terça-feira, setembro 22, 2009

A CPI QUE SÓ OUVE ESCUTA TELEFÔNICA

Não sei se é uma boa estratégia a base do governo ficar boicotando a CPI da Corrupção.
Já nos aproximamos de 30 dias de sua instalação e até agora o que se viu foram sessões de escutas de gravações telefônicas de pessoas que estariam envolvidas em crime de corrupção.
Ontem, segunda-feira, 21, ouvi o ex-presidente do Detran Flavio Vaz Netto. Foi pesado nos palavrões.
Prontificou-se a comparecer a CPI para dizer mais o que sabe a respeito do Detran. No final do programa Gaúcha Atualidade, da RBS, Vaz Netto disse que faz questão de ir á CPI para esclarecer pontos que ainda estão obscuros e se defender de acusações feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, a quem acusou de irresponsabilidade. Ao final da entrevista, o ex-presidenet do Detran disse que quer ver a CPI divulgar informações da Operação Solidária.
Vaz Netto a partir desta entrevista transforma-se numa verdadeira bomba. Agora todos querem saber o que ele tem a dizer a mais do que já disse.
Um outro assunto pipocado na mídia é relacionado com as diárias dos deputados. O Tribunal de Contas detectou falhas nas prestações de contas de diárias da Assembléia.
Depois que foi criado o Portal da Transparência ficou fácil a sociedade acompanhar os gastos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, não há mais como esconder a aplicação do dinheiro público, tudo está a mostra.
Essa prática é antiga, é legal, e o seu valor só pode ser consumido dentro da cota que é destinada a cada deputado. A maneira da comprovação que é discutível. E só há uma forma de terminar com os “exageros”, segundo alguns: incorporar um quantum para despesas de viagens no salário dos deputados e acabar com a indústria da nota. Fora isso, sempre haverá especulação, e por mais que os parlamentares expliquem, sempre ficará a dúvida, será mesmo que viajou, ou a nota veio pelo correio?
Para terminar, considerações sobre o afilhado do presidente Lula, indicado para a vaga no STF, advogado José Antônio Dias Toffoli. Por ter sofrido uma condenação judicial uma polêmica se estabeleceu em torno de sua indicação.
Duvido que o Senado impeça a aprovação de seu nome!
Ele será sabatinado na Comissão de Constgituição e Justiça do Senado dia 30 e seu nome votado secretamente na mesma ocasião. Se aprovado, o caso segue para o plenário. Como o governo tem maioria nos dois colegiados, Toffoli certamente será aprovado.
A condenação do futuro ministro do STF teve origem na 2ª. Vara Civil do Amapá, por ter ganho uma licitação supostamente ilegal em 2001, por serviços advocatícios ao governo. José Toffoli terá de devolver R$ 700 mil em valores atualizados.
Este é o homem indicado pelo presidente Lula para uma cadeira vaga no Supremo Tribunal Federal.

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