedade e Desenvolvimento, concedido a pessoas que dedicam a sua vida a projetos humanitários de grande valor social e dão exemplo de verdadeira paixão pelo humano e verdadeiro amor por Cristo.
Mesmo após a homenagem concedida pelo papa, Marcelo Rossi seguiu ignorado pela Conferência Nacional de Bispos do Brasil. Não sei por que ser contra um padre que tem a capacidade de reunir numa missa realizada ao ar livre em São Paulo 600 000 fiéis. Foi a terceira maior missa da história do Brasil. Perdeu apenas para as duas celebradas pelo papa João Paulo II. Em 1997, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, o pontífice reuniu 2 milhões de pessoas. Dezessete anos antes, juntou 1,5 milhão de fiéis em São Paulo. A comparação torna os números ainda mais impressionantes. Afinal, papa é papa, padre é padre. Que mistério permite a esse sacerdote paulistano reunir tanta gente em uma cerimônia religiosa – logo ele, um novato na profissão que há poucos anos atrás ainda esquentava o banco no seminário? O padre Marcelo se transformou no maior fenômeno católico do país.
Assisti sábado à noite pela Rede Viva de Televisão a missa da ressurreição, celebrada pelo bispo Dom Fernando Figueiredo e animada pleo padre Marcelo. Foi emocionante e cheia de de espiritualidade. Em março último, o seu livro Ágape, atingiu a marca supreendente de 3 milhões de exemplares, cuja renda está sendo aplicada na construção do Santuário Terço Bizantino. Mais do que se apresentar como estudo teológico sobre os escritos narrados pelo apóstolo, o livro tem explícita intenção oracional. Nesse sentido, trata-se de um diálogo entre o autor, na condição de padre, e seus filhos em busca da boa palavra. Cada capítulo do volume se encerra com uma oração envolvendo os temas ali examinados pelo autor, como a convidar os leitores para um momento de introspecção e de acolhimento das mensagens de Jesus segundo São João.
A escolha do Evangelho de são João entre tantas outras possibilidades dentro da Bíblia é justificada por Padre Marcelo pela beleza da estrutura literária e pela impressionante delicadeza com que são descritos os momentos da vida de Jesus - como se o apóstolo não se contentasse em apenas narrar os fatos, mas quisesse nos trazer para dentro da situação descrita. Compartilhar a beleza das narrações do evangelista com os leitores é outro dos objetivos declarados do autor, que busca, com Ágape, incentivar cada vez mais a leitura da Palavra de Deus. O templo projetado por Ruy Ohtake tem capacidade para 100 mil pessoas. A missa que inaugurea a nova igreja será em 10 de dezembro.
Ninguém atira pedras em árvore que não dá frutos.

O GAÚCHO PENINHA
Semana passada encontrei um amigo de muitos anos: o Peninha. Quando mais jovens fomos contemporâneos no Rádio. Ele era operador de áudio e sempre gostou de música, tanto que acabou se dedicando ao comércio de CDs e hoje é dono de uma bem montada loja de discos e de indumentárias gaúchas. Além da coleção de CDs para todos os gostos montou anexo um bolicho onde o amante da tradição gaúcha encontra o que quiser em se tratando de objetos usados pelos que gostam e curtem a tradição gaúcha.
E nesse reencontro fiquei sabendo que ele é um dos muitos entusiastas e apaixonados pela defesa das tradições do Rio Grande do Sul.
Conversa vai, conversa vem demonstrou-me o crescimento do interesse das pessoas, jovens e adultos, pela memória dos fatos que geraram a cultura gaúcha, o número cada vez maior de CTGs na região e a realização do Acampamento Farroupilha durante a Semana Farroupilha, que reuniu milhares de pessoas em uma área do Seminário de Fátima na Av. 7 de Setembro.
Sentindo seu entusiasmo e rebuscando no meu baú de utilidades culturais, encontrei e reuni alguns livros de Paixão Côrtes, um verdadeiro símbolo da cultura gaúcha, e lhe fiz presente.
João Carlos D’Avila àixão Côrtes é um dos maiores pesquisadores e uma vida toda devotada a preservação das nossas raízes culturais. Em 2001, estava na Assembléia Legislativa quando Paixão recebeu a Medalha Mérito Farroupilha e no mesmo ano foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, recebida das mãos do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em ato solene no Palácio da Alvorada.
Sempre visando recuperar a nossa cultura, o folclorista Paixão Côrtes publicou dezenas de livros, tendo distribuído gratuitamente mais de 350 mil exemplares em escolas, piquetes, invernadas artísticas, bibliotecas e Centros de Tradições gaúchas.
Paixão Côrtes é um dos responsáveis pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho, nascido em 1947 quando estudante do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, de Porto Alegre juntamente com Antônio João de Sá Siqueira, Cilço Araújo Campos, Ciro Dias da Costa, Cyro Dutra Ferrera, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira e Orlando Jorge Degrazia. Os oito fundaram o Piquete da Tradição em 5 de setembro daquele ano. Daí em diante o Movimento Tradicionalista Gaúcho ganhou corpo e até hoje se reproduz em número cada vez mais crescente.
Para aqueles que não sabem, mais de 4 milhões de pessoas têm envolvimento com a cultura gaúcha em dezenas de países, como Portugal, Alemanha, Japão, Estados Unidos e Inglaterra. São mais de 3,6 mil entidades, das quais cerca de 400 no exterior, difundindo e consolidando a nossa história e a nossa cultura espontaneamente.
Aos visitantes da capital do Estado, em frente ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, está o monumento símbolo da terra gaúchaO Laçador. O monumento em bronze é o próprio Paixão Côrtes, obra do escultor Antônio Caringi, nascido em Pelotas. Mede 4,45 metros e pesa 3,8 toneladas. A converssa com o Peninha foi tão agradável que quando percebi a hora já ia adiantada. Deixei meu quebra costela e me fui.

quarta-feira, abril 20, 2011

FEIRA DO PRODUTOR
Uma das boas iniciativas do poder público quando prefeito Antônio Dexheimer, foi a construção de um pavilhão para instalação da Feira do Produtor, localizado onde inicia a Av. Valentim Zambonatto, ou como queiram, na Av. J.B. Cabral. Eu não lembro o valor, mas o município investiu na época vários milhares de reais para atender uma rogativa da população e, ao mesmo tempo, dar ao produtor rural, ao chacareiro, um local adequado, higiênico e confortável para expor e vender seus produtos.
O sucesso foi tão grande que até hoje, passados mais de 15 anos, aquele local tornou-se um ponto de referência, quando se deseja adquirir produtos horti-fruti-granjeiros frescos, de excelente qualidade e a preços menores que os oferecidos pela rede de supermercados da cidade. Portanto, dá prazer comprar na Feira do Produtor. As pessoas que ali expõem, a maioria pertencente a agricultura familiar (um termo criado pelo petismo que faz dele um bom marketing) para promover politicamente seu programa de governo e incentivar o seu crescimento, são educadas, cordiais e prestativas. Enfim, dá gosto a gente comprar na feira. Agora mesmo, na Semana Santa, os criadores de peixe estão oferecendo á venda várias espécies in natura, isto é, peixes vivos colocados em grandes tinas que dá a garantia de um produto bom, saudável e acima de tudo confiável.
Eu estou dizendo tudo isto para valorizar o trabalho que todos lá exercem e reafirmar que está tudo muito bom, bonito e barato e relembrar o acerto do poder público em ter criado aquele local para conveniência e interesse da população de Erechim.
Pois, na terça-feira eu estive na Feira do Produtor, para me abastecer de alguns produtos, preparando-me para o consumo durante os restantes dias da Semana Santa. E qual não foi a minha grande surpresa e decepção?
A Feira só começa a atender os compradores a partir das 11,30hs. Um absurdo!
Quando me dirigi a um feirante (o relógio marcava 11hs) e pedi que me vendesse duas dúzias de ovos, surpreendentemente, deu-me a informação que não poderia fazê-lo porque o horário de atendimento ao público só inicia as 11,30hs. Indaguei qual o motivo, já que as pessoas que geralmente vão a feira é para comprar algo que será consumido ao meio dia. E ele me respondeu que era ordem da Prefeitura.
Frustrado deixei o local dizendo-lhe que lamentava tal ordem e que o dinheiro que gastaria para a renda dos que se dedicam “a agricultura familiar” teria o destino do supermercado.
Não sei, posso estar equivocado ou mal informado, mas gostaria de saber o porquê da feira abrir seus negócios somente a partir das 11,30hs. Aliás, vou procurar a Secretaria Municipal da Agricultura para saber se o horário foi imposto pelo órgão, ou esse horário é fruto de entendimento dos próprios produtores. De qualquer forma se um ou outro, ambos não estão sendo aceitos pela população.

