domingo, setembro 27, 2009

OS AMIGOS QUE SE VÃO

Um a um todos nós vamos um dia. Recebi agora, 16h deste domingo a triste notícia do falecimento do radialista Sérgio Batista de Azevedo. Dono de uma bonita voz e cantava muito bem.
Numa hora dessas só restam as lembranças de uma boa amizade e companheirismo e o sentimento da partida para a outra vida.
Já perdi outros três grandes companheiros de jornada: Paulo Cagliari, Waldemar De Toni Jr, Oswaldo Afonso Chitolina, e agora o Sérgio. Trabalhamos juntos na Rádio Difusão. Além de locutor, o Sérgio era muito bom narrador esportivo. Em muitas jornadas acompanhando o futebol de Erechim estivemos juntos. Há muitos anos não sabia de notícias dele, apenas que estaria residindo em Bagé. Depois que ambos saímos de Erechim nunca mais nos encontramos, e agora me chega a triste notícia do seu falecimento. Por um longo período também foi apresentador da TV-Alto Uruguai.
Nunca esqueço. Uma vez resolvi promover um concurso no programa “O Mensageiro Gaúcho” que tradicionalmente é apresentado às 13h na emissora onde trabalhávamos, e convidei o Sérgio para me auxiliar. Formamos uma dupla e gravamos em fita a música sertaneja “João de Barro”. Eu fazia a primeira voz e o Sérgio a segunda. Ficou perfeita. As nossas vozes se confundiam com a de Tonico e Tinoco. O ouvinte teria que responder por carta quem eram os executantes.
Foi um verdadeiro recorde de cartas, um sucesso. O concurso durou um mês. Imaginem a quantidade de cartas que foram recebidas de toda a região!
Houve apenas um acertador, um ouvinte de Barão de Cotegipe. Naquela época o prêmio ao vencedor foi um rádio fabricado pela Indústria Lidbom. Nunca esqueço!
Foi uma fase áurea do rádio erechinense e de um grupo de profissionais que mais tarde se separou cada um buscado outros interesses.
A perda de um amigo é sempre sentida e não seria diferente para quem teve uma longa e fraterna amizade com o Sérgio, lamentar a sua morte. Residíamos, quando criança, na mesma zona da Praça Daltro Filho, eu na Av. do nome da Praça e ele na Silveira Martins; meu pai funcionário público municipal e o pai dele, inspetor de polícia.
Hoje, quero lembrar somente as coisas boas que a vida nos ofereceu. O resto deixa prá lá.
A sua esposa e filhos, demais parentes minhas sentidas condolências.

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