segunda-feira, novembro 29, 2010

AGUERRA CONTRA O TRÁFICO NO RIO
O que a polícia fez no Rio de Janeiro para diminuir os passos do crescente tráfico de drogas na cidade maravilhosa, deveria ter sido feito há muito tempo. Por que só agora? É o que muitos perguntam.
O tráfico internacional de drogas, em alta escala, começou a desenvolver-se a partir de meados da década de 1970, tendo o seu ápice na década de 1980. Esse desenvolvimento está estreitamente ligado à crise econômica mundial. O narcotráfico determina as economias dos países produtores de coca, cujos principais produtos de exportação têm sofrido sucessivas quedas em seus preços (ainda que a maior parte dos lucros não fique nesses países) e, ao mesmo tempo, favorece principalmente o sistema financeiro mundial. O dinheiro oriundo da droga corresponde à lógica do sistema financeiro, que é eminentemente especulativo. Este necessita, cada vez mais, de capital "livre" para girar, e o tráfico de drogas promove o "aparecimento mágico" desse capital que se acumula muito rápido e se move velozmente.
O narcotráfico é produzido em escala global, desde o cultivo em países subdesenvolvidos ate seu consumo, principalmente nos países ocidentais, nos quais o produto final atinge um alto valor no mercado negro.
O consumo de drogas acarreta importantes conseqüências sociais: crime, violência, corrupção, marginalidade, entre outros. Por isso a maioria dos países do mundo proíbe a produção, distribuição e venda destas substâncias. Conseqüentemente, formou-se um mercado ilegal de entorpecentes e psicotrópicos. Hoje o narcotráfico tomou conta de muitos jovens em baladas e em festas. Até mesmo a alta classe social apresenta usuários, embora algumas pessoas ainda tenham o preconceito de que só pessoas de baixa renda, como moradores de favela, são usuários.
Há dias comentei neste meu blog o número de consumidores de crack no Rio Grande do Sul e teve gente que não acreditou. A Secretaria da Saúde tem cadastrados 50 mil consumidores de crack em nosso Estado. Significa dizer que são 50 mil famílias gaúchas, que sofrem por ter alguém no seu meio viciado, e que não podendo por si só combaterem com suas próprias armas, esperam das autoridades ação semelhante à ocorrida no Rio de Janeiro.
A Polícia tem que ter o apoio da Justiça, do contrário breve vamos nos tornar uma nova Rio de Janeiro.

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