sábado, setembro 18, 2010

DUAS HISTÓRIAS DIFERENTES
À medida que se aproxima o dia da grande decisão, ou seja, a eleição do presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, o eleitor fica conhecendo quem é quem nessa parada.
O jornal Zero Hora deste domingo publica uma interessante reportagem intitulada “Memórias de Chumbo” em que o ex-marido da candidata Dilma Rousseff, o advogado e ex-deputado estadual Carlos Franklin Paixão Araújo revela em entrevista de cinco páginas e oito horas de depoimento a sua vida com Dilma.
Araújo foi condenado por subversão, torturado e recolhido ao Presídio Central. Foi no velório de seu pai, algemado, que Araújo reencontrou Dilma sua companheira de exílio e guerrilha desde 1968 e de cárcere.
No relato de seu ex-companheiro, Carlos Araújo, confirma-se a participação da ex-ministra Dilma Rousseff no assalto ao cofre do ex-governador Ademar de Barros, que foi comandada em 1969 pelo seu futuro marido, o ex-deputado Carlos Araújo, em 1969, numa imponente mansão do bairro Santa Tereza, no Rio. Como se sabe, Ademar de Barros foi governador de São Paulo e fundador da atual Rede Bandeirantes de Rádio e TV. O primeiro dos Saad foi seu genro. Dilma Rousseff evita falar sobre o episódio. Sua biografia no site de campanha e nos programas de rádio e TV omitem totalmente o passado terrorista da candidata do PT.
Quem contou os detalhes do assalto foi o próprio ex-deputado Carlos Araújo, que na época liderava com Dilma Rousseff a organização terrorista VAR Palmares, já na época aliada estratégica da VPR, grupo liderado pelo ex-capitão Carlos Lamarca. Está tudo no jornal Zero Hora deste domingo.
O trabalho publicado em ZH é dos repórteres Luiz Antonio Araújo e Mariana Bertolucci.
O ex-deputado do PDT, hoje com 72 anos, vive na mesma casa de sempre, no Bairro Assunção em Porto Alegre. A ex-ministra e candidata á presidência, Dilma Rousseff foi a segunda mulher de Araújo.
Na reportagem, Carlos Araújo conta que roubaram o cofre com tudo dentro, usando um sistema de roldanas. Depois ele foi aberto com a ajuda de maçaricos. Dentro dele estavam US$ 2,16 milhões. Carlos Araújo conta que US$ 1 milhão foi endereçado ao embaixador da Argélia, para ajudar exilados brasileiros em Argel. O restante foi usado na luta armada.
O mesmo jornal também conta detalhes do longo exílio de José Serra, adversário de Dilma Rousseff, no Chile.
Sylvia Mónica Allende Ledezma narra como foi sua via ao lado de Serra no exílio iniciado logo depois do golpe de 1964 e somente encerrado em 1978.
A ex-primeira bailarina do Balé Nacional do Chile, psicóloga, professora e naturalizada brasileira em 1999, revela que Serra chegou a ser levado para o Estádio Ncional, local onde ficavam os presos, e só não foi morto porque o senador democrata americano Edward Kennedy, interferiu por ele. Era no Estádio Nacional que ficavam os presos a céu aberto pelas arquibancadas. Dali, depois de interrogados, eram levados para um campo de prisioneiros. Muitos foram torturados e mortos no próprio estádio de futebol.
Vale a pena ler Zero Hora deste domingo, para conhecer as diferentes histórias dos dois principais candidatos á presidência da República nas próximas eleições de três de outubro.



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