segunda-feira, abril 18, 2011

DESARMAMENTO: UM GOLPE FATAL NA DEMOCRACIA!
Como todos estão acompanhando, entramos em uma nova fase no combate ao desarmamento, com uma retomada da idéia de desarmar o cidadão honesto e até a proposta de se fazer um plebiscito para acabar com a posse legal de armas no Brasil.
O senador Sarney é um dos que defendem a revogação do chamado Estatuto do Desarmamento, aquele que, aprovado ao apagar das luzes de 2003, ainda sobre a vigência do mensalão, prometia acabar com os homicídios, diminuir a criminalidade e desarmar os criminosos e malucos. Ele ainda vai mais longe, defende que uma nova lei seja aprovada imediatamente, proibindo qualquer possibilidade de o cidadão possuir uma arma legal.
O chamado Estatuto do Desarmamento falhou inexoravelmente em todos os quesitos em que se propôs a trazer melhoras. Nos últimos dados divulgados pelo Ministério da Justiça, o número de homicídios ultrapassa novamente a casa dos 50 mil mortos e os malucos compram armas ilegais sem qualquer problema. Mas, voltemos ao Sarney.
Ele propõe, na prática, que o resultado do referendo de 2005 seja apagado, cancelado por decreto. Será que todos conseguirão entender a gravidade disso? O duro golpe que a nossa recém-nascida democracia irá levar? A verdade é que não existe democracia onde o voto da maioria não é respeitado. Caminhamos para uma democracia de faz-de-conta. Uma democracia como a de Hugo Chaves e outros tantos tiranetes que infestam o mundo.
De nada adianta desarmar as pessoas de bem e deixar a bandidagem impune e sem controle. Não é a legalidade do porte de armas no Brasil que é responsável por tragédias domésticas diárias. Por outro lado, uma tragédia como a que ocorreu no Rio de Janeiro, infelizmente, acaba servindo de lição, por conta da facilidade com que se consegue adquirir armas no Brasil. Esse rapaz Wellington de Oliveira, autor dos disparos, não era membro de quadrilha, não era do crime organizado, era um descontrolado que tinha acesso com facilidade a uma arma.
Todos os anos, uma verdadeira carnificina é promovida no País com armas ilegais – parte delas fruto de contrabando. Pistolas, revólveres e fuzis de uso restrito do Exército dotado de alto poder de destruição, são despejados em todos os Estados, inclusive no Rio Grande do Sul. 
Delegados, promotores e especialistas em segurança são unânimes em afirmar: o contrabando é o principal vilão deste nicho de mercado, abastecendo desde alguém que está sendo ameaçado até quadrilhas especializadas em roubos a bancos e carros-fortes. 
O Estatuto o Desarmamento por sua vez, não tem contribuído para reduzir a disponibilidade no mercado paralelo. O bandido sempre dá um jeito de conseguir. A maioria das armas e explosivos usados em ataques vêm através da fronteira. Para reduzir a criminalidade, um reforço na fiscalização das fronteiras seria muito mais eficaz do que a Lei do Desarmamento.
Engana-se quem acredita que os reflexos e o custo social desencadeados pelo fácil acesso a armas ilegais são uma realidade apenas das favelas – estão bem próximos da maioria dos gaúchos. Em Porto Alegre, por exemplo, na última terça-feira um estudante de 14 anos foi flagrado com uma pistola calibre 22 na mochila e, em outra escola, um jovem de 16 anos acabou apreendido em posse de uma submetralhadora 9 milímetros de fabricação israelense. Ambas as armas foram descobertas em tempo, antes que resultassem em mortes. Mas em outro caso, em Novo Hamburgo, no dia 11 de março, um estudante de 17 anos da Escola Estadual Ayrton Senna do Brasil, no bairro Industrial, matou a tiros um adolescente da mesma idade próximo ao colégio. Apesar de quem vende a arma ter tanta responsabilidade quanto quem usa, são raros os casos de prisão e, mais ainda, de condenação.
Talvez a sociedade brasileira tenha amadurecido do referendo para cá. E a retomada do debate nacional sobre o desarmamento poderia ser feita inclusive com a convocação de um novo referendo. Um novo referendo seria oportuno e democrático. Nunca por decreto!

Mensagem de otimismo.
“A nobreza nunca faz em segredo o que a envergonharia em público”.
Sabedoria árabe.

quarta-feira, abril 13, 2011

DIFERENÇAS E COMPARAÇÕES
Um leitor me envia uma Xerox de reportagem publicada em uma revista de grande circulação nacional onde faz interessante comparação entre Brasil e China, o maior país do planeta em população.
O articulista da revista na análise que faz sobre a economia dos dois países chama a atenção para o seguinte detalhe: enquanto a China, nos últimos sete anos, construiu 100 000 quilômetros de autoestradas e colocou em funcionamento 8 000 quilômetros de sua rede de trens de alta velocidade, para ficar só em exemplos da área de transportes, o Brasil não foi capaz de entregar um único metro de uma ou de outra coisa.
A arrecadação total de impostos no Brasil vai para mais de 1 trilhão de reais, mas o aeroporto principal da maior cidade do país até hoje não tem uma terceira pista. Por outro lado, centenas de quilômetros de rodovias são descritos pelo próprio governo como “intransitáveis” e brasileiros continuam morrendo, cada vez mais a cada ano, por falta de obras de defesa contra acidentes naturais.
Segundo fonte do Banco Mundial, vivem hoje na China 1,4 bilhões de chineses.  No Brasil a população é sete vezes menor 191,9 milhões de habitantes. Com a diferença na arrecadação de 300 bilhões menos o Brasil não consegue construir um palmo de rodovia se quer. Isto é incrível.
Das duas, uma, ou na China não existe corrupção, desvio de dinheiro, pagamento de propina, comissão para agentes públicos como aconteceu recentemente no caso das lombadas eletrônicas, ou no Brasil rouba-se demasiadamente. Não há outra explicação.
O valor global da peça orçamentária brasileira para este ano é de R$ 2,073 trilhões.

