sexta-feira, junho 04, 2010

S.O.S CAMINHONEIRO

Este ano estarei completando 15 anos de atividade como editor e apresentador do programa S.O.S. Caminhoneiro, informativo para motoristas transportadores de cargas, transmitido por 42 emissoras no interior do Rio Grande do Sul, com destaque para a Rádio Gaúcha, as 05.50h.
Durante duas legislaturas da Assembléia Legislativa fizemos parte da Sub Comissão dos Caminhoneiros Desaparecidos, orientamos, auxiliamos caminhoneiros e seus familiares nas mais difíceis situações e encontramos caminhoneiros desaparecidos. Todas estas ações permitiram que firmássemos, sem falsa modéstia, uma ligação muito expressiva com os sindicatos e associações da categoria.
Ao noticiar este fato que nos desvanece, observamos que a luta que se trava diariamente contra o crime organizado, embora procure diminuir a atividade malfeitora contra os trabalhadores em transporte rodoviário, não reduz; não declina.
A mais recente pesquisa realizada pela NTC&Logística, aponta que em 2009 foram registradas 13.500 ocorrências de roubo de cargas, totalizando um prejuízo de R$ 900 milhões, 10% a mais em relação ao ano anterior.
A mesma pesquisa comprovou que 81,38% dos casos foram registrados no Sudeste do país, região com maior índice de ocorrências de um ano para outro.
Este cenário preocupa e requer atitudes imediatas do governo federal, pois o setor não pode mais arcar com a falta de segurança nas estrdas.
O coordenador da Comissão Permanente de Seguros, Segurança e Roubo de Crgas, Jaime Krás Borges do Setcergs, Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul tem envidado todos os esforços para compelir a atividade ilícita dos ladrões e receptadores, mas que na prática poucos resultados têm apresentado.
Há uma idéia de agregar e comprometer o poder público estadual como: Secretaria de Segurança Pública, Secretaria da Fazenda, Assembléia Legislativa e outros órgãos, no intuito de estudar estratégias de combate a bandidagem da estrada que, ultimamente não tem dado tréguas às autoridades da segurança pública.
Tomara que dê certo. Lembro que durante o período em que o poder Legislativo esteve à frente a uma proposição idêntica, os resultados não chegaram a se concretizar de forma efetiva porque um dos principais órgãos do governo, a Secretaria da Fazenda se manteve sempre ausente do problema. Em quatro meses de funcionamento da Subcomissão que estudava a questão do roubo de cargas, a Secretaria se fez presente uma única vez.
As razões da ausência e falta de cooperação, só ela pode justificar.
Enquanto isto as quadrilhas intensificam com rapidez seu crescimento e as vítimas continuam cada vez mais impotentes para defender o seu patrimônio.
O S.O.S. Caminhoneiro nesses 15 anos já testemunhou muitos fatos, mas bem que gostaria de noticiar que o crime está perdendo para a sociedade organizada.

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