sexta-feira, agosto 06, 2010

FORCA OU APEDREJAMENTO
No Irã toda mulher que praticar adultério, que é o mesmo que amantismo ou prevaricação, é condenada a morte por apedrejamento ou forca.
Há dias que a imprensa internacional vem se ocupando do fato de uma mulher iraniana, Sakineh Ashtiani, ter praticado adultério combinado com assassinato, o que agravou ainda mais a sua situação.
A Corte Suprema do Irã que nas últimas semanas vem recebendo apelos de todas as partes do mundo para que seja condescendente com Sakineh
Ignorou, inclusive, apelos de defensores dos direitos humanos e atendeu ao pedido do Ministério Público para que a iraniana de seja de fato executada. Em uma aparente tentativa de aplacar as críticas internacionais, Teerã mudou o teor da principal acusação contra Sakineh - de adultério para assassinato. O tribunal definirá na próxima semana se ela será enforcada ou apedrejada. Segundo as notícias daquele país o processo não cabe recurso.
Até o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva endereçou apelo as autoridades iranianas, mas não teve atendimento.
Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Gholan Dehghani, Diretor de Assuntos Políticos Internacionais da chancelaria iraniana, deixou clara a posição de Teerã: "Ela (Sakineh) é uma criminosa. E esse caso não é político, é criminoso", disse. "A história foi apresentado como sendo de adultério. Mas isso é uma forma de enganar a opinião pública mundial. Essa mulher é acusada de assassinato e muitas coisas mais terríveis que eu não tenho nem coragem de descrever."
Na terça-feira, o governo iraniano disse que o presidente Lula só se ofereceu para receber Sakineh no Brasil porque não tinha informações sobre o caso. Segundo o assessor de Assuntos Internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia, o chanceler Celso Amorim havia conversado três semanas antes com autoridades iranianas. Na ocasião, manifestou a preocupação do governo brasileiro com a situação de Sakineh. Aparentemente, a acusação de assassinato não foi mencionada. Garcia disse ontem que o desfecho do caso não altera as relações entre Brasil e Irã.
A Lei iraniana é muito severa. Na semana passada um porta-voz do Judiciário daquele país informou que mais 20 pessoas foram condenadas à morte por estupro, adultério e homossexualidade e a Promotoria quer a condenação de mais 15. Essas pessoas foram detidas durante uma operação de segurança que acontece desde maio, em Teerã e em outras cidades do país.
Já pensaram uma Lei igual no Brasil. Iria faltar forca e pedra para as execuções.

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