terça-feira, junho 23, 2009

A SOCIEDADE ESTÁ CANSANDO

Ao passar ontem pela Rua Waschigton Luis, uma quadra antes de chegar ao edifício da Receita Federal, num dos muros estava escrita a seguinte frase: "Roubando do Povo... A Vingança será breve!!!
Será que o autor daquela expressão estava descontente com o que ocorre atualmente no Brasil, ou era apenas um desabafo individual de quem está raivoso com a classe política brasileira?
Quando a sociedade começa a se manifestar com bifarias dessa natureza é porque o copo está cheio e a paciência esgotando.
Os fatos ocorridos ultimamente envolvendo, de novo, Senadores da República, preocupam na medida em que vem se tornando uma rotina.
Depois que José Sarney fez o que todo mundo já sabe, e antes dele Renan Calheiros, Jader Barbalho e a turma dos anões do orçamento, mensalão, Waldomiro de Oliveira, dá para acreditar ainda se haverá algum tipo de punição?
O sujeito que escreveu a frase – roubando do povo... a vingança está breve – nada mais é do que uma ameaça da sociedade que poderá ser cumprida nas próximas eleições. Aliás, a depuração só pode ser feita a cada 4 ou 8 anos pelo voto. Mas há eleitores tão ordinários que ainda vota nessa gente.
Ouvindo, vendo e lendo um pouco sobre os fatos determinantes dos atos secretos com nomeações de familiares de políticos em Brasília, a lista não pára de crescer.Além de sobrinhas e neto, o Senado emprega uma prima e uma sobrinha de Jorge Murad, genro de Sarney. Ele é marido da ex-senadora e atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).
Segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo, Isabella Murad Cabral Alves dos Santos, recebe do Senado, mas mora em Barcelona, na Espanha, desde o começo do ano. Ela é funcionária da liderança do PTB.
Virgínia Murad de Araújo, filha de ex-deputado Emílio Biló Murad – primo de Murad – é assistente parlamentar do gabinete da liderança do governo no Congresso.
Dos poucos senadores que ainda restam íntegros é justo destacar o trabalhista Cristovam Buarque que foi uma das raras vozes destoantes no Senado, juntamente com Arthur Virgílio, que da tribuna manifestaram sua vergonha pelo que está acontecendo. Enquanto alguns tentam colocar panos quentes sobre as responsabilidades, do presidente José Sarney, Cristovam não poupou artilharia e fez o mea culpa. Ele disse o seguinte: do discurso do presidente José Sarney ficou uma imensa frustração, de ver meu chefe do Senado, aquele que é responsável pelos fatos que aqui acontecem, dizer que o problema é do Senado, como se dissesse: ‘eu não tenho nada a ver com isso’. Buarque disse mais: a responsabilidade em primeiro lugar é do presidente, em segundo lugar dos membros da Mesa e em terceiro lugar de todos os senadores. Ao final afirmou: ou somos culpados ou somos omissos.
Esse é o senador Cristovam Buarque!
Se Sarney tivesse um pingo de vergonha na cara pediria licença ou renunciava!

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