terça-feira, agosto 11, 2009

INDICIAMENTO

A presidente do CPERS e sua vice, mais uma vereadora da capital foram indiciadas em inquérito policial pelos fatos ocorridos em frente à casa da governadora Yeda Crusius, no protesto pelos escândalos do Detran/RS dia 16 de julho último.
Rejane de Oliveira e Neide de Oliveira, presidente e vice do CPERS, respectivamente, e mais a vereadoras do PSOL, responderão por dano, injúria, difamação e tentativa de cárcere privado.
No dia da manifestação, na alegação da governadora, ela foi impedida de sair de sua casa com a filha Tarsila e os netos que tinham de ir para a escola e teriam chorado ao ver a manifestação. A governadora chegou a mostrar um cartaz aos manifestantes, no qual escreveu que os professores eram "torturadores de crianças".
A delegada analisou imagens de TV e fotos e ouviu os depoimentos da governadora e sua filha. Outro ponto que a delegada estuda é o possível excesso na ação da Brigada Militar para conter os servidores públicos naquele dia. Pessoas que sofreram lesões supostamente cometidas por policiais farão o reconhecimento dos mesmos também por meio de imagens de TV e fotos. A seguir, os PMs serão ouvidos
A Constituição brasileira permite e protege os movimentos organizados quando estes desejarem fazer manifestações, desde que, não ultrapassem o limite por ela determinado.
Ao que parece o CEPERS acompanhado de alguns grupos mais extremados se excederam e a Brigada Militar que estava no local para manter a ordem e a segurança, cumpriu o seu papel.
De posse do inquérito caberá ao Ministério Público oferecer a denúncia e o juiz aceitar ou não.

De outra parte, o MST voltou a atacar prédios públicos numa manifestação orquestrada, combinada e acertada. Em Brasília houve ocupação do prédio do Ministério da Fazenda e em Porto Alegre da mesma forma. Houve também protestos e ocupações em sedes do Incra e delegacias do Ministério da Fazenda em outras 11 cidades - São Paulo, Brasília, Belém, Curitiba, Cuiabá, Salvador, Florianópolis, Maceió, Fortaleza, Campo Grande e Petrolina (PE). E ao que se sabe em nenhuma dessas manifestações houve bagunça. Portanto, nota-se que nos grupos dos mais simples e menos cultos e em maior número, não há baderneiros. Em contrapartida, no meio dos mais instruídos, em menor número e mais cultos a anarquia e a balbúrdia estão em primeiro lugar.
Os sem terra pediram ao governo o assentamento imediato de 90 mil famílias acampadas há mais de quatro anos pelo país e a atualização dos índices de produtividade da terra, que servem de parâmetro para classificar as propriedades rurais improdutivas. Segundo o movimento, a lei agrária de 1993 determina que esses números sejam atualizados a cada cinco anos, mas a tabela não é alterada desde 1975.
Os trabalhadores portavam faixas com frases como "Urgente: Lula, não corte o orçamento da reforma agrária". Pela manhã, o grupo realizou uma passeata tranqüila até o Ministério da Defesa, e depois em direção ao Ministério da Fazenda, que fica ao lado.
Os acampados também cobram do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os compromissos assumidos em 2005, quando ele recebeu integrantes do movimento que haviam marchado de Goiânia até a capital federal, segundo o MST.
O movimento reivindica ainda a liberação de R$ 800 milhões retidos do orçamento destinado ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para aplicá-los na desapropriação e obtenção de terras destinadas à reforma agrária.
Um encontro será realizado hoje, quarta-feira, às 11h, no CCBB, sede provisória do governo federal.
Que diferença!
Lá os Sem Terra conseguem dialogar com o governo, num projeto bem mais complexo, aqui o CEPERS nem perto chega, e quando se aproxima só dá confusão.

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