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É FÁCIL FRAUDAR

Desde que me conheço por gente os revendedores de automóveis (alguns) não dá para generalizar, aplicam o golpe da baixa quilometragem, ou seja, adulteram o que está marcado no hodômetro no painel do veículo, para parecer que andou pouco, embora o ano de sua fabricação tenha passado bastante tempo, cuja prática visa obter maior lucro. É um truque antigo, mas que ainda hoje é praticado desonestamente com a intenção de enganar o pretendente de um automóvel seminovo.É uma deslealdade do revendedor que tenta valorizar um veículo que rodou muito, mas que mentirosamente apresenta baixa quilometragem.

O golpe da baixa quilometragem é considerado crime de estelionato, ou seja, o vendedor está utilizando-se de uma adulteração no equipamento que registra os quilômetros percorridos, para enganar quem compra e obter vantagem ilegalmente.É necessário pois, que antes de adquirir o seu veículo usado tome algumas precauções. Primeiro, escolher uma empresa idônea; segundo, exigir o manual do carro e verificar as revisões, em que época foram realizadas e a quilometragem; conferir se há sinais de desgaste no volante, na bolinha do câmbio, no pedal, nas borrachas ou no apoio dos braços, bancos e estofamento.

Outra dica é fazer a conta entre a quilometragem registrada no hodômetro e a idade do carro. Uma boa média considerada pelos mecânicos é entre 10 a 15 mil quilômetros por ano. Ou seja, um veículo com dez anos, teria entre 100 a 150 mil quilômetros.Tem empresas e mecânicos autônomos que são especialistas em baixar quilometragem de veículos. Cobram de R$ 50 a R$ 400, conforme o carro e modelo. Há casos em que os números originais que constam nos painéis são reduzidos pela metade.Hoje em dia nem mesmo a digitalização garante a segurança contra fraudes. A adulteração, antes feita com a desmontagem do painel, hoje é executada com o auxílio de um notebook, e demora cerca de apenas 40 minutos.O deputado Jefferson Campos, (PTB-SP) é autor de Projeto de Lei que, para acabar com as fraudes da quilometragem torna obrigatório a inclusão da rodagem do veículo no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).A quilometragem seria verificada no momento da inspeção veicular prevista no Código Nacional de Trânsito. A idéia é evitar que o consumidor seja enganado quando adquire veículos usados.A idéia é boa, mas não sei se vai funcionar na prática. Só vendo para crer.