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NOVO PACTO FEDERATIVO

Está para acontecer no final do mês de março em curso em Brasília o encontro da Maçonaria com a CNBB-Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, cujo objetivo é atrair a entidade da Igreja Católica para o movimento “Por Um Novo Pacto Federativo”.

A frente desse movimento está o Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Rio Grande do Sul, Gilberto Mussi.A idéia vem sendo discutida internamente nos templos maçônicos a cerca de um ano. De acordo com o Grão Mestre Gilberto Mussi, várias instituições já se posicionaram a favor de um debate nacional em torno do assunto, entre elas a CNM – Confederação Nacional dos Municípios; OAB, Seccional do Rio Grande do Sul, e busca no encontro de Brasília, a integração da CNBB.A Ordem Maçônica como um todo (27 Grandes Lojas Brasileiras, Grande Oriente do Brasil e Grandes Orientes Independentes), já confirmaram apoio.Gilberto Mussi explica que a idéia é discutir uma melhor distribuição tributária entre a União, estados e municípios.

Como se sabe atualmente o governo federal fica com 60% do que é arrecadado com impostos e apenas devolve aos estados 25% e 15% às prefeituras. Precisamos mudar as atribuições das áreas da administração pública, ressalta Mussi, para quem a atual estrutura de distribuição facilita a corrupção.Essa forma de mandar o dinheiro para Brasília para depois retornar, precisa ser rediscutida.Por que os percentuais que cabem aos estados e municípios não podem ficar nos seus locais de arrecadação?Paulo Ziulkóski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios disse algo que é verdadeiro: “No mundo inteiro se reconhece que o poder local exerce protagonismo, mas o Brasil ainda conserva esse viés autoritário e centralizador”.

Em minha opinião Ziulkóski quis dizer que o governo federal é o personagem principal desta peça, e, portanto, como protagonista é o alvo a ser atingido e sensibilizado.

O importante é que o presidente da CNBB no Rio Grande do Sul, Dom José Mario Stroeher, também entende que a formulação de um novo pacto federativo é necessária e estima que o assunto possa ser tratado na reunião geral da organização, que ocorrerá em maio próximo.

Enganam-se aqueles que pensam que a Maçonaria esteja distanciada dos problemas nacionais. Prova disso é o movimento que lidera para a formação de uma aliança que possa mudar os rumos da política tributária deste país.