terça-feira, março 16, 2010

MEU ÚLTIMO TIO

Enquanto escrevo este artigo está sendo enterrado hoje em Erechim Eolo Antônio Arrioli, 89, falecido nesta terça-feira por volta de meio dia, após rápida enfermidade. Não faz muito havia sido paciente de uma cirurgia de rins. Eolo foi o último dos meus tios por parte da família de minha mãe, era casado com sua irmã Wilma, a única que ainda resta.
Eu tinha grande admiração por esse meu tio, sempre foi muito cordial, e apesar do parentesco, era meu amigo. Há cerca de um mês ao visitar Erechim estive com ele por alguns momentos na sua residência quando fiquei sabendo da sua cirurgia recente. Estava bem e esperançoso.
Mas, também, pudera, 89 anos é uma boa idade!
Eolo Ariolli chegou ainda moço em Erechim na companhia de seus irmãos Aldo (ex-deputado estadual e ex-prefeito tendo assumido a prefeitura, nomeado pelo governador Walter Jobim em substituição a Américo Godoy Ilha licenciado para concorrer a Deputado Estadual. Desde 5 de Março de 1947 até 14 de Outubro de 1947) e Ênio oriundos da cidade de Bento Gonçalves, com a missão de instalar a Ferragem Ariolli, filial da matriz que existia em Bento Gonçalves de seu pai Amadeo.
Anos mais tarde deixou o ramo comercial para se dedicar a agricultura, fundando a Fazenda e Haras Hereporã, no município de Quatro Irmãos, tornando-se um dos maiores produtores de soja, milho, trigo e pastagens para o gado leiteiro. Também foi um dos primeiros a adotar o sistema de plantio direto na região, em 1983.

Na vida comunitária destacou-se como desportista, tendo sido atleta e presidente do C.E.R Atlântico(1970), presidente da Associação Comercial e Industrial de Erechim de 1961 a 1962 e presidente da Cotrel – Cooperativa Tritícula Erechim Ltda. deixando sempre sua marca de homem sério e empreendedor.
Uma de suas paixões também foi o turfe, foi membro do Jokey Club do Rio Grande do Sul, criador de cavalos de raça e aficionado do esporte das rédeas.
O site do Jokey Club publicou como homenagem ao falecido sócio o seguinte:
"EOLO ARIOLI - UM NOME PARA NÃO SER ESQUECIDO"
"Para quem conhece a família Arioli não se faz necessário dizer o quanto o Haras Ereporã representa para a criação gaúcha e para o turfe nacional. Uma família movida pela amizade e por amor aos cavalos, assim podemos resunmir a história dessa familia que tanto contribuiu e contribui para o Turfe Brasileiro. Infelizmente o mentos dessa tão distinta família nos deixou na manhã desta da última terça-feira. Sabemos que a perda de um ente querido é algo complicado de se enfrentar, portanto só nos resta desejar a família nossos sentimentos e conclamá-los para que continuem dando seqüência a esta linda história que já perdura por muitos anos."
Até hoje não fiquei sabendo o porquê de seu apelido “flechinha” que carinhosamente seus amigos o chamavam.

Enfim, foi-se o meu último tio. A minha tia Wilma e primos Beto, Vera, Ana e Leda manifesto o sentimento de alguém que também perdeu um dos seus. Como sempre foi um grande desportista, o negócio é tocar a bola pra frente e guardar dele os bons exemplos que sempre marcaram sua vida de homem e chefe de família.

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