segunda-feira, outubro 25, 2010

QUANDO O BRASILEIRO VAI TER CONSDIERAÇÃO DO GOVERNO

Foram simplesmente revoltantes as cenas exibidas pela televisão no noticiário desta segunda-feira à noite, mostrando a situação dos doentes nos setores de emergências dos hospitais de Porto Alegre. No Hospital de Clínicas os doentes se amontoam como lenha em depósito. Quanta falta de humanidade!
E o governo onde fica nessa história?
O que faz?
Nada!
É só conversa fiada. Não adianta dar bolsa família, crédito fácil, se logo ali a saúde do brasileiro está cada vez pior, os hospitais fechando e o número de doentes aumentando...aumentando. Falar em Brasil novo é dar saúde em primeiro lugar à população.
O acúmulo de macas, a falta de espaço para a circulação dos profissionais e o elevado número de pacientes aguardando leitos sentados em cadeiras - alguns há mais de 24 horas - traduz a agonia das emergências dos principais hospitais públicos de Porto Alegre. Na manhã da última sexta-feira (15), o retrato do caos foi uma cena flagrada no serviço de emergência do Hospital de Clínicas. Uma paciente se acomodou dentro de um armário localizado em um corredor repleto de macas e cadeiras. Questionada sobre o motivo de estar ali, a mulher respondeu: "Não tem lugar para sentar, por isso sentei aqui dentro". Enfermeiros foram alertados e, em pouco tempo, encontraram uma solução para o problema. A mulher saiu do armário e foi colocada em uma cadeira, apesar de seu estado de saúde pedir repouso absoluto. No mesmo momento, em outra ala, a enfermeira-chefe vivenciava o mesmo dilema.
- Tenho 11 pacientes graves que estão internados há mais de dez dias no serviço e, entre eles, tenho que escolher os nove que terão direito de seguir para uma enfermaria.
O serviço de emergência das Clínicas abrigava naquela sexta-feira 131 pessoas em espaço projetado para apenas 49. O emaranhado de cadeiras e macas dificultava o acesso aos pacientes. Um operário de 36 anos, com suspeita de aneurisma cerebral e que permanecia por mais de 12 horas sentado, disse que o lugar é um "campo de concentração". A enfermeira-chefe concorda com ele. O administrador do serviço, Daniel Barcelos, frisou que é preciso criar leitos para a internação clínica na região metropolitana.
No hospital Nossa Senhora da Conceição, o quadro não era diferente, com 128 pacientes amontoados em espaço idealizado para 50. O superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, Neio Lúcio Fraga Pereira, afirmou que a superlotação é um sintoma de que o sistema de saúde não está bem.
- A estratégia de saúde da família é deficiente na região metropolitana.
De acordo com Pereira, as emergências agonizam em razão da falta de médicos na rede pública e da demora na marcação de exames de média e alta complexidade por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).
- É um sistema perverso, que penaliza uma população que envelhece sem assistência. A partir de 1993, 33% dos leitos da capital fecharam.
Enquanto isso, o hospital Beneficência Portuguesa tem leitos sobrando. Dos 79 espaços, apenas um está ocupado por um paciente que saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Desde o dia 13, o hospital voltou a receber doentes pelo SUS, após ficar quase dois meses sem atendimento.
Este é o quadro da saúde em Porto Alegre, o resto é trololó.

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