domingo, outubro 31, 2010

O BRASIL ELEGE A PRIMEIRA MULHER PRESIDENTE
Mais de 130 milhões de eleitores escolheram Dilma Rousseff a primeira mulher presidente do Brasil em toda a sua história de 500 anos. Significa dizer que a política e o projeto do PT e do presidente Lula mais uma vez foi convincente.
Também ficou comprovada a certeza das pesquisas que antecipavam a vitória da ex-ministra. Enfim, deu tudo certo. A maioria está feliz da vida e merece a comemoração. A experiência de uma mulher na presidência da República após 500 anos de República é válida. E dentre as mulheres presidentas eleitas em outros países, nenhuma delas tem pose, porte e jeito de primeira mandatária como Dilma. Ela é mesmo diferente das outras mulheres. Não maliciem, por favor. Estou falando no tipo de personalidade feminina que é.
A partir de 1º. de janeiro Dilma Rousseff, de descendência búlgara, nascida em Minas Gerais e adotada pelos gaúchos, é a nova presidenta do Brasil com cerca de 60% dos votos, contra 44% de Serra. Ela se tornará a mulher mais forte do mundo, pois governará um país com190 milhões de brasileiros que é maior que a Alemanha, onde a primeira ministra é mulher; maior que a Argentina, com população e número de eleitores menor que o Brasil. Portanto, no planeta terra onde mulheres foram escolhidas para presidente ou primeira ministra ninguém até hoje suplantou a nova presidenta por meio do voto, por isto será a mais poderosa do mundo.
Três coisas eu queria que a nova presidenta fizesse, após ser empossada: solucionasse o problema da saúde, resolvesse a situação dos aposentados e freasse a corrupção, o resto dá-se um jeito conforme o andar da carruagem.
A saúde neste país está um caos. Os hospitais se tornaram depósitos de pessoas humanas, os aposentados a cada ano mais pobres e a corrupção campeiam desenfreadamente.
As 22h depois de confirmada sua vitória Dilma fez seu primeiro pronunciamento por escrito, diretamente de Brasília à Nação. Os verbos zelar, tratar, valorizar, ampliar, construir, reforçar, consolidar, reafirmar foram bastante usados por ela.
Eis uma síntese do seu primeiro pronunciamento: “Pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro, portanto o meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural e que ele possa se repetir se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda a nossa sociedade. A igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é um princípio essencial da democracia”.
Mais adiante Dilma afirmou: “Registro aqui outro compromisso com o meu País, valorizar a democracia em toda a sua dimensão desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais básicos da alimentação, emprego, da renda, da moradia digna e da paz social. Eu vou zelar pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa. Vou zelas pela mais ampla liberdade religiosa de culto. Vou zelar pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados na nossa própria Constituição. Zelarei, sim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República”.
Em outro trecho disse: “Reforço aqui meu compromisso, fundamental que eu mantive e reiterei ao longo dessa campanha, a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e para todas as brasileiras”. Para esta tarefa chamou a cooperar os empresários, os tabeladores, às igrejas, ás entidades civis, ás universidades, a imprensa, os governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem do nosso País. “Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres  estiverem abandonadas a sua própria sorte, enquanto reinar o cracke e a cracolândia”.
Abordou inclusive os temas como saúde, educação e segurança. Reafirmou compromissos de campanha com os mais necessitados, as crianças, jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso “teriam toda a minha atenção”. “Reafirmo aqui esse compromisso”.
Dirigindo-se aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada, Dilma disse que estendia suas mãos a eles. “De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrios”. Vai se empenhar para realizar a tão sonhada reforma política.  
Houve um momento, já no final de seu pronunciamento, que Dilma Rousseff chegou à emoção quando se dirigiu ao presidente Lula agradecendo “o seu apoio, o privilégio de sua convivência ter aprendido com sua imensa sabedoria. São coisas que se guarda para vida toda. Conviver durante todos esses anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado pelo seu país e por sua gente. Um abraço a cada um dos meus amigos e de minhas amigas”.
Foi um discurso que não acrescentou nada daquilo que mais ou menos se esperava: uma fala água com açúcar.

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