quarta-feira, maio 06, 2009

QUANTO MAIS SE MEXE, MAIS FEDE
Está se chegando a conclusão de que quanto mais se aprofundam as investigações tanto na Câmara quanto no Senado, mais aparecem escândalos... e escândalos...farra e mais farra, com o dinheiro do contribuinte. Ontem o sait do "Congresso em Foco" divulgou que o Senador Renan Calheiros pagou 26 passagens para quatro personagens envolvidos nas denúncias que resultaram na queda dele da presidência da Casa em 2007. Enquanto brigava para escapar da cassação e preservar o mandato, o senador cedeu a cota parlamentar para transportar dois assessores e um primo apontados como seus "laranjas" em empresas de comunicação. O quarto passageiro é um veterinário apontado pelo ex-presidente do Senado como responsável pela venda de 1.700 cabeças de gado de sua propriedade.
O principal beneficiário das passagens do atual líder do PMDB é Ildefonso Antonio Tito Uchôa Lopes, primo de Renan e sócio do prefeito de Murici (AL), Renan Calheiros Filho, em um sistema de comunicação. Tito Uchôa, como é mais conhecido, voou 13 vezes na cota parlamentar entre agosto de 2007 e novembro do ano passado, segundo registros de companhias aéreas ao qual o Congresso em Foco teve acesso.
Tito Uchôa e dois assessores de Renan – Everaldo França Ferro, que voou sete vezes com a cota, e Carlos Ricardo Santa Ritta, que viajou quatro trechos – foram alvo da terceira das cinco denúncias a que o senador respondeu no Conselho de Ética ao longo de 2007. Renan foi absolvido duas vezes pelo Plenário, apesar de o Conselho ter recomendado sua cassação. O senador Renan dos 271 bilhetes emitidos de sua cota usou apenas 13, e os demais?
É por isso que quanto mais se mexe mais fede.
Ainda bem que as eleições estão próximas. Será que com tudo isso o eleitorado de Alagoas vai reenviar Calheiros por mais um período de oito anos no Senado?
Enquanto lá no Senado acontece tudo isso, aqui no Sul a sucessão no Piratini põe Tarso Genro e Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT, em conflito.
Os preparativos para a corrida eleitoral de 2010 no Rio Grande do Sul abriram no último fim de semana uma crise pública entre o presidente nacional do PT, e o ministro da Justiça. O conflito começou após Berzoini afirmar, em entrevista ao jornal Zero Hora, que considera "prematuras" decisões sobre candidaturas nos Estados ainda este ano. A declaração foi feita em referência ao fato de Tarso ter registrado oficialmente no PT sua pré-candidatura ao governo gaúcho, no final do mês passado. Um dia após tomar conhecimento das declarações do presidente do PT, Tarso veio a público para cobrar um pedido de desculpas. "As declarações são constrangedoras e ofendem todo o partido no Estado", declarou o ministro, ao mesmo jornal. Ontem, em entrevista à TV Estadão, Berzoini não aceitou a cobrança. Questionado se acredita que deve desculpas a Tarso, rebateu: "Temos de trabalhar com tranqüilidade. Esse tipo de debate público não interessa ao PT nem ao ministro."
Coisas da política.

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