segunda-feira, agosto 10, 2009

COM CHUVA E FRIO, SÓ VER FILME NA TV

O fim de semana chuvoso e uma temperatura de 12 graus aprisionaram muita gente em casa. Para deixar passar as horas e esperar o dia dos Pais, assisti ao filme “Um ato de Coragem” no SBT. Fazia muito tempo que não dedicava meu tempo a assistir filme na TV. Mas, este valeu a pena. É a história de um pai que luta pela saúde do filho, um garoto de 12 anos vitima de uma doença congênita no coração. Ele possuía coração de boi, como vulgarmente é conhecido, isto é, o órgão aumenta de tamanho mais rapidamente do que os demais (hipertrofia/dilatação), advindo em seguida uma ineficiência em seu funcionamento, predispondo também ao aparecimento de arritmias, com risco de morte súbita.
O filme faz parte da série de casos verdadeiros e mostra o drama de uma família após ser diagnosticado o problema no menino, que precisa de um transplante de coração.Se você encontrar esse filme em uma locadora vale a pena assistir. De início parece ser um filme banal.
É muito emocionante.O personagem John Archibald é um homem comum, que trabalha em uma fábrica e vive feliz com sua esposa Denise e seu filho Michael. Até que Michael fica gravemente doente, necessitando com urgência de um transplante de coração para sobreviver. Sem ter condições de pagar pela operação e com o plano de saúde de sua família não cobrindo tais gastos, John se vê então numa luta contra o tempo pela sobrevivência de seu filho. Em uma atitude desesperada, ele decide tomar como refém todo o setor de emergência de um hospital, passando a discutir uma solução para o caso com um negociador da polícia e com um impaciente chefe de polícia, que deseja encerrar o caso o mais rapidamente possível.
O filme dura quase duas horas.A história mostra também o lado ruim de uma camada social dos Estados Unidos em relação à saúde de sua população, como um país tão rico, que aparenta tantas virtudes e trata com tanta desigualdade e desumanidade seus cidadãos! É um sistema de saúde discriminativo, onde tem o serviço quem pode pagar, e o serviço público nem é capaz de fazer um transplante! Até parece coisa de país de 5º mundo! Mais, ou menos como no Brasil. Mas ainda temos de dar vivas o nosso sistema de saúde, onde os procedimentos de alta complexidade são realizados no serviço público, e qualquer pessoa para ser atendida não precisa de plano de saúde, embora tenhamos um sistema muito incompetente em vários aspectos e esperar pela nossa vez nas malditas filas. Se os governantes roubassem menos poderíamos ter um sistema público até melhor do que esse, com tratamento comum a todos; ainda assim, somos o 2º país do mundo que faz mais transplantes, e pasmem, no serviço público! Esse filme me fez valorizar mais o SUS, mesmo com suas deficiências, só precisamos lutar para que ele funcione realmente! O filme é bom, você vai gostar, é bem emotivo e sabe levar ao público o sofrimento e a indignação que o personagem John sente ao tentar enfrentar o sistema. Cuidado para não chorar.

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