sábado, junho 19, 2010

LIMITADOR DE VELOCIDADE

O deputado Gerson Burmann (PDT) está propondo Lei Estadual tornando obrigatória a instalação, na fábrica, de aparelho limitador de velocidade em todos os veículos fabricados no Rio Grande do Sul, na tentativa de reduzir o número de acidentes com mortes de jovens no trânsito.
De acordo com o texto os veículos não poderão andar a mais de 80 km por hora.
O parlamentar argumenta que os jovens estão menos preparados para enfrentar o trânsito do que os adultos e em razão disso estariam mais expostos a acidentes.
Tenho a impressão de que não é por aí, ou melhor, não é só a velocidade a causadora de acidentes, e não será diminuindo-a para 80 km/h que os acidentes serão reduzidos. Há outros fatores.
Por exemplo: se o jovem “é menos preparado para enfrentar o trânsito do que os adultos”, como salienta o deputado, não se dê a ele a Carteira de Habilitação. Aumente-se a idade como era antigamente, só depois dos 21 anos.
A imprudência não escolhe idade e é ela a principal responsável pelos acidentes. Basta que o condutor dirija de acordo com a Lei que dificilmente acontecerá acidente.
Não adianta diminuir limites de velocidade. Se o motorista é um irresponsável e imprudente, mais hoje ou amanhã provocará um acidente mesmo dirigindo a 80 Km/h.
Um moto-boy não matou uma mulher dias atrás andando a 60Km/h?
Foi a velocidade a causadora do acidente?
- Não.
Foi a imprudência do moto-boy que não respeitou o sinal fechado e apanhou a infeliz professora em cima da faixa de segurança!
Então não adianta diminuir a velocidade.
Em países como a Alemanha, não há limite de velocidade em estradas e o índice de mortes nas rodovias é consideravelmente menor que no Brasil, mesmo em índices proporcionais. Com educação, temos cidadãos conscientes de suas responsabilidades e obrigações. Claro que leis são importantes, mas elas de nada adiantam se as pessoas não entenderem a função social de serem responsáveis.
Eu diria que a velocidade não é tão responsável pelos acidentes, mas, sim,o uso de drogas, álcool e sono ao volante, sem contar com as péssimas condições das estradas, cheias de buracos, sem sinalização...
Em um país onde se compra carteiras de motorista e onde são vendidas no interior até para cego o que se pode esperar?
No momento em que o Brasil comemora dois anos de vigência da Lei Seca, precisamos cobrar dos governos federal, estadual e municipal maior fiscalização. Nenhuma Lei pode ser eficaz se não houver fiscalização.
A sugestão é que os Agentes de Trânsito em colaboração com a Brigada Militar, e as Polícias Rodoviária Federal e Estadual promovam mais seguidamente blitzes, barreiras, exames com bafômetros e fiscalização de documentos.
Aliás, minha primeira carteira de motorista foi expedida em 1966, a 44 anos, e até hoje nunca foi examinada por policial nenhum, prova que a fiscalização é falha, não existe.

Nenhum comentário: