quinta-feira, maio 21, 2009

TEM GATO NA TUBA
Já fazem mais de 15 dias que o assunto na imprensa gaúcha tem sido a abertura de uma CPI para investigar a governadora Yeda Crusius e possíveis fraudes durante sua campanha eleitoral, como a existência e o uso de caixa dois, por exemplo. O vice-governador Paulo Feijó, que desde o início do governo vem botando pedrinhas no sapato da governadora, parece que começa a ser desacreditado nas suas manifestações, na medida em que muda a versão sobre como foi feita a arrecadação de R$ 25 mil em dinheiro para a campanha. O vice tem sustentado que foi pessoalmente buscar o recurso em uma concessionária de veículos em vez de mandar um emissário. A doação não consta na prestação final de contas da candidata.
Na segunda-feira, Feijó afirmou à imprensa que tinha "mandado buscar" os R$ 25 mil e que colocou os recursos numa mochila para entregar ao então tesoureiro da campanha, Rubens Bordini. Bordini nega o recebimento da doação.
Fica a palavra de Feijó contra Bordini.
Onde foi parar os R$ 25 mil? É a pergunta óbvia. Se o dinheiro não foi recebido; se não consta da prestação de contas, que caminho teria tomado?
A nova versão do vice-governador a respeito do dinheiro está intrigando a opinião pública, porque agora a estória é diferente. Leiam o que Feijó disse ontem aos jornais:
Que procurou o então diretor da revenda da GM Aroldo Sartori, após intermediação do executivo da General Motors, Marco Antonio Kraemer. Que, foi recebido na sala de reuniões pelo senhor Sartori, e que este teria repassado dinheiro em vez de entregar um cheque. Que, quando retornava à academia, Feijó colocou os valores numa pasta, telefonou para Bordini e avisou que o recurso estava à disposição. Só que Marco Antônio Kraemer nega. E agora?
Diz mais Kraemer: "Sartori me disse que não repassou dinheiro. Quem tem de dar uma posição somos nós. Como Sartori não faz mais parte do quadro diretivo da empresa, ele meramente falaria da pessoa física dele – explicou o executivo.
Ontem mesmo a Simpala Veículos publicou nos jornais de grande circulação de Porto Alegre um "A pedido", onde esclarece o seguinte: que, face ao desenrolar da publicação levada a cabo pela Revista Veja, no dia 17 de maio do corrente ano, e tendo em vista a exposição indevida de seu nome, acha o fatro muito estranho. E conclui: É norma da empresa não contribuir com pedidos de doações eleitorais, os quais são, peremptoriamente e unicamente negados pelo diretor presidente. Logo, em respeito ao direito de informar, a empresa aguardará o desenrolar dos fatos para, na seqüência, avaliar a necessidade de medida judicial e reparar o dano ora experimentado. Quem assina a nota é o Diretor Superintendente, Flávio Augusto Degrazia Vianna.
Ora, pírulas, se o tesoureiro da campanha, Bordini, afirma que não recebeu a doação apontada pelo vice-governador e o diretor Kraemer reitera não ter intermediado o oferecimento do auxílio, qual é a explicação?
Isto é um mistéééééééé rio!

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