UNIMED
Conversei nesta terça feira ligeiramente com o Dr. Alcides Mandelli Stupf, presidente da UNIMED-Erechim, e ele me informa que está preparando o 1º. Fórum Político Unimed do Brasil cujo tema será “O PENSAMENTO E O PODER”.
O evento servirá para a realização de um grande debate político sobre os rumos do Brasil e a defesa dos interesses da classe médica e da população. O Fórum está marcado para o dia 18 de maio, no Hotel Mabu em Foz do Iaguaçu, Paraná. Já confirmaram presença no evento nomes como: José Castañeda, intelectual e político; Hans Donner, Designer; Domenico De Mais, Sociólogo; Bruna Lombardi, Atiz e Escritora; Roberto D’Avila, Jornalista; Antonio Palocci, Médico e político e o presidente da Unimed nacional, Dr. Eudes de Freitas Aquino.

YPIRANGA X GRÊMIO
Domingo é dia de grande jogo no Colosso da Lagoa. O Ypiranga recebe o Grêmio depois de bom desempenho nos dois últimos jogos. Há muita confiança na direção e jogadores. Será um jogo para casa cheia. Mas, não sei se os preços estabelecidos não vão afastar os torcedores. Acho um pouco salgado. Confira os valores. Ingressos antecipados na geral: masculino R$ 30; mulheres e idosos R$ 15. cadeiras: R$ 60.
Na hora do jogo nas bilheterias: geral masculino R$ 40; mulheres e idosos R$ 20. Cadeiras: R$ 80.

PROIBIÇÃO DA VENDA DE ARMAS NO BRASIL
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apresentou um projeto para proibir a venda de armas de fogo no Brasil. A proposta altera e endurece o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) ao permitir o uso somente para policiais, Forças Armadas e outras categorias dentro das áreas de segurança pública e defesa nacional. A apresentação da proposta ocorreu por conta do ataque a uma escola no Rio de Janeiro, na semana passada, que resultou na morte de 12 crianças.
Caso seja aprovado, o projeto vai dar validade ao artigo 35 do Estatuto do Desarmamento. Ele prevê a proibição da comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, exceto a integrantes de forças policiais e armadas.
Para começar a tramitar, o projeto depende de 27 assinaturas, que estão sendo recolhidas. Se for aprovado pelo Senado, o texto ainda será submetido à apreciação da Câmara dos Deputados.

terça-feira, abril 12, 2011

POUCO SE FALA NA CF
Embora a Igreja esteja vivendo a época da quaresma em preparação a Páscoa, na qual se insere a Campanha da Fraternidade, muito pouco a mídia tem falado sobre o tema proposto - Fraternidade e vida no Planeta - onde se pede a mudança de mentalidade e atitudes para a salvaguarda da criação.
“Quem sabe reconhecer no cosmos os reflexos do rosto invisível do Criador, é levado a ter maior amor pelas criaturas” (Bento XVI, Homilia na Solenidade da Santíssima Mãe de Deus, 1º-01-2010). O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário será levado a desprezar-se a si mesmo e aquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a "ecologia humana" (cf. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, 51). Ou seja, sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perderam tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente.
O dever de cuidar do meio-ambiente é um imperativo que nasce da consciência de que Deus confia a sua criação ao homem não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, destruidor, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança que seu pai lhe deixou.
A Campanha da Fraternidade é uma campanha quaresmal, que une em si as exigências da conversão, da oração, do jejum e da doação. Convoca os cristãos a uma maior participação nos sofrimentos de Cristo como possibilidade de auxílio aos pobres.
A conversão, renovação interior e ação comunitária em preparação da Páscoa, são temas para desenvolver o espírito quaresmal, ou seja, meio para viver os três elementos fundamentais da espiritualidade quaresmal: Oração – Jejum – esmola.
Por sua vez a Páscoa possui três interpretações: é a antiga festa de pastores para comemorar a primavera; é a festa dos Hebreus, para relembrar sua saída do Egito, no tempo de Moisés e é a festa anual dos Cristãos para celebrar a Ressurreição de Cristo.
É nesse contexto que a CF, é um projeto que procura animar todas as comunidades num compromisso pastoral concreto que marque a unidade da Evangelização pelo empenho comum em prol da solidariedade e fraternidade que nascem do amor de Cristo. Durante esse período, a liturgia trabalha paralelamente com a Campanha. Os cantos litúrgicos da missa, as preces e outras orações são voltados também para o tema que está sendo trabalhado. A CF atinge cada ano, um problema determinado e urgente que precisa do esforço de ação pastoral conjunta no país, desafios sociais, econômicos, políticos, culturais e religiosos da realidade brasileira.
A Campanha da Fraternidade surgiu durante o desenvolvimento do Concílio Vaticano II (1962-1965) e a cada ano, desde 1964, a Igreja no Brasil propõe a todos os cristãos, temas diferentes. Em 2011 estamos discutindo Fraternidade e vida no Planeta.
Do hino da Campanha extrai o seguinte:
Nossa mãe terra, senhor,
Geme de dor noite e dia.
Será de parto essa dor?
Ou simplesmente agonia?!
Vai depender só de nós!
A terra é mãe, é criatura viva;
Também respira, se alimenta e sofre.
É de respeito que ela mais precisa!
Sem teu cuidado ela agoniza e morre.
De dores geme toda a criação.
Transforma em páscoa as dores dessa espera,
Quero essa terra em plena gestação!

