sexta-feira, junho 19, 2009

LIDERANÇAS AMORFAS

Até setembro do corrente ano as pessoas que desejam se candidatar às eleições do ano que vem devem estar com suas filiações partidárias consolidadas, ou seja, o candidato tem que possuir uma ficha assinada. Mesmo quem está num partido e deseja sair, mudar para outra sigla, deve seguir o mesmo procedimento.
Já escrevi várias vezes a respeito da importância da Região do Alto Uruguai eleger um nome com raízes regionais. O tempo está passando e parece que as nossas lideranças locais e regionais estão amorfas como fósforo, que só se inflama em alta temperatura. Pois, se é temperatura que falta, coloquemos lenha na fogueira.
Vamos ver se consigo acender o fogo político local!
Lí na imprensa, mais precisamente no jornal Boa Vista, uma entrevista do ex-deputado Waldomiro Fioravante (ex-PT), hoje sem partido, manifestando sua vontade de retornar á política como candidato á Câmara. Na eleição de 2002, Fioravante somou 55 mil votos que com um bom trabalho pode aumentar, se o eleitor entender que o foco desta eleição deve ser por candidaturas locais. Pois bem, pelo que entendi da entrevista Fioravante estaria um tanto escanteado pelo PDT que até agora só teria massageado seu ego e nada mais. “Ninguém mais fala comigo, as coisas estão muito devagar”. Ele já conversou com a Executiva Estadual do partido, com a Executiva Municipal, “e parece que o PDT perdeu o interesse na minha filiação e eventual candidatura. Sinto que o partido me colocou na cancha reta para a corrida e depois me jogou um balde de água fria”. Palavras de Fioravante.
Mas o que teria a dizer o presidente local Ernani Mello?
Outro nome que vem sendo ventilado, mas que não abre o jogo é o empresário bem sucedido Jaci José Delazeri, ex-PFL, hoje sem partido, e diretor da EDELBRA, empresa do ramo gráfico e editorial, com uma bonita biografia.
Delazeri marcou sua trajetória em Erechim não só pela fundação da EDELBRA, mas pelo seu trabalho desinteressado junto a comunidade. Revolucionou a Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim, tendo permanecido 11 anos na presidência, construiu o Pólo de Cultura e deu nova vida a Frinape.
Da sua entrevista concedida aos jornalistas Salus Loch, Rodrigo Finardi e Egídio Lazzarotto, também do jornal Boa Vista, dá para sentir nas entrelinhas que seu nome não está dispensado pelas cúpulas do PP – DEM - PSDB e PMDB onde circula com freqüência com bom trânsito.
O que muitos não entenderam foi a numerologia citada por Delazeri: “minha decisão passa por 16 letras”. Mas, é fácil interpretar. Juntando os nomes de Zanella/Dexheimer dá 16, e cabalisticamente falando, 16 é igual a 7.
O número 7 é particularmente venerado por todos os místicos. Até mesmo o leigo sabe que lhe é atribuído uma significação. A própria Bíblia tem enfatizado o fato de que o número 7 é dotado de virtude e poder. Os cabalistas têm reverenciado este número, que não é surpreendente encontrarmos, no Sepher Yezirah, um capítulo tratando exclusivamente de sua importância. A Natureza é composta por sete mundos, sete céus, sete terras, sete mares, sete rios, sete desertos, sete dias para a semana, sete semanas da Páscoa a Pentecostes; e há um ciclo de sete anos, sendo o sétimo o ano de redenção, e após sete anos de redenção, vem o jubileu. Portanto, Deus ama este número sete, em tudo que existe sob os céus. Numa nota sobre este trecho, assinala o Dr. Kalisch que Philo, observando a presença do número sete em muitas bíblias, nas vogais do alfabeto grego, na música e no corpo humano, exclama (quase em suas exatas palavras): “Toda a Natureza se rejubila nesta héptada!”

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