segunda-feira, outubro 04, 2010

THE END
Esta expressão em inglês quer dizer fim, terminou, acabou. Depois de 22 anos de serviço público, estamos encerrando mais um ciclo na nossa vida profissional.
Desde 1997 vinha exercendo a atividade de assessor parlamentar ao deputado Francisco Appio, portanto, há três mandatos e meio consecutivos sendo um deles exercido em Brasília. Com a sua não reeleição vou ficar em disponibilidade.
Já recebi algumas propostas, estou estudando para me decidir por uma delas.
Não vai ser fácil esquecer a atividade no parlamento se tiver que partir para a iniciativa privada. A política, mesmo que alguns tenham desvirtuado a sua verdadeira essência, é algo apaixonante, e a gente reluta em não abandoná-la, mas um dia obriga-se a deixá-la porque o mandato a quem você está ligado por um cargo de confiança, acaba. É o meu caso.
Mas o assunto do dia é mesmo a eleição do palhaço Tiririca com mais de um milhão de votos, um novo fenômeno nacional.
As notícias desta segunda-feira adiantam que há uma forte corrente que não quer permitir sua diplomação o que, aliás, é uma usurpação do seu legítimo direito, já que foi eleito e escolhido democraticamente pelas urnas. A Justiça Eleitoral quer comprovar que Tiririca é analfabeto, e a Lei não permite que o cidadão nessas condições assuma qualquer cargo eletivo.
Se realmente este é o motivo da sua possível não diplomação, por que deixaram que seu nome fosse registrado?
Fui contra a sua candidatura porque achava que não tinha condições, mas não sabia que era analfabeto. Agora sou a favor. Se a Justiça Eleitoral comeu de barriga que assuma e diplome o Tiririca, pois um palhaço a mais ou a menos, no Congresso Nacional, não vai fazer diferença, mesmo porque a gente sabe que 50% da atividade parlamentar é exercida pela assessoria.
Enfim, senhoras e senhores, este é o Brasil democrático onde até analfabeto é deputado e o deputado doutor é corrupto.
Para encerrar, estou com um recorte do Jornal do Comércio, edição desta segunda-feira, dia 4, que vou guardar. O título da notícia diz: “DERRUBAR O FATOR PREVIDENCIÁRIO É UMA QUESTÃO DE HONRA”. Palavras do senador reeleito Paulo Paim (PT-RS).

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