Mensagem de Otimismo
Quem fecha seu ouvido ao apelo do pobre, poderá depois gritar e não encontrará nenhuma resposta.
Provérbio 21,13
A MORTE DO AMIGO CICLISTA
O ano passado, a convite, visitei a cidade de Sananduva. O objetivo era proferir uma palestra aos caminhoneiros do municio e região sobre a violência nas estradas e crime organizado. Na seleta platéia estavam além de motoristas, funcionários do Banco do Brasil, vereadores, prefeito, representantes da Brigada Militar, do Rotary e da emissora local, além de outras pessoas interessadas.
Ao final, me foi apresentado um cidadão que fez questão de me conhecer. Banir Slongo era seu nome. Durante a rápida conversa fiquei sabendo que ele era um, entre milhares, dos que ouvem o programa SOS Caminhoneiro que apresento em 40 emissoras, todas as manhãs, espalhadas pelo interior do Rio Grande do Sul. É um noticiário dirigido aos caminhoneiros que está no ar há 15 anos, por isto criou raízes e é sem dúvida sintonia obrigatória pelos amigos motoristas.
Mas, o que me chamou atenção não foi tanto a afirmação do amigo Slongo declarar-se meu ouvinte, foi o fato de salientar que fizera, naquela noite, 17 quilômetros com sua bicicleta para prestigiar-me naquela noite.
Foi até hoje a mais forte manifestação de apreço que recebi ao longo de minha trajetória como jornalista e radialista. Registrei esse momento em foto, que guardo em meus arquivos, no momento em que recebia o seu abraço.
Pois, nesta segunda-feira recebo a notícia de que Banir Slongo morreu. Morreu de forma brutal, atropelado por um veículo na rodovia RS-126 que liga Sananduva a Lagoa Vermelha. O autor do atropelamento até ontem não havia se apresentado às autoridades e muito menos identificado, fugiu e não prestou socorro.
Slongo era um homem simples do interior, residia na localidade de Quati, no interior do município. Gostava de tocar gaita, e era sempre solicitado a animar encontros sociais. Os que o conheciam melhor dizem que ele foi um dos que ensinou e encaminhou para o sucesso o cantor Kledir.
Além de perder um ouvinte assíduo do SOS Caminhoneiro, foi-se um amigo que não volta mais. Aos seus familiares manifesto meus sentimentos.
Outras seis mortes por atropelamentos foram registradas no fim de semana envolvendo ciclistas: na BR-386 em Lajeado, Canguçu, Três Passos, Campestre da Serra,
O que o ciclista nunca deve fazer:  
Nunca pedale na contra-mão, a não ser que esteja sinalizado;
Não pedale onde o motorista não o pode ver;
Nunca entre com tudo nos cruzamentos, esquinas ou saídas de estacionamentos;
Nunca force uma situação contra um carro, moto ou ônibus;
Não pedale muito próximo do meio fio;
Não fique olhando para trás o tempo todo, somente o tempo necessário para perceber o trânsito no caso de necessidade de mudança de direção ou faixa. Preocupe-se com o que vem pela frente;
Não use walk-man.

Mensagem de Otimismo
"O amor é a melhor música na partitura da vida. Sem ele você será um eterno desafinado no imenso coral da humanidade."
Roque Schneider

sexta-feira, abril 08, 2011

RECOLHIMENTO DO LIXO É UM LIXO
Tenho a maior simpatia e admiração pelo Secretário Municipal do Meio ambiente, Waldemar Dornfeld, amigo de muitos anos, e num passado não muito distante, companheiro ideológico partidário, no governo Antônio Dexheimer. Foi uma convivência muito amistosa e fraterna. O que vou dizer a seguir não tem nada de pessoal, apenas manifestar uma opinião sobre algo que não vem funcionando - e não é de agora. Parece ser uma questão crônica depois que o Município terceirizou a coleta do lixo.
Eu não estava aqui na época, mas ouvi dizer que a empresa contratada não vem cumprindo um bom desempenho e a Prefeitura teria ameaçado até rescindir o contrato. Nesta quarta-feira pela manhã, ao sair para o trabalho, por volta das 7h, deparei-me com o lixo que não havia sido recolhido pela empresa responsável. Voltei ao meio dia, e o lixo estava lá intacto como se encontrava pela manhã. As 7h da noite, portanto, doze horas após, o caminhão passou no local, não recolheu os entulhos, e já são outra vez 7h da manhã de sexta-feira e lá está o lixo. O lixo, secretário! Já se passaram mais de 48h. O lixo está putrefato, secretário!
Já com moscas, Secretário!
Se demorar mais 24h o monte vai aumentar e o problema se agravar, secretário!
O local não dista mais do que 200 metros do Hospital de Caridade. Vou dar o endereço: fica na Av. Comte. Kraemer, esquina com a Pedro Álvares Cabral. Qual a justificativa para tanto desleixo e o não cumprimento por parte da empresa responsável pela coleta do lixo?
A propósito, já que falamos em lixo, você sabia que cada pessoa produz cerca de 300 quilos de lixo por ano e que se tornou um problema de difícil resposta, exigindo desde a reeducação e comprometimento do cidadão além da eficácia do poder público no seu recolhimento? Por outro lado, você também sabia que o tempo que a natureza leva para decompor – por exemplo – o papel leva de 3 a 6 meses; o pano: de 6 meses a 1 ano; filtro de cigarro: 5 anos; chiclete: 5 anos; madeira pintada: 13 anos;
nylon: mais de 30 anos;
plástico: mais de 100 anos;
metal: mais de 100 anos;
borracha: tempo indeterminado;
vidro: 1 milhão de anos?

