quinta-feira, setembro 03, 2009

SUBCOMISSÃO

Quero dizer a todos que me conhecem, ou não, que assumi a assessoria do deputado Francisco Appio, presidente da Subcomissão dos Caminhoneiros Desaparecidos, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. A primeira reunião foi realizada nesta quarta-feira e dela surgiram idéias proveitosas que, com o passar dos dias, se transformarão em ações positivas de combate ao roubo e furto de cargas, seqüestros de caminhoneiros e busca dos que estão desaparecidos.
De 1990 até 2003 a referida Subcomissão, com estes mesmos objetivos, conquistou vários benefícios que chegaram a se tornar Lei. Por exemplo: a Lei que obriga a identificação das chamadas telefônicas celulares, foi uma conquista da Subcomissão, e outros.
Acho que a partir do próximo mês vou visitar os municípios onde haja associação ou sindicato de caminhoneiros para conversar sobre Falta de Segurança e Roubo de Cargas. Precisamos conversar e colocar em pratos limpos algumas questões, com a finalidade também de colher subsídios para discutir nesse fôro que é a Subcomissão. Dela participam as principais autoridades do nosso Estado, especialmente as que estão ligadas a segurança pública, (Polícia Civil, Brigada Militar, Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, e a iniciativa privada através de seus sindicatos e associações vinculadas ao transporte de cargas no Rio Grande do Sul.
Aproveitando a ocasião já que ali estavam dirigentes da Polícia Civil, denunciei a demora existente no repasse da informação quando há roubo de carga nos fins de semana. “Quando isso ocorre, na maioria dos casos só é repassado ao Renavan, na segunda-feira. “Isto cria uma facilidade para o bandido que costuma roubar, sexta, sábado e domingo”, e quando chega ao conhecimento da rede policial do Estado ou fora dele, o ladrão está do outro lado da fronteira Paraguai ou Bolívia.
O delegado Ranulfo Vieira do DEIC deu conta de que existe atualmente conexão entre o roubo da carga, a droga e o assalto à bancos. Segundo o delegado, o setor está bem organizado. Denunciou o grande vilão e mentor dessa história toda que é o receptador. “Tem gente que compra qualquer mercadoria e vende. Infelizmente não há um receptador preso”. Éder Dal’Lago, presidente da FECAM, defende a volta da matrícula que agora, com o novo registro da ANTT, fará com que haja uma vinculação do motorista com o seu caminhão. A ausência dessa vinculação facilita a vida do bandido, disse. Já o Delegado Guilherme Wondracek informou contar e disponibilizar um telefone 0800-510-2828 que pode ser usado pelos caminhoneiros quando são assaltados. Já o diretor do SETCERGS Jaime Borges, defendeu a criação de uma estatística mais confiável “pois não sabemos ao certo quantos veículos são roubados”. O capitão Alexandre Pinheiro, do Batalhão Rodoviário, expôs que a Brigada Militar já mapeou os pontos onde ocorrem com maior freqüência esses assaltos e roubos de cargas. Elton Nietiedt, presidente da AFOCEFE, relata episódio de que na divisas com os estados é possível que a própria Secretaria da Fazenda esteja legalizando carga roubada. A fiscalização autua a carga que não é acompanhada de documento comprobatório de recolhimento de imposto, o bandido paga a multa e vai embora com a carga legalizada. Ao final, o deputado Appio chama a atenção de que é preciso fazer muito para organizar a luta contra o crime. Para ele não foi o crime que se organizou – foi a sociedade que se desorganizou. Esta foi a primeira reunião. Quarta-feira, 9, ás 11h haverá novo encontro.
FESTA DE MOTORISTA
Domingo tem festa em Ana Rech, Caxias do Sul em honra ao padroeiro dos motoristas, São Cristóvão. As 9h haverá procissão com o padroeiro saindo dos pavilhões da Festa da Uva até a Igreja em forma de cabine de caminhão, onde será celebrada missa. Ao meio dia churrasco de confraternização no salão paroquia anexo. Nós estaremos lá para rever muitos amigos e bater um papo com os amigos caminhoneiros.

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