quinta-feira, agosto 20, 2009

E VOLTARAM AS PESQUISAS

Começaram as pesquisas para tirar a temperatura do eleitorado brasileiro com vistas às próximas eleições presidenciais.
O Data Folha divulgou domingo passado que o governador José Serra (PSDB-SP) está na frente na preferência dos eleitores na sucessão do presidente Lula no ano que vem.
Serra tem 37% das intenções de voto. Em segundo lugar, estão empatados a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) com 16% e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) com 15%.
Heloísa Helena (PSOL) tem 12% e está em quarto lugar. A senadora Marina Silva (PT-AC) tem 3% das intenções de voto.
A pesquisa ouviu 4.100 entrevistados entre os dias 11 e 13 de agosto, em 171 municípios. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.
Tenho a impressão de que a ministra Dilma começa a perder terreno à medida que o presidente Lula teima em defender José Sarney na presidência do Senado. Até antes de ele meter sua colher na questão, Dilma vinha mantendo certa simpatia na preferência popular. Os últimos fatos ocorridos dentro do próprio partido envolvendo desde o presidente Berzoini, líder Aloízio Mercadante e o senador Flávio Arns, são sinais de que as coisas não estão bem nas hostes do Partido dos Trabalhadores.
No Rio Grande do Sul já se fala que o ex-deputado federal Marcos Rolim, (PT) estaria se transferindo para o Partido Verde (PV), da senadora Marina Silva, havendo a perspectiva de sair mais gente.
ACORDO COM APOSENTADOS PODE NÃO TER SUCESSO
Governo resiste a repassar a todos os beneficiários da Previdência Social, até 2023, o mesmo reajuste concedido ao salário mínimo. Reunião no Palácio do Planalto na próxima segunda-feira será última chance para negociações. Depois, projeto vai à votação. Esta notícia circulou ontem em Brasília.
Deputados que militam a favor de reajustes para os aposentados estão céticos em relação a um acordo entre a categoria e o governo. De acordo com o deputado Cleber Verde (PRB-MA), presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Aposentados e Pensionistas, o governo não está disposto a negociar uma política permanente de reajuste para a categoria.
“Vamos para o voto”, sintetiza o parlamentar maranhense, em referência ao Projeto de Lei 01/07 (que concede aos aposentados o mesmo reajuste do salário mínimo até 2023). Mais veemente, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) afirma que o governo quer “enganar os aposentados”. “O governo não quer acordo, quer ganhar tempo”, avalia o deputado paulista. Em sua análise, a proposta do Executivo não visa uma política permanente de reajuste das aposentadorias, mas somente um aumento no próximo ano.
Na terça-feira (18), foi cancelada a quarta reunião sobre o reajuste da categoria. Para o presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados (Cobap), Warley Martins Gonçalles, o governo “não tem proposta para apresentar”.
Gonçalles deposita suas esperanças de reajuste para os aposentados na votação, nominal e aberta, do PL 01/07. “Noventa por cento dos deputados votam com os aposentados”, diz o presidente da Cobap. Com a aprovação da matéria, restaria ao presidente Lula vetar a emenda no projeto que garante o aumento. “Mas ano que vem tem eleições e nós vamos fazer manifestação nas ruas”, ameaça Gonçalles. Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira (24), na Presidência da República. Mas o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse que, se não houver acordo entre as partes, vai colocar o PL 1/07 nas mãos do Colégio de Líderes. Dali, a matéria pode ir ao plenário da Casa.
O governo oferece um aumento igual ao da inflação e mais um percentual a ser discutido. Ninguém fala em índices. Porém, um dos presentes à última reunião no Planalto disse que os representantes do Executivo deixaram escapar que, para a equipe econômica, o máximo é inflação mais 0,5% para 2010.
Entretanto, o governo quer a retirada do PL 4434/08, que concede aumentos retroativos aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo, mas que não obtiveram, no passado, os mesmos reajustes dos beneficiários que recebiam o piso salarial. O Executivo ainda exige que seja deixado de lado o veto a um trecho da MP 268 que garantia aumento de 16,67% aos aposentados em 2006. Nem mesmo a realização da reunião de segunda-feira que vem, última rodada de negociações entre as partes, está confirmada, segundo a Secretaria Geral da Presidência da República.
O senador Paulo Paim (PT-RS), autor da emenda no PL 1/2007 que garante o aumento para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, diz que está lutando por “um bom acordo” entre as partes para não ser necessária a votação na Câmara. “Ninguém pode ser contra um bom acordo. É preciso esperar a proposta do governo”, afirmou o senador petista.

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