CATADORES
Outra providência que requer atenção do poder público é contra os catadores de lixo reciclável. Estive observando esta semana o comportamento desses indivíduos. Surpreendi um deles abrindo os sacos de lixo só para retirar latinhas de cerveja, garrafas de vidro e pet. Papel, papelão e outros produtos recicláveis eram deixados de lado e o lixo esparramado pela calçada.
Acho que a fiscalização a estas horas tem que agir, pois assim como flagrei por acaso o catador, emporcalhando a via pública, a fiscalização com mais habilidade poderá surpreender esses indivíduos e dar-lhe um corretivo merecido. Caso contrário, a cidade vai continuar suja, com lixo por toda parte e o perigo da proliferação de doenças. Fica aqui o respeitoso recado ao Secretário do Meio Ambiente para que exija mais da empresa coletora de lixo e fiscalize melhor o seu trabalho. Desde já o contribuinte agradece.

Mensagem de Otimismo
“Se me oferecessem a sabedoria com a condição de guardá-la só para mim, sem a comunicar a alguém, não a quereria.”
Sêneca

quarta-feira, abril 06, 2011

ESCOLA DE PAIS
Pelo fato de ser pai fui assistir a uma palestra proferida pelo Dr. Cesar Augusto Detoni, que vim, a saber, é membro desse importante movimento que é a Escola de Pais do Brasil, fundada em 16 de Outubro de 1963 em São Paulo pela Madre Inês de Jesus, padres Leonel Corbeil, Paul Eugene Charbonneau, Profa. Maria Junqueira Schmidt e o Casal Antonio Fernando Lopes.
A Escola de Pais é uma instituição particular, voluntária e gratuita, que está aberta aos interessados na educação e orientação de jovens e crianças. Tornou-se uma instituição a serviço da família.
Aos poucos o movimento foi se expandindo, por quase todo o território nacional e hoje são aproximadamente 100 Seccionais funcionando dentro do mesmo padrão.
Entre os vários assuntos abordados na primeira reunião de um total de 10 encontros, o Dr. Detoni falou sobre: Para que educamos nossos filhos?
Os dias competitivos esses em que vivemos, sem sombra de dúvidas a sociedade, o mercado de trabalho, as necessidades pessoais, tudo ganha corpo e complexidade. A computação que há pouco não existia, interliga ou isola aqueles que dela não façam uso adequado.
Os cursos de línguas estrangeiras, as pós-graduações sem fim, os estudos, a escola, tudo em nome da competitividade.
Assim, o que ontem bastava para educar, hoje parece pouco.
E, na ânsia de dar instrumentos suficientes aos nossos filhos para enfrentar o monstro voraz da competitividade, vamos, sem medidas, buscando tudo e todos, para que ele possa ser o melhor, ser mais, ser o primeiro, ser, enfim, o que aprendeu a competir.
Para isso, não contamos os esforços nas horas infindas dos cursos, dos esportes, do reforço escolar, da aula, comprando as ferramentas para ele trabalhar, para ser competitivo.
Mas afinal, você já parou para se perguntar para que educamos nossos filhos? Que armas e que combates você deseja que ele esteja pronto para enfrentar?
Se nos perguntarem de que o mundo precisa, o que está em falta em nossa sociedade, de pronto elencamos as virtudes que nos fazem falta à alma: honestidade, respeito ao próximo, compaixão, solidariedade.
Afinal, quem de nós não desejaria um mundo cheio de tudo isso?
Pois bem, é esse o mundo que desejamos. E certamente é o mundo que desejamos para nossos filhos. Mas será que eles estarão preparados para um mundo assim?
Será que nossos filhos têm elementos na alma para viverem em um mundo de tolerância, compaixão, solidariedade? Quanto da alma de nossos filhos está pronta para um mundo desses?
Será que na educação de nossos pequenos há espaço para lições de tolerância?
A criança, o jovem que não experimenta a lição do conviver com as diferenças, vendo que somos apenas diferentes do lado de fora, mas por dentro somos todos filhos do Pai, jamais saberá do que se trata o tolerar.
Nenhuma criança ou jovem terá idéia do quanto a alma fica leve no prazer de minimizar a dor e dificuldade alheia, se nunca lhe oportunizarem fazê-lo.
Solidariedade. Muito se fala nisso na escola do lar? Em um mundo onde as desigualdades florescem aqui e acolá, já paramos para ensinar aos nossos filhos a necessidade de estender a mão para ajudar a minimizar a miséria, seja do corpo ou da alma alheia?
Não podemos esquecer que a primeira escola da vida é o lar, e é nele que as lições que desejamos para o mundo devem ser aprendidas.
De nada vale desejarmos um mundo sem violência, se não ensinamos a brandura e a mansuetude aos nossos filhos.
E em dias desafiadores como esses que se apresentam, onde as pessoas perdem referências de valores, onde as lições da alma perderam-se no afã de educar a mente, buscando apenas sermos competitivos, é no lar que devemos cultivar os valores nobres, que fazem a alma forte para enfrentar as dificuldades da vida.
Não mais a preocupação de aprendermos a ser competitivos, mas entendermos que ser colaborativos é a lição que a vida nos guarda como melhor aprendizado.
Afinal, a maior oportunidade que a vida nos oferece estarmos aqui é, fundamentalmente aprendermos a conjugar na prática vivencial de cada um, um único verbo: amar.



