segunda-feira, março 22, 2010

A SORTE ESTÁ LANÇADA

Começou nesta segunda-feira como estava previsto o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, acusado de ter matado a menina Isabella, 5 anos de idade, há dois anos, após ser agredida, esganada e jogada do 6°. adar do Edifício London, onde residiam.

O julgamento deverá durar até sexta-feira quando o juiz Maurício Fossen, do 2º. Tribuanl do Juri, do Fórum de Santana, anunciará o veredito.

O casal Nardoni responde por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

Atua pelo Ministério Público na acusação o promotor de Justiça Francisco Cembranelli e n defesa o advogado Roberto Podval. O promotor Cembranelli de grande experiência em júri, tendo vencido mais de mil desde o início de sua carreira, valer-se-á de provas colhidas pelo Instituto de Criminalistica e de testemunhas que retrataram Ana (madrasta) como pessoa agressiva e promotora de discussões violentas com o marido. Já Alexandre é apontado por testemunhas como um pai ausente. Não soube dizer quem era a professora ou o pediatra da filha, que provam o seu distanciamento.

O promotor Francisco Cembranelli exibiu aos jurados e a todo o Tribunal do Júri uma maquete do edifico Londom e apartamento da família com todos os detalhes em miniatura. Nada ficou de fora o que permitiu aos jurados observar fielmente o local onde os fatos aconteceram.

Segundo alguns especialistas na área jurídica, vai ser muito difícil para a defesa provar que houve um acidente ou que um ladrão teria invadido o apartamento cortado a rede de proteção da janela do quarto de Isabella e jogado a menina para fora, cuja tese será o mote do advogado dos pais da vítima.

A história segundo os autos é assim narrada:
Isabella quando ia para a casa do pai ficava no quarto dela. O quarto foi decorado do jeito que ela gostava, na cor lilás. Vemos fotos da Isabella, com os irmãos, com o pai. Os brinquedos e as lembranças, a televisão. No armário da Isabella, as roupas da menina ainda continuam no mesmo lugar.
Hoje, um ano e seis meses depois da morte da menina, polícia e Ministério Público permanecem convictos. Afirmam que a menina foi assassinada pelo pai e pela madrasta, depois de uma discussão do casal. As agressões, segundo a investigação, começaram na garagem, dentro do carro, quando todos voltavam de um supermercado.
O carro - que passou pela perícia e está à disposição da família - continua no mesmo lugar desde o dia em que Isabella morreu. No carro, quando chegou com a família, Isabella estava num dos cantos do banco de trás, ao lado do irmão menor, e o outro, perto da janela. Na frente, o pai Alexandre Nardoni, e do lado, Anna Carolina Jatobá.
No porta-malas, havia roupas que a família tinha comprado para Isabella e o sorvete que ela mais gostava. Alexandre Nardoni mantém a versão apresentada à justiça. Diz que saiu do carro com Isabella no colo, entrou no elevador e foi até o apartamento. Segundo ele, Isabella não estava ferida. Alexandre Nardoni conta que trouxe a filha no colo dormindo e a colocou na cama.
Em seguida, desceu para pegar os outros dois filhos. Quando voltou, a luz do quarto estava acesa e a cama vazia. O advogado justifica as marcas deixadas por Alexandre Nardoni, na cama que fica no quarto dos filhos. “Se ele entra no apartamento, não encontra a filha, vê a janela rasgada, ele, eu ou qualquer pessoa iria sair correndo e olhar o que aconteceu. E iria subir na cama”, afirma o advogado Roberto Podval.
Eu posso dizer: há elementos sim que conduzem, que indiquem, que permitam, a possibilidade de uma terceira pessoa”, assevera o advogado de defesa dos nardoni. Segundo ele, essa terceira pessoa poderia ser um assaltante.
Além dessa suspeita, a defesa fala publicamente agora, pela primeira vez, sobre outra possibilidade: acidente doméstico. Segundo essa tese, Isabella poderia ter se assustado ao acordar e ver que estava sozinha; ela então teria cortado a rede e caído, na tentativa de encontrar alguém da família.
“No Rio de Janeiro, há pouquíssimo tempo, nós tivemos um episódio muito, muito parecido”, conta Podval. Foi em julho. A mãe deixou a filha, de cinco anos, sozinha no apartamento por cerca de 20 minutos. O circuito interno registrou tudo, inclusive quando a criança caiu do quinto andar.
A polícia descartou a participação dos pais na queda.
No edificio London, as câmeras de segurança não gravavam imagens. Isso só passou a ser feito depois da morte de Isabella Nardoni.
Então ela gritou "Pára, Pára, papai, papai" para quem?Porque ela se jogou do quarto dos irmãos?Como fez um corte tão profundo na testa e caiu com a testa limpa e ninguém nunca achou um pano com sangue (ah é mesmo antes de se jogar ela limpou e colocou o pano de molho, não queria dar trabalho pra Tia Carol).Porque o Alexandre falou que a porta estava arrombada, hein?E como uma pessoa é inocente e não sabe direito o que aconteceu? Cada hora fala uma coisa...

Contudo, ainda acho que Alexandre e Ana Carolina pegarão a pena máxima. Os jurados estão condicionados, dada a comoção que tomou conta de todos os brasileiros.

Nenhum comentário: