domingo, janeiro 17, 2010

TIRAR O CHAPÉU

Tive o prazer de conhecer o jornalista Marcelo Rezende, na época Rede Globo, apresentador do programa Linha Direta, num trabalho realizado sobre o crime organizado, em Porto Alegre.
Lembro que auxiliamos a sua produção na compilação de informações sobre caminhoneiros vítimas da bandidagem da estrada. Foi um dia agitado, ouvindo parentes dos caminhoneiros assassinados, houve até missa na Catedral.

No sábado à tarde assisti o programa do Raul Gil, pela TV Bandeirantes, o quadro do Chapéu. O convidado tem à sua disposição alguns chapéus contendo nomes de pessoas importantes, ou assunto, onde o apresentador pergunta: Você tira o chapéu para essa pessoa? E o convidado tira, ou não tira e, ainda, deve justificar o porquê.

O Marcelo Rezende era o convidado. No último chapéu constava o nome do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O jornalista justificou porque não tirava o chapéu para o prefeito: “A coisa mais simples na vida é você administrar com dinheiro. O difícil é sem dinheiro. O povo não agüenta mais pagar imposto. O salário do aposentado aumenta (gesto) desse tamanhinho, mas a sua conta de luz, aumenta desse (gesto) tamanhão. O salário do aposentado aumenta (gesto) desse tamanhinho, o remédio (gesto) desse tamanhão. Aí vem um prefeito nesse momento em que o povo não agüenta mais, mete a mão no meu bolso, toma o meu dinheiro, me punga, aumenta o IPTU das pessoas que não tem o que comer 200%.”

E continuou: “Um partido chamado DEM que tem um governador e aparece nas fitas da Polícia Federal, supostamente pegando dinheiro de propina pra campanha e enfia na cueca, outro enfia na meia, outro enfia...deixa pra lá. Enfim, os caras vão pegando dinheiro de empreiteiras, dinheiro disso...dinheiro daquilo pra fazer campanha. Esse governador é aquele mesmo José Alberto Arruda da violação do painel eletrônico do senado que renunciou para não ser cassado, voltou na eleição como deputado e agora é governador, supostamente praticando a mesma delinqüência.
Como é que a gente pode acreditar numa classe política que para administrar só pensa em meter a mão do bolso da população?”

Nem a ex-prefeita Marta Suplicy escapou da critica de Rezende. Sobre ela disse: “A ex-prefeita ficou conhecida como Martaxa. Foi ela que inventou mais IPTU, taxa de lixo, taxa de luz, taxa de respirar, taxa de caminhar, taxa pra morrer. Qualquer dia, antes de você morrer, tem que pagar uma taxa. Não se pode administrar um país tomando dinheiro do povo. Um povo pobre e sofrido”.

E concluiu: “O Brasil só vai mudar quando – primeiro - nós tivermos dinheiro aplicado em educação, desde a base para que se mude a consciência e não se tenha esse tipo de voto, onde próximo a eleição o caro chora, te beija e depois te esquece.”
Marecelo Rezente é carioca, tem 49 anos e possui 30 anos de atividade profissional.




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