terça-feira, abril 05, 2011

AO PONTO A QUE CHEGAMOS
A notícia que leio no jornal diz o seguinte: Assaltantes roubam carro e avisam à vítima para que vão usá-lo. Ladrões garantiram que vão cometer um assassinato nesta quinta e devolver o veículo. Assaltantes roubaram um carro em Novo Hamburgo, e informaram à vítima como pretendiam utilizar o veículo. Os dois homens armados, os quais renderam o proprietário do Honda Fit, na rua Madre Regina, às 23h30min, disseram que o carro seria usado para cometer um homicídio nesta quinta-feira. Tão inusitado quanto o fato de informarem sobre a pretensa execução de crimes foi o aviso de que o automóvel seria deixado na rua depois do ato e, por isso, o proprietário não deveria se preocupar. A vítima, um homem de 23 anos, foi deixada perto do local onde o assalto iniciou.
A bandidagem ameaça, rouba, assalta, faz o que quer e não há mecanismo capaz de frear sua avassaladora onda de crescimento.
Outra notícia salienta que assaltantes entraram em um edifício na capital gaúcha e roubaram jóias e outros pertences, mesmo com circuito de TV e serviço de portaria em sete andares. Os ladrões fizeram à festa.
Esse tipo de façanha comprova que pouco adianta as pessoas investirem com porteiros treinados, cabinas blindadas, circuitos de TVs na entrada, nos corredores dos prédios e nas garagens, se os bandidos continuam furando os bloqueios e praticando ilicitudes.
Se presos conseguem fugir de cadeias de segurança máxima, nada mais surpreende.

Faleceu hoje,5, em Porto Alegre, o jornalista Flávio Alcaraz Gomes, 83 anos, membro de tradicional família ligada à empresa Caldas Júnior. Seu avô foi diretor da empresa centenária. Flávio é dono de uma extensa biografia, tendo se notabilizado em coberturas da Copa do Mundo pela Rádio Guaíba, que ajudou a fundar; foi por muitos anos apresentador de TV, cobriu o sequestro pelos tupamaros do cônsul do Brasil no Uruguai. Também atuou na Guerra do Vietnã como correspondente no Oriente Médio e Europa. Deixou oito livros escritos: “Diários de um Repórter”, “Eu Vi! Itinerários de um repórter”, “Morrer por Israel”, “Um Repórter na China”, “Transamazônica - A redescoberta do Brasil”, “A rebelião dos jovens” e “Prisioneiro 30.310”. O “guerreiro da notícia” como era conhecido faleceu em sua residência, vítima de uma pneumonia, infecção que se instala nos pulmões. Seu corpo foi cremado em cerimônia realizada no Crematório Metropolitano.
                             
Nunca se vendeu tanta revista “Época” como a desta semana. Ela publica com exclusividade o Relatório com todas as provas da Polícia Federal, sobre o maior escândalo do governo do presidente Lula, denominado “Mensalão”. Além do artífice da canalhice Marcos Valério, aparecem nomes como: Fernando Pimentel, Romero Jucá, Freud Godoy (segurança de Lula), Vicentinho, Emidio de Souza (prefeito de Osasco), Jaqueline Roriz, (deputada), Benedita da Silva (ex-ministra e deputada), Mário Calisxo, (ex-senador), Luiz Lanzetta, (jornalista), José Mentor, (deputado), Lincoln Portela, (deputado), Gilberto Mansur (jornalista), João Magalhães, (deputado), Pimenta da Veiga (ex-ministro), Lourival Dantas, (ex-presidente do Codefat), Paulo Betti (ator), e Domingos Guimarães, (empresário e genro do ex-senador Marco Maciel).
O processo tem 202 volumes, 463 pastas anexas e 42.970 folhas. Existe ainda em aberto um inquérito com a finalidade de realizar apurações complementares. O relator do Mensalão é o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim barbosa. Todo o processo do Mensalão iniciou com a denúncia feita pelo então Presidente Nacional do PTB, ex-deputado, Roberto Jefferson que após sessão histórica da Câmara dos Deputados, teve seu mandato cassado.
Resta saber, depois de seis anos, quem e quantos irão para a cadeia.

