segunda-feira, junho 14, 2010

SALÁRIOS

Não sou contra quem ganha altos salários. Se ganha, é porque trabalha, a Lei permite e tudo mais. Eu sou contra quem ganha baixos salários. Por exemplo: como pode um brigadiano que expõe a vida para proteger à sociedade ganhar pouco mais de mil reais por mês, e um exercente de cargo de confiança no Legislativo ou Executivo o dobro ou mais. Um estagiário no Legislativo, por exemplo, percebe por mês tanto quanto um soldado da Brigada Militar para trabalhar 6h por dia de segundas a sextas-feiras. Como se vê, a responsabilidade de um e de outro não se compara, entretanto, o estagiário que é um aprendiz ganha mais que um soldado que está 24h por dia à disposição da população. Isto não está certo! A organização salarial no Brasil é muito díspar. Há profissões que são inferiores em termos de responsabilidade e percebem bem mais que outras com menos importância no contesto social. O próprio sistema de aposentadoria no Brasil é outra ignomínia, ingrato e draconiano. Quem passou mais de um terço de sua vida contribuindo para a Previdência na ilusão de que na velhice poderia ter uma vida mais tranqüila, engana-se. A medida que os anos passam baixa o ganho. Eu nunca vi coisa igual E agora, o que o Estado vai fazer com essas pessoas que ganham na inatividade 30, 35, 38 mil reais por mês, conforme foi levantado pelo Tribunal de Contas? É legal baixar esses salários? E o direito adquirido nesses casos existe? Como fica tudo isso? E vejam que ironia do destino, a maioria dos salários mais altos do Estado são ganhos por funcionários do próprio Tribunal de Contas do Estado!Se formos comparar os ganhos salariais entre as variadas categorias existentes vamos ficar perplexos. Não é de duvidar que o quitandeiro da esquina ganha mais que o médico; o economista mais que o engenheiro; o motorista de táxi mais que o comandante de um avião de carreira; e assim por diante.
É por tudo isto que sou contra quem ganha pouco.

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