terça-feira, maio 05, 2009

OS EXAGEROS E A FALTA DE BOM SENSO
Ontem fui procurado por um cidadão residente na cidade de Torres, para tentar ajudá-lo a resolver um problema junto ao Detran, porque o local indicado para realizar a Prova Teórica por ter sido condenado a passar pela reciclagem, resolveu complicar, alegando que estava com sua RG "adulterada". Portanto, não reconhecia como verdadeira sua identidade.
Eu vi o documento. Sua carteira ainda é daquelas que o órgão expedidor plastificava.
O canto esquerdo superior da RG, de fato, apresenta um descolamento mínimo, não chegando atingir a cédula. Pois, por causa disso o examinador não aceitou o documento sob a alegação de que estava adulterado e que, por conseguinte, teria que providenciar em uma nova cédula de identidade.
Sabe, quando você encontra um servidor de má vontade e que gosta de complicar? Pois esse era o legítimo babaquara, imbecil.
Pena que não dá para mostrar ao leitor a referida carteira de identidade. Não precisa ser papiloscopista para comprovar que não se trata de adulteração coisa nenhuma. Mas, serviu de motivo para complicar a vida do cidadão, fazê-lo perder tempo, correr e gastar para frente e para trás, como aliás certos servidores públicos fazem quando estão de mal com a vida ou com o patrão. E aí quem paga é quem precisa dessa gente.
Antes de acionar a Justiça, que, aliás, todo o cidadão deve fazer quando se julga lesado nos seus direitos, tentamos um contato com o DETRAN, por telefone. Depois de localizar o setor que trata desses assuntos, argumentar e ameaçar com pedido de liminar na Justiça, a funcionária permitiu receber a parte, ao menos para verificar a RG. Sabe qual foi o resultado?
No exame feito, o pequeníssimo descolamento do plástico não caracterizava violação ou adulteração e o contribuinte recebeu autorização para fazer a sua prova.
Na maioria das vezes falta bom senso e saber das pessoas que lidam com este tipo de atividade. Ora, se o banco, a Delegacia de Polícia, as lojas comerciais, por tudo onde anda aceitavam a RG do infeliz homem, porque o jegue daquele funcionário não iria aceitar?
Aceitou, ora. Às vezes as pessoas querem ser mais realistas que o rei.
Por falar em Detran, a presidenta do órgão, Estella Maris Simon demitiu-se do cargo no dia passado. Os motivos alegados foi pressão de uma empresa terceirizada com supostas irregularidades na contratação, para prestar, com exclusividade, serviço de remoção de veículos apreendidos. A dívida do Estado com a empresa soma R$ 16 milhões.
No texto, enviado pela internet a governadora Yeda Crusius, a delegada da Polícia Civil ressalta que tem um nome a preservar e que pretende seguir cumprindo a lei. Em seguida, informa a governadora sobre problemas na manutenção do serviço de guincho e depósito prestado pela Atento Service e Logística Ltda. Estella, que não reconhece a dívida de R$ 16 milhões que a empresa tenta cobrar do governo, estava disposta a romper o convênio, cujo prazo venceu em 3 de abril. A diretora entende que o serviço não devia ser prestado por uma única empresa e que poderia ser regionalizado.
Um assessor da delegada Stella disse que o problema é que tudo que ela tentava, medidas para sanear o órgão, tudo emperrava nas mãos de assessores da governadora. Estava difícil levar adiante a missão para qual ela foi chamada, e ela estava disposta a não compactuar com ilegalidades.
O que esse Detran tem incomodado o governo é coisa incrível!

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