Mensagem de Otimismo
“O segredo da felicidade é amar o dever e fazer dele um prazer”
C.Dash

segunda-feira, abril 04, 2011

A LÓGIDA DO ABSURDO
Quando residi em Porto Alegre, conheci Raul Moreau, apresentador de programas esportivos nas Rádios Gaúcha e Guaíba, (já faz alguns anos), plantão esportivo; apresentador do programas na televisão, enfim, teve uma vida dedicada a comunicação, (TV-Rádio-Jornal e Marketing & Propaganda. Portanto, um radialista de primeira linha. No dia em que me fez uma visita (eu ainda estava na Assembléia Legislativa), presenteou-me com seu livro “A lógica do Absurdo”, um conjunto de crônicas escritas por ele, que dá gosto de ler.
No fim de semana, li algumas de suas crônicas e deparei-me com uma que embora tenha sido escrita em janeiro de 2007 é muito atual. O escritor e médico gaúcho Moacyr Scliar, recentemente falecido, disse uma frase a respeito do livro de Raul Moreau, muito verdadeira: Lógico é devorar o seu livro. Absurdo é não lê-lo.
Em uma de suas crônicas “Na prática, a teoria é outra” define com clareza a (in)capacidade dos nossos técnicos.  
Todos os anos, as chuvas do outono/inverno e especialmente da primavera insistem em confirmar aquilo que as autoridades fingem não saber: elas são previsíveis e confirmadíssimas. Aliás, de uns bons tempos para cá, a gente sabe de como o tempo vai se comportar dez, quinze dias ou mais antecipadamente, tamanho o avanço tecnológico da meteorologia.
No sudeste brasileiro, região mais densamente povoada e castigada do país, um número também previsível entre 20 e 100 mortes anuais ocorre por desabamentos de encostas, morros, valas e barracos fragilizados pelas chuvas, número que já pode até ser incluído nas estatísticas no início de cada ano.
Os discursos dos políticos (in)competentes insistem em derramar otimismo. E com tanta água as lágrimas das famílias vitimadas quase não são percebidas.
No Japão, onde a terra treme dezenas de vezes por dia, as leis que regulamentam construções são rígidas e sua infração significa multas milionárias. Lá, a sabedoria oriental já empilhou os mortos necessários para aprender qual o procedimento correto. Aqui, não por falta de avisos ou tragédias, continuamos a construir pontes de resistência insuficiente para a demanda, construir estradas em morros sem a devida proteção, e com frequência, elas são destruídas pelas enchentes, triste testemunha da incompetência de quem constrói ou tolerância de quem julga as concorrências, numa dúvida que não beneficia qualquer categoria.
Também algumas campanhas bem intencionadas de trânsito dirigidas a motoristas e pedestres esforçam-se para ensinar as melhores maneiras de preservar vidas que, como se sabe, não se dão bem com a velocidade, imprudência, sono, droga e álcool.
Apesar das boas intenções, ao final de cada temporada, os números fazem inveja ás guerras no Oriente, tanto lá como aqui – sem qualquer sentido, razão ou vencedores. Só há um ponto em comum: todos perdem!
Em vários países europeus pune-se com rigor tanto as velocidades acima do máximo como as abaixo do mínimo, com multas altíssimas em troca de um pequeno índice de acidentes, considerando-se o número de veículos e sua potência.
Ocorre que lá, independentemente da qualidade ou da educação dos motoristas, a duração média das estradas com a qualidade ideal de uso é de 30 anos, enquanto no Brasil, aos 10 anos de uso, uma rodovia já está pedindo remendos e um acidente tem muito mais possibilidade de acontecer.
Pois, cada metro quadrado de estradas construídas em países mais exigentes custa várias vezes mais do que as aqui projetadas. Algumas das nossas rodovias são verdadeiros monumentos eleitorais erguidos no último semestre permitido antes do pleito, e quem bate o recorde de velocidade é quase sempre o curto prazo entre o julgamento da concorrência e sua entrega ao público usuário. É só andar pelo Rio Grande!
A imprensa volta a falar insistentemente sobre a necessidade de concluir a BR-153 que liga Erechim a Passo Fundo. Já se realizaram inúmeras reuniões entre políticos e lideranças regionais, e, ao fim e ao cabo, sempre a mesma decisão: precisamos fazer pressão junto ao governo federal. Mas cadê a pressão. Ficar só no bla-blá-blá é semear apenas esperança. Coisa de político mesmo!

Mensagem de Otimismo
“Se choras por ter perdido o sol, as lágrimas não te permitirão ver as estrelas”.
Tagore