terça-feira, junho 09, 2009

A CPI SAI, OU NÃO SAI?
Com direito a cobertura de várias emissoras de rádio e Tv da capital, mais o prestígio de quase toda a bancada do PT na Assembléia Legislativa, o deputado Paulo Azeredo (PDT) foi o 17°. parlamentar a assinar, na tarde de ontem, 8, o requerimento para que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) cujo objetivo é investigar, dentre outros fatos, os desdobramentos da Operação Solidária e supostas denúncias envolvendo o governo do Estado. Com a adesão de Azeredo, ficam faltando ainda dois deputados assinarem para completar o número legal que é de 19.
Na oportunidade o deputado pedetista apresentou também um pedido formal para que sejam investigadas duas empresas fumageiras, Alliance e CTA, que teriam contribuído para a campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB) e, que após a eleição, receberam compensações de créditos de ICMS. Também pediu a inclusão de investigações sobre o vice-governador Paulo Feijó (DEM). Segundo Azeredo, "é preciso investigar tudo sobre o que pairam dúvidas para esclarecer os fatos".
A assinatura dos documentos ocorreu no gabinete de Azeredo, no 11º andar da Assembléia Legislativa e teve, também, a presença do presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Filho e dos deputados Daniel Bordignon, Stela Farias e Elvino Bohn Gass (PT). Logo após a assinatura, os deputados anunciaram que hoje haverá uma entrevista coletiva onde serão revelados novos fatos que reforçariam a necessidade da criação da CPI. Por isso há grande expectativa.
Como trabalho no mesmo andar e próximo ao gabinete do deputado Paulo Azeredo, pude assistir a movimentação de políticos e jornalistas durante mais de uma hora nos corredores do 11º. andar até o registro da assinatura formal.
Agora faltam apenas dois apoiamentos para completar o número legal que seriam de mais dois deputados do PDT, cujo partido pode fechar questão na reunião da executiva marcada o dia 15.
Até ontem a tarde o documento contava com as seguintes assinaturas: Paulo Borges e Marquinho Lang (DEM); Raul Carrion (PCdoB); Adroaldo Loureiro, Gilmar Sossella e Paulo Azeredo (PDT; Heitor Schuch e Miki Breier (PSB) e a bancada do PT composta pelos deputados Adão Villaverde, Daniel Bordignon, Dionilso Marcon, Elvino Bohn Gazz, Fabiano Pereira, Marisa Formolo, Raul Pont, Stela Farias e Ronaldo Zülke.
O fiel da balança na oposição é o PDT que possui três votos indefinidos e que não estariam dispostos a apoiar a CPI são: Giovani Cherini, Kalil Sehbe e Gerson Burmann. Mas ao que se deduz, ou os três assinam, ou serão punidos pelo partido caso este venha a fechar questão.
No PMDB, PP, PSP e PTB e José Sperotto do DEM que totalizam 34 deputados já existe consenso em não apoiar a abertura da CPI. A curiosidade é saber quem serão os próximos apoiadores.
Daqui até a próxima segunda-feira pouca coisa pode mudar. Quem vai decidir mesmo é o PDT com seus três deputados. Vamos aguardar.

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