terça-feira, março 09, 2010

A VIOLÊNCIA NÃO PÁRA DE CRESCER

Está cada vez pior residir em Porto Alegre. Não é exagero, não. Há poucos dias foi assassinado quando saia de um culto de sua igreja, na Rua Hoffmann, Bairro Floresta, o secretário da Saúde do município, Eliseu Santos. Sua mulher e filha menor de seis anos tudo assistiram sem poder absolutamente fazer nada. Bandidos assaltantes para roubar o veículo do secretário utilizaram a força armada e ao reagir, o secretário foi morto.No domingo, o vereador Valter Nagelstein, líder do PMDB na Câmara de Vereadores da Capital, pouco antes de chegar em casa na companhia de sua esposa e sogros, numa sinaleira, uma dupla de assaltantes investiu contra o veículo, e por sorte não houve maiores conseqüências embora o vereador tenha reagido sacando do revolver e descarregado a arma contra os agressores que fugiram.No Parque da Redenção, onde se reúnem centenas de pessoas nos fins de semana, jovens pertencentes a gangs se enfrentam a tiro e um vai para o Pronto Socorro muito mal.A coisa está assim em Porto Alegre.Não adianta cerca elétrica, grades altas com ferros pontiagudos, câmeras de TV, porteiros etc. O ladrão ou assaltante quando quer praticar o delito sempre dá um jeito.Normalmente são delinqüentes que, preliminarmente estudam o local, planejam e depois agem.Depois que foi criado o Estatuto de Desarmamento por esse governo que aí está os roubos, assaltos e seqüestros têm aumentando geometricamente. Antes da aprovação do famigerado Estatuto do Desarmamento os porteiros de edifícios, os seguranças particulares, podiam portar arma. Hoje, nem um canivete podem usar para proteger o patrimônio. O advogado Bene Barbosa – bacharel em direito e presidente do Movimento Viva Brasil em artigo publicado na internet afirma que a política nacional de segurança pública focada no combate às armas que estão nas mãos de civis fracassou de forma estrondosa. Estamos enxugando gelo, armas são apreendidas e destruídas, saem assim de circulação, porém os criminosos continuam entrando e saindo de nosso falido sistema judiciário e carcerário.O narcotráfico recolhendo diariamente milhões de reais pode comprar o armamento que quiser, na mesma velocidade que os contrabandistas internacionais conseguem entrar com tal armamento. Por sua vez, esses contrabandistas sempre abastecerão esse pulsante mercado uma vez que a demanda é grande e dinheiro sujo de sangue e cocaína não é problema. E diz mais, o professor Bene Barbosa: “O Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003 fracassou ao combater a criminalidade e levou aos bandidos a certeza de saber que hoje temos uma sociedade que não consegue exercer o seu legítimo direito de defesa.A constatação é simples e matemática, estados que aderiram com grande entusiasmo à campanha de desarmamento, como por exemplo, Alagoas, terra de Renan Calheiros, um dos pais do desarmamento no Brasil, embora tenha tido uma das mais altas taxas de armas recolhidas ( 42 armas para cada 10 mil habitantes) amarga o crescimento dos homicídios de 17, 5 para nada menos que 43,4 homicídios para cada 100 mil habitantes. Pernambuco, terra da viúva do referendo (apelido carinhoso dado ao Dep. Jungmann na Câmara Federal), não ficou por baixo e amarga hoje uma das mais altas taxas de homicídios de todo o Brasil, praticamente empatando com Alagoas. Estes são apenas alguns exemplos, dentre tantos possíveis, apenas com uma rápida análise dos dados já trabalhados, imaginem se tivéssemos acesso aos dados brutos...O desarmamento civil continua não tendo apoio popular haja vista a publicação de quase uma centena de comentários favoráveis ao direito de ter armas no Jornal O Globo.Você acha que o controle de armas diminui a violência? Com essa superficial pergunta, ganharam mais um sonoro “NÃO”. Para 79% dos leitores deste jornal carioca, que sempre se posicionou pelo desarmamento, “todo mundo tem direito a ter arma para se defender”.Reafirmando que já houve um referendo e inequivocamente a população brasileira, de Norte a Sul, das grandes capitais às menores e mais longínquas cidadelas, escolheu e votou em manter o direito à compra de armas de fogo para sua proteção.Um dos pontos que mais chamou a atenção, é que não houve sequer um comentário daqueles 20% que votaram pelo controle de armas na referida pesquisa, mostrando o quanto já está desgastado esse tipo de argumento contra o cidadão de bem.Pelo lado daqueles que votaram pelo direito de defesa, tivemos 82 comentários, alguns bastante incisivos, comentários daqueles que vivem reféns da criminalidade e que se depender de deputados como Jungmann, Biscaia ou de ONGs desarmamentistas financiadas pelo nosso dinheiro continuarão reféns por muito tempo.Helicópteros continuarão a ser derrubados, policiais continuarão a morrer nas mãos dos criminosos que, diferentemente das armas, entram e saem da cadeia, rindo da sociedade”.

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