sexta-feira, julho 31, 2009

BEBÊ SÍMBOLO

Foi emocionante o encontro do pai com a filha que nasceu no dia 15 de julho e ficou internada na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital até o último domingo, em Uruguaiana. Júlia Couto, bebê que virou símbolo contra a gripe A no Estado, deixou a Santa Casa de Caridade de Uruguaiana por volta das 9h desta quarta-feira. A menina nasceu no dia 15 de julho e ficou internada na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital até o último domingo. Sua mãe, Rose, 36 anos, morreu no dia seguinte em decorrência da gripe A. A televisão mostrou o encontro do pai com a filha. Foi emocionante demais. O pai, Waldir Couto e a tia Cleide Furquim, que irão se revezar na criação da menina estavam finalizando os preparativos para a chegada de Júlia em casa quando ficou sabendo que o bebê havia tido alta.
O destino às vezes não é justo. Por mais que queiramos entendê-lo nunca vamos conseguir achar ou deduzir que ele está certo.Charles Chaplin disse que a coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Começar a trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando.... E termina tudo com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?" – diz Chaplin.
Pensando bem, a vida de trás pra frente deveria ser divertida. Será que teria mais graça da que levamos hoje? Quem sabe um dia um cientista louco inventa algo para inverter o ciclo da vida exatamente como disse Chaplin. Primeiro morrer, trabalhar, atingirmos a idade da aposentadoria pelo INSS, ganharmos o insuficiente para viver e comprar remédios, tratar da saúde, continuarmos votando nos Sarneys e Renans da vida e assim por diante até retornarmos ao útero da nossa mãe.Outra coisa, pagar as contas e a dívida do banco antes de gastar. Seria bacana. Assim ninguém passava mais calote e o SERASA E SPC não precisariam existir.Mas, falando sério, o bebê símbolo da gripe A cuja mãe morreu para que ela sobrevivesse tomou os gaúchos de comoção geral.Eu, pelo menos, fiquei muito sentido.

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